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empresa brasileira fabricante de aviões Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Embraer S.A.[6][7][8] (Empresa Brasileira de Aeronaves) (B3: EMBR3 / NYSE: ERJ) é um conglomerado transnacional brasileiro, fabricante de aviões comerciais, executivos, agrícolas e militares, peças aeroespaciais, serviços e suporte na área.[9][10][11] A empresa tem sede no município de São José dos Campos, interior do estado de São Paulo, e possui diversas unidades no Brasil e no exterior, inclusive joint ventures na China e em Portugal.
Embraer | |
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Aviões na sede da Embraer em São José dos Campos | |
Razão social | Embraer S.A. |
empresa de capital aberto | |
Slogan | Orgulho deste Brasil que voa |
Cotação | B3: EMBR3 NYSE: ERJ |
Atividade | aeronáutica defesa aérea |
Gênero | sociedade anônima |
Fundação | 19 de agosto de 1969 (55 anos) |
Fundador(es) | Ozires Silva |
Sede | São José dos Campos, SP |
Área(s) servida(s) | global |
Pessoas-chave | expandir lista:
|
Empregados | 15 427 (2021)[2] |
Produtos | aviões serviços material de defesa |
Divisões | Embraer Defesa e Segurança |
Subsidiárias | |
Valor de mercado | R$ 9,433 bilhões (maio/2022)[4][5] |
Lucro | R$ 274,8 milhões (2021)[2] |
LAJIR | R$ 891,1 milhões (2021)[2] |
Faturamento | R$ 22,6 bilhões (2021)[2] |
Website oficial | www.embraer.com |
A Embraer tornou-se a terceira maior fabricante de jatos comerciais do mundo e líder absoluta no segmento de até 130 assentos. Para atender demandas globais, estabeleceu unidades industriais, escritórios e centros de distribuição de peças e serviços nas Américas, África, Ásia e Europa.
Sua receita líquida em 2016, foi de 21,4 bilhões de reais (6,1 bilhões de dólares). Em 2018, ocupa a terceira posição mundial no setor, abaixo da Airbus e da Boeing.[12] Em 2012, foi a empresa que mais cresceu, entre as maiores exportadoras brasileiras (17,6% em relação a 2011).[13]
Para testes das aeronaves, a companhia utiliza tanto a pista do aeroporto de São José dos Campos, quanto a pista da unidade da Embraer em Gavião Peixoto (aeródromo de Gavião Peixoto). A pista de São José dos Campos tem 2 676 metros de extensão e pertence ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial. É utilizada tanto pela Embraer quanto para transporte aéreo comercial, sendo toda a infraestrutura compartilhada e mantida em parceria com a Infraero. A pista de Gavião Peixoto tem 5 000 metros de extensão, sendo a mais extensa do Hemisfério Sul.[14]
Em 1953, o oficial da Aviação do Exército, Casimiro Montenegro convida o engenheiro aeroespacial e fundador da Focke-Wulf em Bremen, o alemão Henrich Focke e seus engenheiros, para que atuassem no CTA.[15] Isto ocorre após Montenegro tomar conhecimento dos projetos inovadores que esses engenheiros vinham realizando na Alemanha, desenvolvendo desde 1939 helicópteros como o Focke-Wulf Fw 61 e aeronaves como Focke-Wulf Fw 190 e Focke-Wulf Fw 200.[16] A Embraer nasceu como uma iniciativa do governo brasileiro dentro de um projeto estratégico para implementar a indústria aeronáutica no país, em um contexto de políticas de substituição de importações.[17]
