Psicanálise (do grego antigo ψυχή, transl. psychḗ: 'respiração, sopro, alma', e ἀνάλυσις, transl.: análysis: 'dissecção', no sentido de 'exame da alma') é um campo clínico de investigação teórica da psique humana independente da psicologia, desenvolvido por Sigmund Freud, médico neurologista, que se formou em 1881, trabalhou no Hospital Geral de Viena e teve contato com o neurologista francês Jean-Martin Charcot, que lhe mostrou o uso da hipnose.[1][2][3][4]

Sigmund Freud, o pai da psicanálise

Freud, médico neurologista austríaco, propôs este método para a compreensão e análise da psiquê humana, compreendido enquanto sujeito do inconsciente, abrangendo três áreas. Primeiro, como um método de investigação do psiquismo e seu funcionamento. Segundo, como um sistema teórico sobre a vivência e o comportamento humano. E, por fim, como um método de tratamento caracterizado pela aplicação da técnica da livre associação.[5]

Essencialmente é uma teoria da personalidade e um procedimento de psicoterapia; a psicanálise influenciou muitas outras correntes de pensamento e disciplinas das ciências humanas, gerando uma base teórica para uma forma de compreensão da ética, da moralidade e da cultura humana.[6] Em linguagem comum, o termo "psicanálise" é muitas vezes usado como sinônimo de "psicoterapia" ou mesmo de "psicologia". Em linguagem mais própria, no entanto, psicologia refere-se à ciência que estuda o comportamento e os processos mentais, psicoterapia ao uso clínico do conhecimento obtido por ela, ou seja, ao trabalho terapêutico baseado no corpo teórico da psicologia como um todo, e psicanálise refere-se à forma de psicoterapia baseada nas teorias oriundas do trabalho de Sigmund Freud. "Psicanálise" é, assim, um termo mais específico, sendo uma entre muitas outras abordagens de psicoterapia.[1][4]

Desde os seus primórdios, nos primeiros anos do século XX, o status epistemológico da psicanálise tem sido objeto de infindáveis discussões, que frequentemente giram em torno do seu enquadramento (ou não) como ciência.[7] Ao contrário do que Freud intencionava a princípio,[8][9] a psicanálise não é geralmente considerada como uma ciência da Natureza. Alguns críticos, notadamente Karl Popper, a consideram mesmo como pseudociência, por não ser falseável.[10][11][12][13] Paralelamente, há autores que a consideram dotada de características de ciência,[14][15][16][17][18] enquanto outros a afirmam como filosofia [19][20] ou como um saber.[21] Por fim, há quem considere a classificação da psicanálise - seja como "uma hermenêutica, uma ética ou apenas uma técnica" - como uma questão irrelevante.[22]

Definição

De acordo com Sigmund Freud, psicanálise é o nome de:[23]

  1. Um procedimento para a investigação de processos mentais que são quase inacessíveis por qualquer outro modo;
  2. Um método (baseado nessa investigação) para o tratamento de distúrbios neuróticos;
  3. Uma coleção de informações psicológicas obtidas ao longo dessas linhas, e que gradualmente se acumulou numa "nova" disciplina científica.

A essa definição elaborada pelo próprio Freud pode ser acrescentada um tratamento possível da psicose e perversão,

Ainda segundo o seu criador, a psicanálise cresceu num campo muitíssimo restrito. No início, tinha apenas um único objetivo — o de compreender algo da natureza daquilo que era conhecido como doenças nervosas ‘funcionais’, com vistas a superar a impotência que até então caracterizara seu tratamento médico. Em sua opinião, os neurologistas daquele período haviam sido instruídos a terem um elevado respeito por fatos físico-químicos e patológico-anatômicos e não sabiam o que fazer do fator psíquico e não podiam entendê-lo. Deixavam-no aos filósofos, aos místicos e — aos charlatães; e consideravam não científico ter qualquer coisa a ver com ele.[24]

Os primórdios da psicanálise datam de 1882 quando Freud, médico recém-formado, trabalhou na clínica psiquiátrica de Theodor Meynert e, mais tarde, em 1885, com o médico francês Charcot, no Hospital Salpêtrière (Paris, França). Sigmund Freud era um médico interessado em achar um tratamento efetivo para pacientes com sintomas neuróticos ou histéricos. Ao escutar seus pacientes, Freud acreditava que seus problemas se originavam da não aceitação cultural; ou seja, seus desejos eram reprimidos, relegados ao inconsciente. Notou também que muitos desses desejos eram fantasias de natureza sexual. O método básico da psicanálise é o manejo da transferência e da resistência. O analisado, numa postura relaxada, é solicitado a dizer tudo o que lhe vem à mente (método de associação livre). Suas aspirações, angústias, sonhos e fantasias são de especial interesse na escuta, como também todas as experiências vividas são trabalhadas em análise. Escutando o analisado, o analista tenta manter uma atitude empática de neutralidade - uma postura de não julgamento, visando a criar um ambiente seguro.

