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O Brasil é o 7º maior consumidor de energia do mundo e o maior da América do Sul, assim como um grande produtor de petróleo e gás natural na região e o segundo maior produtor de etanol combustível do mundo.
As agências governamentais responsáveis pela política de energia são o Ministério de Minas e Energia (MME), o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).[1][2][3] As empresas estatais Petrobras e Eletrobras são os principais atores do setor de energia do Brasil, assim como da América Latina.
A matriz energética do Brasil é tida como uma das mais limpas do mundo[4][5] (ver: Energia sustentável e Lista de países por produção de eletricidade renovável).
A principal característica da matriz energética brasileira é ser muito mais renovável do que a mundial. Enquanto em 2019 a matriz mundial era de apenas 14% de energias renováveis, a brasileira era de 45%. Petróleo e derivados representaram 34,3% da matriz; derivados da cana-de-açúcar, 18%; energia hidráulica, 12,4%; gás natural, 12,2%; lenha e carvão, 8,8%; energias renováveis variadas, 7%; carvão mineral, 5,3%; nuclear, 1,4%, e outras energias não renováveis, 0,6%.[6]
Na matriz elétrica, a diferença entre o Brasil e o mundo é ainda maior: enquanto o mundo tinha apenas 25% da energia elétrica renovável em 2019, o Brasil tinha 83%. A matriz elétrica brasileira era composta por: energia hidráulica, 64,9%; biomassa, 8,4%; energia eólica, 8,6%; energia solar, 1%; gás natural, 9,3%; derivados de petróleo, 2%; nuclear, 2,5%; carvão e derivados, 3,3%. [6]
Atualmente, alguns empreendimentos tencionam produzir o chamado hidrogênio verde.[7][8] O hidrogênio é classificado como "marrom", "cinza", "azul", "verde" de acordo com a fonte de energia usada para produzi-lo.[9] O H2 "verde", é aquele produzido de fontes renováveis e/ou não poluentes.[10]
A Agência Internacional de Energia posiciona o Brasil entre os principais países do mundo em diversos indicadores:
Fonte de energia | indicador | classificação | ano | quantid | unidade | % mundo | comentários |
Petróleo bruto | Produção | 9º | 2019p | 145 | Mt | 3,3% | 1º: Estados Unidos 742 Mt, 2º: Rússia 560 Mt, 3º: Arábia Saudita 546 Mt |
Eletricidade | Produção | 8º | 2018 | 601 | TWh | 2,3% | 1º: China 7149 TWh, 2º: Estados Unidos 4434 TWh |
Importação líquida | 3º | 2018 | 35 | TWh | 9,3% | 1º: Estados Unidos 44 TWh, 2º: Itália 44 TWh | |
Produção de eletricidade por fonte | Renováveis | 3º | 2018 | 495 | TWh | 7,4% | 1º: China 1833 TWh, 2º: Estados Unidos 743 TWh |
Hidroeletricidade | Produção | 2º | 2018 | 389 | TWh | 9,0% | 1º: China 1232 TWh, 3º: Canadá 386 TWh |
Potência instalada | 2º | 2018 | 105 | GW | 8,1% | 1º: China 352 GW, 3º: Estados Unidos 103 GW | |
% hidro / elet * | 2º | 2018 | 64,7 | % | 1º: Noruega (95,0%) | ||
Energia eólica | Produção de eletricidade | 7º | 2018 | 48 | TWh | 3,8% | 1º: China 366 TWh, 2º: Estados Unidos 276 TWh |
Potência instalada | 8º | 2018 | 14,4 | GW | 2,6% | 1º: China 184,3 GW | |
% eólico / elet * | 4º | 2018 | 8,1 | % | 1º: Espanha (18,5%) | ||
Biomassa | Produção de eletricidade | 3º | 2018 | 53,9 | TWh | 10,4% | 1º: China 90,6 TWh, 2º: Estados Unidos 59,5 TWh |
* % hidro/eletr : participação da hidroeletricidade na produção de eletricidade (classificação entre os 10 maiores produtores) 2019p = estimativa provisória para 2019. |
