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Militarismo ou ideologia militarista é uma ideologia que defende que a sociedade é mais bem servida (ou servida de maneira mais eficiente) quando governada ou guiada por conceitos ou pessoas oriundos da cultura, doutrina e sistema militares.[1] Militaristas sustentam que a segurança é a mais alta prioridade social, e alegam que o desenvolvimento e a manutenção do aparato militar assegura essa segurança.
Na história das religiões e nas mitologias mais diversas, são conhecidos centenas de deuses protetores das atividades bélicas, chamados também de deuses marciais.
Acredita-se que a sociedade militarista surgiu na Grécia Antiga. O maior exemplo deste fenômeno foi Esparta, entre o século IX a.C. e o século IV a.C. Naquele povo, havia uma sociedade de guerreiros que, estruturalmente, se organizava como uma casta. Estes se identificavam como uma sociedade de "iguais".
Na Bíblia, também existe menção ao Deus dos exércitos no Antigo Testamento.
Entre os cristãos, Agostinho de Hipona considerou a guerra uma manifestação da vontade divina, Bernardo de Claraval pregava guerra santa e as cruzadas e Tomás de Aquino elaborou a doutrina da guerra justa. Para os muçulmanos, a guerra para a propagação da fé é dever de todo religioso.
Modernamente, acredita-se que o militarismo assumiu o poder nacional pela primeira vez em 1799 com Napoleão Bonaparte na França. Desta forma, a revolução burguesa atingiu seu objetivo, isto é, a derrubada da monarquia absolutista, entregando o poder político aos militares para garantir os privilégios recém-conquistados.[carece de fontes]
Houve, a partir daí, uma ruptura da índole mercenária dos exércitos. Estes acabaram por se transformar em instituições nacionais. A profissionalização dos militares trouxe a consolidação e a construção das nacionalidades, aprofundando e fortalecendo sua influência sobre as nações.
No Reino da Prússia, de meados do século XVIII até Otto von Bismarck assumir o poder nacional em 1871, houve a confirmação de que o militarismo estava iniciando seu domínio sobre algumas nações, ou seja, as forças armadas nacionais estavam impondo uma nova concepção de domínio.
Carl von Clausewitz, no início do século XIX, afirmou "a subordinação da guerra à política" na sua obra clássica Der Krieg ("A guerra") (1832-1837), afirmando que "a guerra é a continuação da política com o emprego de outros meios", e que "é o político que comanda o fuzil, não o inverso".
Depois da Revolução Russa de 1917, houve um substancial crescimento da importância do domínio das forças armadas sobre as nações. Além do aumento do poder do militarismo, ainda houve o início da influência ideológica sobre seus componentes. Entre a Revolução Russa e a Segunda Guerra Mundial, a ideologia nas forças armadas iniciou uma importante escalada rumo à bipolarização mundial.
Finda a Segunda Guerra Mundial, e aumentando a polarização ideológica, o mundo se dividiu em dois blocos. Iniciou, assim, a Guerra Fria por influências político-ideológicas dos Estados Unidos e da União Soviética.
O militarismo e a escalada armamentista foram constantemente financiados e utilizados nos países do Terceiro Mundo, ou em desenvolvimento, em que as forças armadas nacionais se fortaleceram e ampliaram sua atuação interna combatendo ora o comunismo, ora o capitalismo.[2]
Ou seja, no século XX, o governo militar encontrou um terreno fértil política e ideologicamente tanto nos países socialistas como nas potências hegemônicas do sistema capitalista. O Exército Brasileiro realizou o Golpe de Estado no Brasil em 1964. Foi um período de atitudes extremas. A partir da Constituição Federal de 1988 - a "Constituição Cidadã" -, deu-se um novo perfil para as Polícias Militares do Brasil e para as Forças Armadas do Brasil, que passaram a proteger o cidadão e não mais o Estado.[carece de fontes]
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