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empresa aérea brasileira Da Wikipédia, a enciclopédia livre
A Voepass Linhas Aéreas (estilizado como VOEPASS Linhas Aéreas), anteriormente Passaredo Linhas Aéreas, é uma das mais antigas companhias aéreas a operar no Brasil.[1]
Voepass Linhas Aéreas | |
---|---|
IATA | 2Z & 7M |
ICAO | PTB & PAM |
Indicativo de chamada | PASSAREDO |
Fundada em | 3 de julho de 1995 (29 anos) |
Principais centros de operações |
Aeroporto Estadual Dr. Leite Lopes - RAO Aeroporto de São Paulo/Congonhas - CGH Aeroporto Internacional de Manaus - MAO |
Outros centros de operações |
Aeroporto de Teresina Petrônio Portella - THE Aeroporto Internacional de Brasília - BSB Aeroporto Internacional Dep. Luís Eduardo Magalhães - SSA Aeroporto Internacional de Parnaíba Dr. João Silva Filho - PHB Aeroporto de Jericoacoara Comandante Ariston Pessoa - JJD Aeroporto Internacional de Fortaleza Pinto Martins - FOR |
Programa de milhagem | Smiles |
Frota | 13 |
Destinos | 47 |
Subsidiária(s) | MAP Linhas Aéreas |
Slogan | Crescemos para diminuir distâncias! |
Sede | Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil |
Pessoas importantes | José Luiz Felicio (fundador) José Luiz Felicio Filho (presidente) |
Sítio oficial | voepass.com.br |
Sua sede localiza-se no município de Ribeirão Preto, no estado de São Paulo, concentrando atualmente suas operações no Aeroporto Estadual Doutor Leite Lopes, e no Aeroporto Internacional de Guarulhos. A empresa realiza voos para 47 destinos, utilizando aeronaves do modelo ATR-72, nas versões -500 e -600. Por meio de um sistema de codeshare com a LATAM Brasil, oferece conexões para diversos destinos.[2]
Originalmente denominada "Passaredo Transportes Aéreos", foi fundada em Ribeirão Preto no dia 3 de julho de 1995, quando o empresário José Luiz Felício, natural de Mococa, expandiu o segmento rodoviário da Viação Passaredo para incluir um braço aéreo regional operado por duas aeronaves EMB-120 "Brasilia".[3]
Em 1997, a Passaredo introduziu em serviço um Airbus A310-300,[4] com capacidade para 244 passageiros, sendo a primeira companhia aérea brasileira a operar este modelo de aeronave, logo seguido de um segundo exemplar para operar em voos charter para o Nordeste e Caribe. A empresa também recebeu dois ATR-42-300, com a intenção de substituir os seus três Brasília pelo modelo ATR, mas a crise monetária brasileira e a forte desvalorização do real fez com que a empresa desistisse dos planos. Em meio ao péssimo cenário econômico brasileiro, no dia 4 de abril de 2002, a empresa suspendendeu as operações.[5]
Em março de 2004, após um período de estudos e preparação, já independente do Grupo Passaredo, retornou às operações com a denominação de Passaredo Linhas Aéreas, com uma aeronave.
Em 2008, dois "Brasília", ex-OceanAir, e dois jatos ERJ-145 foram adicionados à frota,[6] já com uma nova identidade visual.[7] A outra empresa que operou o jato no Brasil foi a Rio Sul. Em 2009, a Passaredo inaugurou novas rotas para o Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Palmas, Bauru, Marília, Barreiras, Presidente Prudente, Goiânia e Recife. Com isso a companhia mais que dobrou a oferta de assentos e se consolidou como segunda maior regional do Brasil. Em 2010, a companhia recebeu um exemplar da aeronave ERJ-135 para acelerar a renovação da frota, dando assim continuidade na expansão de sua malha. Em fevereiro de 2011, aposentou os últimos três "Brasília", mas deixou de voar para Marília, Bauru[8] e Presidente Prudente,[9] alegando que os ERJ-145 eram grandes demais para a demanda dessas rotas.
