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série de histórias em quadrinhos francesa Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Asterix (no Brasil) ou Astérix (em Portugal e outros países lusófonos) (em francês: Astérix), é uma série de histórias em quadrinhos criada na França por René Goscinny e Albert Uderzo no ano de 1959, baseada no povo gaulês e em grande parte no tempo do seu grande chefe guerreiro Vercingetorix. Após o falecimento de Goscinny em 1977, Uderzo prosseguiu o trabalho.[2][3]
As referências deste artigo necessitam de formatação. (Setembro de 2012) |
Asterix | |
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Colecção | |
País de origem | França |
Língua de origem | francês |
Editora(s) | Dargaud Hachette Editions Albert René |
Primeira edição | 1959 |
Número de álbuns | 34 |
Primeira publicação | Astérix le Gaulois |
Género | aventura, comédia |
Autor(es) | Albert Uderzo René Goscinny |
Desenho | Albert Uderzo |
Personagens principais | Asterix Obelix Ideiafix Panoramix Abracourcix Júlio César |
Título(s) em português | Asterix(BR) Astérix(EU) |
Editora(s) lusófona(s) | Edições ASA (Portugal) Editora Record Editorial Salvat[1] (Brasil) |
Estatuto | Em produção |
Adaptação | Cinema de animação Cinema |
Site oficial | asterix.com |
As primeiras publicações surgiram na revista Pilote, logo no primeiro número a 29 de outubro de 1959.[4] O primeiro álbum Asterix o Gaulês foi editado em 1961, a partir do qual começaram a ser lançados anualmente.[5]
Publicado em Pilote, de 1959 a 1973, a série publicada paralelamente em álbuns de capa cartonada, os primeiro álbuns foram publicados pela editora Dargaud, a partir de 1998, pela Hachette, pela Albert René nos dez álbuns seguinte. Os números acumulados de álbuns, tradições em vários idiomas, são representativos de 380 milhões de exemplos.
A série é acima de tudo humorística e principalmente parodia a sociedade francesa contemporânea através de seus estereótipos e regionalismos, além de tradições e costumes emblemáticos de países estrangeiros. O desenho é semi-realista, fortemente inspirado na escola de Marcinelle.
As histórias de Asterix foram traduzidas até o momento para 83 línguas e 29 dialetos, incluindo o português e o mirandês,[6] sendo muito populares na Europa, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, América Latina, África e Ásia. Porém não são ainda tão conhecidas nos Estados Unidos e no Japão. Já foram lançados 35 álbuns[7] que venderam 350 milhões exemplares em todo o planeta,[8] um dos quais é uma compilação de histórias curtas. Asterix também inspirou 13 adaptações para cinema (9 de animação e 4 de imagem real), jogos, brinquedos e um parque temático.
Albert Uderzo anunciou sua aposentadoria no fim de setembro de 2010 aos 84 anos, após atingir a marca histórica de 350 milhões de unidades vendidas em todo o planeta em diversas línguas.
Em 2013, dois anos após Albert Uderzo anunciar sua aposentadoria, foi lançado o primeiro álbum por outros artistas, Astérix entre os Pictos, de Jean-Yves Ferri e Didier Conrad.[9]
Em outubro de 2015, a dupla publica um novo álbum, Le Papyrus de César[10] e o volume 37, Astérix et la Transitalique, foi publicado em 19 de outubro de 2017.[11] Em 24 de outubro de 2019, foi publicado o volume 38, La Fille de Vercingétorix.[12]
Em abril de 2020, foi anunciado um novo álbum ilustrado, baseado em um álbum de áudio produzido por Goscinny e Uderzo.[13]
Este é o prólogo de todas as edições dos livros de Asterix, o gaulês: "Estamos no ano 50 antes de Cristo. Toda a Gália foi ocupada pelos romanos ... Toda? Não! Uma aldeia povoada por irredutíveis gauleses ainda resiste ao invasor. E a vida não é nada fácil para as guarnições de legionários romanos nos campos fortificados de Babaorum, Aquarium, Laudanum e Petibonum...".
