Intoxicação consiste em uma série de efeitos sintomáticos produzidos quando uma substância tóxica é ingerida ou entra em contato com a pele, olhos ou membranas mucosas.
Este artigo não cita fontes confiáveis. (Julho de 2021) |
Praticamente qualquer substância, se ingerida em grandes quantidades, pode ser tóxica. Porém, entre os mais de 12 milhões de produtos químicos conhecidos, menos de 3 000 causam a maior parte das intoxicações. Os idosos e as crianças são particularmente vulneráveis à intoxicação acidental.
Os sintomas de intoxicação dependem do produto, da quantidade ingerida e de certas características físicas da pessoa que o ingeriu. Algumas substâncias não são muito potentes e exigem uma exposição contínua para que ocorram problemas. Outros produtos são mais tóxicos e basta uma gota sobre a pele para causar graves problemas.
O tratamento mais comum para os casos de ingestão acidental de substâncias tóxicas consiste em ministrar grandes doses de carvão activado ao paciente, pois esse produto tem a capacidade de absorver os elementos tóxicos que se encontram em suspensão em seu aparelho digestivo.
Substâncias tóxicas mais comuns
- Produtos de uso doméstico
- Acetona
- