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termo depreciativo no inglês americano para brancos pobres Da Wikipédia, a enciclopédia livre
White trash (traduzido literalmente: "lixo branco") é um termo depreciativo originário dos Estados Unidos, para pessoas brancas de baixo estatuto social como operários, camponeses, lavradores, entre outros.[1]
O termo "lixo branco" surgiu pela primeira vez na década de 1830 de forma pejorativa usado por aristocratas brancos e escravos negros contra os brancos da classe trabalhadora e lavradores (isolados de outros grupos) das plantações do Sul ou pequenos agricultores brancos.[1] Em 1855, o termo tinha passado para uso comum por brancos de classe alta, e era de uso comum entre todos os sulistas. Na virada do século XIX para o século XX, a população branca de origem europeia representava cerca de 90% da população dos EUA e em estados como Virgínia Ocidental, Kentucky, Indiana, Ohio e outros 35 estados americanos, essa porcentagem chegava a cerca de 100% ou a totalidade da população. Sendo assim, esse grupo étnico-racial era e é maioria em todas as classes sociais nesse país.[2][3][4][5][6]
Alguns homens brancos aristocratas tinham relações sexuais com escravas negras ou com mulheres de outros grupos étnicos como os indígenas e os filhos mestiços aceitos como legítimos, já os brancos da classe operaria e agricultores que eram descendentes de camponeses pobres da Europa, viviam em comunidades isoladas, só se casavam entre si, e viviam em conflitos com outros grupos étnicos (antagonismo racial) mesmo antes da Guerra Civil Americana (1860–1865). O resultado disso, foi que enquanto algumas famílias aristocratas respeitáveis tinham alguma pequena herança genética africana ou indígena, os brancos da classe trabalhadora não tinham outra ancestralidade a não ser a europeia. Quando o One-drop rule (A regra da gota de sangue única) surgiu no século XIX, famílias respeitáveis de classe alta foram proibidos de se casar com pessoas de sangue puro europeu e proibidos de frequentar o mesmo espaço que os brancos. Pessoas com 1/32 (3,125%), 1/64 (1,56%), 1/128 (0,78%) ou até mesmo 1/256 (0,39%) e 1/512 (0,19%) de ancestralidade africana há várias gerações eram consideradas negras ou pelo menos mestiças. Foi nessa época que o termo "lixo branco" se popularizou mais ainda para atingir a classe trabalhadora branca, os Full-blood Whites (brancos puros). Em 1895, na Carolina do Sul, houve a primeira tentativa de transformar a Regra da Gota em Lei Oficial, o delegado George D. Tillman se opôs a essa lei e disse:
Se essa lei for aprovada, famílias respeitáveis em Aiken, Barnwell, Colleton, e Orangeburg será negado o direito de casar entre as pessoas com quem eles estão agora associados e identificados. Pelo menos cem famílias seriam afetadas ao meu conhecimento. Eles enviaram bons soldados para o Exército Confederado, e agora são proprietários de terras e contribuintes. Para aqueles homens honrados, seria injusto e vergonhoso para constrangê-los dessa maneira. Seria uma injustiça cruel e fonte de litígios intermináveis, de escândalo, horror e contenda, se comprometerem a anular ou proibir o casamento por um controle remoto por causa de rastreamento de sangue não-branco. As portas estariam abertas ao escândalo, malícia e avareza.[7][8]
A regra da gota de sangue foi adota como lei pela primeira vez em 1908 e 1910, na Louisiana e no Tennessee.
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