Itanhaém
município brasileiro do estado de São Paulo Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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Itanhaém é um município da Baixada Santista, no estado de São Paulo, Brasil. É a terceira cidade mais antiga do Brasil, atrás de Cananéia e São Vicente, todas do estado São Paulo[7].[8] A sua população em 2022 era de 112.476 habitantes e a área é de 601,711 km², o que resulta numa densidade demográfica de 186,93 hab./km². Durante a época de temporada, entre os meses de dezembro e fevereiro, sua população pode passar de 300.000 pessoas, devido à alta concentração de turistas.[9]
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Município do Brasil | |||
Vista panorâmica do centro da cidade. | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Lema | Angulus ridet "Recanto feliz"[1] | ||
Gentílico | itanhaense | ||
Localização | |||
Localização da Itanhaém em São Paulo | |||
Localização da Itanhaém no Brasil | |||
Mapa da Itanhaém | |||
Coordenadas | 24° 10′ 58″ S, 46° 47′ 20″ O | ||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | São Paulo | ||
Região metropolitana | Baixada Santista | ||
Municípios limítrofes | Juquitiba, Mongaguá, Pedro de Toledo, Peruíbe, São Paulo e São Vicente. | ||
Distância até a capital | 109 km | ||
História | |||
Fundação | 22 de abril de 1532 (492 anos) | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | Tiago Rodrigues Cervantes (PSDB, 2021–2024) | ||
Vereadores | 10 | ||
Características geográficas | |||
Área total [2] | 601,711 km² | ||
População total (Censo IBGE/2022[3]) | 112 476 hab. | ||
Densidade | 186,9 hab./km² | ||
Clima | subtropical (Cfa) | ||
Altitude | 5 m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
CEP | 11740-000 | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2010[4]) | 0,745 — alto | ||
PIB (IBGE/2008[5]) | R$ 610 554,141 mil | ||
PIB per capita (IBGE/2019[6]) | R$ 20 011,41 | ||
Sítio | itanhaem.sp.gov.br (Prefeitura) itanhaem.sp.leg.br (Câmara) |
O nome do município é incerto, com inúmeras possibilidades oriundas do tupi antigo. A primeira significa "pranto de pedra" ou "pedra que chora", originário da composição genitiva: itá "pedra" e nha-em "pranto". A segunda possibilidade, é que[10] "Itanhaém" signifique "pedra sonora" ou "pedra que canta"[11] em alusão as águas que batiam nas pedras, e ecoava sons, através da composição de itá, "pedra", com nhe'eng (verbo), "que fala, ou que canta".[12]
Itanhaém é um dos 15 municípios paulistas considerados estâncias balneárias pelo Estado de São Paulo, por cumprirem determinados pré-requisitos definidos por lei estadual. Tal status garante a esses municípios uma verba maior por parte do estado para a promoção do turismo regional. Também, o município adquire o direito de agregar junto ao seu nome o título de "estância balneária", termo pelo qual passa a ser designado tanto pelo expediente municipal oficial quanto pelas referências estaduais.
Em 1532, o Rei de Portugal enviou uma expedição às suas terras no Continente Americano, visando à colonização e fundação dos primeiros núcleos populacionais europeus. Assim, segundo a tradição e a hipótese mais provável, como atestam Paulino de Almeida, Pedro Taques e frei Vicente do Salvador, entre outros historiadores gabaritados,[11] Martim Afonso de Sousa, líder desta expedição, durante os dois anos em que permaneceu na região de São Vicente, teria fundado o núcleo original da cidade de Conceição de Itanhaém em 22 de abril de 1532, à margem oriental da foz do Rio Itanhaém, sob os pés do Morro do Itaguaçu[11] sendo, portanto, o segundo núcleo populacional criado pelos colonizadores portugueses no território brasileiro.[8] Outras teorias, menos comprovadas e aceitas, afirmam que Itanhaém viria a ser fundada algumas décadas mais tarde pelos portugueses João Rodrigues Castelhano e Cristóvão Gonçalves, ou por Antônio Soares, ou ainda por Pedro Namorado.[11] Frei Gaspar da Madre de Deus não teria achado nenhuma povoação ao redor da foz do Rio Itanhaém em 1555. É certo, porém, que o povoado de Itanhaém já existia em, pelo menos, 1561, quando documentação histórica oficial eleva o povoado local, previamente já existente, à categoria de vila. O mapa mais antigo conhecido até o momento que mostra a existência de Itanhaém é de 1597.[13][13]
O povoado surgiu aos pés do "Convento Nossa Senhora da Conceição", estrategicamente construído no alto do Morro do Itaguaçu. Tal localização visava o refúgio e a defesa dos moradores no Convento, em caso de ataque de índios inimigos.[8] Posteriormente, a povoação foi elevada a categoria de vila em abril de 1561 pelo capitão-mor Francisco de Morais, sendo então nomeada "Vila Conceição de Itanhaém", e ficava próxima a onde hoje está a Praça Doutor Carlos Botelho — um local que, na época, ficava às margens do antigo leito do Rio Itanhaém.[14] Assim, desde então, passou a ter sua própria Câmara Legislativa e o primeiro núcleo político[8] É possível que parte das paredes originais da Casa de Câmara e Cadeia datem desta época.