Neste contexto, foi aprovado em 25 de junho de 1965, o projeto governamental IPD-6504, para a produção de uma aeronave que atendesse as necessidades do transporte aéreo comercial brasileiro, principalmente em pequenas cidades, visando a produção de um avião que se adaptasse à infraestrutura aeroportuária do país na época. A especificação técnica do projeto era para a produção de uma aeronave pequena, com capacidade para oito passageiros, de asa baixa, turbopropelida e bimotor. O projeto e montagem foram realizados nas instalações do CTA e o primeiro protótipo teve seu voo inaugural em 22 de outubro de 1968. Sua produção envolveu cerca de trezentas pessoas, lideradas pelo engenheiro aeronáutico e então major da FAB, Ozires Silva.[18] No ano seguinte seria criada a Embraer com a finalidade de produzir o modelo em série, denominado Embraer EMB-110, sendo Ozires Silva o primeiro presidente da empresa, cargo que exerceria até 1986.[19]
Mais dois protótipos foram produzidos pela Embraer, com a denominação EMB 100 Bandeirante, passando depois as aeronaves a receber a denominação EMB 110, para a produção em série.[20] Além do CTA, criado em 1946, mas que em 30 de abril de 2009 passou a ser denominado Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), é considerado outro precursor da Embraer, o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Criado também por Casimiro Montenegro em 1950, a proposta para sua criação havia sido apresentada por ele em 1945 a um grupo de oficiais do Estado Maior da Aeronáutica.[21]
Fundada no ano de 1969, como uma sociedade de economia mista vinculada ao Ministério da Aeronáutica,[22] seu primeiro presidente foi o engenheiro Ozires Silva, que havia liderado o desenvolvimento do avião Bandeirante.[23] Inicialmente, a maior parte de seu quadro de funcionários formou-se com pessoal oriundo do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), que fazia parte do CTA. De certo modo, a Embraer nasceu dentro do CTA. No ano de 1980, adquiriu o controle acionário da Indústria Aeronáutica Neiva, que se tornou sua subsidiária, atual divisão de aviação agrícola. Durante as décadas de 1970 e 1980, a empresa conquistou importante projeção nacional e internacional com os aviões Bandeirante, Xingu e Brasília.[24][25][carece de fontes]
Ao iniciar uma parceria com a Itália em 1981, foi possível elaborar o avião de ataque ar-terra AMX, considerado um importante salto tecnológico para a elaboração de novos projetos.[25] Em 1986 Ozires Silva deixou a presidência da empresa para assumir a Petrobras. Em 1988 teve início o desenvolvimento de um avião binacional que seria projetado e construído tanto pela Embraer, quanto pela argentina Fábrica Militar de Aviones (FMA). A aeronave teve a designação de CBA-123, sendo CBA a sigla para Cooperação Brasil-Argentina.[26]
Em 1990 o primeiro protótipo voou, mas seu alto preço, além da crise econômica e política da época, acabou com o projeto. Um dado curioso sobre a aeronave é a motorização na parte traseira da fuselagem, com as hélices voltadas para trás. A grave situação econômica do Brasil no final da década de 1980, a qual se convencionou chamar de Década perdida por causa dos dados econômicos ruins registrados somada à hiperinflação, marcou a economia brasileira e contribuíram para o agravamento da crise da Embraer, que quase fechou.[carece de fontes][25] O valor da dívida da Embraer alcançou os valores de 790 milhões de dólares no ano de 1991 e 933 milhões de dólares em 1992.[25] Em 1991, Ozires Silva foi convidado a voltar à presidência da empresa e a conduzir o processo de privatização.
