O olfato[1][2][3] é um dos cinco sentidos básicos e refere-se à capacidade de captar odores com o sistema olfativo.

No ser humano e em demais vertebrados, o órgão olfativo forma-se a partir de um espessamento epidérmico situado na região etmoidiana do crânio, a neurorrecepção somente será ativada após as moléculas das substâncias odoríferas serem dissolvidas no muco que recobre a membrana pituitária.

Disfunções olfativas

As principais disfunções olfativas são:

  • Anosmia (perda do olfato)
  • Disosmia (distorção do olfato)
  • Fantosmia (alucinação olfativa, onde o indivíduo percebe cheiros desagradáveis)
  • Hiperosmia (aumento exagerado da sensibilidade do olfato)
  • Hiposmia (redução da capacidade do olfato)
  • Parosmia (perversão do olfato)
  • Síndrome da referência olfativa (distúrbio psicológico que faz com que o paciente pense ter um forte odor corporal)

O olfato e as emoções

A percepção é um processo que influi na trajetória de crescimento e reorganização do cérebro com vista a este se ir adaptando melhor ao ambiente e conseguir agir com mais eficiência inserido nele. E a parte mais antiga do cérebro, o rinencéfalo (cujo nome é composto por duas palavras significando «cheiro» e «cérebro»), que compreende as áreas olfativas e límbicas, parece ter-se desenvolvido inicialmente a partir de estruturas olfativas. O que indica que provavelmente a capacidade para experimentar e expressar emoções se terá desenvolvido a partir da habilidade para processar os odores. Só mais tarde na evolução darwiniana se parecem ter desenvolvido outras estruturas límbicas como o complexo amígdala-hipocampo.

Como no caso das emoções básicas, a resposta imediata aos odores transmite uma mensagem simples e binária: ou se gosta ou não se gosta; fazem-nos aproximar ou evitar. E verifica-se que, quando uma pessoa sofre um trauma que a faz perder o olfato, o impacto se torna por vezes devastador: as experiências de fazer amor ou mesmo passear numa manhã primaveril ficam extremamente diminuídas. E há casos em que se verifica que há uma diminuição de intensidade mesmo em todas as experiências emocionais.

As memórias que incluem lembrança de odores têm tendência para ser mais intensas e emocionalmente mais fortes. Um odor que tenha sido encontrado só uma vez na vida pode ficar associado a uma única experiência e então a sua memória pode ser evocada automaticamente quando voltamos a reencontrar esse odor. E a primeira associação feita com um odor parece interferir com a formação de associações subsequentes (existe uma interferência proactiva). É o caso da aversão a um tipo de comida. A aversão pode ter sido causada por um mal estar que ocorreu num determinado momento apenas por coincidência, nada tendo a ver com o odor em si; e, no entanto, será muito difícil que ela não volte sempre a aparecer no futuro associada a esse odor.

Referências

  1. MorDebe. «olfato». Portal da Língua Portuguesa. Consultado em 25 de janeiro de 2011
  2. MorDebe. «olfacto». Portal da Língua Portuguesa. Consultado em 25 de janeiro de 2011

Ligações externas

Wikiwand in your browser!

Seamless Wikipedia browsing. On steroids.

Every time you click a link to Wikipedia, Wiktionary or Wikiquote in your browser's search results, it will show the modern Wikiwand interface.

Wikiwand extension is a five stars, simple, with minimum permission required to keep your browsing private, safe and transparent.