Uma das primeiras igrejas do Brasil foi construída, originalmente, em território de Itanhaém, restando hoje apenas as chamadas ruínas de "Abarebebê", atualmente no território do emancipado município de Peruíbe.[15] Em 1563, o famoso navegante alemão Hans Staden naufragou em alto-mar, tendo nadado para a Vila de Itanhaém e, daí, partido para o litoral norte.[8] Outra figura importante na história da cidade foi o padre José de Anchieta, hoje elevado a santo católico, que peregrinou várias vezes pela região durante o Século XVI, catequizando índios locais.
De 1624 até 1753,[16] Itanhaém chegou a seu auge em importância ao ser elevada à condição de "Cabeça da Capitania de Itanhaém" governada pela Condessa de Vimieiro e por seus descendentes.[16] Ser cabeça de capitania na época equivaleria hoje a ser capital estadual. A condessa era neta e herdeira de Martim Afonso de Sousa e governaria a Capitania de São Vicente, da qual Itanhaém fazia parte.[16] Mas, após um questionamento judicial, a condessa foi destituída de seu cargo de donatária.[16] Assim, por conta própria, criou a Capitania Conceição de Itanhaém, decisiva para a História do Brasil, pois dela saíram as primeiras grandes entradas e bandeiras que desbravaram o interior do continente e que levou ao surgimento de estados como Minas Gerais, Paraná, Goiás e Mato Grosso.[11][16] Em sua máxima extensão, a Capitania de Itanhaém teria um território que viria desde Cabo Frio[11] no norte do Rio de Janeiro indo até a Ilha do Mel[11] na atual divisa de São Paulo com o Paraná, sendo que o Vale do Paraíba e até mesmo o atual território de Minas Gerais teriam pertencido à Capitania de Itanhaém.[11][17] Foi devido a este entendimento que a Condessa de Vimieiro permitiu que exploradores buscassem riquezas e fundassem vilas a seu mando, como Taubaté,[11][17] primeira cidade do Vale do Paraíba e da qual, anos mais tarde, saíram bandeirantes que fundaram Mariana,[11][17] primeira cidade e primeira capital mineira, além de Campinas. Itanhaém só viria a fazer parte do Estado de São Paulo a partir de 1753, quando a capitania que levava seu nome foi comprada pela Coroa Portuguesa e extinta, passando seu território ao governo da Capitania de São Paulo.[16]
Em 1654, foi construído um novo "Convento de Nossa Senhora da Conceição", o qual ficou popularmente conhecido como "Convento dos Franciscanos".[18] Em 1761 foi inaugurada a Igreja Matriz de Sant'Anna. Em 1888, graças à ideia de Isaías Cândido Soares e João Batista do Espírito Santo, a Câmara Municipal fundou o "Gabinete de Leitura", objetivando a levar educação aos moradores locais. O Brasil começou o Século XXI ainda enfrentando problemas como altas taxas de analfabetismo, enquanto Itanhaém, graças à iniciativa do gabinete, quase erradicou o analfabetismo entre seus moradores ainda no Século XIX.[19] Por fim, em 1906, já durante a República Velha, a Vila Conceição de Itanhaém foi elevada à condição de município, passando a ser governada por um Prefeito a partir de 1908, com João Baptista Leal.[8] A cidade ainda fez história ao ser a primeira no Estado de São Paulo, e a segunda em todo o Brasil, a ter, como prefeita eleita, uma mulher: Spasia Albertina Bechelli Cecchi, ainda em 1936.
