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Tempo Presente, revista portuguesa de cultura, surge no final da década de 50, publicada em Lisboa, com uma tiragem quinzenal, datando o primeiro número de Maio de 1959, e o último, o 27, de 1961. Foi seu director Fernando Guedes e José Maria Alves seu editor e proprietário.[1]
Era secretariada por João Manuel Pedra Soares, e tinha como conselho de redacção António José de Brito, António Manuel Couto Viana, Caetano de Melo Beirão e Goulart Nogueira.[1]
Além deles, como colaboradores literários, estavam Augusto de Campos, Haroldo dos Santos, J. Monteiro Grilo, Edwin Markham, Luís Forjaz Trigueiros, Ester de Lemos,[2] Sellés Paes, Manuel Gama.[1]
Colaboram ainda nomes que tinham estado ligados às revistas Távola Redonda e Graal, como Fernando de Paços, Maria Manuela Couto Viana, Fernanda Botelho, Luiz de Macedo, João Cabral do Nascimento, Tomás Kim,[3] José Blanc de Portugal, José António Ribeiro, Nuno de Tomás Sampayo, António Salvado, Eduíno de Jesus, Natércia Freire.[4] ou João Bigotte Chorão[5].
A colaboração plástica era essencialmente assegurada por José de Almada Negreiros, Fernando Lanhas e Mário Saa.[1]
Incluia rubricas como "Ensaios e Poesia" e "Teatro".[1]
Justificando a sua designação, Tempo Presente apostou literariamente numa estética de modernidade, consagrando autores modernistas e futuristas portugueses como Ângelo de Lima, Almada-Negreiros, Raul Leal, Armando Côrtes-Rodrigues, Mário Saa. Assim como divulgando textos de Ezra Pound, T. S. Eliot, D. H. Lawrence, Hilda Doolittle, James Joyce, Ionesco, Samuel Beckett ou difundindo a experiência concretista brasileira.[4]
Relativamente ao seu ideário político há quem a possa classificá-la com neofascista, pois colocava-se politicamente à direita do regime e bastante crítica da decrepitude ideológica e política dos dirigentes do Estado Novo. Nas suas páginas, assumiam-se como “(…) universalistas, hierarquizadores, totalitariamente compreendentes, intolerantes para o erro, ultrapassantes e dinâmicos”.[1]
Tinha como referência fundamental o fascismo intelectual dos anos 30, onde Robert Brasillach e Gottfried Benn, por exemplo, são abundantemente citados.[1]
Posicionamento que depois, no final dos anos 60, início dos anos 70, vai ser retomado pelo jornal Política.[1]
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