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A energia solar no Brasil tinha capacidade instalada de 21 GW em outubro de 2022.[1][2][3][4] Em 2021 o Brasil era o 14° país do mundo em termos de potência instalada de energia solar (13 GW).[5], e o 11º país do mundo que mais produzia energia solar (16,8 TWh).[6] Do total da matriz energética brasileira instalada, 2,48% era composta pelos sistemas solares fotovoltaicos em outubro de 2021.[7] Em meados de 2019, tinha o equivalente a 2,9 GW de potência instalada.[8] Esse valor, em 2018, era de 1,19 GW e correspondia a 0,75%.
O Brasil recebe uma insolação (número de horas de brilho do Sol) superior a 3000 horas por ano, sendo que na região Nordeste há uma incidência média diária entre 4,5 a 6 kWh. É o país com a maior taxa de irradiação solar do mundo.[9]
Os principais produtores de energia solar no Brasil, em maio de 2022, em termos de usinas solares instaladas, eram: Bahia, com 1.354 MW e 44 parques; Piauí, com 1.205 MW e 33 parques; Minas Gerais, com 730 MW e 37 parques; São Paulo, com 588 MW e 35 parques; Ceará, com 499 MW e 21 parques; Pernambuco, com 315 MW e 21 parques; Rio Grande do Norte, com 261 MW e 15 parques; e Paraíba, com 166 MW e 10 parques. O Brasil totalizava 5,18 GW em energia solar instalada em usinas solares nesta época.[10] Já na geração descentralizada, ou seja, na auto-geração, ou também chamada micro e minigeração distribuída, o Brasil atingiu 10 GW de energia solar instalada em março de 2022, onde se destacavam Minas Gerais com 1,73 GW, São Paulo com 1,29 GW e Rio Grande do Sul com 1,17 GW deste total.[11]. Com ambos somados, chegava-se à marca de mais de 15 GW de energia solar instalada no país em maio de 2022.[12]
A evolução do potencial instalado no país deu-se da seguinte forma:[1][12][13][14]
O governo brasileiro realizou dois leilões exclusivos para energia solar. O primeiro foi realizado a nível nacional, em outubro de 2014, e resultou na contratação de 890 MW, sendo que o valor final atingiu R$ 215,12 / MWh. O segundo, realizado em agosto de 2015, terminou com a contratação de 833,80 MW, a um valor médio de R$ 301,79 / MWh. Outro leilão deve ocorrer em novembro de 2015.[15]
Em dezembro de 2017, a energia solar foi a grande vencedora do leilão realizado, com a contratação de 172,6 MW médios, envolvendo investimento de R$ 3,8 bilhões, e uma potência de 790 megawatts-pico (MWp). O preço médio da fonte foi de R$ 145,68/MWh, deságio de 55,7% em relação ao máximo estabelecido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).[16]
No leilão realizado em abril de 2018, as usinas solares também responderam pela maior parte da contratação, com 806,6 MW em capacidade, com preços entre R$ 117 e R$ 118, contra um recorde anterior de R$ 143,50 reais, e com deságio de cerca de 60 %. Em 2018, estavam em construção empreendimentos que acrescentariam 588 MW de energia solar à matriz energética brasileira, no Ceará, Bahia, Minas Gerais e Paraíba; e outros com capacidade total de 880 MW estavam a espera de a construção ser iniciada.[8]
Em agosto de 2011 foi inaugurada no município de Tauá, no sertão do Ceará, a MPX Tauá, primeira usina solar fotovoltaica a gerar eletricidade em escala comercial no Brasil. A usina tem capacidade inicial de geração de 1 megawatt.[17]
Até 2017, a maior usina solar do país era a Usina Solar Cidade Azul, construída pela Tractebel Energia, composta por 19.424 painéis solares e estando localizada em uma área de 10 hectares às margens da BR-101, no município de Tubarão, estado de Santa Catarina, e gerando energia 3 MW, suficiente para abastecer cerca de 2.500 residências. O projeto faz parte de um investimento de pesquisa e desenvolvimento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).[18][19]
No ano de 2017, entraram em operação as usinas Complexo Solar Lapa (BA), com 158 MW, Parque Solar Ituverava (BA), com 254 MW, e o Parque Solar Nova Olinda (PI), com 292 MW, consideradas as maiores usinas de geração solar da América Latina.[20] Em dezembro, entram em operação o Complexo Fotovoltaico Floresta (86 MW) e Complexo Fotovoltaico Assu (30 MW), no Rio Grande do Norte.[21]
Em fevereiro de 2018, entra em operação o Complexo Solar Guaimbê, no estado de São Paulo, com 150 MW de potência instalada.[21] Em março, foi inaugurado o Parque Solar Horizonte (BA), com 103 MW.[22] Em agosto de 2018, a Usina Solar Pirapora, em Minas Gerais, se torna a maior usina solar do país, com potência instalada de 321 MW.[21] Em outubro, entraram em operação as Usinas Solares Angico I e Malta, na Paraíba, em total de 54 MW.[21][23][24]
Em julho de 2019, a startup japonesa Shizen Energy em parceria com a Espaço Y, criaram a primeira usina de energia solar das empresas.[25] A planta está localizada no núcleo rural de Capão Seco, em Paranoá, Distrito Federal, e tem a capacidade de 1,1MWp. A usina foi construída por intermédio da FazSol, filha da parceria entre as duas empresas.[26] Em agosto, governo brasileiro inaugura usina solar flutuante no reservatório de Sobradinho, Bahia. Com a capacidade de 1 megawatt-pico (MWp) de energia.[27]
Na década de 2020, a energia solar do Brasil apresenta potencial para a produção do chamado "hidrogênio verde".[28]
A geração descentralizada, aquela gerada pelos sistemas instalados nos telhados das residências, é outra maneira de produzir energia através da luz solar. Em janeiro de 2012, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) publicou a Norma Resolutiva 482/2012, que estabeleceu regras para a micro (até 75 kW) e a mini geração (entre 75 kW e 5 MW) e permitiu, em tese, que consumidores possam gerar sua própria energia e trocar o excedente por créditos por descontos em futuras contas de luz.[15]
Com a Resolução Normativa 687/15 oferecendo maiores incentivos para o mercado da geração distribuída.
O potencial máximo permitido na geração distribuída para o fonte solar foi ampliado para 5 MW. Os créditos de energia elétrica podem ser utilizados dentro do prazo de 60 meses.[29]
De acordo com a ANEEL, o número de sistemas deste tipo implantados passou de 8 (de janeiro a março de 2013) para 111.852 (em setembro de 2019), sendo 111.527 sistemas fotovoltaicos, 93 hidráulicos, 59 eólicos, 173 termelétrico.[15]
Em dezembro de 2018, a geração distribuída fotovoltaica contava com 490 kW subindo, no final de 2019, para 1204 MW.[30]
Em maio de 2021, Minas Gerais se tornou o primeiro estado a atingir 1 GW em potência instalada de energia solar, que representava 18% de todo o potencial instalado no país e aproximadamente R$ 4,5 bilhões efetivamente investidos pelos mineiros para geração da própria energia. De acordo com dados da Aneel, a energia renovável é fornecida por 84.248 usinas de microgeração e minigeração instaladas no estado, que beneficiam mais de 120 mil consumidores e evitam a emissão de aproximadamente 394 mil toneladas de gases de efeito estufa por ano.[31]
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