Ptolemeu IV Filópator (ca. 244 a.C. — ca. 205 a.C.) foi o quarto soberano da dinastia ptolemaica que governou de 224 a.C. até à sua morte. Durante o seu reinado iniciou-se a decadência do Egito ptolemaico.
Ptolemeu IV Filópator | |
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Faraó do Egito | |
Reinado | 224 a.C. a 205 a.C. |
Predecessores | Ptolemeu III Evérgeta Berenice II |
Sucessor | Ptolemeu V Epifânio |
Co-monarca | Arsínoe III |
Nascimento | c. 244 a.C. Alexandria, Reino Ptolemaico |
Morte | 204 a.C. (40 anos) Alexandria, Reino Ptolemaico |
Esposa | Arsínoe III |
Descendência | Ptolemeu V Epifânio |
Dinastia | Ptolemeu |
Pai | Ptolemeu III Evérgeta |
Mãe | Berenice II |
Filho e sucessor de Ptolemeu III Evérgeta I,[1] sua mãe era Berenice II.[2] Casou-se com Arsínoe III, filha de Berenice II.[2] Segundo Juniano Justino, Ptolemeu IV matou seu pai e sua mãe, e ganhou o epíteto de Filópator (aquele que ama seu pai) por ironia.[1]
Ptolemeu IV é retratado pelos autores clássicos como um rei fraco e debochado, que entregou os assuntos de Estado aos seus ministros e conselheiros, como Sosíbio e Agatócles. A pedido destes Ptolemeu IV ordenou a morte de vários membros da sua família, como o seu irmão Magas, a sua mãe e o seu tio Lisímaco.
Em 219 a.C. o rei Antíoco III, o Grande conquista algumas cidades costeiras da Celessíria, ameaçando a presença ptolemaica nesta região. Ptolemeu e Sosíbio procuraram então reorganizar o exército, integrando neste pela primeira vez desde o domínio ptolemaico a população nativa do Egito.
Em 217 a.C. Ptolemeu IV e Antíoco III defrontam-se no sul da Palestina, na Batalha de Ráfia, que se saldaria numa vitória do Egito. Antes da batalha a sua irmã, Arsínoe III, encorajou os soldados egípcios; de regresso ao Egito Ptolemeu casa-se com Arsínoe, com a qual teve um filho em 210 a.C. (o seu sucessor, Ptolemeu V Epifânio).
A nível interno a vitória egípcia provocou o renascer de um espírito nacionalista, iniciando-se um processo de rejeição da soberania ptolemaica. No final do seu reinado o sul do Egito era governado por um soberano de origem núbia.
Após a sua morte, Sosíbio e Agátocles ordenaram a morte de Arsínoe III, que se preparava para governar como regente na menoridade do seu filho. Quando a população de Alexandria descobriu as circunstâncias em que ocorreu a morte de Arsínoe, estes acabariam por ser linchados pelo povo.
Titulatura
Nome de Nesut-bity | ||||||||||||||||||||||||
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Hieroglifo | ||||||||||||||||||||||||
Transliteração | Jwˁ-n-nṯr.wy-mnḫ.wy Stp-n-Ptḥ Wsr-kȝ-Rˁ Sḫm-ˁnḫ-n-Jmn | |||||||||||||||||||||||
Transliteração | (ASCII) | Jwa-n-ntchr.wy-mnkh.wy stpn-ptah wsr-ka-ra ankh-n-jmn | ||||||||||||||||||||||
Transcrição | Iwan-entcher wymenkhwy setepen-ptah waser-ka-ra ankhenamon | |||||||||||||||||||||||
Tradução | "O herdeiro do deus Evérgeta. O eleito de Ptah. A imagem viva de Amom." |
Nome de Sa-Rá | |||||||||||||||||||||||||
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Hieroglifo | |||||||||||||||||||||||||
Transliteração | Ptwlmys ˁnḫ-ḏ.t Mr(y)-ȝs.t | ||||||||||||||||||||||||
Transliteração | (ASCII) | Ptwlmys ankh-djt Mry-ast | |||||||||||||||||||||||
Transcrição | Ptwlemys Ankh-djet Mery-aset | ||||||||||||||||||||||||
Tradução | "Ptolomeu, que tenha vida eterna. O amado de Isis." |
Referências
- Justino, Epítome das Histórias de Pompeu Trogo, 29.1 [em linha]
Precedido por Ptolemeu III Evérgeta I |
Lista de faraós Dinastia ptolemaica |
Sucedido por Ptolemeu V Epifânio |
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