A originalidade do conceito de inconsciente introduzido por Freud deve-se à proposição de uma realidade psíquica, característica dos processos inconscientes. Por outro lado, analisando-se o contexto da época, observa-se que sua proposta estabeleceu um diálogo crítico às proposições de Wilhelm Wundt (1832 — 1920) acerca da psicologia como a ciência que tem como objeto a consciência entendida na perspectiva neurológica da época, ou seja, opondo-se aos estados de coma e alienação mental.[25]

Muitos colocam a questão de como observar o inconsciente. Se a Freud se deve o mérito do termo "inconsciente", pode-se perguntar como teria sido possível, a ele, Freud, ter tido acesso ao inconsciente para poder verificar seu mecanismo, já que não é o inconsciente que dá as coordenadas da ação do homem na sua vida diária. De fato, não é possível abordar diretamente o inconsciente (Ics.), já que o conhecemos somente por suas formações: atos falhos, sonhos, chistes e sintomas diversos expressos no corpo. Nas suas conferências na Clark University (publicadas como "Cinco lições de psicanálise"), Freud recomenda a interpretação como o meio mais simples e a base mais sólida para conhecer o inconsciente.[26]

Outro ponto a ser levado em conta sobre o inconsciente é que ele introduz, na dimensão da consciência, uma opacidade. Isto indica um modelo no qual a consciência aparece, não como instituidora de significatividade, mas sim como receptora de toda significação, desde o inconsciente. Pode-se prever que a mente inconsciente é um outro "eu", e essa é a grande ideia: a de que temos no inconsciente uma outra personalidade atuante, em conjunto com a nossa consciência, mas com liberdade de associação e ação.

O modelo psicanalítico da mente considera que a atividade mental é baseada no papel central do inconsciente dinâmico. O contato com a realidade teórica da psicanálise põe em evidência uma multiplicidade de abordagens, com diferentes níveis de abstração, conceituações conflitantes e linguagens distintas. Mas isso deve ser entendido num dado contexto histórico-cultural e em relação às próprias características do modelo psicanalítico da mente.

Modelos e teorias

As teorias psicanalíticas predominantes podem ser organizadas de acordo com suas escolas teóricas. Embora as perspectivas sejam diferentes, a maioria delas enfatiza a influência dos elementos inconscientes sobre o consciente. Além disso, ocorreram adequações significativas na consolidação dos elementos de teorias conflitantes.[27]

Modelo topográfico

O modelo topográfico, também chamado de teoria topográfica, foi nomeado e descrito pela primeira vez por Sigmund Freud, no livro A Interpretação dos Sonhos (1899).[28] A teoria levanta a hipótese de que o aparelho psíquico pode ser dividido nos sistemas Consciente, Pré-consciente e Inconsciente. Esses sistemas não são estruturas anatômicas do cérebro, mas sim processos mentais. Embora Freud tenha mantido essa teoria por um longo tempo, ele a substituiu amplamente pela teoria estrutural.[29] A teoria topográfica permanece como um dos pontos de vista metapsicológicos para descrever como a mente funciona na teoria psicanalítica clássica.

Modelo estrutural

O modelo estrutural divide a psique em id, ego e superego. O id está presente desde o nascimento como repositório dos instintos básicos, os quais Freud chamou de pulsões (Triebe): ele é desorganizado e inconsciente, e opera apenas no princípio do prazer, sem realismo ou previsão. O ego se desenvolve lenta e gradualmente, preocupando-se em mediar a urgência do id e as realidades do mundo externo; assim, ele opera no princípio de realidade. O superego é considerado a parte do ego em que se desenvolvem a auto-observação, a autocrítica e outras faculdades reflexivas e de julgamento. O ego e o superego estão parcialmente conscientes e parcialmente inconscientes.[29]

Abordagens teóricas e clínicas

Durante o século XX, surgiram muitos modelos clínicos e teóricos diferentes da psicanálise.

Psicologia do ego

A psicologia do ego foi inicialmente sugerida por Freud em "Inibições, sintomas e ansiedade" (1926),[30] e posteriormente foi ampliada através do trabalho de Anna Freud sobre os mecanismos psiquícos de defesa, publicado pela primeira vez em seu livro "O Ego e os Mecanismos de Defesa".[31]

Teoria moderna do conflito

A moderna teoria do conflito, uma variação da psicologia do ego, é uma versão revisada da teoria estrutural, mais especificamente por alterar conceitos relacionados ao local onde os pensamentos reprimidos foram armazenados.[32] A teoria moderna do conflito trata dos sintomas emocionais e traços de caráter como soluções complexas para o conflito mental.[33]

Teoria da relação de objetos

Ver artigo principal: Teoria da relação de objetos

A teoria da relação de objetos tenta explicar os altos e baixos das relações humanas por meio de um estudo de como as representações internas do "eu" e dos "outros" são organizadas.[34]