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O Brasil é o 8º maior produtor de petróleo do mundo. Até 1997, o monopólio do setor pertencia a Petróleo Brasileiro SA (Petrobras). Atualmente, mais de 50 companhias petrolíferas estão envolvidas na exploração de petróleo no país.[1] O único produtor mundial de petróleo é a Petrobras, com saída de mais de 2 milhões de barris (320.000 m³) equivalentes por dia. A empresa estatal também é uma grande distribuidora de produtos petrolíferos e possui refinarias e navios petroleiros.[11] Em 2006, o Brasil tinha 11,2 bilhões de barris (1,78 × 109 m³), a segunda maior reserva provada na América do Sul, depois da Venezuela. A maior parte das reservas comprovadas estão localizadas nas bacias marítima de Campos e Santos na costa sudeste do Brasil.[11] Em novembro de 2007, a Petrobras anunciou uma estimativa de que o Campo de Tupi tenha entre 5 e 8 bilhões de barris (1,3 × 109 m³) de campos de petróleo leve recuperável e campos vizinhos que podem conter reservas ainda maiores, o que poderia tornar o Brasil um dos maiores produtores de petróleo do mundo.[12]
O país é um exportador líquido de petróleo desde 2011. No entanto, o Brasil ainda importa petróleo leve do Oriente Médio, porque várias refinarias, construídas nos anos 1960 e 1970 durante a ditadura militar, não são adequadas para processar o petróleo pesado das reservas brasileiras, descobertas posteriormente.[13] A Transpetro, subsidiária da Petrobras, opera uma rede de transporte de petróleo bruto. O sistema é composto de 6.000 quilômetros oleodutos , terminais de importação costeiros e instalações de armazenamento no interior.[11]
Em 2017, a produção de petróleo foi de 957 milhões de barris, com média diária de 2,622 milhões de bbl/d. Trata-se de um aumento de 4% em relação à produção de 2016.[14] Em dezembro, a produção de petróleo e gás no pré-sal brasileiro atingiu, pela primeira vez, mais da metade da produção nacional. A produção total do Brasil foi de 3,325 milhões em barris de óleo equivalente por dia (boe/d, soma das produções de óleo e de gás natural), sendo 1,685 milhão de boe/d (50,7%) do pré-sal.[14] O Campo de Tupi (no pré-sal), na Bacia de Santos, foi o maior produtor de petróleo e gás natural. Produziu, em média, 803 mil bbl/d de petróleo e 33,1 milhões de m3/d de gás natural.[14] Os campos marítimos produziram 95,5% do petróleo e 79,8% do gás natural. A produção ocorreu em 7.990 poços, sendo 743 marítimos e 7.247 terrestres. Os campos operados pela Petrobras produziram 93,7% do petróleo e gás natural.[14]
As principais reservas estão em uso estão localizadas nas bacias de Campos e Santos. Outras bacias de gás natural incluem Foz do Amazonas, Ceará e Potiguar, Pernambuco e Paraíba, Sergipe/Alagoas, Amazonas, Espírito Santo (onshore) e bacia do Parnaíba (Maranhão).[2] A Petrobras controla mais de 90% das reservas de gás natural do Brasil.[11]
Em 2005, a produção de gás foi de 18,7 x 109 m³, menor que o consumo brasileiro de gás natural.[1] As importações de gás vêm principalmente da bacia do rio Grande na Bolívia, através do gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol); da Argentina através de o gasoduto Transportadora de Gás do Mercosul (também conhecido como Paraná–Uruguaiana) e da importação de GNL. O país também tem mantido conversações com a Venezuela e a Argentina para construir um novo sistema de gasodutos denominado Grande Gasoduto do Sul, que ligaria os três países; porém, o plano não foi além do cronograma inicial.[11] No final de 2005, as reservas provadas de gás natural do Brasil foram estimadas em 306 x 109 m³, com reservas que se espera serem ser 15 vezes maiores. Até recentemente, o gás natural era produzida como um subproduto da indústria do petróleo.[2]
Os sistemas de gasodutos do interior brasileiro são operados pela subsidiária Transpetro. Em 2005, começou a construção do gasoduto GASUN, que liga Mato Grosso do Sul, no centro-oeste do Brasil, ao Maranhão, no nordeste. O gasoduto Urucu-Coari-Manaus, que liga as reservas de gás de Urucu às usinas de energia no estado do Amazonas foi entregue em 2009. O GASENE, que liga a rede do Sudeste à rede do Nordeste, foi entregue em 2010.
