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Energia eólica no Brasil

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Energia eólica no Brasil
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A energia eólica no Brasil[2] tinha capacidade instalada de 23,3 GW em outubro de 2022 (maior do que a da Usina de Itaipu, que tem 14 GW instalados).[3]

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Velocidade média do vento no Brasil.[1]

Em 2021 o Brasil era o 7° país do mundo em termos de potência instalada de energia eólica (21 GW)[4] e o 4º país que mais produzia energia eólica (72 TWh), atrás apenas de China, EUA e Alemanha.[5] No final de 2021, haviam mais de 750 parques eólicos e mais de 10 mil aerogeradores,[6][7] o equivalente a 10,95% da potência energética instalada no país.[8]

Os principais produtores de energia eólica no Brasil, em maio de 2022, eram: Rio Grande do Norte, com 6.764 MW e 222 parques; Bahia, com 6.011 MW e 230 parques; Ceará, com 2.506 MW e 99 parques; Piauí, com 2.437 MW e 83 parques; Rio Grande do Sul, com 1.835 MW e 81 parques; Pernambuco, com 899 MW e 37 parques; Paraíba, com 628 MW e 30 parques; Maranhão, com 426 MW e 16 parques, e Santa Catarina, com 250 MW e 18 parques.[9][10][11]

Sendo uma energia "limpa", a energia eólica presta-se para a produção do hidrogênio "verde" e alguns projetos neste sentido vem sendo considerados no Brasil na década de 2020.[12]

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Potencial

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Perspectiva
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Turbinas eólicas em Parnaíba, Piauí.

O potencial da energia eólica no Brasil é mais intenso de junho a dezembro, coincidindo com os meses de menor intensidade de chuvas. Isso coloca o vento como uma potencial fonte suplementar de energia gerada por hidrelétricas.[13]

Em 2009, 10 projetos estavam em construção, com uma capacidade de 256 MW, e em 2010, 45 iniciaram sua construção para gerar 2.139 MW, em vários estados. A empresa estadunidense General Electric tem uma indústria no Brasil, na cidade de Campinas, e uma parceria com a Tecsis em Sorocaba, para atender a demanda dos novos projetos.[14]

Em 14 de dezembro de 2009, cerca de 1.800 megawatts (MW) foram contratados com 71 usinas de energia eólica programados para serem entregues a partir do 1 de julho de 2012. Ao focalizar internamente na geração de energia eólica, o Brasil é parte de um movimento internacional para tornar a energia eólica uma fonte primária de energia. Na verdade, a energia eólica tem tido a maior taxa de expansão de todas as fontes renováveis de energia disponíveis, com um crescimento médio de 27% por ano desde 1990, segundo o Global Wind Energy Council (GWEC). Até 2014 deve ser atingido uma capacidade instalada de 7.000 megawatts (MW).[15]

Tinha a capacidade instalada de geração de um pouco mais de 25 MW em 2005, e chegou a marca de 4.500 MW em 2014 com 181 parques eólicos instalados[16] e que evitam 4 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera por ano. Em 2013 encontrava-se na 13ª posição no ranking dos países com maior produção de energia eólica. Para compararmos, em agosto de 2011[15] tinha capacidade de 1.000 MW, suficiente para abastecer uma cidade de cerca de 400 mil residências. Cerca de 300 GW podem ser extraídos no território nacional e a expectativa é de que chegue a 20 GW em 2020.[17]

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Evolução da produção

Produção de energia eólica no Brasil[18]
Ano Produção (GWh) Acréscimo Parte da prod.életrica
20076450,14 %
2008837+30 %0,18 %
20091 238+48 %0,27 %
20102 177+76 %0,42 %
20112 705+24 %0,51 %
20125 050+87 %0,91 %
20136 576+30 %1,15 %
201412 208+86 %2,1 %
201521 626+77 %3,7 %
201633 488+55 %5,8 %
201742 373+27 %7,2 %
201848 475+14,4 %8,1 %
201955 986+15,5 %8,9 %
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Evolução do potencial instalado

A evolução do potencial instalado no país deu-se da seguinte forma:[19][20][21][7][4][9]

Suporte do governo

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Parque eólico em Palmas, Paraná.

A primeira turbina de energia eólica do Brasil foi instalada em Fernando de Noronha em 1992. Dois anos depois, entrou em operação a primeira usina eólica conectada ao sistema elétrico integrado do país,[22] na cidade de Gouveia - MG, no Vale do Jequitinhonha. Já na próxima década, o governo criou o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa) para incentivar a utilização de outras fontes renováveis, como eólica, biomassa e Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs). Estas estações podem usar energia hidrelétrica, o carro-chefe da matriz energética do Brasil, que compreende cerca de três quartos da capacidade energética instalada do Brasil.[carece de fontes?]