Psicanálise lacaniana

A psicanálise lacaniana integra a psicanálise com a linguística estrutural e a filosofia hegeliana, e é tida como um afastamento da psicanálise tradicional britânica e americana. Jacques Lacan costumava usar a frase "retourner à Freud" ("retornar a Freud") em seus seminários e escritos, pois defendia que suas teorias eram uma extensão das próprias obras de Freud. Desse modo, afasta-se de algumas teorias, como as de Anna Freud, a psicologia do ego, teoria da relação de objetos e, ainda, ressalta a necessidade de ler as obras completas de Freud, e não apenas uma parte delas. Os conceitos de Lacan dizem respeito ao estágio do espelho e a nodulação do real, simbólico e imaginário, e também à afirmação de que "o inconsciente se estrutura como uma linguagem".[35]

Por sua postura cada vez mais crítica em relação ao desvio do pensamento de Freud, muitas vezes destacando textos e leituras particulares de seus colegas, Lacan foi excluído da atuação como analista em formação da Associação Psicanalítica Internacional, levando-o a criar sua própria escola para manter uma estrutura institucional para os muitos candidatos que desejavam continuar suas análises com ele.[36]

Eficácia

A profissão psicanalítica tem sido resistente à pesquisa de eficácia.[37] As avaliações de eficácia baseadas apenas na interpretação do terapeuta não podem ser comprovadas.[38]

Resultados de pesquisas

Numerosos estudos demonstraram que a eficácia da terapia está relacionada principalmente à qualidade do terapeuta, e não à escola, técnica ou treinamento.[39]

Em uma metanálise de 2019, a terapia psicanalítica e psicodinâmica foi eficaz na melhoria do bem-estar psicossocial, reduzindo a suicidalidade e o comportamento de autolesão em pacientes com intervalo de 6 meses.[40] Também houve evidências favoráveis à psicoterapia psicanalítica como um tratamento eficaz para o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e Transtorno desafiador de oposição (TDO) quando comparado com metilfenidato com tratamento de gestão comportamental.[41]  Uma metanálise em 2012 e 2013 encontrou apoio ou evidência para a eficácia da terapia psicanalítica.[42][43] Outras metanálises publicadas nos últimos anos mostraram a psicanálise e a psicoterapia psicanalítica como eficazes, com resultados comparáveis ou maiores do que outros tipos de psicoterapia ou medicamentos antidepressivos.[44][45][46]

Existem correntes de intervenção contemporâneas que utilizam teorias psicanalíticas ou modelos derivados da psicanálise, tal como a psicoterapia psicodinâmica,[47] da qual algumas metanálises têm mostrado eficiência[48][49] e que ela seria tão eficaz quanto outras terapias, incluindo a terapia cognitivo-comportamental.[50] Contudo, isso ainda não define um ambiente favorável para a psicanálise.

Essas metanálises foram submetidas a várias críticas.[51][52][53][54] Em particular, a inclusão de estudos pré/pós ao invés de ensaios clínicos randomizados, e a ausência de comparações adequadas com tratamentos de controle, é uma limitação séria na interpretação dos resultados.[43] Um relatório francês de 2004 do INSERM concluiu que a terapia psicanalítica é menos eficaz do que outras psicoterapias (incluindo terapia cognitivo-comportamental) para certas doenças.[55]

Em 2011, o Associação Americana de Psicologia revisou 103 ensaios controlados randomizados que comparavam tratamento psicodinâmico e concorrente não dinâmico, publicados entre 1974 e 2010, dos quais 63 foram considerados de qualidade adequada. Das 39 comparações com um concorrente ativo, eles descobriram que 6 tratamentos psicodinâmicos foram superiores, 5 foram inferiores e 28 não mostraram diferença. O estudo encontrou esses resultados promissores mas explicitou a necessidade de ensaios de melhor qualidade que replicassem resultados positivos em desordens específicas.[56]

Metanálises de Psicoterapia Psicodinâmica de Curto Prazo (PPCP) descobriram tamanhos de efeito variando de 0,34 a 0,71 em comparação com nenhum tratamento, além de ser encontrado como ligeiramente melhor do que outras terapias no acompanhamento.[57] Outras avaliações encontraram um tamanho de efeito de 0,78 a 0,91 para transtornos somatoformes comparado a nenhum tratamento[58] e 0,69 para o tratamento da depressão.[59] Uma metanálise feita em 2012 pela "Harvard Review of Psychiatry" sobre Psicoterapia Dinâmica Intensiva de Curto Prazo (PDICP) encontrou tamanhos de efeito variando de 0,84 para problemas interpessoais a 1,51 para depressão. A PDICP no geral teve um tamanho de efeito de 1,18 em comparação com nenhum tratamento.[60]

Uma revisão sistemática da literatura de 2009 concluiu que as terapias psicanalíticas a longo prazo são eficazes no tratamento de problemas psicológicos.[61] Já uma metanálise da Psicoterapia Psicodinâmica de Longo Prazo (PPLP) em 2012 encontrou um tamanho de efeito geral de 0,33, o que é modesto. Esse estudo concluiu que a taxa de recuperação após o PPLP foi igual a dos tratamentos de controle - incluindo o tratamento como de costume -, e encontrou a evidência para a eficácia do PPLP ser limitada e, na melhor das hipóteses, conflitante.[62] Outros encontraram tamanhos de efeito de 0.44-0.68.[63]

