Walter Bandeira
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Walter Bandeira (Belém do Pará, 31 de agosto de 1941 – Belém, 2 de junho de 2009)[1] foi um locutor, pintor, professor, ator e, cantor brasileiro, que surgiu no cenário cultural regional na década de 1960. É bacharel em Filosofia.[1][2] Filho da professora Risoleta Bandeira e de Euclides Gonçalves.
Em 1941, Walter Bandeira nasceu na cidade paraense de Belém, filho da professora Risoleta Bandeira e de Euclides Gonçalves (irmão do jornalista e cantor Euclides "Chembra" Bandeira).
Foi crooner das orquestras de Guilherme Coutinho e Álvaro Ribeiro.[1] Começou cantando por volta de 1967 na boate belenense Tic Tac,[1][2] acompanhando o início da carreira de cantoras do primeiro time da MPB regional, como Fafá de Belém, Jane Duboc e Leila Pinheiro.[2] Na década de 1970, em parceria com o pianista Leslie "Sam" Oliveira, professor de música de Jane Duboc, formou a banda musical Quinteto Sam & Walter Bandeira (com participação do guitarrista Bob Freitas, do baixista José Maneschy e do baterista João Moleque), que tocavam em clubes e salões de festas em Belém do Pará, como Assembléia Paraense, Tênis Clube do Pará, Pará Clube, Clube do Remo e, Tuna Luso Brasileira.
Sagrou-se na década de 1980 com o grupo Gema (junto com Bob Freitas, Nêgo Nelson, Kzam Gama, Dadadá e, Sagica),[2] badalando as casas noturnas da cidade como no bar Maracaibo, Clube do Círculo Militar, Iate Clube do Pará e,, boate La Cage.[1]
Apresentou-se inúmeras vezes no Theatro da Paz junto com Pery Ribeiro e Johnny Alf, além do Teatro Waldemar Henrique onde fez uma de suas apresentações mais memoráveis com o show "Assim".
O publicitário Pedro Galvão disse na época: "Pior que o Walter Bandeira, só a Elis Regina". Porém sem ambições de fama a nível nacional, gravou poucos discos. O universo de Walter era o Pará. Em 2009 Walter Bandeira teve seu primeiro registro em CD concluído. A obra intitulada "Guardados & Perdidos", síntese de uma desejo cultivado com o pianista Paulo José Campos de Melo, com composições de Chico Buarque, João Bosco, Jaques Brél e, autorais com a música que deu nome ao CD.[2] Walter não teve tempo de fazer seu show de lançamento, falecendo em Belém, no dia 2 de junho de 2009,[3] devido câncer no esôfago, com 67 anos de idade.
Walter Bandeira ficou conhecido como uma dos grandes cantores paraenses.[1][2] Pela versatilidade de seu talento tornou-se um dos mais requisitados locutores paraenses, emprestando sua voz na produção de peças publicitárias na mídia regional, como em propagandas da marca de alimentícios Hiléia e do evento Arte Pará.
Como ator, participou de espetáculos e filmes, como o longa-metragem paraense Lendas Amazônicas (1998), junto xom Cacá Carvalho e Dira Paes.[1]
Nos últimos anos era professor de voz e dicção da Escola de Arte e Dança da Universidade Federal do Pará.[4]
Em 2016, familiares e amigos fizeram o projeto “Walter 75”, que ao longo do ano realizou uma série de eventos em homenagem, coordenado por Edithe junto com a arquivologista Nazaré Lima (ex-figurinista do grupo Cena Aberta).[2] Também ocorreu em setembro do mesmo ano, a exposição “Walter Bandeira – O Canto das Aquarelas” no Museu da UFPA, mostrando o lado mais delicado do cantor que era explosão nos palcos, que contou com 60 aquarelas com temas variados, cuja visitação foi acompanhada de uma trilha sonora do cantor.[2]
As homenagens continuam em outras artes, em setembro de 2016, o centro Casa das Artes, da Fundação Cultural do Pará, recebeu uma exposição com cartuns e caricaturas de diversos artistas homenageando o cantor.[2] Em novembro de 2016, foi lançado O livro “Walter e Gema”, de autoria do professor Advaldo Castro Neto, que narra a carreira do cantor no período de 1981 a 1992 com o Grupo Gema.[2] A emissora Rede Cultura do Pará produzindo um documentário – com um trecho exibido na exposição O Canto das Aquarelas no Museu da UFPA – que reúne entrevistas do cantor, entre outros registros da carreira como repórter.[2]
Ocorreu a remasterização do vinil “Walter Bandeira” e do “Guardados & Perdidos”, sendo assim lançados em CD.[2]
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