Em 2017, a produção total de gás natural foi de 40 bilhões de m³, com média diária de 110 milhões de m³/d. Esse volume representa um aumento de 6% com relação a 2016.[14] A geração termelétrica foi responsável por 46% da demanda total de gás natural no país, enquanto que a demanda industrial foi de 43% e a automotiva foi de 5%. A Petrobrás é proprietária de 53% da potência instalada de termelétricas a gás natural.[15][16] O país produziu 69% da demanda interna pelo combustível. 27% do gás foi importado da Bolívia e 4% foi importação de GNL. O contrato de importação com a Bolívia prevê o fornecimento de até 30 milhões de metros cúbicos.[15]
A produção de gás natural no Brasil em julho totalizou 115 milhões de metros cúbicos por dia (m3/d) em 2017. Os campos marítimos produziram 95,2% do petróleo e 77,6% do gás natural. A produção do pré-sal correspondeu a 48,2% do total produzido no Brasil, com perspectivas de ampliação da produção de gás natural.[17] Os maiores estados produtores são (2017): Rio de Janeiro (46%); São Paulo (17%); Amazonas (12%); Espírito Santo (9%); Bahia (6%); Maranhão (5%); Sergipe/Alagoas (3%); Ceará/Rio Grande do Norte (1%).[15] Em 2018, 166 usinas termelétricas no Brasil utilizavam gás natural como combustível, sendo este principal a principal fonte do setor.[15]
O Brasil tem reservas totais de carvão de cerca de 30 trilhões de toneladas, mas os depósitos variam de acordo com a qualidade e quantidade. As reservas provadas recuperáveis são cerca de 10 bilhões de toneladas.[18] Em 2004, o Brasil produziu 5,4 milhões de toneladas de carvão, enquanto o consumo brasileiro de carvão alcançou 21,9 milhões de toneladas.[1] Quase toda a produção de carvão do país é o carvão de vapor, o qual move cerca de 85% das estações de energia. As reservas de carvão sub-betuminoso estão localizadas principalmente nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, na região sul do país.[18]
O Brasil tem a 6ª maior reserva de urânio do mundo.[19] Os depósitos de urânio são encontrados em oito estados diferentes do país. As reservas provadas são de 162 mil toneladas. A produção acumulada no final de 2002 era de menos de 1.400 toneladas. O centro de produção de Poços de Caldas, em Minas Gerais, foi encerrado em 1997 e substituído por uma nova fábrica em Lagoa Real, na Bahia. Há um plano para construir outro centro de produção em Itatiaia, Rio de Janeiro.[18]
O Brasil tem a segunda maior reserva conhecida de xisto betuminoso do mundo (na Formação Irati, uma formação geológica Permiana da Bacia do Paraná) e tem a segunda maior produção de óleo de xisto depois da Estônia. As principais reservas de xisto betuminoso encontram-se em São Mateus do Sul, Paraná, e no Vale do Paraíba, em São Paulo. A Petrobras desenvolveu uma tecnologia para extrair óleo combustível das rochas de folhelho betuminoso, também chamado de xisto betuminoso, chamada Petrosix. A produção em 1999 foi de cerca de 200 mil toneladas.[20][21]
As reformas em meados da década de 1990 e um novo quadro regulamentar aplicado em 2004 mudaram o setor de energia no país. Em 2004, o Brasil tinha 86,5 GW de capacidade instalada, tendo produzido 387 TWh de eletricidade.[1] Cerca de 66% da distribuição e 28% da geração de energia é de propriedade de empresas privadas.[1] Em 2004, 59 empresas operavam a geração de energia e 64 a distribuição de eletricidade.[3]
A principal empresa de energia do país são as Centrais Elétricas Brasileiras (Eletrobras), que, em conjunto com filiais, transmite e gera cerca de 60% do abastecimento elétrico do Brasil. A maior companhia de energia elétrica de propriedade privada é Tractebel Energia. [6] Um operador de rede independente, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), é responsável pela coordenação técnica da distribuição de eletricidade e pela gestão dos serviços de transmissão.[3]
Durante a crise de energia elétrica de 2001, o governo lançou um programa para construir 55 usinas de energia movidas a gás com uma capacidade total de 22 GW, mas apenas 19 usinas foram construídas, com uma capacidade total de 4.012 MW.[23]
No ano de 2018, o Brasil possuía 4.924 empreendimentos em operação, totalizando 158.269.207 kW (158 GW) de potência instalada.[24]
Está prevista para os próximos anos uma adição de 18.105.630 kW na capacidade de geração do País, proveniente dos 220 empreendimentos atualmente em construção e mais 380 em empreendimentos com construção não iniciada.[24]