Entre 2008 até 2012, a empresa chegou a operar 17 aeronaves ERJ-145 e um ERJ-135.[10]
No ano de 2014, juntamente com a Avianca, foi considerada a mais segura do Brasil, em um ranking do site AirlineRatings.com, que avaliou 449 empresas de aviação segundo critérios de segurança. Obteve a classificação de sete estrelas, a nota máxima, junto com outras 149 empresas do mundo.[11]
Em março de 2015 foi lançada a primeira edição da Pass, revista de bordo distribuída gratuitamente aos clientes.
Em 2018 anunciou um plano de expansão, com novas rotas, um novo website e a inclusão da companhia no plano de milhas Smiles. No final do ano, uma restruturação na malha da empresa foi feita e alguns destinos deixaram de ser atendidos pela companhia, tais como: Rondonópolis, Três Lagoas, São José do Rio Preto, Belo Horizonte e foi retirada uma das frequências de voo para o Rio de Janeiro. Em fevereiro de 2019, uma nova identidade visual foi apresentada.
Em outubro de 2012, a Passaredo ingressou com pedido de Recuperação Judicial com o objetivo de viabilizar o pagamento do passivo e preservar suas atividades.[12] Houve a troca da frota de jatos pelos turboélices ATR 72, além da readequação da malha focada no transporte aéreo regional, o que permitiu sua reestruturação.[13]
Em maio de 2013, a Passaredo Linhas Aéreas teve seu plano de recuperação judicial aprovado, conseguindo assim renegociar uma dívida superior a R$ 150 milhões.
Em 2017, a justiça determinou o fim da recuperação judicial da companhia.[14]
No dia 3 de julho de 2017, a empresa foi adquirida para o Grupo Itapemirim, porém o negócio foi desfeito em 11 de setembro de 2017. A empresa havia dito que a holding não cumpriu o acordo de transferência nem ocorreram os pagamentos acordados.[15] No mesmo ano, a empresa saiu do plano de Recuperação Judicial.[16]
Em 2019, a Passaredo foi alvo de investigação criminal contra o seu dono José Lúcio Felício Filho e de sua esposa Cássia Aparecida Vieira Felício. O MP-SP apurava se o casal cometeu supostos crimes de apropriação indébita, crimes falimentares e lavagem de dinheiro, sobre a venda da aérea à ITA.
A promotoria, no entanto, em 5 de fevereiro de 2024, inocentou o casal por falta de provas. Na nota divulgada, afirmava que eles, na verdade foram vítimas de "empreitadas criminosas" de Sidnei Piva e Camila Valdívia, então donos do Grupo Itapemirim.[17]
Com a aquisição da MAP Linhas Aéreas, no dia 21 de agosto de 2019, a companhia passou a operar 28 destinos, ampliando sua participação no mercado nacional. Adquiriu em leilão da ANAC, 158 slots semanais no aeroporto de Congonhas, pertencentes anteriormente à Avianca Brasil. Atualmente, a empresa opera 34 destinos em todas as regiões do Brasil.
Após o anúncio da compra da MAP Linhas Aéreas, a empresa passou se chamar VOEPASS Linhas Aéreas. Entretanto em 20 de agosto de 2020, a Voepass foi denunciada pelos antigos donos da MAP por não quitarem dívidas trabalhistas e pediram reintegração de posse de um ATR-42 500 que não estava no acordo de venda.[18] Além disso, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica investigou a Voepass sobre a aquisição dos slots da extinta Avianca Brasil além de supostas alienações financeiras da companhia, pois desde a aquisição da MAP, os slots nunca foram utilizados em sua totalidade. O senador Omar Aziz pediu explicações ao CADE sobre a fusão das duas companhias.[19]
A empresa não ficou com a MAP por muito tempo e logo em 2021 a vendeu para a Gol Linhas Aéreas.[20][21]
No final do ano de 2018, a Passaredo informou que todos os trechos de seus voos entram no programa de pontos da Gol Linhas Aéreas, o Smiles.