De acordo com uma revisão francesa de 2004 conduzida por INSERM, a psicanálise foi presumida ou comprovadamente eficaz no tratamento de transtorno de pânico, transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), e transtornos de personalidade, mas não encontrou evidências de sua eficácia no tratamento esquizofrenia, transtorno obsessivo-compulsivo, fobia específica, bulimia e anorexia.[55]

Uma revisão sistemática da literatura médica de 2001 feita Colaboração Cochrane concluiu que não existem dados que demonstrem que a psicoterapia psicodinâmica é eficaz no tratamento da esquizofrenia e de transtornos mentais graves, e advertiu que a medicação deve sempre ser usada juntamente com qualquer tipo de tratamento psicoterápico em casos de esquizofrenia.[64] A revisão francesa de 2004 feita pela INSERM encontrou o mesmo resultado.[55] The Schizophrenia Patient Outcomes Research Team (em português: Equipe de Resultados de Pacientes com Esquizofrenia) desaconselha o uso de terapia psicodinâmica em casos de esquizofrenia, argumentando que mais ensaios são necessários para verificar sua eficácia.[65]

Correntes, dissensões e críticas

Diversas dissidências da matriz freudiana foram sendo verificadas ao longo do século XX, tendo a psicanálise encontrado seu apogeu nos anos 1950 e 1960.

As principais dissensões enfrentadas pelo criador da psicanálise envolveram C. G. Jung e Alfred Adler, que participavam da expansão da psicanálise no começo do século XX. Jung fora, inclusive, o primeiro presidente da Associação Internacional de Psicanálise (IPA) - tendo posteriormente renunciado ao cargo - e seguidor das ideias de Freud. Outros dissidentes importantes foram Otto Rank, Erich Fromm e Wilhelm Reich. No entanto, a partir da teoria psicanalítica de Freud, fundou-se uma tradição de pesquisas envolvendo a psicoterapia, o inconsciente e o desenvolvimento da práxis clínica, com uma abordagem puramente psicológica.

... aquelas "observações clínicas" que os analistas ingenuamente acreditam confirmar sua teoria não podem fazer mais do que as confirmações diárias que os astrólogos encontram em sua prática. E quanto ao épico de Freud sobre o Ego, o Superego e o Id, nenhuma reivindicação substancialmente forte de status científico pode ser feita para ele do que para as histórias coletadas de Homero no Olimpo.
Karl Popper, 1990[66]

Desenvolvimentos tais como a psicoterapia humanista/existencial, a psicoterapia reichiana, dentre diversas outras terapias existentes, foram, sem dúvida, influenciadas pela tradição psicanalítica, embora tenham conferido uma visão particular aos conteúdos da psicologia clínica.

O método de interpretar os pacientes e buscar a cura de enfermidades físicas e mentais através de um diálogo sistemático/metodológico com os pacientes foi uma inovação trazida por Freud desenvolvido a partir de suas observações e experiência de tratamento através da hipnose. Até então, os avanços na área da psicoterapia eram obsoletas e tinham um apelo pela sugestão ou pela terapia com banhos, sangria (medicina) e outros métodos antigos no combate às doenças mentais.[67][68] O verdadeiro choque moral provocado pelas ideias de Freud serviu para que a humanidade rompesse, ou pelo menos repensasse muito de seus tabus e preconceitos na compreensão da sexualidade, tornando importantíssima sua contribuição ao conhecimento humano.

Na atualidade, a psicanálise já não se limita à prática e tem uma amplitude maior de pesquisa, centrada em outros temas e cenários, desenvolvendo-se como uma disciplina[69] autônoma, ensinada em instituições psicanalíticas e em cursos universitários de Psicologia.[70]

Depois de Freud, muitos outros psicanalistas contribuíram para o desenvolvimento da psicanálise, destacando-se Melanie Klein, Winnicott, Bion e André Green. No entanto, a principal virada no campo da psicanálise e que conciliou, ao mesmo tempo, a inovação e a proposta de um "retorno a Freud" veio com o psicanalista francês Jacques Lacan. A partir daí outros importantes autores surgiram e convivem em nosso tempo, como Françoise Dolto, Serge André (1948-2003), Juan-David Nasio (n.1942), Jacques-Alain Miller e Élisabeth Roudinesco.