Asterix reside com seus amigos em uma pequena aldeia gaulesa situada em uma península na Armórica, ao norte da antiga Gália. Para resistir ao domínio romano, os aldeões contam com a ajuda de uma poção mágica que lhes dá uma força sobre-humana, preparada pelo druida Panoramix. O poder da poção é temporário. A exceção é Obelix, que, por acidente, caiu dentro de um caldeirão cheio da poção quando ainda era um bebê, e daí adquiriu permanentemente a superforça.
O humor de Asterix é tipicamente francês, com trocadilhos, caricaturas e estereótipos.
Asterix e Obelix encontram muitas alusões ao século XX em suas jornadas. Os godos são militaristas, lembrando os alemães dos séculos XIX e XX; os bretões são fleumáticos, educados, falam ao contrário (numa tradução direta do inglês, como "Eu peço seu o perdão?"), tomam cerveja quente e água quente com leite (até Asterix ter-lhes levado o chá) e conduzem do lado esquerdo da estrada; a Hispânia é um local cheio de pessoas de sangue quente e turistas; e os lusitanos são baixinhos e educados (Uderzo disse que todos os portugueses que ele conhecera eram assim). Há também humor com franceses: os normandos comem tudo com natas, e os corsos são indolentes e têm queijos nauseabundos.
Existem muitas caricaturas, como o burocrata de Obelix e Companhia baseado em Jacques Chirac e Cleópatra tendo aparência inspirada em Elizabeth Taylor. Há alguns personagens que servem de alusão ao local visitado; ao visitarem a Bretanha, encontram quatro bardos famosos que lembram os Beatles; encontram na Bélgica Dupond e Dupont de Tintin; e, na Hispânia, Dom Quixote e Sancho Pança. Nos livros mais recentes, aumentam as paródias, com o espião Zerozerosix, baseado em Sean Connery, o escravo Spartakis, baseado em Kirk Douglas, e um alienígena inspirado em Mickey Mouse.
Uma das bases do humor são os trocadilhos, a começar pelos protagonistas, batizados com os símbolos para notas de rodapé: asterisco (*) e obelisco (†). Para aumentar os trocadilhos, todos os povos têm terminações comuns de nomes: os gauleses terminam em -ix (em possível citação a Vercingetórix) e as gaulesas em -a (Naftalina, Iellousubmarina); os romanos em -us (Acendealus, Apagalus, General Motus); normandos em -af (Batiscaf, Telegraf); bretões em -ax e -os (Relax, Godseivezekingos); egípcios em -is (Pedibis, Quadradetenis); gregos em -os e -as (Okeibos, Plexiglas); vikings em -sen (Kerosen, Franksen); godos em -ic (Clodoric, Eletric); e hispânicos, em nomes compostos (Conchampiñon & Champignon, Lindonjonsón & Nixón).
Línguas estrangeiras tem representação diferente:
Cada povo possui os seus credos e isso é bem evidenciadoː
Certas piadas provêm de acontecimentos, invenções, frases ou ideias posteriores à época em que supostamente decorre a narrativa:
Série regular
■ 1 Astérix, o Gaulês (Astérix le Gaulois), Dargaud, Paris, França, 1961 Argumento : Jean-Yves Ferri - Desenho : Didier Conrad - Pag. 48- ISBN 9789892333298 |
■ 37 Astérix et la Transitalique, Editions Albert René, Paris, França, 2017
Argumento : Jean-Yves Ferri - Desenho : Didier Conrad - Pag. 48- ISBN
2-86-497327-8
■ 38 A filha de Vercingétorix, Editions Albert René, Paris, França, 2019
Argumento : Jean-Yves Ferri - Desenho : Didier Conrad
■ 39 Astérix et le Griffon, Editions Albert René, Paris, França, 2021
Argumento : Jean-Yves Ferri - Desenho : Didier Conrad
■ 40 L'Iris blanc, Editions Albert René, Paris, França, 2023
Argumento : Fabcaro - Desenho : Didier Conrad
Além disso há a história Como Obelix caiu no Caldeirão do Druida quando era Pequeno (1965), o livro Asterix e seus amigos (2007), os álbuns dos filmes:
Em 2020, devido a pandemia de COVID-19, foi lançada a revista de atividades digital gratuita Irréductibles avec Astérix,[16] publicada em Portugal como Irredutíveis! com Astérix.[17]
Algumas histórias de Asterix foram transformadas em filmes de animação e filmes de imagem real.
