gênero musical brasileiro Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Música sertaneja, também conhecida como música caipira,[2][3] é um gênero musical brasileiro que se originou no estado de São Paulo.[2] Tendo suas raízes na expressão cultural, nas tradições e no modo de vida tradicional rural do interior paulista, principalmente porque as pessoas dessa região tiveram herança direta do caipira dos períodos colonial e imperial — em que conversas ao redor da fogueira e tradições religiosas como a Folia de Reis e a Festa do Divino faziam parte do dia a dia deles[4] —, é considerado um dos mais importantes fenômenos culturais do Brasil e um dos símbolos nacional.[5] Inicialmente, antes de sua difusão no território brasileiro, era chamada de modo geral de modas, toadas, cateretês, chulas, emboladas e batuques. As músicas sertanejas podem ser chamadas genericamente de modas e emboladas, e o som da viola é predominante.[6]
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Sertanejo | |
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O Violeiro (1899), de Almeida Júnior | |
Origens estilísticas | pagode de viola, bachata, xote, fado, vanerão, ritmos do ritual católico da Folia de Santos Reis, cantos tradicionais rurais, catira, guarânia, polca paraguaia, cururu e chamamé[1] |
Contexto cultural | Início do Século XX, no Interior de São Paulo e, posteriormente, do Brasil |
Instrumentos típicos | violão, viola caipira, violão de doze cordas, sanfona, triângulo e pandeiro. |
Popularidade | Em todo o Brasil |
Formas derivadas | Moda de viola Pagode de viola |
Subgêneros | |
Música caipira Sertanejo romântico Sertanejo universitário Agronejo | |
Formas regionais | |
São Paulo |
Surgida no interior do estado de São Paulo no início do século XX, a música sertaneja, inicialmente chamada "música caipira", retratava a vida dos tradicionais rurais do interior paulista através dos "causos" e fragmentos de cantos entoados por eles.[7] O grande percursor e propagador desse gênero musical foi o pesquisador, compositor, escritor e humorista paulista, natural de Tietê, Cornélio Pires, que era apaixonado pela efervescência da cultura caipira no interior de São Paulo e estava incomodado com a internacionalização que o país passava na época ao adotar o estilo de vida europeu. Destarte, ele, durante a década de 1920, inicia contato com violeiros de Piracicaba (SP), entre eles Mariano e Caçula, e começam a musicar os "causos" que ouviam por onde passavam.[4] Posteriormente, Cornélio funda a "Turma Caipira do Cornélio Pires" e nota que a manifestação popular que surgia na região cultural caipira do interior paulista, norte e oeste do Paraná, sul e triângulo de Minas Gerais, além de partes do sudeste de Goiás e Mato Grosso do Sul tinha potencial de se popularizar no país e, de fato, tornar-se um gênero profissional. É, portanto, que ele inicia gravações de histórias e fragmentos de canções tradicionais do interior e compõe "Jorginho do Sertão", uma história mítica de um caboclo que, ao invés de receber o pagamento que lhe havia prometido por carpir uma roça de café, recebe a proposta do patrão para se casar com uma das três filhas dele, mas rejeita os três casamentos.[2][6]
A música sertaneja tem suas raízes definitivamente estabelecidas em 1929, quando Cornélio Pires, na cidade de São Paulo, com o próprio dinheiro, convence o propretário da gravadora Columbia a gravar o primeiro disco de moda de viola lançado no país: "Jorginho do Sertão", na voz da dupla Mariano e Caçula.[2][8][9] Seguindo esse linha de composição, as letras que retratavam a beleza bucólica e o estilo de vida rural, em contraste com o cotidiano urbano. Atualmente, essa vertente é chamada de música sertaneja raiz, destacando o cotidiano interiorano tanto nas letras quanto na interpretação vocal. O conceito de música sertaneja, no entanto, abrange de forma mais ampla outros ritmos do interior do Brasil, como o baião e o xaxado. Tradicionalmente, a interpretação é feita por duplas, geralmente de tenores, com características vocais marcadas pelo uso de falsetes e uma tonalidade nasal. Enquanto a essência vocal permaneceu consistente, os instrumentos, ritmos e melodias incorporaram elementos de outros gêneros difundidos pela indústria cultural ao longo do tempo.