Uma das recentes tendências é a criação da neuropsicanálise,[71] cujos antecedentes remontam à fundação, em 1994, do grupo de estudos de neurociência e psicanálise, no Instituto de Psicanálise, com a participação de Arnold Pfefer e do neurocientista James Schwartz, da Universidade Columbia. A partir de 1996, fica sob a coordenação de Mark Solms, psicanalista inglês, com formação em neurociência, que vinha trabalhando em Londres e publicando trabalhos sobre o assunto desde a década de 1980. Juntamente com Pfeffer, Solms organiza o I Congresso Internacional de Neuropsicanálise, em Londres, julho de 2000, quando é criada a Sociedade Internacional de Neuro-Psicanálise. Segundo Eric Kandel, a neurociência poderia fornecer fundamentos empíricos e conceituais mais sólidos à psicanálise.[72][73]

Autores importantes

Ver também

Referências

  1. Darriba, Vinicius Anciães (junho de 2019). «Perspectives of the relationship between psychoanalysis and science in Lacan». Tempo psicanalitico (em inglês) (1): 11–37. ISSN 0101-4838. Consultado em 18 de dezembro de 2020
  2. Bowlby, J. (1979). «Psychoanalysis as Art and Science». Int. R. Psycho-Anal.: 3–14. Consultado em 18 de dezembro de 2020
  3. Bucci, Wilma (16 de maio de 1997). «Psychoanalysis and Cognitive Science: A Multiple Code Theory». Guilford Press (em inglês). ISBN 978-1-57230-213-6. Consultado em 18 de dezembro de 2020
  4. Biazin, Rafael dos Reis; Kessler, Carlos Henrique; Biazin, Rafael dos Reis; Kessler, Carlos Henrique (dezembro de 2017). «Psychoanalysis and science: the equation of the subjects». Psicologia USP (em inglês) (3): 414–423. ISSN 0103-6564. doi:10.1590/0103-656420160184. Consultado em 18 de dezembro de 2020
  5. Moore BE, Fine BD (1968), A Glossary of Psychoanalytic Terms and Concepts, ISBN 978-0318131252, Amer Psychoanalytic Assn, p. 78
  6. Mezan, Renato. Freud, Pensador da Cultura. Companhia das Letras, 2006.
  7. Mezan, Renato. Que tipo de ciência é, afinal, a Psicanálise? Natureza humana v.9 n.2 São Paulo, dezembro de 2007 ISSN 1517-2430 Citação: Para Freud, a disciplina que criou fazia indiscutivelmente parte das ciências da Natureza, e de modo algum daquelas "do espírito", como então se chamavam na Alemanha as atuais ciências humanas.
  8. Prudente, Regina Coeli Aguiar Castelo; Ribeiro Maria Anita Carneiro. Psicanálise e ciência. Psicologia: ciência e profissão v.25 n.1 Brasília março de 2005 ISSN 1414-9893 Citação: Desde o projeto de 1895 até seus últimos textos, Freud nunca abandonou seu propósito de fazer com que a psicanálise fosse reconhecida como ciência [...] O sujeito da psicanálise é o mesmo sujeito da ciência - o sujeito do desejo - mas Freud subverte o cogito cartesiano ao descobrir o inconsciente.
  9. Popper, Karl R. "Science: Conjectures and Refutations". In Grim, Patrick (ed.) Philosophy of Science and the Occult. Albany : State University of New York Press, 1982, pp. 87-93.
  10. Webster, Richard (1995). Why Freud was wrong. Sin, science and psychoanalysis. London: Harper Collins.
  11. Cioffi, Frank (2005). "Was Freud a Pseudoscientist?" Butterflies & Wheels. Extrato do ensaio "Are Freud’s Critics Scurrilous?", originalmente publicado em Meyer, C. (ed.),Le livre noir de la psychoanalyse. Paris: Les Arènes, 2005.
  12. Calazans, Roberto (dezembro de 2006). «Psicanálise e ciência». Ágora: Estudos em Teoria Psicanalítica (2): 273–283. ISSN 1516-1498. doi:10.1590/S1516-14982006000200008. Consultado em 18 de dezembro de 2020
  13. Bianco, Anna Carolina Lo (dezembro de 2003). «Sobre as bases dos procedimentos investigativos em psicanálise». Psico-USF (2): 115–123. ISSN 1413-8271. doi:10.1590/S1413-82712003000200003. Consultado em 18 de dezembro de 2020
  14. Villani, Alberto (30 de junho de 2005). «Filosofia da ciência, ensino de ciências e psicanálise: Explorando analogias». Amazônia: Revista de Educação em Ciências e Matemáticas (0): 63–72. ISSN 2317-5125. doi:10.18542/amazrecm.v1i0.1483. Consultado em 18 de dezembro de 2020
  15. Solms, Mark (fevereiro de 2018). «The scientific standing of psychoanalysis». BJPsych International (1): 5–8. ISSN 2056-4740. PMC 6020924Acessível livremente. PMID 29953128. doi:10.1192/bji.2017.4. Consultado em 18 de dezembro de 2020
