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William Waack
jornalista brasileiro Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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William José Waack (São Paulo, 30 de agosto de 1952)[1][2] é um jornalista, professor, sociólogo, cientista político e ex-handebolista brasileiro.
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Waack é formado em jornalismo pela Universidade de São Paulo e em Ciências Políticas e Sociologia e Comunicação na Johannes Gutenberg-Universität Mainz em 1974,[3] na Alemanha. Fez mestrado em Relações Internacionais.[4] Também foi atleta membro da Seleção Brasileira de Handebol Masculino.[5]
William possui quatro livros publicados e já venceu duas vezes o Prêmio Esso de Jornalismo pelos livros-reportagem que escreveu: sobre a Guerra do Golfo, em 1991, e sobre as evidências secretas da participação da ex-União Soviética na Intentona Comunista de 1935, em 1993.[6]
Foi anunciado como um dos âncoras da CNN Brasil no dia 4 de junho de 2019.[7] De 16 de março de 2020 até 2022 apresentou o Jornal da CNN na CNN Brasil, função que deixou em 2022 após o WW — programa apresentado por ele desde 2021 — tornou-se diário.[8]
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Biografia
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William trabalhou em algumas das principais redações do Brasil, como o Jornal do Brasil,[9] Jornal da Tarde[10] O Estado de S. Paulo,[11] na revista Veja e na TV Cultura. Foi editor de Economia, Internacional e Política. Atuou como secretário de redação, editor-chefe e repórter, função em que ficou durante mais tempo.
Nos anos 70 o jornalista escrevia para o Jornal do Brasil,[9] na década seguinte passou a ser secretário de redação do Jornal da Tarde e em 1988 assumiu o Jornal da Cultura. Após isto, por 10 anos, William foi correspondente internacional na Alemanha, no Reino Unido, na Rússia e no Oriente Médio. Chegou a cobrir alguns dos principais acontecimentos internacionais das últimas décadas, como a Guerra Fria, a Revolução no Irã, a derrubada do Muro de Berlim, a desintegração da União Soviética e o ocaso do socialismo na Europa. Sempre como enviado especial, William participou da cobertura de oito conflitos e guerras: seis no Oriente Médio e dois nos Bálcãs.[12] Enquanto trabalhava para O Estado de S. Paulo, foi sequestrado com seu companheiro Hélio Campos Melo pela guarda republicana de Saddam Hussein na Guerra do Golfo.[13]
William trabalhou para a Globo entre 1996 e 2017.[6] Em 2005, começou a apresentar o Jornal da Globo ao lado de Christiane Pelajo - a jornalista deixou a bancada em 2015.[14] Nos seus últimos anos na emissora, trabalhou cobrindo crises em países sul-americanos como a Colômbia e a Argentina, e várias séries especiais de reportagens para o Jornal Nacional sobre assuntos como privatizações, pirataria e corrupção policial em São Paulo. Foi enviado aos Estados Unidos para cobrir a eleição que reelegeu Bush filho. Apresentou o Globo News Painel de Nova York. E enquanto cobria a pré-reeleição de George W. Bush, lecionou na New York University.[15]
Comandava também o programa semanal de debates políticos e econômicos Painel, na Globonews.[16] Em 2006, William passou a assinar uma coluna na editoria Mundo do portal de notícias G1.[17] Desde 2009, é professor da Fundação Armando Alvares Penteado. No projeto “Caminhos de Abraão“ da mesma faculdade, Waack levou os alunos para uma excursão denominada “Caminhos de Abraão”.[18] Em novembro de 2012, a Rede Record foi condenada pela Justiça a pagar R$50 mil a William por danos morais, por sugerir que ele fosse espião dos Estados Unidos em matéria do portal R7 baseada em telegramas diplomáticos dos Estados Unidos vazados pelo WikiLeaks, onde William é citado em conversas profissionais com diplomatas americanos.[19][20] Dentre os livros mais famosos de Waack está Camaradas, que conta a história da Intentona Comunista no Brasil a partir de documentos sigilosos da extinta URSS.[21] Escreveu em 1985 o polêmico As Duas Faces da Glória, onde analisa a Força Expedicionária Brasileira (FEB) vista por alguns de seus aliados e inimigos.