"Astérix, o guerreiro gaulês" começou a ser publicado em Portugal cerca de ano e meio depois da sua estreia em França, aparecendo discretamente no interior do semanário "Foguetão", ao lado de Kim Novak, a "estrela da semana" na edição de 4 de Maio de 1961.
O semanário "Foguetão" da responsabilidade de Adolfo Simões Müller só durou 13 números.
Astérix voltaria às páginas da imprensa portuguesa a 13 de Maio de 1963, na revista "Zorro", com a segunda aventura dos gauleses, "A Foice de Ouro".
Depois, seria necessário esperar até 1 de Junho de 1968, para o "Tintin" apresentar "Astérix e Cleópatra", sucedendo-se então os títulos, quase sem interrupções.
A primeira edição portuguesa em álbum é de 1967, da Ibis, passando o título para o espólio da Livraria Bertrand por muitos anos. Em 1988 a Editorial Verbo ficou com os direitos da série, editando "O Grande Fosso" e mais três álbuns.
Com "A Rosa e o Gládio", em 1991, Astérix passa para o catálogo da Meribérica. A perda dos direitos para a ASA, em 2005, acelerou a falência daquela editora de BD.
Em Outubro de 2005 a ASA apresentava o 33.º título da série, "O Céu Cai-lhe em Cima da Cabeça" e iniciava a republicação dos títulos anteriores, renomeando muitas das mais de cem personagens criadas por Uderzo e Goscinny.
Astérix, Obélix e Panoramix mantiveram os nomes por que já eram conhecidos em Portugal, mas grande parte da aldeia gaulesa mudou mesmo de nome, adaptando o "jogo de palavras" francês para o português.
O cão Idéfix (ideia fixa) passou a Ideiafix, o chefe Abracourcix (a corta-mato) passou a ser Matasetix e o velho Agecanonix (idade canónica) responde por Decanonix. E nem os acantonamentos romanos escaparam a esta "nova ordem": Aquarium e Laudanum continuam, Babaorum mudou para um literal Babácomrum, mas Petibonum deu lugar a um nada parecido Factotum.
As histórias de Asterix foram inicialmente publicadas pela Bruguera, mais tarde rebatizada Cedibra. A ordem de lançamento dos títulos entre Asterix, O Gaulês e Os Louros de César não foi a mesma do original francês. Nos anos 80 a série passou a ser publicada pela Editora Record, que manteve a ordem mas em diversas revistas mudou a tradução.[20]
Além de manter Astérix, Obélix, Panoramix e Ideafix da tradução portuguesa, o chefe da aldeia virou Abracurcix, e Agecanonix, Veteranix. Os acampamentos romanos tem o mesmo nome do francês. Algumas das piadas ganharam versão regional — em Asterix e o Caldeirão, o ator Eleonoradus (piada com Eleonora Duse) virou Toniacarrerus (Tônia Carrero).
Em 2013, a Record inicio a publicação de remasterizadas baseadas na Astérix La Grande Colléction, em Outubro lançou Astérix entre os Pictos,[21] em setembro de 2014, a Editorial Salvat testa nas bancas uma coleção de álbuns da série.[1] Em junho de 2019, o site Universo HQ noticiou que os direitos de Asterix foram adquiridos pela Panini Comics.[22] Em janeiro de 2020, a editora anunciou o lançamento para março do mesmo ano.[23] Em agosto de 2021, a editora Record fez a pré-venda de Asterix e a Transitálica.[24]
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