Em 2018, a potência instalada de geração de energia elétrica no Brasil, encontrava-se distribuída da seguinte forma: energia hidrelétrica, com 60,42% (95,6 GW); energia termelétrica, com 26,13% (41,3 GW); energia eólica, com 7,9% (12 GW); energia nuclear, com 1,26% (1,99 GW); energia solar, com 0,71% (1,1 GW). [24]
Em 2023, o Brasil tinha 171.640 km de linhas de transmissão de energia, das quais 40,34% eram de 500/525 kV e 37,44% eram 230 kV.[25] A Eletrobras tinha o maior número de linhas de transmissão, sendo responsável por 42,99% das linhas do sistema, seguido da ISA CTEEP, com 13,49%; Taesa, com 8,05%; Copel, com 5,64%; e Alupar, com 5,12%.[26][27]
Em 2024, as empresas de energia com maior capacidade instalada eram: Eletrobras (22,2%), Engie (5,2%), ENBPar (4,5%), Copel (3,5%), Enel (2,9%), CTG (2,9%), Petrobras (2,9%), Cemig (2,6%), Eneva (2,5%), AES (2,4%), CPFL (2,2%), Neoenergia (1,9), e outras tinham 44,6%.[28]
O Brasil é o terceiro maior produtor de energia hidrelétrica do mundo, depois de China e Canadá. Em 2007, as usinas hidrelétricas representavam 83% da produção de energia elétrica brasileira.[1] A capacidade teórica bruta excede 3.000 TWh por ano, sendo que 800 TWh anuais são economicamente exploráveis.[18] Em 2004, o Brasil produziu 321TWh de energia hidrelétrica.[29]
Em 2018, a capacidade instalada era de 95 GW, representando 60 % da potência instalada de geração de energia elétrica no país[24] O Brasil é coproprietário da Usina Hidrelétrica de Itaipu, no rio Paraná, localizada na entre a fronteira Brasil-Paraguai e que é a segunda maior usina hidrelétrica operacional do mundo, com capacidade de produção instalada de 14 GW, através da produção de 20 unidades de 700 MW cada.[30]
Devido a dependência brasileira da energia hidrelétrica e à falta de investimentos em transmissão, as reservas foram usadas por vários anos, o que levou às barragens a terem um baixo nível de água. Então, depois de outro ano com poucas chuvas, em junho de 2001 o governo decidiu determinar o racionamento do uso de eletricidade, o que terminou apenas no final daquele ano. Desde então, devido às novas regras do setor, foram construídas novas linhas e usinas de energia. Mesmo sendo a carga maior do que era em 2001, o sistema atual é muito mais seguro.
No final de 2021, o país chegou a 109 GW de capacidade instalada, sendo o 2° país do mundo em termos de potência instalada.[31]
Em 2018, havia 3.004 empreendimentos gerando energia através de termelétricas, com potência instalada de 43.529.113 KW. Outros 28 encontravam-se em construção, que acrescentarão mais 3,73 GW.[24]
Em 2016, as 70 maiores usinas, com potência igual ou superior a 100 MW, estavam localizadas em vários estados brasileiros, sendo a maioria situada nos estados do Rio de janeiro (8 usinas – 5.390MW); Bahia (8 usinas – 1.409MW); Maranhão (6 usinas – 1.543MW); São Paulo (6 usinas – 1.409MW) e Pernambuco (5 usinas – 1.394MW).[24]
Em 2018, havia 2.453 empreendimentos que exploravam fontes energéticas de origem fóssil, com potência instalada de 26.990.520 KW, correspondente a 17,18% do total da matriz elétrica brasileira, sendo o gás natural a principal fonte do setor, além de óleo diesel, óleo combustível e carvão mineral. [24]
Em 2018, havia 549 empreendimentos que exploravam fontes energéticas de origem de biomassa, com potência instalada de 14.548.593 KW, correspondente a 8,81% do total da matriz elétrica brasileira, sendo o bagaço de cana a fonte mais utilizada.[24]
A energia nuclear representa cerca de 1,26% da matriz energética brasileira[24].[33] O monopólio geração de energia nuclear é de propriedade da Eletrobrás Eletronuclear SA (Eletronuclear), uma subsidiária integral da Eletrobrás. A energia nuclear é produzida por dois reatores em Angra, localizados na Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (NIACC) na Praia de Itaorna, no município de Angra dos Reis, estado do Rio de Janeiro. A central consiste de dois reatores de água pressurizada, Angra I, com capacidade de 657 MW, conectados à rede de energia em 1982, e Angra II, com capacidade de 1.350 MW, conectado à rede em 2000.[34]
Um terceiro reator, Angra III, com uma produção projetada de 1.350 MW, deveria ter sido concluído em 2014, mas o trabalho tem sido paralisado devido a preocupações ambientais e acusações de corrupção. Até 2025, o Brasil pretende construir mais sete reatores.[34] Em fevereiro de 2008, o presidente Lula da Silva assinou um acordo de cooperação nuclear com a Argentina.[35]