Em 1992 foi colocada na lista de empresas a serem privatizadas e em 1994, durante o governo de Itamar Franco, a empresa foi leiloada.[27] Com a privatização da empresa, a União pôde arrecadar cerca de R$ 154 milhões.[25][27][28]
Os novos controladores acionários passaram então a ser os fundos de pensão Previ e Sistel (20% cada) e a Cia. Bozano, Simonsen (20%).[25] Um grupo de investidores com participação acionária menor (total de 20%), composto pela Dassault, EADS, Snecma e Thales Group compraram a Embraer em 1999.[29] Após a privatização, a empresa foi presidida pelo engenheiro Maurício Botelho, que foi substituído em 2007 por Frederico Curado.[30][31]
Após a privatização, a empresa passou por um longo processo de reestruturação, com novos projetos sendo apresentados. O número de funcionários foi reduzido de 9 mil para cerca de 6 mil pessoas[32] Em dezembro daquele mesmo ano, a empresa se tornaria a terceira maior empresa mundial no setor.[19]
Antes de ser privatizada, a companhia estava à beira da falência e sequer figurava entre as empresas com maior valor de mercado.[carece de fontes] Depois de alguns anos da privatização, passou a ser a terceira maior fabricante de jatos comerciais do mundo.[33] Em 2013 foi a Empresa do Ano da edição especial Melhores e Maiores da Revista Exame, por ter sido a companhia brasileira que mais cresceu em exportações em 2012, 17,6% em relação ao ano anterior, sendo uma das maiores exportadoras do país.[12]
Tornou-se uma das mais importantes blue chips negociadas na B3 e distribui dividendos a acionistas minoritários e funcionários.[34]
Essa recuperação de mercado após a privatização foi resultado do sucesso do programa ERJ-145, uma aeronave concebida para acompanhar a tendência mundial na aviação regional na época, que era de utilizar aviões de maior porte, com propulsão a jato.[nota 1] O sucesso continuou com os modelos ERJ-170 e ERJ-190. Um dos setores da empresa que mais investiu nessa época foi o de Pesquisa e Desenvolvimento. A Embraer S/A possui atualmente um dos mais avançados centros de realidade virtual do mundo.[36] Os detalhes dessa recuperação estão em um relatório elaborado em 2009 pela USP e UNICAMP, a pedido do BNDES.[37]
Maurício Botelho foi responsável pela reestruturação da empresa, principalmente no âmbito financeiro. O lançamento do projeto da família ERJ-145, jatos comerciais com capacidade de até 50 passageiros, foi um sucesso de mercado que atingiu a marca de mil aviões vendidos em 2006. O passo seguinte foram novos investimentos para a criação da linha de aviões EMB 170/190, uma aposta no segmento de 70 a 120 lugares, classificados como E-Jets. Foram um sucesso com 878 encomendas firmes e 915 intenções de compra, e que foram logo associados a um novo nicho de mercado, ocupado tanto pelas empresas aeronáuticas principais (ou major) quanto pelas de baixo-custo e baixa-tarifa (ou low-cost, low-fare). Neste segmento, sua maior concorrente é a empresa canadense Bombardier, com modelos de até 90 lugares. Em 2000, a brasileira lançou ações nas bolsas de valores de Nova Iorque e de São Paulo.[carece de fontes]
Devido a subsídios adotados pela empresa canadense Bombardier, o governo brasileiro entrou com um pedido de reparação na Organização Mundial do Comércio. A disputa durou alguns anos e ambas as partes foram condenadas a adotar novas formas de financiamento aceitas internacionalmente para a venda, fabricação e desenvolvimento de suas aeronaves.[carece de fontes]
Em dezembro de 2002, uma joint venture com a China Aviation Industry Corporation II (AVIC II) criou a Harbin Embraer Aircraft Industry Co. Ltd. (HEAI),[38] possibilitando a construção e venda de aviões ERJ-145 para o mercado da China. Em 2004, foi criada uma associação com a empresa do ramo de defesa Lockheed Martin, para o fornecimento de aviões de sensoriamento remoto, com base no ERJ-145, para a marinha e aeronáutica dos Estados Unidos. No entanto, este projeto foi suspenso em janeiro de 2006. Ainda em 2004, um consórcio liderado pela Embraer foi declarado o vencedor no processo de privatização da OGMA (Indústria Aeronáutica de Portugal S/A), deste modo derrotando o consórcio ítalo-americano que havia sido constituído pelas companhias Alenia Aeronautica e Lockheed Martin.[39]