  16. Simanke, Richard Theisen; García Menéndez, Ada Jimena; Caropreso, Fátima ; Barbelli, Izabel; Bocchi, Josiane Cristina. Filosofia da psicanálise: autores, diálogos, problemas. SciELO /EdUFSCar, 2010.
  17. BASTOS, Liana Albernaz de Melo. Psicanálise baseada em evidências?. Physis: Revista de Saúde Coletiva, volume: 12, nº 2, 2002. Acesso em 14 de agosto de 2019
  18. MEDEIROS, Roberto Henrique Amorim de. A psicanálise não é uma ciência. Mas, quem se importa? Psicol. cienc. prof. 1998, vol.18, n.3, pp.22-27. ISSN 1414-9893 http://dx.doi.org/10.1590/S1414-98931998000300004.
  19. Freud, Sigmund. "Dois verbetes de enciclopédia" (1923 [1922]) in: Freud Sigmund. Psicologia de Grupo e a Análise do Ego; in Obras completas de Sigmund Freud (23 v.), V.18. RJ, Imago, 1996
  20. Freud, Sigmund. "Uma breve descrição da psicanálise" (1924 [1923]), in: Freud, Sigmund. O ego e o Id e outros trabalhos, (1923-1925); in Obras completas de Sigmund Freud (23 v.), V.19. RJ, Imago, 1996
  21. Goodwin, C James. História da psicologia moderna. S. Paulo: Cultrix, 2005
  22. Freud, Sigmund. "Cinco lições de psicanálise". In: Cinco lições de psicanálise, Leonardo da Vinci e outros trabalhos (1910[1909]) Obras completas de Sigmund Freud (23 v.), V.XI. RJ, Imago, 1996
  23. cf. Dorpat, Theodore, B. Killingmo, and S. Akhtar. 1976. Journal of the American Psychoanalytical Association 24:855–74.
  24. Freud, Sigmund. 1955 [1915]. "The Unconscious." In The Standard Edition of the Complete Psychological Works of Sigmund Freud 14, edited by J. Strachey. London: Hogarth Press.
  25. Langs, Robert. 2010. Freud on a Precipice: How Freud's Fate pushed Psychoanalysis over the Edge. Lanham, MD: Jason Aronson.
  26. Freud, Sigmund (janeiro de 1936). «Inhibitions, Symptoms and Anxiety». The Psychoanalytic Quarterly (em inglês) (1): 1–28. ISSN 0033-2828. doi:10.1080/21674086.1936.11925270. Consultado em 10 de setembro de 2021
  27. Freud, Anna. 1968 [1937]. The Ego and the Mechanisms of Defence (revised ed.). London: Hogarth Press.
  28. Freud, Sigmund. 1955 [1923]. "The Ego and the Id." In Standard Edition 19, edited by J. Strachey. London: Hogarth Press. Lay summaries via Simply Psychology and JSTOR Daily Roundtable. Glossary via University of Notre Dame.
  29. Brenner, Charles. 2006. "Psychoanalysis: Mind and Meaning." Psychoanalytic Quarterly.
  30. «Object Relations Theory». web.sonoma.edu. Consultado em 20 de julho de 2020
  31. Lacan, Jacques. 2006. The Function and Field of Speech and Language in Psychoanalysis, translated by B. Fink. New York: W. W. Norton.
  32. Lacan, Jacques. 1990 [1974]. Television: A Challenge to the Psychoanalytic Establishment.
  33. «Here's what psychoanalysis really is, and what research says about its effectiveness». web.archive.org. 19 de março de 2022. Consultado em 15 de dezembro de 2023
  34. MYERS, David G. (2012). Psychology in Modules tenth edition. [S.l.]: Worth Publishers. ISBN 978-1464102615
  35. Horvath, Adam O. (24/2001). «The alliance.». Psychotherapy: Theory, Research, Practice, Training (em inglês) (4): 365–372. ISSN 1939-1536. doi:10.1037/0033-3204.38.4.365. Consultado em 15 de dezembro de 2023 Verifique data em: |data= (ajuda)
  36. Briggs, Stephen; Netuveli, Gopalakrishnan; Gould, Nick; Gkaravella, Antigone; Gluckman, Nicole S.; Kangogyere, Patricia; Farr, Ruby; Goldblatt, Mark J.; Lindner, Reinhard (junho de 2019). «The effectiveness of psychoanalytic/psychodynamic psychotherapy for reducing suicide attempts and self-harm: systematic review and meta-analysis». The British Journal of Psychiatry (em inglês) (6): 320–328. ISSN 0007-1250. doi:10.1192/bjp.2019.33. Consultado em 15 de dezembro de 2023
  37. Laezer, Katrin Luise; Tischer, Inka; Gaertner, Birgit; Leuzinger-Bohleber, Marianne (setembro de 2021). «[Psychoanalytic Treatments without Medication and Behavioral Therapy Treatments with and without Medication in Children with the Diagnosis of ADHD and/or Conduct Disorder]». Praxis Der Kinderpsychologie Und Kinderpsychiatrie (6): 499–519. ISSN 0032-7034. PMID 34519617. doi:10.13109/prkk.2021.70.6.499. Consultado em 15 de dezembro de 2023
