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político afegão Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Gulbuddin Hekmatyar (em pachto: ګلبدین حکمتیار; Kunduz, 1947) apelidado de "O Carniceiro de Cabul", [1] é um líder mujahidin afegão, fundador e comandante do partido político/grupo paramilitar Hezb-e Islami. Hekmatyar foi um comandante militar rebelde durante a invasão soviética do Afeganistão, na década de 1980, e uma das principals figuras da guerra civil que se seguiu à retirada dos soviéticos. Foi primeiro-ministro do país de 1993 a 1994, e, por um breve período, em 1996. Um dos mais controversos líderes mujahidin, foi acusado de ter gasto "mais tempo lutando contra outros mujahidin do que combatendo os soviéticos", e de ter matado civis de maneira indiscriminada.[2]
Gulbuddin Hekmatyar ګلبدین حکمتیار | |
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Gulbuddin Hekmatyar ګلبدین حکمتیار | |
Primeiro-ministro do Afeganistão | |
Período | 17 de junho de 1993 até 28 de junho de 1994 |
Presidente | Burhanuddin Rabbani |
Antecessor(a) | Abdul Sabur Farid Kuhestani |
Sucessor(a) | Arsala Rahmani (em exercício) |
Período | 26 de junho de 1996 até 27 de setembro de 1996 |
Presidente | Burhanuddin Rabbani |
Antecessor(a) | Ahmad Shah Ahmadzai (em exercício) |
Sucessor(a) | Mohammad Rabbani |
Primeiro-ministro da Aliança do Norte | |
Período | 27 de setembro de 1996 até 11 de agosto de 1997 |
Presidente | Burhanuddin Rabbani |
Antecessor(a) | Cargo criado |
Sucessor(a) | Abdul Rahim Ghafoorzai |
Dados pessoais | |
Nascimento | 1947 (77 anos) Kunduz, Afeganistão |
Partido | Hezbi Islami |
Serviço militar | |
Serviço/ramo | Mujahidin afegão Hezb-e-Islami Gulbuddin |
Anos de serviço | 1975 – presente |
Comandos | Hezb-e-Islami Gulbuddin |
Conflitos | Invasão soviética do Afeganistão Guerra Civil do Afeganistão Guerra do Afeganistão (2001–presente) |
Na década de 1960, quando era um estudante do ensino médio, se juntou ao Partido Democrático Popular do Afeganistão (PDPA), que era uma organização de orientação socialista, e, em seguida, frequentou a Escola Militar Mahtab Qala em Cabul.
No início da década de 1970 tornou-se um extremista islâmico e se juntou à Nahzat-e-Jawanane Musalman (Movimento da Juventude Muçulmana), quando era um estudante de engenharia na Universidade de Cabul, na época ele foi acusado de jogar ácido em mulheres vestidas com roupas ocidentais e pelo assassinato de um estudante de uma facção maoísta do PDPA. Foi preso pela polícia do Rei Zahir Shah pela acusação de assassinato. Após a derrubada da monarquia em 1973, foi libertado e fugiu para o Paquistão.
Após a fuga, Hekmatyar ingressou no Jamaat-e-Islami (Partido do Islã), liderado por Ahmad Shah Massoud, que era uma organização apoiada pelo Serviço Secreto Paquistanês para desestabilizar o Afeganistão com incursões transfronteiriças. Após sua ruptura com o Jamaat-e-Islami, Hekmatyar formou seu próprio partido o Hesb-i-Islami, que tinha características mais extremistas e chamou a atenção da CIA.
Na época da Presença Soviética no Afeganistão, Hekmatyar foi um dos líderes rebeldes que mais recebeu ajuda da CIA e da Arábia Saudita para combater as tropas soviéticas, incluindo os mísseis Stinger, por ter sido considerado um parceiro confiável pelo congressista texano Charlie Wilson e por Dick Cheney.
Depois que o movimento Taliban tomou o poder em Cabul, Hekmatyar conseguiu asilo político no Irã.
Após a invasão americana do Afeganistão em 2001, Hekmatyar passou a ser um alvo da CIA e, em maio de 2002, sobreviveu a um ataque com um drone Predador, mas continuou a lutar juntamente com combatentes do Taliban contra os EUA e as forças da coalizão. Em 19 de fevereiro de 2003, o Departamento de Estado dos Estados Unidos e o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos classificarm Hekmatyar um "terrorista global".
Em 2009, o seu partido, Hesb-i-Islami, apoiou a reeleição de Hamid Karzai, em 20 de agosto de 2009.
Em março de 2010, era considerado uma liderança alinhada com o Taliban, com bases de apoio em províncias próximas a Cabul e em comunidades Pashtuns situadas no norte e nordeste do país, e possivelmente tinha sido procurado por Richard Holbrooke, representante especial da ONU para o Afeganistão e Paquistão, com o objetivo de atraí-lo para um acordo com o governo afegão[3].
Atualmente é procurado pelos Estados Unidos por ter participado de atos terroristas juntamente com a Al-Qaeda e o Taliban e, em 19 de fevereiro de 2003, o Departamento de Estado dos Estados Unidos o classificou como um "terrorista global especialmente designado".[4]
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