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cantor, compositor e ativista afro-brasileiro Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Lazzo Matumbi (Salvador, 24 de março de 1957), nome artístico de Lázaro Jerônimo Ferreira,[1] é um cantor, compositor e ativista brasileiro, um dos expoentes da música negra baiana oriundos do bloco afro Ilê Aiyê, e considerado "uma das vozes mais marcantes da música baiana".[2]
Lazzo Matumbi | |
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Nascimento | 24 de março de 1957 Salvador |
Cidadania | Brasil |
Ocupação | cantor, compositor, ativista dos direitos humanos |
Embora nascido na capital baiana, na região da Garibaldi, Lazzo cresceu numa comunidade da cidade de Simões Filho, para onde o pai, seu Florentino, funcionário da Companhia Hidrelétrica do São Francisco, e a mãe, Minervina, se mudaram; ela levava o filho único para as rodas de samba da Federação quando ele era pequeno.[2] Ali, na Baixa do Gantois, acompanhava a mãe tocando atabaque, a partir dos 12 anos de idade.[3] Aos treze anos de idade foi morar sozinho em Salvador, no Conjunto Residencial Politeama (conhecido na capital baiana como "Minhocão" por seu formato sinuoso), ali ficando por dois anos.[2]
Lazzo havia sido cantor do bloco Ilê Aiyê de 1978 a 1980, saindo para a carreira solo em 1981 realizando um show no Teatro Vila Velha;[2] Em 1981 lançou seu primeiro disco compacto, a convite do radialista Baby Santiago que também não gostou dos nomes pelos quais era conhecido: Lazinho do Ilê ou Lazinho Diamante Negro; foi então que incorporou o Matumbi, termo iorubá para designar uma pedra sagrada da Nigéria.[3]
Após morar por três anos em São Paulo, retornou em 1986 justamente quando Luiz Caldas fazia sucesso com uma canção cuja letra menosprezava a "nega do cabelo duro" - indignado, Lazzo procurou o amigo Jorge Portugal que então compôs a letra de "A Alegria da Cidade" com música de sua lavra, seu primeiro sucesso em 1986 mas que, por racismo, teve sua gravação inicialmente recusada por um produtor musical; ele então passou a composição para a então principiante Margareth Menezes (onde sua gravadora impôs a mudança do verso "sou a cor da Bahia" para "sou o som da Bahia") e foi um sucesso em todo o Brasil.[2]
Apresentado pelo cineasta e escritor André Luiz Oliveira ao cantor Jimmy Cliff, que morou por cerca de dez anos em Salvador, Lazzo passou a fazer a abertura dos shows do cantor jamaicano durante sua turnê de três anos pelo Brasil e Europa, incluindo o Rock in Rio de 1991; participou do backing vocal da gravação que este cantor realizou junto a Margareth do clipe "Me Abraça e Me Beija".[2]
Lazzo também inovou no carnaval soteropolitano no século XXI, sendo um dos primeiros cantores da puxar um bloco sem as cordas que separam o público em geral dos integrantes.[3]
Durante a pandemia de Covid-19 Lazzo foi morar com a mãe, então com 90 anos, a fim de lhe proporcionar os cuidados devidos.[2]
Lazzo é considerado um dos criadores do samba-reggae, e seu disco de 1988 "Atrás do Pôr do Sol", que trazia sucessos como "Me Abraça e Me Beija", foi selecionado em edital da empresa Natura trinta anos depois, para ser reeditado; nas letras o cantor questiona o preconceito, em temas que permaneceram atuais com expressões como “acabar com a tristeza, com a pobreza e o apartheid" da canção "Abolição".[4]
Em 2016 Lazzo foi agraciado com a Comenda Senador Abdias Nascimento pelo Senado Federal do Brasil, premiação que reconhece anualmente as personalidades brasileiras que se destacam na defesa da cultura negra no país.[5] Em novembro de 2018 Lazzo foi homenageado pela "4ª Balada Literária da Bahia".[4]
Lazzo é autor de grandes sucessos da música baiana, como "Alegria da cidade", "Do jeito que seu nego gosta", "Me abraça e me beija" e "Abolição".[1] Gravou os seguintes discos:
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