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Arsínoe III Filopátor (235 a.C. — 204 a.C.) foi uma rainha do Egito ptolemaico.
Arsínoe III | |
---|---|
Rainha do Egito | |
Consorte | Ptolemeu IV Filopátor |
Nascimento | 235 a.C. |
Morte | 204 a.C. (31 anos) |
Dinastia | Dinastia ptolemaica |
Pai | Ptolemeu III Evérgeta |
Mãe | Berenice II |
Filho(s) | Ptolemeu V Epifânio |
Era filha da rainha Berenice, filha de Magas de Cirene [1] e Apama.[Nota 1] Seu pai possivelmente era o rei Ptolemeu III Evérgeta I,[2] filho de Ptolemeu II Filadelfo e Arsínoe I, filha de Lisímaco.[3]
Seguindo uma prática egípcia adoptada pela dinastia ptolemaica viria a casar com o seu irmão, o rei Ptolemeu IV Filopátor,[4] filho de Ptolemeu III Evérgeta I [5] e Berenice.[1]
Em 217 a.C. o rei selêucida Antíoco III, o Grande invadiu a Palestina, preparando-se para atacar o Egito. Arsínoe acompanhou o irmão e o exército egípcio no confronto com o exército selêucida que ocorreu em Ráfia em Junho de 217 a.C.. Segundo os relatos, o encorajamento de Arsínoe às tropas muito contribuiu para a vitória do Egito. Após esta vitória Ptolemeu IV casou com a irmã em Outubro de 217 a.C.. Com o irmão Arsínoe teve um filho, o futuro Ptolemeu V Epifânio [4] nascido 210 a.C..
Porém, Ptolemeu tomou uma amante de nome Agatoclea,[6] irmã do ministro Agátocles,[7] ambos filhos de Oenanthe, uma cafetina,[8] Após a guerra pela Celessíria, Ptolemeu largou inteiramente o caminho da virtude, adotando uma vida dissoluta.[9] Ptolomeu se tornou corrompido pelo vinho e pelas mulheres, e, nos momentos em que estava sóbrio, exercia as funções sacerdotais, deixo o governo a cargo de Agatocleia.[8] Influenciado por Agatoclea, Ptolomeu mandaria assassinar a sua irmã Berenice. Arsínoe opôs-se ao comportamento do marido, mas politicamente nada poderia fazer.
Ptolemeu IV faleceu em 205 a.C.[carece de fontes] e seus ministros, Agátocles e Sosíbio, falsificaram um testamento, pelo qual eles seriam os guardiães de Ptolemeu V.[10] Eles então trouxeram duas urnas, com os ossos do rei Ptolomeu IV e da rainha Arsínoe III,[11] só que na urna da rainha havia especiarias.[12]
Após o funeral, o povo começou a comentar o que havia acontecido com Arsínoe III,[13] levando à revolta,[14] segundo alguns, mais por ódio de Agátocles do que por amor a Arsínoe.[15]
Segundo Políbio, Sosíbio foi quem mandou assassinarem Arsínoe,[1] mas Agátocles premiou o assassino, Philammon, com o governo da Cirenaica.[16] Ela foi a quinta em uma lista de cinco vítimas [1] de Sosíbio, um dos dois guardiões de Ptolemeu V Epifânio e um instrumento do mal que permaneceu muito tempo no poder, fazendo mal ao reino.[17] As cinco vítimas de Sosíbio foram: (1) Lisímaco, filho de Ptolemeu II Filadelfo e Arsínoe, filha de Lisímaco (2) Magas, filho de Ptolemeu III Evérgeta e Berenice, filha de Magas de Cirene.[1] (3) Berenice, mãe de Ptolemeu IV Filopátor (4) Cleômenes III, rei de Esparta e (5) Arsínoe III, filha de Berenice.[1][Nota 2]
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