Em 2005 a empresa deu início a uma ofensiva comercial para ampliar sua participação no mercado de aviões executivos, presente apenas com o Legacy, cuja plataforma é o jato ERJ-135. Para tanto, iniciou uma reestruturação interna nessa área, organizada pelo seu então vice-presidente de aviação executiva, Luís Carlos Affonso. Em maio do mesmo ano, anunciou o projeto do Light Jet e do Very Light Jet. Juntamente com modelos em tamanho real, seus nomes oficiais foram divulgados em novembro, durante a National Business Aviation Association (NBAA), em Orlando, como Phenom 300 e Phenom 100, respectivamente. Também nesse ano foi lançado o Lineage 1000, maior avião executivo baseado no EMB 190. Em janeiro de 2006 foi anunciado pelo presidente venezuelano Hugo Chávez o veto dos Estados Unidos à venda de aviões de treinamento Super Tucano ao seu país, por alegada transferência de tecnologia de origem norte-americana, presente na aviônica das aeronaves. Pelo mesmo motivo, foi anunciado veto à venda para o Irã.[carece de fontes]
Em junho de 2012 foi criada uma nova joint venture com a Aviation Industry Corporation of China (AVIC), para a fabricação na China dos jatos executivos Legacy 600/650 usando a infraestrutura e demais recursos da já existente joint venture Harbin Embraer Aircraft Industry Co., Ltd. (HEAI).[40]
Em setembro de 2012 foram inauguradas em Évora, Portugal, duas novas fábricas (as primeiras no continente europeu).[41]
Em 20 de janeiro de 2006, a Embraer anunciou um plano de reestruturação societária, segundo a qual o poder decisório seria pulverizado entre todos os acionistas, pois todos os portadores de ações da empresa na B3 teriam direito a voto. Além disso, seria desfeito o esquema, em vigor desde a privatização, no qual os fundos de pensão Previ, Sistel e a Cia. Bozano controlavam 60% das ações. Maurício Botelho continuaria na presidência do Conselho de Administração da empresa até 2009. Em 14 de fevereiro de 2007, a empresa EADS vendeu sua participação acionária de 2,12% da Embraer, por 124 milhões de euros. Em dezembro de 2012, a Embraer contava com 740,5 milhões de ações no mercado, negociadas na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) e na B3, cerca de 50% em cada. Suas ações estavam distribuídas entre fundos de pensão PREVI, Oppenheimer Fund's, Thornburg Investment, Blackrock Inc. BNDESPAR e outros BM&FBOVESPA.[42]
Em 16 de setembro de 2010, o Conselho de Administração aprovou a sugestão da diretoria para que o nome empresarial fosse alterado de Empresa Brasileira de Aeronáutica S/A para simplesmente Embraer S/A,[6][7] decisão que foi ratificada pela Assembleia Geral dos acionistas em 19 de novembro de 2010. Nesta mesma assembleia foi também aprovada a ampliação da área de atuação da empresa, que passou a ser não apenas a área aeroespacial, mas também a de sistemas de energia e a área de sistemas de defesa e segurança.[nota 2] Com a mudança do nome empresarial, o CNPJ da matriz, que até então era 60.208.493/0001-81, foi extinto, assim como também extinguiu-se o nome fantasia EMBRAER. O CNPJ da matriz passou a ser 07.689.002/0001-89.[nota 3]
Em 5 de julho de 2018, a Embraer anunciou um acordo de intenções com a norte-americana Boeing para a criação de uma joint-venture. O negócio foi avaliado em 4,75 bilhões de dólares, com a empresa brasileira a representar 20% da participação. O acordo dependia de aprovação dos acionistas e dos órgãos reguladores de ambos os países. No caso brasileiro, o próprio governo deveria concordar com a criação da nova empresa, por ter participação na Embraer, com títulos de classe especial, chamados golden share. No entanto, haveria a possibilidade da extinção desta participação especial por meio de uma decisão do Tribunal de Contas da União.[43] Com as aprovações definitivas, a previsão era que o acordo fosse oficializado até o fim de 2019.[44]
