Alexandre Kafka
Economista Brasileiro Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Alexandre Kafka (Praga, 25 de Janeiro de 1917 - Washington, D.C., 28 de Novembro de 2007) foi um economista checo-brasileiro conhecido por ser o representante do Brasil junto ao Fundo Monetário Internacional (FMI).[1]
Alexandre Kafka | |
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Nascimento | 25 de janeiro de 1917 Praga |
Morte | 28 de novembro de 2007 Washington, D.C. |
Cidadania | Chéquia, Brasil |
Progenitores |
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Alma mater | |
Ocupação | economista |
Empregador(a) | Fundo Monetário Internacional |
Era primo do escritor Franz Kafka.[2]
Biografia
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Perspectiva
Filho de Bruno Alexander Kafka, um político judeu austro-húngaro, nasceu na cidade de Praga, Império Austro-húngaro.
Estudou economia em Genebra com Ludwig von Mises[3] e, alguns anos depois, no Balliol College na Universidade de Oxford.
Mudou-se para São Paulo em 1941, fugindo do avanço nazista na Europa, sendo convidado para ser professor da Escola de Sociologia e Política na Universidade de São Paulo (USP).
Em 1944 foi trabalhar, a convite de Roberto Simonsen, na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp)[4].
Ingressou no FMI em 1949, por indicação de Otávio Gouveia de Bulhões, como chefe adjunto da divisão de pesquisa da América Latina.[5]
Foi eleito para a Diretoria Executiva do fundo 16 vezes, de 1966 a 1998, servindo a instituição por 32 anos,[6] sendo considerado um de seus mais importantes membros e um grande defensor dos interesses dos países da América Latina.[7][8]
Participou diretamente na criação dos Direitos Especiais de Saque,[9] mecanismo que acreditava ser melhor que o padrão-ouro.
Fundou, junto com outros economistas, o Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), na Fundação Getulio Vargas, fase que Kafka considerava a mais "importante e satisfatória" de sua vida[10] e, ainda, trabalhou no gabinete do ministro da fazenda Eugênio Gudin durante o governo de Café Filho, entre 1954 e 1955, com Roberto Campos.[11]
Trabalhou com diversas figuras importantes da economia brasileira e politica como Bresser Pereira, Delfim Netto, Dílson Funaro e Gustavo Franco.[12][13]
Foi também consultor econômico do Banco Central.[14]
Mudou-se para os Estados Unidos no final da década de 50, trabalhando na Organização das Nações Unidas e na Universidade de Virginia,[15] onde ajudou a fundar, junto com seus colegas, como os prêmios nobel de economia James Buchanan Jr. e Ronald Coase, o Centro de Estudos em Economia Política Thomas Jefferson,[16] mais tarde renomeado e transferido para a Universidade George Mason.[17]
Obra
- The International Monetary Fund: reform without reconstruction?, International Finance Section, Dept. of Economics, Princeton University, 1976.
- The IMF: The Second Coming?, Essays in International Finance, No. 94. Princeton University, julho de 1972.
- Monetary Problems of the Early 1960's: Review and Appraisal, Bureau of Business and Economic Research, School of Business Administration, Georgia State College, 1967.
Referências
- «Press Release: IMF Executive Board Praises Kafka's Distinguished Record of Service». 29 de outubro de 1998. Consultado em 13 de agosto de 2017
- «Press Release: Statement by IMF Managing Director Dominique Strauss-Kahn on the Death of Alexandre Kafka». 30 de novembro de 2007. Consultado em 13 de agosto de 2017
- Wilkie, Christopher (2012). Special Drawing Rights (SDRs): The First International Money. [S.l.]: Oxford University Press. 156 páginas
- Celina Soares d'. Araújo, Maria (1999). Fundação Getúlio Vargas: concretização de um ideal. [S.l.: s.n.] 55 páginas
- Bresser Pereira, Luiz Carlos. «CONTRA A CORRENTE NO MINISTÉRIO DA FAZENDA»
- Amorim, Paulo Henrique (2015). O quarto poder: Uma outra história. São Paulo: Hedra
- Boletim do Banco Central do Brasil: Volume 30. [S.l.]: Departamento Econômico do Banco Central do Brasil. 1994
- Manuel Piantini, Luis (10 de dezembro de 2007). «Hasta luego, profesor Kafka». Hoy. Consultado em 14 de agosto de 2017
- «The Center for Study of Public Choice». Arquivado do original em 6 de outubro de 2016
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