  38. Leichsenring, Falk; Abbass, Allan; Luyten, Patrick; Hilsenroth, Mark; Rabung, Sven (setembro de 2013). «The Emerging Evidence for Long-Term Psychodynamic Therapy». Psychodynamic Psychiatry (em inglês) (3): 361–384. ISSN 2162-2590. doi:10.1521/pdps.2013.41.3.361. Consultado em 15 de dezembro de 2023
  39. de Maat, Saskia; de Jonghe, Frans; de Kraker, Ruth; Leichsenring, Falk; Abbass, Allan; Luyten, Patrick; Barber, Jacques P.; Van, Rien; Dekker, Jack (May/June 2013). «The Current State of the Empirical Evidence for Psychoanalysis: A Meta-analytic Approach». Harvard Review of Psychiatry (em inglês) (3): 107-137. ISSN 1465-7309. doi:10.1097/HRP.0b013e318294f5fd. Consultado em 15 de dezembro de 2023 Verifique data em: |data= (ajuda)
  40. Shedler, Jonathan (2010). «The efficacy of psychodynamic psychotherapy.». American Psychologist (em inglês) (2): 98–109. ISSN 1935-990X. doi:10.1037/a0018378. Consultado em 15 de dezembro de 2023
  41. Leichsenring, Falk (junho de 2005). «Are psychodynamic and psychoanalytic therapies effective? A review of empirical data» (https://pdfs.semanticscholar.org/a6e0/b5e267dbc8ac9b075a3c67006757b40fd652.pdf). The International Journal of Psychoanalysis (em inglês) (3): 841–868. ISSN 0020-7578. doi:10.1516/RFEE-LKPN-B7TF-KPDU. Consultado em 15 de dezembro de 2023
  42. Leichsenring, Falk; Rabung, Sven (julho de 2011). «Long-term psychodynamic psychotherapy in complex mental disorders: update of a meta-analysis». The British Journal of Psychiatry (em inglês) (1): 15–22. ISSN 0007-1250. doi:10.1192/bjp.bp.110.082776. Consultado em 15 de dezembro de 2023
  43. Novotney, Amy (dezembro de 2017). "Psychoanalysis vs. psychodynamic therapy". Monitor on Psychology 48 (12). American Psychological Association.
  44. Allan Abbass, Joel Town, Ellen Driessen (março de 2012). «Intensive short-term dynamic psychotherapy: a systematic review and meta-analysis of outcome research». Harvard Review of Psychiatry. 20 (2): 97–108. ISSN 1465-7309. PMID 22512743. doi:10.3109/10673229.2012.677347
  45. Shedler, Jonathan (fevereiro-março de 2010). "The efficacy of psychodynamic psychotherapy." American Psychologist 62 (2). p. 98–109. doi:10.1037/a0018378.
  46. Steinert, Christiane; Munder, Thomas; Rabung, Sven; Hoyer, Jürgen; Leichsenring, Falk (25 de maio de 2017). «Psychodynamic Therapy: As Efficacious as Other Empirically Supported Treatments? A Meta-Analysis Testing Equivalence of Outcomes». American Journal of Psychiatry (10): 943–953. ISSN 0002-953X. doi:10.1176/appi.ajp.2017.17010057. Consultado em 19 de dezembro de 2020
  47. McKay, Dean (2011). «Methods and mechanisms in the efficacy of psychodynamic psychotherapy.». American Psychologist (em inglês) (2): 147–148. ISSN 1935-990X. doi:10.1037/a0021195. Consultado em 15 de dezembro de 2023
  48. Thombs, Brett D.; Jewett, Lisa R.; Bassel, Marielle (2011). «Is there room for criticism of studies of psychodynamic psychotherapy?». American Psychologist (em inglês) (2): 148–149. ISSN 1935-990X. doi:10.1037/a0021248. Consultado em 15 de dezembro de 2023
  49. Anestis, Michael D.; Anestis, Joye C.; Lilienfeld, Scott O. (2011). «When it comes to evaluating psychodynamic therapy, the devil is in the details.». American Psychologist (em inglês) (2): 149–151. ISSN 1935-990X. doi:10.1037/a0021190. Consultado em 15 de dezembro de 2023
  50. Tryon, Warren W.; Tryon, Georgiana Shick (2011). «No ownership of common factors.». American Psychologist (em inglês) (2): 151–152. ISSN 1935-990X. doi:10.1037/a0021056. Consultado em 15 de dezembro de 2023
  51. INSERM Collective Expertise Centre (2004). Psychotherapy: Three approaches evaluated. Col: INSERM Collective Expert Reports. Paris (FR): Institut national de la santé et de la recherche médicale
  52. Gerber, Andrew J.; Kocsis, James H.; Milrod, Barbara L.; Roose, Steven P.; Barber, Jacques P.; Thase, Michael E.; Perkins, Patrick; Leon, Andrew C. (janeiro de 2011). «A Quality-Based Review of Randomized Controlled Trials of Psychodynamic Psychotherapy». American Journal of Psychiatry (1): 19–28. ISSN 0002-953X. doi:10.1176/appi.ajp.2010.08060843. Consultado em 15 de dezembro de 2023
