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As eleições estaduais em Pernambuco em 1952 ocorreram no dia 23 de outubro por imperativo legal devido à vacância no poder executivo estadual após a morte do governador Agamenon Magalhães e a falta do cargo de vice-governador.[1][nota 1] Em 1950 foram eleitos vinte governadores de estado, todavia Pernambuco figurou entre os sete estados onde não existia a figura do vice-governador numa decisão respaldada pela falta de uma determinação expressa a respeito, daí a linha de sucessão designar o presidente da Assembleia Legislativa como substituto imediato do governador. No caso em exame o poder ficou nas mãos de Antônio Torres Galvão. Deputado estadual no exercício do segundo mandato consecutivo, administrou até a posse de seu sucessor em 12 de dezembro de 1952.[2][nota 2] Por sua vez, o cargo de vice-governador foi instituído apenas em 23 de maio de 1957 cabendo a Otávio Correia a honra de ser eleito pelos deputados estaduais como o primeiro titular da referida posição.[3]
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Eleições estaduais suplementares em Pernambuco em 1952 | ||||
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23 de outubro de 1952 (Turno único) | ||||
Candidato | Etelvino Lins | Osório Borba | ||
Partido | PSD | PSB | ||
Natural de | Sertânia, PE | Aliança, PE | ||
Vice | Não havia | Não havia | ||
Votos | 211.393 | 57.400 | ||
Porcentagem | 78,65% | 21,35% | ||
Candidato mais votado por município (84):
Etelvino Lins (82)
Osório Borba (2) | ||||
Titular Eleito | ||||
Eleito sob votação recorde para ocupar o Palácio do Campo das Princesas, o advogado Etelvino Lins é formado na Universidade Federal de Pernambuco. Nascido em Sertânia, trabalhou como telegrafista na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos antes de sua graduação. Durante a interventoria de Carlos de Lima Cavalcanti foi nomeado promotor de justiça nas cidades de Goiana e Caruaru.[4] Mais tarde ocupou um cargo equivalente ao de chefe dos delegados de polícia do interior assumindo depois um cargo similar em Recife debelando a Intentona Comunista.
Secretário de Governo do interventor Amaro Vilanova e secretário de Segurança Pública na gestão de Agamenon Magalhães, foi ungido sucessor deste em 20 de fevereiro de 1945 quando o mesmo reassumiu o cargo de ministro da Justiça nos últimos meses da Era Vargas.[5][6] Em dezembro, Etelvino Lins foi eleito senador pelo PSD e seu pai, Ulisses Lins, foi eleito deputado federal pelo mesmo partido. Exerceu o mandato até ser eleito governador em 1952 ostentando os recordes de maior votação nominal e maior votação percentual da história pernambucana[7][nota 3] a partir de uma coligação entre o seu partido e os arquirrivais da UDN num movimento que capturou as legendas de médio porte isolando o PSB e a candidatura de Osório Borba.[8]
Outro efeito dessa eleição extemporânea foi a efetivação do médico Djair Brindeiro como senador na vaga aberta pela vitória do novo governador. A posse do novo representante pernambucano na Câmara Alta do Parlamento foi realizada em janeiro de 1953 mantendo a cadeira nas mãos do PSD.[9]
A consulta aos arquivos do Tribunal Superior Eleitoral não pôde determinar o comparecimento dos eleitores devido a uma imprecisão quanto ao número de votos nulos. Foi possível visualizar apenas os 268.793 votos nominais e os 3.601 votos em branco.[1]
Candidatos a governador do estado | Candidatos a vice-governador | Número | Coligação | Votação | Percentual |
---|---|---|---|---|---|
Etelvino Lins PSD | Não havia - | (PSD, UDN, PSP, PDC, PL) | |||
Osório Borba PSB | Não havia - | ||||
Fontes:[8][1] |
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