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político brasileiro Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Dagoberto Dulcídio Pereira (Curitiba, 3 de setembro de 1890 — Curitiba, 17 de dezembro de 1988) foi um integrante da Polícia Militar do Paraná que participou do Conflito do Contestado, Revolta de 1924, Revoluções de 1930 e 1932, e que também participou da política e administração do Estado e da corporação.
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Coronel Dagoberto Dulcídio Polícia Militar do Paraná | |
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Alferes Dagoberto Dulcídio em 1916 | |
Dados pessoais | |
Nome completo | Dagoberto Dulcídio Pereira |
Nascimento | 3 de setembro de 1890 Curitiba Paraná |
Morte | 17 de dezembro de 1988 Curitiba Paraná |
Nacionalidade | Brasileira |
Vida militar |
Dagoberto era filho do coronel Cândido Dulcídio Pereira, comandante-geral da PMPR morto no Cerco da Lapa, em 1894. Em 28 de maio de 1913, ingressou no Corpo de Bombeiros do Paraná com a graduação de 1° Sargento Arquivista, função que já exercia no Exército Brasileiro. Em 7 de julho de 1914 foi transferido para o Esquadrão de Cavalaria do Regimento de Segurança, então denominação da Polícia Militar do Paraná.
Em 23 de maio de 1939, solicitou e obteve sua reforma militar, mas acabou reconvocado para o serviço ativo por diversas vezes.
Em 05 de setembro de 1914 foi mobilizado para a Região do Contestado como comandante de um pelotão de cavalaria, onde no dia 07 de setembro entrou em combate em Itaiópolis, e no dia 12 de setembro em Papanduva.
Em Papanduva, mesmo após ter sido ordenada a retirada, com quatro soldados, realizou um reconhecimento onde encontrou um soldado ferido, resgatando-o, o soldado acabou falecendo no dia seguinte devido a gravidade dos ferimentos.
Com a mobilização da Força Militar do Estado o Tenente Dagoberto Dulcídio recebeu a missão de auxiliar na organização de um Regimento Provisório de Cavalaria para o Exército; o qual recebeu a denominação de Regimento Dilermando de Assis, assumindo o comando de um de seus batalhões.
Em 10 de agosto, com a retirada dos amotinados de São Paulo para o Mato Grosso, seguiu com um esquadrão de cavalaria para o noroeste do Estado do Paraná; entrando em combate ainda no Rio Paranapanema, a bordo das lanchas de transporte Roseira e Dourados.
Em 31 de agosto travou um combate de cinco horas contra efetivos numericamente superiores no Porto de São José, Marilena; retirando-se apenas após o esgotamento de suas munições.
No dia 12 de setembro, deslocou-se para Foz do Iguaçu devido a ampla superioridade numérica dos revoltosos; mas não sem antes destruir as ligações ferroviárias e retirar as embarcações que pudessem ser utilizadas por seus oponentes.
Devido se encontrar cercado pelo inimigo seguiu para a Argentina, através de Posadas e Paso de los Libres, retornando ao Brasil por Uruguaiana e seguindo para Bagé, Rio Grande, Florianópolis, até Ponta Grossa; onde apresentou-se ao General Cândido Rondon, comandante das operações.
Participou da sublevação do Estado e da mobilização em direção às divisas com o Estado de São Paulo.
Apesar de se encontrar em tratamento de saúde apresentou-se ao Comandante-Geral da PMPR (Coronel Ayrton Plaisant) e no posto de Major assumiu o comando do 1° Batalhão de Infantaria, travando combate em Capela da Ribeira em 21 de julho e Guapiara em 03 de agosto acampando no lugar denominado Capinzal, onde permaneceu frente a frente com o inimigo até o dia 21 de agosto, após, marchou para Pinheiros, onde chegou por volta da 01h da madrugada e dali seguiu até Cordeiros, prosseguindo sua marcha, alcançou a Capela do Alto Caetano, localizado há 06 quilômetros além das posições de Cravos, em todos os lugares que combateu sempre deu provas de bravuras e patriotismo, sendo por isso elogiado pelo General Waldomiro de Lima, tornou-se, igualmente credor da consideração do Governo e das autoridades militares que dirigiam a ação repressiva contra o movimento revolucionário paulista.[2]
Coube ao Tenente Dagoberto Dulcídio em 1921, a criação do primeiro picadeiro (pista de adestramento e equitação) do Esquadrão de Cavalaria.[carece de fontes] Sendo nesse mesmo ano realizado o 1° Campeonato de Cavalaria das Armas na corporação.
Em 1966, a polícia montada foi transferida para o Bairro Tarumã, nas proximidades do Jockey Club do Paraná, e o picadeiro foi demolido em 1971; passando o local a ser usado como garagem de viaturas.
Em 2009 foi instituída a Medalha de Mérito do Ensino Policial Militar pela Academia Policial Militar do Guatupê, destinada a homenagear militares, civis, professores e ex-alunos que prestaram relevantes serviços ou significativo apoio à área de ensino e instrução na PMPR;[nota 3] a qual recebeu como homenagem a denominação de Coronel Dagoberto Dulcídio Pereira.
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