  53. Anderson, Edward M.; Lambert, Michael J. (1 de janeiro de 1995). «Short-term dynamically oriented psychotherapy: A review and meta-analysis». Clinical Psychology Review (6): 503–514. ISSN 0272-7358. doi:10.1016/0272-7358(95)00027-M. Consultado em 15 de dezembro de 2023
  54. Abbass, Allan; Kisely, Stephen; Kroenke, Kurt (11 de julho de 2009). «Short-Term Psychodynamic Psychotherapy for Somatic Disorders: Systematic Review and Meta-Analysis of Clinical Trials». Psychotherapy and Psychosomatics (5): 265–274. ISSN 0033-3190. doi:10.1159/000228247. Consultado em 15 de dezembro de 2023
  55. Driessen, Ellen; Cuijpers, Pim; de Maat, Saskia C. M.; Abbass, Allan A.; de Jonghe, Frans; Dekker, Jack J. M. (1 de fevereiro de 2010). «The efficacy of short-term psychodynamic psychotherapy for depression: A meta-analysis». Clinical Psychology Review (1): 25–36. ISSN 0272-7358. doi:10.1016/j.cpr.2009.08.010. Consultado em 15 de dezembro de 2023
  56. Abbass, Allan; Town, Joel; Driessen, Ellen (19 de abril de 2012). «Intensive Short-Term Dynamic Psychotherapy: A Systematic Review and Meta-analysis of Outcome Research». Harvard Review of Psychiatry (em inglês) (2). 97 páginas. ISSN 1465-7309. doi:10.3109/10673229.2012.677347. Consultado em 15 de dezembro de 2023
  57. S. de Maat, F. de Jonger, R. Schoevers, J. Dekker (2009). «The Effectiveness of Long-Term Psychoanalytic Therapy: A Systematic Review of Empirical Studies». Harvard Review of Psychiatry. 17 (1): 1–23. PMID 19205963. doi:10.1080/10673220902742476
  58. Smit, Yolba; Huibers, Marcus J. H.; Ioannidis, John P. A.; van Dyck, Richard; van Tilburg, Willem; Arntz, Arnoud (1 de março de 2012). «The effectiveness of long-term psychoanalytic psychotherapy—A meta-analysis of randomized controlled trials». Clinical Psychology Review (2): 81–92. ISSN 0272-7358. doi:10.1016/j.cpr.2011.11.003. Consultado em 15 de dezembro de 2023
  59. Leichsenring, Falk; Rabung, Sven (julho de 2011). «Long-term psychodynamic psychotherapy in complex mental disorders: update of a meta-analysis». The British Journal of Psychiatry (em inglês) (1): 15–22. ISSN 0007-1250. doi:10.1192/bjp.bp.110.082776. Consultado em 15 de dezembro de 2023
  60. Malmberg, Lena; Fenton, Mark; Rathbone, John (23 de julho de 2001). Cochrane Schizophrenia Group, ed. «Individual psychodynamic psychotherapy and psychoanalysis for schizophrenia and severe mental illness». Cochrane Database of Systematic Reviews (em inglês) (2). PMC PMC4171459Acessível livremente Verifique |pmc= (ajuda). PMID 11686988. doi:10.1002/14651858.CD001360. Consultado em 15 de dezembro de 2023
  61. Kreyenbuhl, Julie; Buchanan, Robert W.; Dickerson, Faith B.; Dixon, Lisa B. (janeiro de 2010). «The Schizophrenia Patient Outcomes Research Team (PORT): Updated Treatment Recommendations 2009». Schizophrenia Bulletin (em inglês) (1): 94–103. ISSN 1745-1701. PMC PMC2800150Acessível livremente Verifique |pmc= (ajuda). PMID 19955388. doi:10.1093/schbul/sbp130. Consultado em 15 de dezembro de 2023
  62. Grim, Patrick (1 de janeiro de 1982). Philosophy of Science and Occult, 1st Ed. (em inglês). [S.l.]: SUNY Press
  63. Alexander, Franz G, Selesnick, Sheldon T. História da psiquiatria: uma avaliação do pensamento e da prática psiquiátrica desde os tempos primitivos até o presente. São Paulo: Ibrasa, 1968.
  64. Brunner, José (2001). Freud and the Politics of Psychoanalysis. New York: Transaction Publishers
  65. Soussumi, Yusaku. O que é neuro-psicanálise. Ciência e Cultura, vol. 56 nº 4. São Paulo, outubro-dezembro de 2004.
  66. Kandel, Eric R.."Biology and the future of psychoanalysis: a new intellectual framework for psychiatry". American Journal of Psychiatry, volume 156, nº 4, abril de 1999.
  67. Pinheiro, Elaine; Herzog, Regina. Psicanálise e neurociências: visões antagônicas ou compatíveis? Tempo psicanalitico, vol. 49, nº 1. Rio de Janeiro junho de 2017 ISSN 0101-4838; versão on-line ISSN 2316-6576

Bibliografia

Ligações externas

Wikiwand in your browser!

Seamless Wikipedia browsing. On steroids.

Every time you click a link to Wikipedia, Wiktionary or Wikiquote in your browser's search results, it will show the modern Wikiwand interface.

Wikiwand extension is a five stars, simple, with minimum permission required to keep your browsing private, safe and transparent.