Em princípio, Itanhaém permaneceu até o começo do século XX apenas como uma pacata e isolada vila de pescadores e agricultores caiçaras, e só se tornou uma cidade com viés turístico, atraindo visitantes temporários de outras partes, após a chegada da ferrovia ao local em 1913.[20] Foi por meio dela, inclusive, ao receber turistas que buscavam as belas e intocadas praias, ilhas e morros, que nasceram e se desenvolveram bairros afastados, como o "Bairro do Poço", atual "Belas Artes",[21] e Suarão,[22] todos na primeira metade do século XX. O turismo existia na então cidade, mas ainda era pequeno por conta da precariedade dos meios de transporte, uma vez que a única opção era a Linha Santos-Juquiá (Sorocabana).[23] O turismo no município sofreria o salto definitivo com a inauguração da Rodovia Padre Manoel da Nóbrega em 1961. A partir desse ano, o acesso à cidade ficou muito prático para os turistas que estivessem de carro, vindo de qualquer parte do estado.[23] Ainda em 1961, a Breda Turismo passou a operar uma linha de ônibus ligando a cidade à Grande São Paulo.[23]
Por fim, Itanhaém acabou perdendo boa parte de seu enorme território com as emancipações dos municípios de Itariri em 1948, e de Peruíbe e Mongaguá, ambas em 1959.
O final da Década de 1990 e início da Década de 2010 foi um período que apresentou mudanças sensíveis à antiga cidade, após décadas sem grandes alterações. Em duas décadas, a população da cidade dobrou de tamanho,[24] saltando de 46 074 habitantes em 1991 para 87 057 moradores em 2010,[24] fato que modificou muito o antigo clima local de "cidade pacata de interior", com poucos carros, baixa criminalidade e baixo movimento de pessoas em dias comuns.
A Ferrovia foi privatizada e linhas de trens de passageiros que circulavam diariamente por Itanhaém desde 1913 foram suprimidas em 1998. Em 2003, o trem cargueiro diário também foi suprimido, estando o centenário Ramal de Cajati completamente abandonado e sem tráfego desde então, assim como as antigas estações ferroviárias, apesar de haver pleitos locais e regionais pedindo o retorno dos trens à região. Em abril de 1998, foi divulgado que Xuxa Meneghel pretendia abrir o "Xuxa Water Park",[25] um grande parque aquático temático na cidade, na região da Chácara Cibratel, o que geraria milhares de empregos fixos para os moradores, além de fluxo constante de turistas - e não mais apenas na alta temporada. Mas, poucos meses depois, o projeto, já em fase de divulgação e com passaportes vendidos, foi embargado a pedido do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA),[26] sob a justificativa de provocar devastação em uma área de Mata Atlântica com espécies animais em risco de extinção.[26] Com o tempo, o projeto foi engavetado, não aparecendo, após isto, outro projeto de investimento deste nível para o município.
Entre os inúmeros atrativos turísticos da cidade destacam-se:
A cidade oferece cursos gratuitos de Dança, Música e Artes marciais para os munícipes.
Itanhaém possui Escolas de Samba de bairro e desfile durante o Carnaval. Há várias festas típicas festejadas anualmente, geralmente de cunho religioso Católico Romano, realizadas com apoio da Prefeitura, como Pentecostes, Corpus Christi, em homenagem a São José de Anchieta, a Nossa Senhora da Conceição, entre outras.
Uma das marcas da cidade é a tradicional Banda Marcial Municipal de Itanhaém.[28] Considerada um dos mais tradicionais e premiados corpos musicais do Estado de São Paulo, a Banda Marcial de Itanhaém, vinculada à Prefeitura, tem em sua trajetória importantes títulos como, o tricampeonato geral no Concurso Nacional de Bandas e Fanfarras em 1994, 1999 e 2000. Composta por quase 100 integrantes, a Banda trabalha com a finalidade de promover e difundir a cultura musical como instrumento de transformação social. Apesar de ser instituída por lei apenas em 1987, ela foi criada por músicos locais em 1973 e, desde então, não parou mais. No total, foram mais de 800 apresentações em concertos.
A cultura caiçara, do habitante típico da região, pode ser observada no estilo de vida dos vários moradores locais que vivem da pesca, seja na praia, nos costados rochosos, ou em barcos nos rios ou em alto mar. Há, por fim, a cultura indígena, com uma comunidade grande de ameríndios espalhados pela cidade, em seus bairros e em tribos um tanto isoladas, espalhadas pelas matas do município.
