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Cruz
figura geométrica Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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Cruz (do latim cruce) é uma figura geométrica, formada por duas linhas ou barras que se cruzam em ângulo de 90°, dividindo uma das linhas, ou ambas, ao meio. As linhas normalmente se apresentam na horizontal e na vertical; se estiverem na diagonal, a figura é chamada de sautor, ou aspa.

A cruz é um dos símbolos humanos mais antigos e é usada por diversas religiões, principalmente a católica. Alguns cristãos não a usam como símbolo, como por exemplo as Testemunhas de Jeová.[1]
Na subcultura gótica, surgida ao final da década de 1970, o símbolo geralmente representa sofrimento, dor ou angústia
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No cristianismo
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Cruzes
Cruz de Tau, usada pelos franciscanos no cristianismo.
A cruz latina é o símbolo mais conhecido do cristianismo. Ela simboliza a morte de Jesus na Vera Cruz.
Um dos símbolos mais utilizados na religião é a cruz. A Encyclopædia Britannica chama a cruz de “o principal símbolo da religião cristã”. Num julgamento em tribunal na Grécia, a Igreja Ortodoxa Grega chegou a afirmar que aqueles que rejeitam a "Santa Cruz" não são cristãos. “Encontraram-se diversos objetos, datando de longos períodos anteriores à Era Cristã, marcados com cruzes de feitios diferentes, em quase cada parte do mundo antigo. A Índia, a Síria, a Pérsia e o Egito produziram todos muitos exemplos, ao passo que em quase toda a parte da Europa se encontraram numerosos casos, datando desde a parte posterior da Idade da Pedra até os tempos cristãos. O uso da cruz como símbolo religioso em tempos pré-cristãos e entre povos não-cristãos provavelmente pode ser considerado como quase universal, e em muitíssimos casos ligava-se a alguma forma de culto da natureza.” — Encyclopœdia Britannica, 1946, Vol. 6, página 753.
Concernente aos cristãos do primeiro século, a obra History of the Christian Church diz: "Não se usava o crucifixo e nenhuma representação material da cruz."- (Nova Iorque,1897). J. F. Hurst, Vol. I, P. 366. Durante o primeiro século do cristianismo, a cruz era raramente usada na iconografia cristã, uma vez que representa propositadamente um doloroso método de execução pública. O Ichthys, ou símbolo do peixe, era mais utilizado pelos primeiros cristãos.
No entanto, o símbolo da cruz já foi associado aos cristãos no segundo século, como é indicado nos argumentos anticristãos citados por Octavius,[2] capítulos IX e XXIX, escrito no final do mesmo século ou no início do próximo,[3] até o início do terceiro século a cruz tinha-se tornado tão estreitamente associada a Cristo que Clemente de Alexandria, que morreu entre 211 e 216, usou a ambiguidade da frase τὸ κυριακὸν σημεῖον (o sinal do Senhor) para significar cruz, pois a epístola apócrifa de Barnabé, tem o número 318 (em grego numerais, ΤΙΗ) em Gênesis 14:14 foi interpretada como uma numerologia para cruz (T, na posição vertical) e de Jesus (ΙΗ, as primeiras duas letras do seu nome ΙΗΣΟΥΣ, a posição dos 18),[4] e seu contemporâneo Tertuliano designou os crentes cristãos como crucis religiosi, ou seja "devotos da Cruz."[5] Em seu livro De Corona, escrito em 204, diz Tertuliano diz que já era uma tradição para os cristãos fazer em sua testa o sinal da cruz.[6] Muitos estudiosos consideram que a cruz teria sido adotada pelo cristianismo por seus próprios méritos, devido às suas conotações metafísicas, porém alguns historiadores sugerem que a cruz surgiu originalmente de um símbolo pagão:
“ | A forma da [cruz de duas vigas] teve sua origem na antiga Caldeia e foi usada como símbolo do deus Tamuz (tendo a forma do Tau místico, a letra inicial de seu nome)naquele país e em terras adjacentes no Egito. Por volta dos meados do 3º séc. A.D., as igrejas ou se haviam apartado ou tinham arrematado certas doutrinas da fé cristã. A fim de aumentar o prestígio do sistema eclesiástico apóstata, aceitavam-se pagãos nas igrejas, à parte de uma regeneração pela fé, e permitia-se-lhes em grande parte reter seus sinais e símbolos pagãos. Assim se adotou o Tau ou T, na sua forma mais frequente, com a peça transversal abaixada um pouco, para representar a cruz de Cristo. | ” |
— An Expository Dictionary of New Testament Words[7]. |
A Enciclopédia Judaica diz:
“ | A cruz como um símbolo cristão (...) entrou em uso pelo menos no segundo século (ver "apost. Const." Iii. 17; epístola de Barnabé, XI.-xii.; Justin, "Apologia", i . 55-60; "Dial. cum Tryph". 85-97) e à marcação de uma cruz sobre a testa e do tórax foi considerado como um talismã contra os poderes dos demônios. | ” |
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Na heráldica
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As cruzes seguintes são empregadas exclusiva ou principalmente em heráldica.
Há diversas outras variações da cruz em heráldica.
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Em bandeiras
Diversas bandeiras nacionais apresentam cruzes, inclusive as de todas as nações escandinavas. Vários países do Hemisfério Sul têm o Cruzeiro do Sul representado em suas bandeiras.
- Bandeira da Austrália ("Union Jack" e o Cruzeiro do Sul)
- Bandeira do Brasil (Cruzeiro do Sul)
- Bandeira do Burundi
- Bandeira da Dominica
- Bandeira da Dinamarca (a Danebrogen)
- Bandeira da Escócia
- Bandeira da Finlândia
- Bandeira da Grécia
- Bandeira da Geórgia
- Bandeira da Inglaterra
- Bandeira da Islândia
- Bandeira da Jamaica
- Bandeira de Malta
- Bandeira da Noruega
- Bandeira da Nova Zelândia ("Union Jack" e o Cruzeiro do Sul)
- Bandeira da Papua Nova Guiné (Cruzeiro do Sul)
- Bandeira de Portugal
- Bandeira do Reino Unido (a Union Jack)
- Bandeira da República Dominicana
- Bandeira de Samoa (Cruzeiro do Sul)
- Bandeira da Sérvia (na brasão sobre a bandeira)
- Bandeira da Suécia
- Bandeira da Suíça
- Bandeira de Tonga
- Bandeira de Wallis e Futuna (bandeira da França)
Outros usos da cruz
O Cruzeiro do Sul (Crux) é uma constelação em forma de cruz no Hemisfério Sul.
A cruz mais alta, de 152,4 metros de altura, faz parte do Monumento Nacional de Santa Cruz del Valle de los Caidos, na Espanha.
Cruz Alta - município brasileiro do Rio Grande do Sul, Brasil.
- Cruz Nórdica na bandeira da Suécia
- Cruzes de São Jorge, Santo André e São Patrício na bandeira do Reino Unido
- Suástica ou cruz gamada, um símbolo muito antigo
- Bandeira da dinastia Paleólogo, com a cruz tetragâmica
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Ver também
Referências
- «Testemunhas de Jeová». Testemunhas de Jeová. Jw.org. Consultado em 11 de abril de 2018
- The Worship of the Dead (London, 1904), by Colonel J. Garnier, p. 226.
- Apology., chapter xvi. Nesse texto Tertuliano diferencia Cruz de Estaca.
- An Expository Dictionary of New Testament Words (Londres,1962), W.E.Vine,p.256
- (Tertuliano, "De Corona", iii.; Cipriano, "Testemunhos", xi. 21-22; Lactantius, "Divinae Institutiones," iv. 27, e outros). (...)
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Bibliografia
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