No dia 1 de junho de 2015, a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) autorizaram o acordo de compartilhamento de código (code share) entre a Passaredo e a LATAM Brasil, que havia sido assinado em dezembro de 2014. Este compartilhamento permite que a LATAM comercialize passagens aéreas com origem ou destino em localidades operadas pela Passaredo.
A Passaredo Linhas Aéreas, começou a operar, a partir do dia 9 de março de 2017, voos em parceria com a Gol Linhas Aéreas, encerrada em 2023.[22]
Em setembro de 2019, a empresa recebeu dois ATR72-600 na frota, para início das operações de Congonhas. Em novembro a frota da empresa era composta por sete aeronaves, estando prevista a chegada de mais um ATR72-600 para dezembro.
Em fevereiro de 2020, a VOEPASS chegou a frota de 13 aeronaves ATR, a companhia opera sob as regras da certificação IOSA, programa internacional de excelência operacional da IATA, com rotas nas regiões sul, sudeste, centro oeste, norte e nordeste, totalizando 47 destinos atendidos em todas as regiões do Brasil.[23]
Modelo | Quantidade | Observações |
---|---|---|
ATR 42-500 | 2 | |
ATR 72-500 | 8 | PR-PDW possui pintura "retrô" |
ATR 72-600 | 3 |
Um ATR-72 600 que ostentava a matrícula PR-PDO teve parte do trem de pouso destruído após decolar. A falha foi causada pela soltura de um pino que o sustenta ao veículo.[25]
Um ATR-72 500 da companhia teve o para-brisa rachado. O veículo em questão ostentava o código PP-PTO.[26]
Um ATR-72 500 da empresa com o código PS-VPE teve a fuselagem esburacada após o pneu traseiro do veículo explodir.[27]
A aeronave ATR-72 500 de prefixo PS-VPB, cumprindo o voo 2283, saiu de Cascavel, no estado do Paraná, com destino a São Paulo. Bombeiros relataram que o avião caiu em Vinhedo, no estado de São Paulo, após perder contato com o controle de tráfego aéreo por volta de 13h30, horário local. Dados preliminares indicaram que a aeronave atingiu uma taxa de descida de 13 mil pés por minuto. O avião caiu perto de um condomínio em uma área residencial do bairro Capela, sem relatos de feridos no solo. Várias casas também foram relatadas como atingidas pelo avião durante a queda.[28]
Diversos vídeos do evento mostram a aeronave descendo verticalmente e em espiral. O piloto Durval Fantozzi Filho, em entrevista à CNN Brasil, no dia 10 de agosto de 2024, que presenciou a queda a partir de sua residência em Vinhedo, descreveu: “Eu tive a triste imagem de ver a aeronave saindo da camada em um voo descendente em espiral, em uma manobra que se chama parafuso chato (...) o parafuso chato é uma manobra a qual o aviador não consegue recuperar o controle da aeronave”.[29]
A aeronave explodiu e se incendiou depois de se chocar contra o solo, no jardim de uma residência, que, no momento do acidente, encontrava-se desocupada.[30][31]
Neste acidente, todas as 62 pessoas a bordo morreram, sendo 58 passageiros e quatro tripulantes.[32][33] Uma cachorrinha vira-lata de nome Luna estava entre as vítimas da queda do avião.[34]
Um ATR-72-500 da empresa, com matrícula PS-VPA, fez um pouso de emergência em Uberlândia, Minas Gerais, devido a uma suposta pane a bordo. A aeronave estava em rota de Rio Verde para São Paulo-Guarulhos, transportando 32 passageiros. Não houve feridos. Metade dos passageiros decidiu não embarcar em outra aeronave enviada pela companhia para substituir o PS-VPA e optou por seguir viagem por terra.[35]
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