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escritora brasileira Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Jaci dos Santos mais conhecida como Thereza Santos, (Rio de Janeiro, 7 de julho de 1930 — Guarapuava, 19 de dezembro de 2012) foi uma escritora, atriz, dramaturga, professora e ativista brasileira pelos direitos de mulheres e homens e pelo Movimento Negro no Brasil, por mais de 50 anos.[1]
Thereza Santos | |
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Nome completo | Jaci dos Santos |
Nascimento | 07 de julho de 1930 Rio de Janeiro, RJ, Brasil |
Morte | 19 de dezembro de 2012 (82 anos) Guarapuava, Paraná |
Causa da morte | Câncer de bexiga |
Nacionalidade | brasileira |
Nascida no bairro carioca de Santa Teresa, ela decidiu ir para o exílio na África depois de ser presa no início dos anos 1970 por sua participação no Partido Comunista Brasileiro, lá, ela participou ativamente do movimento de libertação da Guiné-Bissau e de Angola, onde colaborou em projetos de desenvolvimento cultural e alfabetização.[2][1]
Ingressou na Faculdade Nacional de Filosofia (atual UFRJ) e tornou-se integrante da União Nacional dos Estudantes (UNE). Nessa efervescência intelectual, começou a fazer teatro de rua, com perspectiva no engajamento político.[3]
Na década de 1960, começou a participar, no Brasil, do Movimento pela Libertação dos Povos Africanos de Expressão Portuguesa.[3] Por sua relação com o PCB, foi presa nos anos 1970. Ao ganhar liberdade, Thereza deixou o Brasil e optou por morar no continente africano, durante aproximadamente cinco anos, onde trabalhou como educadora, contribuindo para a reconstrução cultural de Angola, Cabo Verde e Guiné-Bissau.[3]
Thereza integrou o Teatro Experimental do Negro (TEN), do Rio e depois de São Paulo. No final da década de 1960, participou como cofundadora do Centro de Cultura e Arte Negra (Cecan). Na década de 1970, durante a ditadura militar, juntamente com o sociólogo Eduardo de Oliveira, escreveu e encenou a peça E agora falamos nós, iniciativa esta considerada uma das primeiras peças teatrais para um grupo exclusivamente formado por negros e negras.[3] Cabe salientar que este foi um dos principais trabalhos da carreira de Thereza como atriz. Na década de 1980, foi a primeira negra a ser nomeada para o Conselho Estadual da Condição Feminina de São Paulo. Foi assessora de Cultura Afro-Brasileira da Secretaria de Estado da Cultura do Estado de São Paulo entre 1986-2002.[3]
Em 1986 foi indicada pelo Coletivo de Mulheres Negras de São Paulo a concorrer ao cargo de deputada estadual pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB).[3] Porém, não foi eleita. Por indicação do vereador Vital Nolasco, do Partido Comunista do Brasil (PC do B), recebeu, em setembro de 1993, o título de Cidadã Paulistana.
Na contemporaneidade, há exposição da sua coleção, que conta com livros, revistas, estátuas, quadros, artesanatos, fotografias e correspondências pessoais, na Unidade Especial de Informação e Memória (UEIM) da Universidade Federal de São Carlos, localizada no CECH (Centro de Educação e Ciências Humanas), campus São Carlos.[4]
Thereza Santos faleceu na madrugada de quarta-feira, 19 de dezembro de 2012, aos 82 anos, no Rio de Janeiro, onde vivia há cerca de três anos. Thereza lutava contra um câncer de bexiga e insuficiência renal crônica.[5]
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