[6][9] As primeiras gravações desse estilo, centradas nas "modas de viola", foram realizadas por duplas paulistas como Zico Dias e Ferrinho, Laureano e Soares, e Mandi e Sorocabinha. Suas canções frequentemente narravam eventos históricos ou questões sociais, como nas obras "A revolução Getúlio Vargas" e "A crise". Com o passar das décadas, novos instrumentos e influências estilísticas, como a polca paraguaia, o corrido mexicano e o estilo mariachi, enriqueceram o gênero. Durante o período de transição, surgiram artistas como Cascatinha e Inhana, que ajudaram a diversificar a música sertaneja com temáticas mais amorosas.[6]
A partir dos anos 70, o gênero passou a incorporar elementos modernos, como guitarras elétricas e arranjos inspirados pela jovem guarda, com destaque para Léo Canhoto e Robertinho e Sérgio Reis. Na década de 80, a música sertaneja alcançou maior projeção em rádios FM e televisão, consolidando-se como um gênero de massa. Essa fase, conhecida como "música sertaneja romântica", destacou artistas como Chitãozinho e Xororó, Zezé Di Camargo e Luciano, e Roberta Miranda. As letras passaram a abordar temas mais urbanos e individuais, mantendo referências à tradição vocal e instrumental do gênero.[6]
Esse desenvolvimento gerou debates sobre a distinção entre música sertaneja e música caipira, sendo a primeira associada às produções urbanas e a segunda às raízes rurais. A evolução do gênero, marcada pela adaptação às demandas do mercado e às mudanças culturais, reflete a rica história da música sertaneja no Brasil.[6]
Tais modificações dentro do gênero musical têm provocado muitas confusões e discussões no país a cerca do que seria música caipira/sertaneja. Críticos literários, críticos musicais, jornalistas, produtores de discos, cantores de duplas sertanejas, compositores e admiradores[quem?] debatem sobre quais seriam as formas artísticas de expressão do gênero, que levam em conta as mudanças ocorridas ao longo de sua história. Muitos estudiosos[quem?] seguem a tendência tradicional de integrar as músicas caipira e sertaneja como subgêneros dentro um só conjunto musical, estabelecendo fases e divisões: de 1929 até 1944, como "música caipira" (ou "música sertaneja raiz"); do pós-guerra até a década de 1960, como uma fase de transição da velha música caipira rumo à constituição do atual gênero sertanejo; e do final dos anos sessenta até a atualidade, como música "sertaneja romântica".[10] Outros no meio acadêmico[quem?], no entanto, consideram "música caipira" e "música sertaneja" gêneros completamente independentes, baseado na ideia de que a primeira seria a música rural autêntica e/ou do homem rural autêntico, enquanto a segunda seria aquela feita, como "produto de consumo", nos grandes centros urbanos brasileiros por não-caipiras.[11][12]
Se for adotado o critério de que música caipira e sertaneja são sinônimos, pode-se dividir este gênero musical em alguns subgêneros principais: "Caipira" (ou "Sertanejo Raiz"), "Sertanejo Romântico" e "Sertanejo Universitário". Dessa forma, faz parte do MPB.
A palavra "sertanejo" provém de sertão, termo popular que se dá no Brasil a certos locais afastados, longe das cidades. Apesar de existirem sertões em todo o Brasil, os gêneros musicais criados no sertão do nordeste não receberam o nome de música sertaneja. A música também chamda de caipira é originária da antiga Capitania de São Paulo e Minas de Ouro, área que atualmente engloba os estados de São Paulo, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Tocantins e também o sul do Rio de Janeiro,[13][14][15] que forma um mesmo cinturão sociocultural com o Vale do Paraíba Paulista.[13][14][15] Ali se desenvolveu uma cultura do colono que encontrou abundância de águas, terra produtiva e um clima mais ameno, típico do cerrado. É conhecida como "caipira" ou "sertaneja" a execução composta e executada das zonas rurais, do campo, a antiga moda de viola. Os caipiras, duplas ou solo, utilizavam instrumentos típicos do Brasil, como viola caipira.