A cidade passou a ser mais conhecida após o livro de fantasia Os Guardiões, de Gabriel Mariano, ambientar cenas na região, incluindo descrições de lugares na cidade. Ficou nacionalmente conhecida em 1973, por ter abrigado todas as gravações externas da novela Mulheres de Areia, da extinta Rede Tupi, as quais atraíram uma vasta quantidade de turistas que vieram acompanhá-las, tirar fotos com o elenco, conhecer a cidade e tomar banho nas praias locais.
Situada na Região Imediata de Santos, Itanhaém tem a maior parte de seu território formada por planícies, ao nível do mar, e que se estendem desde as praias até a base das encostas da Serra do Mar, onde atingem, no máximo, 50 metros de altitude, aproximadamente. Tais planícies são entrecortadas por morros isolados, com baixa elevação, levemente íngremes, e também por rios e manguezais.
A Mata Atlântica, com uma área de aproximadamente 300 km², permanece com flora e fauna bem conservadas, no interior do território, especialmente na Serra do Mar. Embora quase inteiramente situado em região pouco elevada, uma pequena parte do município, já sobre o Planalto de Piratininga, difere totalmente do clima e o relevo típicos da maior parte do município. Trata-se da área ocupada por um loteamento de chácaras, denominado Terras de Santa Rosa, onde se encontram a cachoeira do Funil e o rio Mambu. Não há ligação entre Terras de Santa Rosa, demais bairros e o centro da cidade; para se locomover entre eles, é necessário retornar até o município de São Paulo, descer a Serra pelo Sistema Anchieta-Imigrantes e atravessar boa parte dos municípios da Região Metropolitana da Baixada Santista.
Itanhaém abriga parte da Área de Relevante Interesse Ecológico Ilhas Queimada Pequena e Queimada Grande, criada em 1985 e administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.
Seus limites são Juquitiba e a capital paulista, ao norte; São Vicente e Mongaguá, a leste; Peruíbe, a sudoeste, e Pedro de Toledo a oeste. O Oceano Atlântico fica ao sudeste do município.
O território do município é completamente cortado por rios, totalizando 912 km de bacia hidrográfica. Os principais rios são:
A Serra do Mar é uma encosta contínua ao fundo da cidade, que desce de nordeste para sudoeste, estando acima dela o Planalto de Piratininga, O Bairro Terras de Santa Rosa (Itanhaém), e as cidades de São Paulo e Juquitiba. Em noites encobertas com nuvens altas, é possível ver, por cima dela, o reflexo brilhante da claridade da Capital.
O sistema da Serra do Mar em Itanhaém engloba duas cadeias de serras, duas montanhas com altitude acima de 300 metros e alguns morros espalhados pelo território com menos de 300 metros de altitude, destacando-se, entre estes:
As praias marítimas, no sentido sul-norte
Além das praias marítimas, Itanhaém possui ainda praias fluviais na beira de seus rios, com destaque para as praias de Boca da Barra e Country Club.
Gráfico climático para Itanhaém | |||||||||||
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J | F | M | A | M | J | J | A | S | O | N | D |
243
28
20
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281
28
19
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217
28
18
|
173
25
16
|
134
23
14
|
104
22
12
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84
22
12
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94
23
13
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125
23
14
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154
24
15
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147
25
16
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147
26
17
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Temperaturas em °C • Precipitações em mm Fonte: Tempo Agora |
O clima de Itanhaém é o subtropical úmido, sem meses secos, com verões quentes e invernos brandos, sendo o mês mais quente janeiro, com uma média de 25 °C e o mais frio julho, com uma média de 17 °C.
Dados do Censo — 2010
(Fonte: IPEADATA)
O município possui linhas municipais, além do apoio auxiliar de pequenas linhas turísticas. Possui ainda linhas de ônibus intermunicipais ligando a outras cidades da Baixada Santista, como São Vicente, Santos e Peruíbe, ou do Vale do Ribeira, como Pedro de Toledo.
Há uma Rodoviária Interestadual ligando a cidade tanto a outros municípios da Região Metropolitana da Baixada Santista, quanto à Capital São Paulo, à Osasco, à São Bernardo do Campo, assim como à cidades do Vale do Ribeira e até dos estados do Paraná e de Santa Catarina, tais como Curitiba, Florianópolis e Joinville.
O município é servido pela Linha Santos-Juquiá da antiga Estrada de Ferro Sorocabana, mas encontra-se abandonado atualmente tanto para transporte de passageiros quanto para o de cargas; porém, há decisões judiciais recentes ordenando que a Concessionária reative a ferrovia nos próximos anos, ao menos para o transporte de cargas.
