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diretora de cinema brasileira Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Tizuka Akiyoshi Yamasaki (em japonês: 山崎 チズカ 信義; romaniz.: Yamasaki Chizuka Akiyoshi; nascida em Porto Alegre, em 12 de maio de 1949), conhecida apenas como Tizuka Yamasaki (em japonês: 山崎 チズカ; romaniz.: Yamasaki Chizuka), é uma diretora de cinema, produtora, roteirista assistente de direção e designer de produção nipo-brasileira.[1][2]
Tizuka Yamasaki OMC (em japonês: 山崎 チズカ; romaniz.: Yamasaki Chizuka) | |
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Nome completo | Tizuka Akiyoshi Yamasaki |
Nascimento | 12 de maio de 1949 (75 anos) Moinhos de Vento, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil |
Nacionalidade | brasileira |
Etnia | amarela |
Ocupação |
|
Prêmios | Festival de Gramado - Melhor Roteiro: Gaijin – Os Caminhos da Liberdade (1980) |
Tizuka Yamasaki é filha e neta de japoneses. Seus pais tinham se conhecido em Atibaia, no interior de São Paulo, onde foram apresentados através de um nakodo (uma espécie de casamenteiro na cultura japonesa[3]). Sua mãe, Sumiko, era filha única, e a avó materna, Titoe Koga, via no pai de Tizuka, Tosio Yamasaki, um herdeiro para sua propriedade rural em Atibaia.
Como o relacionamento com a sogra não era fácil, Tosio Yamasaki decidiu se mudar de Atibaia para Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, onde trabalhou no bairro Belém Velho, a convite de um amigo. A mãe de Tizuka, grávida desta, foi atrás do marido e acabou dando à luz no Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre. Um ano depois, o casal e a pequena filha regressaram para Atibaia na tentativa de reatar com a família. Em Atibaia nasceu a irmã caçula de Tizuka, Yurika, em 1952.[4]
Pouco tempo depois, por razões pessoais, Tosio precisou viajar ao Japão, onde morreu. Segundo a própria cineasta, enquanto era vivo, a família só falava japonês em casa. Quando porém atingiu idade para frequentar a escola, Tizuka aprendeu a falar português. Em Atibaia, Sumiko Yamasaki era dona de uma escola de costura, chamada São João.
Aos quinze anos, ela se mudou para a cidade de São Paulo, onde sua mãe contratou um professor de japonês para manter presente o idioma, mas Tizuka alegou que teve um "bloqueio cultural", rejeitando-se a aprender.
Tizuka Yamasaki é mãe de três filhos: Ilya, Fábio e Naina.
Em 1970, Tizuka Yamasaki transferiu-se para a capital federal, onde cursou Arquitetura na Universidade de Brasília. Quando a faculdade foi fechada, Tizuka decidiu estudar cinema no Instituto de Arte e Comunicação Social da UFF.[5]
Nesse período, Tizuka realizou alguns curta-metragens. Um de seus professores foi o cineasta Nelson Pereira dos Santos, cujas ideias a influenciaram. Ao lado dele, Tizuka desenvolveu a revista Luz e Ação, a qual nunca circulou. Além disso, no filme O Amuleto de Ogum, de 1974, dirigido por Santos, ela fez o trabalho de continuísta e fotógrafa de cena. Após trabalhar com Santos, Tizuka colaborou com outros nomes da indústria cinematográfica nacional, tais como Glauber Rocha, Lael Rodrigues e Paulo Thiago.
Em 1978, Tizuka Yamasaki fundou sua própria produtora, a CPC, que produziu filmes como Bar Esperança, de Hugo Carvana, Rio Babilônia, de Neville De Almeida e Idade da Terra, o último filme de Glauber Rocha. Em 1980, desenvolveu o roteiro de Gaijin - Os Caminhos da Liberdade, seu primeiro longa-metragem como diretora; o filme conta as dificuldades passadas por imigrantes japoneses em uma fazenda de café, no começo do século XX. Bem recebido, Gaijin conquistou o prêmio de melhor filme no Festival de Gramado daquele ano e recebeu Menção Especial pelo júri do Festival de Cannes, na França.
Após o sucesso de Gaijin, Tizuka dirigiu o drama Parahyba Mulher Macho (1983), baseado na história real da poetisa feminista Anaíde Beiriz (interpretada por Tânia Alves), amante de João Dantas, o assassino e rival político de João Pessoa, cuja morte foi o estopim para a mobilização armada da Revolução de 1930.
O terceiro longa de Tizuka Yamasaki, Pátriamada (1984), tem grande valor documental, pois começou a ser rodado sem ter um roteiro pronto, durante os movimentos reivindicatórios das Diretas Já, unindo simultaneamente ficção e realidade.[6]
Nos anos de 1989 e 1990 dirigiu juntamente Carlos Magalhães a novela Kananga do Japão.[7] Essa novela, voltada para o público adulto, foi recebida positivamente pela imprensa. Segundo a revista Veja, "ficou evidente a intenção dos diretores de usar tomadas de estilo cinematográfico".[8] Desta forma, foi condecorada por seis categorias vencidas no troféu APCA, da Associação Paulista dos Críticos de Arte.[9]
A partir da década de 1990, Tizuka começou a dirigir filmes voltados para o público infantil, todos sucessos de bilheteria. Lua de Cristal (1990) foi o primeiro de uma série de longas estrelando a apresentadora Xuxa Meneghel. Já O Noviço Rebelde (1997) estrelou Renato Aragão.
Em 1996, porém, Yamasaki dirigiu o filme Fica Comigo, o qual tem como foco o universo dos adolescentes. Segundo a própria cineasta, a adoção de seu filho Fábio[10] — na época das filmagens um adolescente — determinou a escolha do projeto.
Em 2000, o Ministério da Cultura entregou-lhe a Ordem do Mérito Cultural,[11] que é uma homenagem do governo brasileiro para as personalidades, grupos e instituições que se destacaram nos trabalhos prestados à cultura brasileira.[12]
Em 2005, lançou Gaijin - Ama-me como Sou, que voltou ao tema de seu primeiro longa.
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