O alto custo da produção de energia, juntamente com as vantagens da energia eólica como uma fonte de energia renovável, amplamente disponível, tem levado vários países a estabelecer incentivos regulamentando e dirigindo investimentos financeiros para estimular a geração de energia eólica.

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Crescimento

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Perspectiva
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Turbina eólica na Serra do Rio do Rastro, em Santa Catarina.

Desde a criação do Proinfa, a produção de energia eólica no Brasil aumentou de 22 MW em 2003 para 602 MW em 2009, quase 1000MW em 2011, como parte dos 36 projetos privados. Outros 10 projetos estão em construção, com uma capacidade de 256,4 MW, e 45 outros projetos foram aprovados pela ANEEL, com um potencial estimado de 2,139.7 MW.Sendo que considerando o potencial eólico instalado e o os projetos em construção para entrega até 2013, o país atingirá no final de 2013 a marca dos 4.400MW.[23]

O desenvolvimento destas fontes de energia eólica no Brasil está ajudando o país a alcançar seus objetivos estratégicos de aumentar a segurança energética, reduzir as emissões de gases de efeito estufa e criando empregos. O potencial para este tipo de geração de energia no Brasil poderia chegar a até 145.000 MW, segundo o Relatório de Potencial de Energia Eólica de 2001 do Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel). A energia eólica foi responsável por 7,3% da energia elétrica gerada no ano de 2017 no Brasil. A fonte hidráulica foi responsável por 70,6% do total e as usinas térmicas responderam por 22%.[17] No dia 3 de julho de 2017, a energia eólica foi responsável por 11% de toda a energia gerada no Brasil, o equivalente a 20 milhões de residências.[24]

No dia 19 de agosto de 2018, o Operador Nacional do Sistema Elétrico registrou um novo recorde horário de geração eólica, atingindo a máxima diária de 8.247 MW às 9h28, atendendo 98% da demanda do Nordeste, além de enviar o excedente para as demais regiões do país. Também foi atingido, em julho, um percentual de 72% da produção diária de energia do Nordeste.[25][26]

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Custo

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Perspectiva
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Parque eólico em Caucaia, Ceará.

O custo de produção de energia continua a representar um desafio significativo para o crescimento da energia eólica. O preço por megawatt-hora (MWh) estabelecido no Brasil para o fornecimento de energia de reserva era de 189 reais, enquanto o teto definido na licitação para as usinas do Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira foi de 91 reais (UHE Jirau), em 2008, e 122 reais (UHE Santo Antonio) em 2007. Estes preços de hidroeletricidade foram marcados por até 35% em leilões de 2008 e 2007; o fornecimento de energia foi negociado a 71,4 reais/MWh no caso de Jirau, e 78,9 reais/MWh para a usina de Santo Antônio.[27]

Já no leilão da Aneel, realizado em 27 de agosto de 2010, o preço da energia de origem eólica ficou em 130,8 reais/MWh, tendo sido inferior ao da de biomassa e de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs).[28]

No leilão de agosto de 2011, o preço da energia eólica atingiu um novo patamar, ainda mais baixo, 99,58 reais/MWh, ficando até mais barato que a energia de termoelétricas a gás natural.[29] Neste leilão foi vendido mais de 1.900MW, valor maior que o total de energia eólica instalado no país até o momento, assim, a produção de energia eólica no país vai mais que dobrar até 2014, ano de conclusão dos projetos vendidos no leilão.

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Capacidade instalada

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Parque eólico de Osório no Rio Grande do Sul, a energia eólica responde por 8,4% da energia produzida no país.[30]
  Operacional
  Em construção ou planejamento
Mais informação Nome, Capacidade instalada (MW) ...
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Ver também

Notas

  1. Dos quais 716 MW já se encontram em operação.
  2. A fase I do projeto terá capacidade instalada de 504 MW e entrará em operação em 2021, com a fase II - de 534 MW - estando operacional em 2023