Porém, em 24 de abril de 2020, o acordo foi rescindido unilateralmente pela Boeing, mantendo a joint venture para comercialização do cargueiro militar C-390. A justificativa foi que a "Embraer havia descumprido as obrigações contratuais", afirmações inverídicas, segundo a Embraer.[45]
A Indústria Aeronáutica Neiva foi fundada em 1954, no Rio de Janeiro. Em 1956 o seu parque industrial foi instalado na cidade paulista de Botucatu. Quase duas décadas depois, em 1975, a empresa foi contratada pela Embraer para produzir a linha Embraer Piper. Em 1980 tornou-se sua subsidiária integral. Em 2006 foi incorporada e denominada Embraer Aviação Agrícola. A unidade tem como foco fabricar e fornecer suporte pós-venda da linha de aviões agrícolas Ipanema. A variante EMB-203 do Ipanema foi o primeiro avião elétrico fabricado da empresa.[46] O EMB-203 é ainda uma opção de base para o desenvolvimento de uma aeronave híbrida elétrica, combinando motor de combustão interna e motor elétrico para proporcionar maior autonomia e menor poluição/consumo.[47] A propulsão híbrida elétrica também foi considerada no projeto do TPNG (TurboProp Next Generation - "Turboélice de Nova Geração").[48][49] Produz também componentes para as linhas Embraer 170, Embraer 190, Phenom 100 e Phenom 300, além de partes do Super Tucano, KC-390, Legacy 450, Legacy 500 e Legacy 650.[50] Sua planta industrial supera 90 000 m², onde trabalham cerca de 1 800 funcionários.[51]
Localizada em São José dos Campos, a Eleb foi implantada em 1984 com o nome de EMBRAER Divisão Equipamentos (EDE), com a finalidade de desenvolver e produzir trens de pouso do EMB-312 Tucano e do avião de ataque AMX. Fabrica também diversos componentes para os sistemas eletro-hidráulicos e eletromecânicos das aeronaves da Embraer. Em 1999 passou por uma reestruturação societária, quando formou uma joint venture com a europeia Liebherr Aerospace SAS. Voltou ao controle da Embraer em 2008.[52]
Unidade localizada na Freguesia de Alverca, Lisboa, Portugal. O controle foi adquirido no ano de 2005 em consórcio liderado pela Embraer, tem como atividades a manutenção, reparo e revisão de aeronaves, motores e aviônica. Atua também na fabricação e montagem de componentes e modernização das aeronaves.[52]
Em janeiro de 2020, a EmbraerX anunciou uma parceria com a Elroy Air [en] para o desenvolvimento de drones para transporte de cargas. A EmbraerX é uma subsidiária da Embraer, sediada na Flórida, EUA, criada para o desenvolvimento de programas de inovação tecnológica. O acordo com a Elroy Air foi anunciado na CES 2020, feira de novas tecnologias em eletrônicos de consumo, que acontece anualmente em Las Vegas.[53]
Localizada em Harbin, capital da província de Heilongjiang, essa joint venture foi criada em 2002 entre a Embraer e mais duas empresas aeronáuticas chinesas: Harbin Aircraft Industry Group Co. Ltd. e Hafei Aviation Industry Co.[38] Seu foco está nas atividades operacionais de venda e suporte pós-venda da linha ERJ-145 na China.[52]
Também localizada em Harbin, essa joint venture foi criada em 2012 entre a Embraer S/A e a Aviation Industry Corporation of China (AVIC) para a produção, na China, dos jatos executivos Legacy 600/650 utilizando a infraestrutura já existente da HEAI.[40][52]
A Embraer, que mantém sua sede na cidade paulista de São José dos Campos, também tem várias unidades outras unidades. No Brasil, a empresa também tem unidades nos municípios de São Paulo, Botucatu, Eugênio de Melo, Gavião Peixoto,[54] Taubaté e Sorocaba, além de representações em Minas Gerais e Rio de Janeiro.[52]