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Controvérsia racista e demissão da Rede Globo
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Em 9 de novembro de 2017, foi vazado um vídeo captado durante a cobertura das Eleições nos Estados Unidos em 2016. No vídeo, alguém na rua dispara uma buzina e Waack, irritado, exclama: "Tá buzinando por quê? Ô, seu merda do cacete!" e complementa seus protestos com um comentário racista ao colega Paulo Sotero: “Deve ser um, não vou nem falar, eu sei quem é”. E arremata: “É preto, isso é coisa de preto!”. Ao ser confrontado com o ocorrido, Waack afirmou não recordar do que disse e que o áudio apresentado não teria clareza, porém mesmo assim desculpou-se àqueles que se sentiram ultrajados com a situação. No mesmo dia do vazamento destes fatos a Rede Globo o afastou de suas funções de apresentador do Jornal da Globo,[22][23][24][25] até a sua demissão, em 22 de dezembro de 2017.[26][27][28][29] Com a saída de Waack, Renata Lo Prete assumiu seu lugar no Jornal da Globo.[30][31][32]
Poucos colegas jornalistas se posicionaram em defesa de Waack. Uma delas foi a jornalista Rachel Sheherazade, que escreveu que o apresentador foi "alvo dos fundamentalistas da moral seletiva" e que teria caído na "na armadilha pérfida dos coleguinhas invejosos, esquerdistas acéfalos e medíocres de todas as nuances".[33] Outro foi o apresentador Augusto Nunes que afirmou que o amigo William Waack teria virado alvo de "seitas especialmente repulsivas e extremistas" por um "punhado de frases sem importância". O também jornalista e amigo Reinaldo Azevedo procurou minimizar o comentário, que seria para ele uma "piada infeliz": "se disse ser aquilo 'coisa de preto', ia no gracejo um dado referencial: um 'outsider', de direita, com rompantes de extrema-direita, acabara de vencer a eleição no confronto com a candidata de Barack Obama".[34] Após sua demissão, o ex-apresentador agradeceu a estes colegas que saíram em sua defesa e afirmou que estaria apenas brincando ao proferir o comentário. Em sua defesa, criticou ainda a sociedade brasileira afirmando que atualmente o país "só tem gente certinha".[35]
Por outro lado, o repúdio em relação ao comentário de William Waack foi significativo, tendo repercutido enormemente nas redes sociais, veículos de comunicação e entidades jornalísticas.[36][37][38][39][40][41][42][43][44][45] Um laudo pericial foi emitido constatando que Waack realmente havia queixado-se de "coisa de preto" naquela oportunidade, afastando a defesa inicial do jornalista que questionava a clareza do áudio.[46] Em fevereiro de 2018 o Ministério Público do Trabalho do Rio de Janeiro (MPT-RJ) organizou a primeira audiência com o objetivo buscar a reparação pelas ofensas proferidas pelo então funcionário da Rede Globo, bem como com o intuito de estabelecer um diálogo entre a emissora e movimentos sociais negros para que fossem definidas ações de reparação de cunho antirracista por parte da TV Globo. Na audiência realizada em 5 de dezembro de 2017, foi sugerido que a emissora apresentasse, como medida reparatória, um projeto de reportagens envolvendo os movimentos sociais e que debatesse o tema racismo.[47]
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Atuação na CNN Brasil
Em julho de 2019, foi anunciado como um dos âncoras da CNN Brasil.[48] Em 16 de março de 2020, começou a apresentar o Jornal da CNN na CNN Brasil. Desde 26 de setembro, também apresenta o seu próprio programa, chamado “WW”. A atração estreia com o propósito de trazer opiniões e olhares diversos sobre a realidade brasileira e mundial.[49]
Livros
- "As Duas Faces da Glória" (1985) - Ed. Nova Fronteira;
- "Mister You Bagdad - Dois Repórteres na Guerra do Golfo" (1991) - Ed. O Estado de São Paulo;
- "Camaradas: nos arquivos de Moscou, a história secreta da revolução brasileira de 1935" (1993) - Cia. das Letras.