    Referências

    1. «Global Wind Atlas». Consultado em 7 de dezembro de 2018
    2. «Brazil Wind Power». www.brazilwindpower.org. Consultado em 26 de outubro de 2015. Arquivado do original em 14 de julho de 2014
    3. Sérgio Teixeira Jr. (10 de setembro de 2021). «O Brasil na corrida pelo hidrogênio verde (com US$ 20 bi em projetos)». CapitalReset. Consultado em 20 de setembro de 2022
    4. «Production and Wind power in Brazil». www.valoronline.com.br. Consultado em 13 de abril de 2019. Arquivado do original em 22 de maio de 2011
    5. «Production of wind power in Brazil». noticias.r7.com. Consultado em 26 de outubro de 2015. Arquivado do original em 3 de março de 2016
    6. Jardim, Lauro. «Brasil bate recorde de produção de energia eólica | Lauro Jardim - O Globo». Lauro Jardim - O Globo. Consultado em 11 de fevereiro de 2018
    7. Almeida (27 de agosto de 2018). «Energia eólica abastece quase 100% do Nordeste». GGN. Consultado em 29 de agosto de 2018
    8. «Wind power in Brazil». www.renewableenergyworld.com
    9. «Complexo Oitis». neonergia.com. Consultado em 13 de Maio de 2021
    10. «Empresa Inicia construção de novo parque eólico em Morro do Chapéu». 15 de dezembro de 2020. Consultado em 23 de Junho de 2021
    11. «Projetos». essentiaenergia.com.br. Consultado em 13 de Maio de 2021
    12. «Conjunto Eólico Campo Largo 2 entra em operação comercial». 24 de fevereiro de 2021. Consultado em 13 de Maio de 2021
    13. «Conjunto Eólico Umburanas entra em operação comercial». engie.com.br. 24 de abril de 2019. Consultado em 13 de Maio de 2021
    14. «Omega compra expansão de 50 MW do complexo eólico Assuruá». 30 de dezembro de 2019. Consultado em 13 de Maio de 2021
    15. «Complexo Eólico Folha Larga Norte». edf-renouvelables.com (em inglês). Consultado em 13 de Maio de 2021
    16. «Statkraft inicia obras de complexo Ventos de Santa Eugênia». 1 de março de 2021. Consultado em 13 de Maio de 2021
    17. «Conjunto Eólico Campo Largo». engie.com.br. Consultado em 13 de Maio de 2021
    18. «Complexo Eólico Itaguaçu da Bahia». cgeol.com.br. Consultado em 15 de Maio de 2021
    19. «No Brasil, a EGP conecta a expansão do parque eólico de Delfina à rede». enelgreenpower.com. 12 de junho de 2019. Consultado em 23 de Junho de 2021
    20. «Ventos de Bahia». edf-renouvelables.com (em inglês). Consultado em 13 de Maio de 2021
    21. «Brasil». enelgreenpower.com. Consultado em 23 de Junho de 2021
    22. «Complexo Eólico Brotas de Macaúbas». statkraft.com.br. Consultado em 13 de Maio de 2021
    23. «Complexo Caetité». neonergia.com. Consultado em 13 de Maio de 2021
    24. «Obra Concluída: Complexo Eólico Curva dos Ventos». setaengenharia.com. Consultado em 23 de Junho de 2021
    25. «Complexo Eólico Echo 1». echoenergia.com.br. Consultado em 13 de Maio de 2021
    26. «Complexo Eólico Echo 5». echoenergia.com.br. Consultado em 13 de Maio de 2021
    27. «Conjunto Eólico Trairi». engie.com.br. Consultado em 13 de Maio de 2021
    28. «Qair Brasil avança na construção de Complexo Eólico Serra do Mato». 28 de abril de 2021. Consultado em 15 de Maio de 2021
    29. «Complexo Eólico Ventos de Tianguá». echoenergia.com.br. Consultado em 13 de Maio de 2021
    30. «Ativos de geração». servtec.com.br. Consultado em 15 de Maio de 2021
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    33. «Servtec prevê investir R$ 600 milhões em geração distribuída». 28 de fevereiro de 2020. Consultado em 15 de Maio de 2021
    34. «Aes Brasil compra parques eólicos no Ceará e Rio Grande do Norte». 29 de dezembro de 2020. Consultado em 15 de Maio de 2021
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    44. «Complexo Eólico Delta Piauí». omegageracao.com.br. Consultado em 13 de Maio de 2021
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    49. «AES Tietê conclui aquisição do complexo eólico Ventus por R$ 650 milhões». 2 de dezembro de 2020. Consultado em 13 de Maio de 2021
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    56. «Complexo Eólico Echo 7». echoenergia.com.br. Consultado em 13 de Maio de 2021
    57. «Complexo Eólico Echo 9». echoenergia.com.br. Consultado em 13 de Maio de 2021
    58. «Complexo Eólico Echo 10». echoenergia.com.br. Consultado em 13 de Maio de 2021
    59. «Arizona I». neonergia.com. Consultado em 13 de Maio de 2021
    60. «Mel II». neonergia.com. Consultado em 13 de Maio de 2021
    61. «Complexo Cerro Chato completa oito anos». 7 de junho de 2019. Consultado em 19 de Maio de 2021
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