A cidade possui um aeroporto estadual, o Aeroporto de Itanhaém, capacitado para receber pequenos aviões e helicópteros, e é atualmente usado principalmente para o transporte de funcionários da Petrobrás para os poços de exploração do pré-sal em alto-mar na Bahia de Santos. Mas já há projetos para a ampliação do aeroporto para o transporte de voos de passageiros em grande escala.
Desde dezembro de 2020, a Azul Linhas Aéreas tenha uma linha de voo comercial de passageiros ligando a cidade até a Capital de São Paulo. Em 18 de dezembro de 2020, foi realizado o primeiro voo comercial da história da cidade e do aeroporto, trazendo o então Prefeito Marco Aurélio do Aeroporto de Congonhas.
A cidade foi atendida pela Cia. Telefônica de Itanhaém[31] até 1976, quando passou a ser atendida pela Telecomunicações de São Paulo (TELESP),[32] que construiu as centrais telefônicas utilizadas até os dias atuais. Em 1998 esta empresa foi privatizada e vendida para a Telefônica,[33] sendo que em 2012 a empresa adotou a marca Vivo[34] para suas operações de telefonia fixa.
Itanhaém foi elevado à condição de vila em abril de 1561, tendo desde então, em sua vida política, uma Câmara de Vereadores. O poder Executivo Municipal foi administrado por Prefeitos ou Intendentes eleitos indiretamente pela Câmara de Vereadores, no período entre 1908 e 1947. A partir de 1948, o Poder Executivo vem sendo administrado por Prefeitos eleitos diretamente pela população.
O primeiro prefeito de Itanhaém foi João Baptista Leal, que governou de 1908 a 1915. O primeiro Prefeito eleito por voto direto foi Harry Forssell, para governar entre 1948 e 1951. O prefeito que governou por mais tempo foi Miguel Simões Dias, que em dois mandatos, administrou por praticamente 9 anos o município. O prefeito mais jovem ao assumir foi Totó Mendes, com apenas 26 anos de idade ao assumir a Prefeitura em 1926. Por fim, Itanhaém foi inovadora ao eleger ainda em 1936, pela primeira vez em todo Estado de São Paulo, uma mulher para prefeita, Spasia Albertina Bechelli Cecchi.
Atualmente, Itanhaém elege seu prefeito por voto direto da população, além de dez vereadores para o Poder Legislativo Municipal.
Os bairros em negrito possuem trevo(s) na Rodovia Padre Manoel da Nóbrega.
O município pertence à Área Pastoral da Diocese de Santos.
O município teve grande influência da Igreja Católica Apostólica Romana, desde sua origem em 1532, quando da fundação do povoado, quando recebeu o título de "Conceição de Itanhaém", devido à verdadeira data de fundação, 8 de dezembro, dia dedicado a Nossa Senhora da Conceição.[carece de fontes].
No mesmo ano, deu-se início à construção de uma ermida, no alto do Morro Itaguassú, dedicada à padroeira Nossa Senhora da Conceição. Entretanto, somente no ano de 1553, com a criação da Irmandade de Nossa Senhora da Conceição de Itanhaém, a irmandade primaz do Brasil, é que foi encomendada, de Portugal, uma imagem da padroeira, a qual introduziu o culto mariano no país, conhecida como a Imaculada Conceição, também chamada de "Virgem de Anchieta" (pois o beato padre José de Anchieta inspirou-se nela para escrever a obra literária "Poema à Virgem"), que se encontra, hoje, na Igreja Matriz de Sant'Anna. A Irmandade de Nossa Senhora da Conceição de Itanhaém ainda hoje resiste no município, desempenhando papel importante na condução da festa da padroeira da cidade.[carece de fontes] O convento é tombado como patrimônio da cidade.
No ano de 1561, surgiu a Paróquia Nossa Senhora da Conceição de Itanhaém, desvinculada da Paróquia de São Vicente Mártir, no então povoado que vinha se estabelecendo aos pés do Morro Itaguassú e se manteve como única instituição católica até o ano de 2007, quando ocorreu o seu desmembramento e a criação da Paróquia de Santa Terezinha do Menino Jesus, no bairro de Belas Artes e, no ano seguinte, a denominação de pró-paróquia à Igreja de Nossa Senhora de Sion, no bairro do Suarão.[carece de fontes]
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