Experiências na área da fusão nuclear vem sendo realizadas por instituições como Unicamp, INPE, e USP que operam tokamaks (reatores de fusão experimentais).[36] O Experimento Tokamak Esférico, projetado pelo INPE, foi primeiro dispositivo deste tipo inteiramente construído no Brasil.[37]
A energia eólica no Brasil[38] tinha capacidade instalada de 21 GW [39][40], em janeiro de 2022. Em 2021 o Brasil era o 7° país do mundo em termos de potência instalada de energia eólica (21 GW)[31] e o 4º país que mais produzia energia eólica (72 TWh), atrás apenas de China, EUA e Alemanha.[41]
Tinha a capacidade instalada de geração de um pouco mais de 25 MW em 2005, e chegou a marca de 4,5 GW em 2014 com 181 parques eólicos instalados. [42] Em 2018, chegou a marca de 12 GW, representando 7,9% da potência instalada de energia elétrica produzida no país[24] Em Janeiro de 2020 chegou a marca de 15,3 GW de capacidade instalada.[43] Em dezembro de 2020, a capacidade eólica total instalada no Brasil era de 16,9 GW, com 14,4 GW na Região Nordeste e 2,0 GW na Região Sul, as duas regiões com maior velocidade de vento no país e, portanto, mais propícias a receber novas usinas eólicas. Cerca de 9% da eletricidade do Brasil, em 2019, era gerada por energia eólica. [44]
Em 2019 encontrava-se na 8ª posição no ranking dos países com maior produção de energia eólica. Para compararmos, tinha capacidade de 1.000 MW em agosto de 2011,[45] suficiente para abastecer uma cidade de cerca de 400 mil residências. O potencial bruto de recursos eólicos do Brasil é estimado em cerca de 522 GW (isto, apenas na instalação em terra, ignorando as usinas eólicas que também podem ser instaladas no mar), energia suficiente para atender o triplo da demanda atual do país. [46]
A energia solar fotovoltaica no Brasil tinha capacidade instalada de 21 GW em outubro de 2022.[47][48] Em 2021 o Brasil era o 14° país do mundo em termos de potência instalada de energia solar (13 GW)[49], e o 11º país do mundo que mais produzia energia solar (16,8 TWh).[50]
A capacidade total instalada era estimada entre 1,1 GW, no ano de 2018.[18][24] Em dezembro de 2020, o Brasil tinha 7,9 GW de capacidade instalada de geração de energia solar, com 4,5 GW de energia solar distribuída, 2,3 GW na Região Nordeste e 1,0 GW na Região Sudeste. Há planos de construção e ampliação do sistema, com mais usinas já em construção ou concedidas.[43][51] Em 2019, a energia solar representava 1,27% da energia gerada no país. [52]
O país tem a maior incidência de irradiação solar do mundo.[53][24]
O Nordeste brasileiro por ser uma região ensolarada, próxima do equador, apresenta condições mais propícias para receber centrais solares. Nessa região, se localizam as maiores usinas solares da América Latina: o Complexo Solar Lapa (158 MW), o Parque Solar Ituverava (254 MW) e o Parque Solar Nova Olinda (292 MW).
Devido a sua capacidade de produção de álcool combustível, o Brasil às vezes tem sido descrito como uma superpotência do setor de bioenergia.[54] O etanol é produzido a partir de cana-de-açúcar e o Brasil tem a maior safra de cana-de-açúcar do mundo, além de ser o maior exportador de etanol do planeta. Com a crise do petróleo de 1973, o governo brasileiro iniciou em 1975 o programa o Programa Nacional do Álcool (Proálcool), que era um programa de âmbito nacional financiado pelo governo para eliminar progressivamente todos os combustíveis automotivos derivados de combustíveis fósseis em favor do etanol. O programa conseguiu reduzir em 10 milhões o número de carros movidos a gasolina no país, o que reduziu a dependência brasileira de importações de petróleo.[1]
A produção e o consumo de biodiesel chegaram a 5% em 2013.[1] As reservas de turfa do Brasil são estimadas em 25 bilhões de toneladas, a maior parte da América do Sul. No entanto, nenhuma geração de turfa para combustível tem foi bem desenvolvida ainda. O Brasil produz 65 milhões de toneladas de lenha por ano. A produção anual de carvão é de cerca de 6 milhões de toneladas, que é utilizado na indústria siderúrgica. O potencial de cogeração de resíduos agrícolas e pecuários varia de 4 GW a 47 GW até 2025.[18]
No final de 2021, o país chegou a 15,8 GW de capacidade instalada em biomassa, sendo o 2° país do mundo em termos de potência instalada.[31] Pesquisas brasileiras indicam que amidos e resíduos de estações de tratamento de esgoto podem ser convertidos em hidrogênio verde [55] (ver: Bio-hidrogénio e Produção biológica de hidrogênio).
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