Com sede comercial no bairro do Brooklin, em São Paulo, a Embraer Defesa e Segurança Participações S/A (CNPJ 12.592.902/0001-43), cuja planta industrial foi instalada no início de 2011 na unidade Gavião Peixoto,[54] tem como foco o fortalecimento da indústria brasileira de defesa e segurança, aplicando a experiência acumulada pela Embraer ao longo dos anos. É responsável pela produção e modernização tecnológica de aeronaves militares como o EMB-314, AMX e o desenvolvimento e produção do cargueiro tático KC-390. A EDS detém capacitação em gestão de integração de tecnologia e sistemas, aplicáveis ao setor de defesa. Tem parcerias estratégicas com empresas que atuam nas áreas de comando e controle, radares, armamentos e veículos aéreos não-tripulados. Entre suas parceiras estão a Atech, a Visiona e a OGMA.[55]
Localizada em Gavião Peixoto,[52] região de Araraquara (coordenadas ), esta unidade foi implantada em 2001 e tem como principais atividades a produção das asas para as aeronaves Embraer 190 e Embraer 195, a fabricação final dos modelos Phenom, Legacy e das aeronaves militares Super Tucano e cargueiro militar KC-390. Na unidade são também realizadas todas as atividades de ensaios em voo destas aeronaves. Em Gavião Peixoto também foram modernizados a partir de 2011, os caças F-5 e AMX da FAB na Embraer Defesa e Segurança, cuja planta industrial está instalada dentro da unidade Gavião Peixoto.[52][54]
Localizada em Sorocaba, estado de São Paulo, é um centro de serviços de manutenção, reparos e revisão para as linhas Embraer E-Jet e executiva Phenom e Legacy,[56] contando com hangares, salas de reunião e escritórios administrativos. O investimento estimado nos primeiros cinco anos é de 25 milhões de dólares, gerando até 250 empregos diretos.[57]
Implantado em 2012, o Centro de Engenharia e Tecnologia da Embraer tem suas atividades relacionadas à capacitação, pesquisa e tecnologia aplicadas à indústria aeronáutica.[58] Inicialmente instalado na Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais (Cetec), em Belo Horizonte, a unidade deverá ser transferida para o Centro de Capacitação e Tecnologia Aeroespacial de Minas Gerais (CCAE), em implantação na cidade mineira de Lagoa Santa.[59]
Denominada Embraer Systems, esta unidade da Embraer atua no desenvolvimento e aplicação de sistemas tecnológicos para as indústrias de gás e petróleo.[60]
Localizada na República de Singapura, no Sudeste Asiático. Subsidiária que iniciou suas atividades no ano de 2000, é um centro de estoque e distribuição regional de peças de reposição, manutenção e reparo das aeronaves comerciais da Embraer na região.[52]
Em dezembro de 2018, a Embraer afirmou liderar o mercado de aeronaves comerciais de até 150 assentos com 100 operadores das famílias ERJ e E-Jet.[65]
Ano | Receita líquida (R$ milhões) |
Lucro (prejuízo) líquido ajustado (R$ milhões) |
EBITDA ajustado (R$ milhões) |
Aeronaves entregues | |||
---|---|---|---|---|---|---|---|
Comerciais | Executivas | Militares | Total | ||||
2021[69] | 22 669,7 | (-274,8) | 1 946,3 | 48 | 93 | 14 | 155 |
2020[70] | 19 641,8 | (-3 616,0) | 437,6 | 44 | 86 | 18 | 148 |
2019[71] | 21 802,1 | (-862,7) | 725,6 | 89 | 109 | 3 | 208 |
2018[72] | 18 721,6 | (-224,3) | 1 713,9 | 90 | 91 | 11 | 192 |
2017[73] | 18 776,1 | 995 | 2 291,5 | 101 | 109 | 7 | 217 |
2016[74] | 21 435,7 | 585,4 | 2 844,2 | 108 | 117 | 15 | 240 |
2015[75] | 20 301,8 | 241,6 | 2 450,6 | 101 | 120 | 20 | 241 |
2014[76] | 14 935,9 | 796,1 | 1 980,7 | 92 | 116 | 7 | 215 |
2013[77] | 13 635,8 | 777,7 | 2 239,1 | 90 | 119 | 6 | 215 |
2012[78] | 12 180,5 | 697,8 | 1 762,8 | 106 | 99 | 14 | 221 |
2011[79] | 9 837,9 | 156,3 | 923,1 | 105 | 99 | 8 | 212 |
2010[80] | 9 381,0 | 574,0 | 1 069,0 | 100 | 145 | 2 | 247 |
2009[81] | 10 871,0 | 912,0 | 1 219,0 | 122 | 119 | 7 | 248 |
2008[82] | 11 747,0 | 429,0 | 1 500,0 | 162 | 39 | 6 | 207 |
2007[83] | 9 980 | 657 | 889,1 | 96 | 35 | 38 | 169 |
Fonte: Embraer[84]
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