Foi em 1929 que surgiu a primeira música sertaneja como se conhece hoje. Ela nasceu a partir de gravações feitas pelo jornalista e escritor Cornélio Pires de "causos" e fragmentos de cantos tradicionais rurais do interior paulista, sul e triângulo mineiros, sudeste goiano e mato grossense.[16] Na época destas gravações pioneiras, o gênero era conhecido como música caipira, cujas letras evocavam o modo de vida do homem do interior (muitas vezes em oposição à vida do homem da cidade), assim como a beleza bucólica e romântica da paisagem interiorana. Atualmente, este tipo de composição é classificada como "música sertaneja de raiz", com as letras enfatizadas no cotidiano e na maneira de cantar.[nota 1]
Além de Cornélio Pires e sua "Turma Caipira", destacaram-se nessa tendência, mesmo que gravando em época posterior, as duplas Mandi & Sorocabinha, Mariano e Caçula, Alvarenga e Ranchinho, Torres e Florêncio, Tonico e Tinoco, Vieira e Vieirinha, entre outros, e canções populares como "Sergio Forero", de Cornélio Pires, "O Bonde Camarão" de Cornélio Pires e Mariano, "Sertão do Laranjinha", de Ariovaldo Pires e "Cabocla Tereza", de Raul Torres e João Pacífico.[16]
Atualmente, a música sertaneja de raiz ainda sobrevive, sendo divulgada, por exemplo, por Mazinho Quevedo, Miltinho Edilberto, Daniel e pelo Cantor Donizeti Camargo.
Uma nova fase na história da música sertaneja teve início após a Segunda Guerra Mundial, com a incorporação de novos estilos como polca europeia, os instrumentos (como o acordeão e a harpa).[16] A temática vai tornando-se gradualmente mais amorosa, conservando, todavia, um caráter autobiográfico.[nota 2]
Alguns destaques desta época foram os duos Tião Carreiro & Pardinho, Cascatinha e Inhana, Irmãs Galvão, Irmãs Castro, Sulino & Marrueiro, Palmeira e Biá, o trio Luzinho, Limeira e Zezinha (lançadores da música campeira) e o cantor José Fortuna (adaptador da guarânia no Brasil). Ao florzinha da década de 1950/60 as duplas Pedro Bento & Zé da Estrada, Nenete & Dorinho, Tibagi & Miltinho e Belmonte & Amaraí, que modernizaram o sertanejo e sistematizou o uso de elementos da tradição mexicana mariachi com floreios de violino e trompete para preencher espaços entre frases e golpes de glote que produzem uma qualidade soluçante na voz.(Milionário e José Rico e outras duplas se inspiraram nessas quatro citadas acima")[16] Outros nomes, como a dupla Pena Branca e Xavantinho, seguiam a antiga tradição caipira, enquanto o cantor Tião Carreiro inovava ao fundir o gênero com samba, coco e calango de roda.
