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Rei espartano Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Cleômenes III (português brasileiro) ou Cleómenes III (português europeu) (254 a.C. — 219 a.C.) foi rei da cidade grega de Esparta por dezesseis anos,[1] de 235 até 222 a.C., pertenceu à Dinastia Ágida e terminou seus dias no exílio.
Cleômenes III | |
---|---|
Nascimento | 260 a.C. Esparta |
Morte | 219 a.C. Alexandria |
Cidadania | Esparta |
Progenitores |
|
Cônjuge | Agiatis |
Irmão(ã)(s) | Euclidas, Quilônis |
Ocupação | governante |
Cleômenes era filho de Leônidas II, e se casou, muito jovem e por ordem de seu pai, com Agiatis, a viúva de Ágis IV, rei euripôntida.[2]
Cleômenes estudou filosofia com Éfero, discípulo de Zenão de Cítio; Éfero admirava as qualidades de Cleômenes.[3]
Com a morte de Leônidas II, Cleômenes viu que os espartanos haviam degenerado: os ricos ignoravam o interesse público, preocupando-se apenas com prazeres e ganhos pessoais, os pobres perderam a prontidão para a guerra e a disciplina, e ele era rei apenas nominalmente,[4] com todo o poder nas mãos dos éforos.[5] Ele dedicou-se à restauração das antigas instituições espartanas, atribuídas ao legislador Licurgo.
Sua mãe se chamava Cratesicleia, e, para ajudar o filho, ela se casou de novo com um cidadão de influência.[6]
Pretendendo seduzir o exército com expedições gloriosas, atacou a Liga Aqueia (em 227 a.C.) e sublevou quase toda a Arcádia, chegando a ameaçar Argos.
Fortalecido com essas vitórias, surpreendeu a todos mandando executar os Éforos, representantes da oligarquia espartana. Depois, substituiu o senado por magistrados, chamados Patrônomos, incorporou os lacônios como cidadãos e promoveu uma ampla divisão de terras.
Após colher várias vitórias contra Antígono Doson, rei da Macedônia, a sorte da guerra deixou de favorecê-lo, conseguindo apenas manter uma parte da Acádia. Caído em desgraça, refugiou-se na corte de Ptolomeu III Evérgeta, rei do Egito, mas incompatibilizou-se com o novo faraó, Ptolomeu IV Filopátor, e acabou sendo preso. Tendo fugido da prisão, tentou, com um grupo pequeno de companheiros, sublevar o povo de Alexandria contra o rei, mas seu intento fracassou. Desistindo da revolta, Cleômenes III e seus companheiros cometeram suicídio pela espada.[7] Seus dois filhos com Agiatis, sua mãe Cratesicleia e as esposas e filhos dos seus companheiros foram, em seguida, mortos por ordem de Ptolemeu IV Filopátor.[8]
Árvore genealógica baseada em Políbio, Plutarco e Pausânias (geógrafo):
Cleômenes II | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Acrótato | Cleônimo (pai de Leônidas II) | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Areu I | Leónidas II | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Acrótato | Cleômenes\ III | Quilônis | Cleômbroto II | ||||||||||||||||||||||||||||||||||
Areu II | Agesípolis | Cleômenes | |||||||||||||||||||||||||||||||||||
Agesípolis III | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Precedido por Leônidas II |
Rei de Esparta (Ágida) 235 a.C. – 222 a.C. |
Sucedido por República (Agesípolis III foi rei por um breve período após a república) |
Toledo, J. - "Dicionário de Suicidas Célebres", São Paulo, Ed. Record, 1999
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