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Samuel Wallace MacDowell III (Olinda, 26 de maio de 1843 — Paris, 16 de agosto de 1908) foi um militar, advogado, magistrado, político, e jornalista brasileiro. Um dos sócio-fundados do Instituto Histórico e Geográfico do Pará em 1900.[1][2]
Samuel Wallace MacDowell | |
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Nascimento | 26 de maio de 1843 Olinda |
Morte | 16 de agosto de 1908 |
Cidadania | Brasil |
Ocupação | jornalista, advogado, político |
Filho de pai homônimo, Samuel Wallace MacDowell (formado na Faculdade de Direito de Olinda) e de Maria Vicência Clara de Sá, era neto de um comerciante escocês. Ficou órfão de pai e mãe com um ano e oito meses de idade, sendo levado ao Pará, para ser criado pela avó francesa Marie Checks.[3][4] Em 1860 sentou praça no Terceiro Batalhão de Artilharia, entretanto por problemas de saúde não pode prosseguir na carreira e ingressou na Faculdade de Direito do Recife, ao mesmo tempo em que lecionava nos colégios locais.
Casou-se em 1869 com Ana Augusta da Gama e Costa, com quem teve nove filhos: Anna, casada com o industrial Carlos Brício da Costa[3]; Samuel, advogado, casado com Dolores do Rêgo Barros; Affonso, médico, casado com Emília de La Rocque; José Maria, advogado e jornalista, casado com Georgina Cunha; Francisco, padre secular; Maria Vincência, casada com advogado e deputado Antônio dos Passos Miranda; Frederico Luís, médico, casado com Sílvia Paranhos; Delfina e Sara, ambas religiosas da Congregação Sacramentina de Paris.
Bacharelou-se em 1867, retornando a Belém como advogado. Ingressou logo em seguida no Partido Liberal, além de trabalhar, como jornalista, no Jornal Amazonas e no Liberal do Pará, fundou também o A Regeneração.
Elegeu-se deputado provincial, em 1881, já no Partido Conservador. Foi deputado geral de 1886 a 1889, sendo nomeado, no Gabinete Cotegipe, ministro da Marinha, em 1886, quando criou a Escola Naval. Após onze meses na pasta, passou a Ministro da Justiça
Foi agraciado em 12 de junho de 1886 por Dom Pedro II com o título de Conselheiro do Império. Foi o conselheiro Mac-Dowell quem nomeou a primeira comissão para tratar da redação do Código Civil. Foi ele também quem providenciou as reformas de base nas casas de correção e detenção, além de ter defendido o bispo dom Macedo Costa na Questão Religiosa, na década de 1870.
Na proclamação da República foi convidado por Rui Barbosa e por Lauro Sodré para dela participar. Esquivou-se declarando-se vencido, mas não convencido. Após a queda do Império seguiu para Belém do Pará a fim de regularizar assuntos pessoais e de família, onde ajudou a elaborar a Constituição estadual e foi presidente da comissão de limites entre o Pará e o Amazonas. Em seguida deixou o Brasil exilando-se por livre opção em Paris onde viveu até o final de seus dias, com modéstia, dando aulas para prover seu sustento, em companhia de sua esposa D. Ana Augusta e três de seus filhos menores. Em Paris manteve até sua morte os vínculos de amizade e lealdade que sempre teve para Dom Pedro II e a família imperial.
Doente, procurou tratamento na França, em 1908, tendo falecido, em Paris, de síncope cardíaca.
Frederico Luís MacDowell e Sílvia Paranhos tornaram-se avós do compositor brasileiro João MacDowell, conhecido por seu trabalho junto a International Brazilian Opera Company (IBOC).
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