Em 1947, é realizado o primeiro rodeio do país em Barretos, somente em 1956, surgiram a a tradicional Festa do Peão de Barretos,, no ano seguinte, o evento contou com a presença da dupla Torres & Florêncio.[17]
A introdução da guitarra elétrica e o chamado "ritmo jovem", pela dupla Léo Canhoto e Robertinho, no final da década de 1960, marcam o início da fase moderna da música sertaneja, Leo Canhoto se inspirava em artistas internacionais como Elvis Presley, logo o gênero sofria influência da country music norte-americana. Com o visual dos cowboys de filmes de faroeste, o então cantor da Jovem Guarda, Sérgio Reis[18] passou a gravar na década de 1970 repertório tradicional sertanejo, de forma a contribuir para a penetração mais ampla ao gênero. Renato Teixeira foi outro artista a se destacar àquela altura. Naquele período, os locais de performance da música sertaneja eram originalmente o circo, alguns rodeios e principalmente as rádios AM. Já a partir da década de 1980, essa penetração estendeu-se às rádios FM e também à televisão - seja em programas semanais matutinos de domingo ou em trilhas sonoras de novela ou programas especiais.[nota 3]
Durante os anos oitenta, houve uma exploração comercial massificada do sertanejo, somado, em certos casos, a uma releitura de sucessos internacionais e mesmo da Jovem Guarda. Dessa nova tendência romântica da música sertaneja surgiram inúmeros artistas, quase sempre em duplas, entre os quais, Milionário e José Rico, (que também teve grande destaque e ascensão), Trio Parada Dura, Donizeti Camargo, Chitãozinho & Xororó, João Mineiro & Marciano, Matogrosso & Mathias, Leandro & Leonardo, Zezé Di Camargo & Luciano, Rionegro & Solimões, Felipe & Falcão, Chrystian & Ralf, João Paulo & Daniel, Chico Rey & Paraná, Gian & Giovani, Rick & Renner, Ataíde & Alexandre, Bruno & Marrone, Edson & Hudson, Guilherme & Santiago, Gilberto & Gilmar, Cezar & Paulinho, Rionegro & Solimões, Joaquim & Manuel, além das cantoras Nalva Aguiar, Jayne e Roberta Miranda e das duplas femininas As Mineirinhas e As Marcianas. Alguns dos sucessos desta fase estão "Sonhei Com Você", de José Rico e Vicente Dias, "Fio de Cabelo", de Marciano e Darci Rossi, "Boate Azul", de Benedito Seviero e Aparecido Tomás de Oliveira, "Ainda Ontem Chorei de Saudade", de Moacyr Franco, "Apartamento 37", de Leo Canhoto, "De Igual Pra Igual", de Roberta Miranda e Matogrosso, "Pense em Mim", de Douglas Maio, "Entre Tapas e Beijos", de Nilton Lamas e Antonio Bueno, "É o Amor", de Zezé Di Camargo e "Evidências", de José Augusto e Paulo Sérgio Valle.
O sertanejo urbano é contemporâneo ao sertanejo romântico e surgiu em resposta às influências estrangeiras na música sertaneja.[19] O sertanejo urbano mescla a música caipira com a MPB sendo considerada por alguns críticos como o estilo "sertanejo intelectualizado".[19]
Contra esta tendência mais comercial da música sertaneja, reapareciam nomes como da dupla Pena Branca e Xavantinho, adequando sucessos da MPB à linguagem das violas, e surgiam novos artistas como Almir Sater, violeiro sofisticado, que passeava entre as modas de viola e os blues. Além deles, destacam-se também Rolando Boldrin, Sá, Rodrix & Guarabira (que posteriormente se transformou no duo Sá & Guarabira após a saída de Zé Rodrix), Diana Pequeno e Paulo Simões.[19]
Na década seguinte, uma nova geração de artistas surgiu dentro do sertanejo disposta a se reaproximar das tradições caipiras, como Roberto Corrêa, Ivan Vilela, e Miltinho Edilberto.
Atenta, a indústria fonográfica lançou na década de 2000 um movimento similar, chamado por alguns de sertanejo universitário, com nomes como Bruno & Barretto, César Menotti & Fabiano, Cristiano Araújo, Eduardo Costa, Felipe Araújo, Fernando & Sorocaba, Fred & Gustavo, Gusttavo Lima, Henrique & Diego, Henrique & Juliano, Israel Novaes, Jads & Jadson, João Bosco & Vinícius, João Neto & Frederico, Jorge & Mateus, Luan Santana, Lucas Lucco, Maiara & Maraisa, Marcos & Belutti, Maria Cecília & Rodolfo, Marília Mendonça, Matheus e Kauan, Michel Teló, Munhoz & Mariano, Paula Fernandes, Naiara Azevedo, Simone & Simaria, Thaeme & Thiago, Thiago Brava, Victor & Leo, Zé Felipe, Zé Neto & Cristiano e outros. Como esse movimento não para e ganha cada vez mais adeptos, o mercado que antes tinha como foco de surgimento de duplas e artistas sertanejos no estado de Goiás, hoje tem eleito novos ídolos do estado de Mato Grosso do Sul como a revelação escolar Luan Santana e a dupla Maria Cecília & Rodolfo; e também no interior de São Paulo como Zé Neto & Cristiano nascidos em São José do Rio Preto. No estado de Minas Gerais surgiram nomes como Eduardo Costa, Paula Fernandes, Gusttavo Lima e a dupla Victor & Leo. No estado do Paraná tem revelações como nomes de Naiara Azevedo, Michel Teló e Davi Rodrigues. Porém, Goiás não deixou de revelar nomes no cenário nacional, surgiram os já citados Jorge & Mateus e João Neto e Frederico.