Trabalhos
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Referências
- William Waack Biografia publicado por "Pure People"
- William Waack publicado pelo "Portal dos Jornalistas' em novembro de 2016
- Ex-alunos Formados da Graduação Ex-alunos Formados da Graduação publicado pela "Escola de Comunicações e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo"
- «William Waack - Grupo Companhia das Letras». www.companhiadasletras.com.br
- «Terceiro Tempo - William Waack». Uol. Consultado em 4 de maio de 2016
- «William Waack - Memória Globo». Consultado em 10 de março de 2020
- Douglas Lima (14 de junho de 2022). «William Waack discute com chefia da CNN Brasil após perder sala exclusiva». Portal Uai Entretenimento. Consultado em 8 de março de 2025
- «Mortos e Desaparecidos Políticos». www.desaparecidospoliticos.org.br
- «:: Memória Roda Viva - www.rodaviva.fapesp.br ::». www.rodaviva.fapesp.br
- «Cópia arquivada». Consultado em 7 de novembro de 2015. Arquivado do original em 8 de dezembro de 2015
- «Segurança Internacional: Perspectivas Brasileiras - William Waack». www.segurancainternacional.com.br. Consultado em 26 de maio de 2012. Arquivado do original em 22 de maio de 2010
- «WILLIAM WAACK - TRAJETÓRIA». memoriaglobo.globo.com
- «Afastado da Globo por comentário racista, William Waack já foi sequestrado por forças de Saddam Hussein». F5. 9 de novembro de 2017. Consultado em 10 de março de 2020
- «WILLIAM WAACK». Jornalistas.jor.br. 15 de agosto de 2016. Consultado em 3 de dezembro de 2016. Arquivado do original em 20 de dezembro de 2016
- «GLOBONEWS PAINEL». GloboSatPlay. Globo.com. Consultado em 3 de dezembro de 2016
- «Viva Produtora – Representação Artística – Eventos Corporativos – Eventos Sociais » William Waack». vivaprodutora.com.br. Consultado em 16 de outubro de 2015
- «Record é condenada a pagar R$ 50 mil a William Waack por associá-lo à espionagem». Consultado em 23 de novembro de 2012. Arquivado do original em 30 de novembro de 2012
- «CAMARADAS - - Grupo Companhia das Letras». www.companhiadasletras.com.br
- Tory. «Após comentário racista, Globo afasta William Waack». CartaCapital
- Edição de Notícias 2 (8 de novembro de 2017), Histórico: Abertura e comunicado do Jornal da Globo sobre jornalista William Waack, suspenso, consultado em 9 de novembro de 2017
- TV, Notícias da (22 de dezembro de 2017). «Globo rescinde contrato com William Waack após declaração racista». Notícias da TV
- Gente, iG (10 de novembro de 2017). «Rachel Sheherazade parte em defesa de William Waack após racismo - Fofocas dos Famosos - iG». Gente
- Pernambuco, Diario de (10 de novembro de 2017). «Rachel Sheherazade, Reinaldo Azevedo e Augusto Nunes defendem William Waack». Diario de Pernambuco
- «A repercussão do caso Willian Waack». Observatório da Imprensa
- «Nota de repúdio – William Waack». Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial de São Paulo
- «Nota pública da FENAJ contra comentários racistas do jornalista William Waack e o racismo na imprensa brasileira». Federação Nacional dos Jornalistas
- «Nota de repúdio». OAB-SP: 31º subseção de Marília
- «William Waack tem segunda palestra cancelada após comentário racista». Diário de Pernambuco
- «Perícia atesta que Waack se queixou de coisa de 'preto'». F5 (Folha de S.Paulo)
- «MPT promove audiência sobre o caso do jornalista William Waack». Procuradoria Geral do Ministério Público do Trabalho do Rio de Janeiro)[ligação inativa]
- «William Waack estreia em novo programa de entrevistas na CNN Brasil». CNN Brasil. 17 de setembro de 2021. Consultado em 8 de março de 2025
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