A quinta fase surgiu por volta do ano de 2020, tendo suas raízes na exaltação ao campo, a agropecuária e o agronegócio, refletindo as vivências e valores das comunidades agrárias em crescimento econômico-social.[20][21]
A essência do agronejo reside na fusão de elementos da música sertaneja tradicional com influências modernas, como funk, rap e música eletrônica, além de uma vaga inspiração no Bro-country originário dos EUA.[20] Essa combinação eclética resulta em uma sonoridade única que atrai tanto os fãs tradicionais da música sertaneja quanto os aficionados por gêneros mais contemporâneos.[20][21]
Dentre os artistas que têm se destacado nesse movimento, podemos citar nomes como Ana Castela, Luan Pereira, Léo & Raphael, Fiduma & Jeca, DJ Chris no Beat, Us Agroboy (dupla de Gabriel Vittor e Jota Lennon), Bruna Viola e Loubet.[20][21]
A dança sertaneja moderna tem suas origens nas danças sertanejas brasileiras. O termo "Sertanejo" foi inicialmente criado pelos portugueses no período das navegações para definir o interior da nova terra, diferindo-o do litoral. Mais tarde, aplicou-se ao interior do país de um modo geral. Assim, sendo o Sertão Brasileiro extremamente vasto, compreendendo as regiões interioranas do país desde o Sul ao Nordeste brasileiro, e tendo em sua história processos de colonização e choques culturais de diversos povos, percebemos inicialmente uma pluralidade ímpar na formação das Danças Sertanejas Tradicionais. Esta mescla de gêneros europeus, indígenas e por vezes africanos originou diversas danças pelo Brasil, levando-se em conta as particularidades históricas e culturais supracitadas de cada região.
Observa-se que o estilo de Dança Sertaneja Moderna (também conhecida como Dança Caipira Sertaneja ou Sertanejo Universitário) tem se propagado e sofrido mutações com maior intensidade em regiões da Grande São Paulo e interior deste estado, como nas cidades de Taboão da Serra, Embu, Cotia, ABC Paulista e Região Metropolitana de Campinas, sendo toda esta região geográfica hoje o polo de vanguarda da Dança Sertaneja.
Podemos classificar hoje a Dança Sertaneja Moderna como pertencente á família das Danças a Dois ou Danças de Salão, que caracterizam-se pelo improviso dado pela comunicação intrínseca que ocorre entre o par durante a dança (comunicação esta chamada por seus praticantes de "condução"), onde temos um "condutor" e um "conduzido". Esta compatibilidade entre o Sertanejo e outras danças em casal acabou por gerar, na Dança Sertaneja, grande influência e incorporação de movimentos de outros gêneros de danças de salão com forte presença no Interior Paulista e Grande São Paulo, sendo em maior grau o Forró, Samba-Rock, entre outros.
O vanerão ou vanera tem se propagado na região sul do país, sob forte influência das culturas locais, embora possua forte ligação com o baião e o vanerão nordestino. Paralelamente é encontrado junto a outros estilos de dança em bares e bailes do gênero.
Na região Centro-Oeste é comum os chamados "bailões", que apresentam as músicas sertanejas de toada mais animada, predominantemente das três últimas décadas do século XX. O estilo de dança é simples, sempre em par, comumente com passos de baião e xote. O chamado "dois pra lá, dois pra cá" é o passo predominante, o que levou o estilo a se popularizar nos bailões pelo fácil acompanhamento.
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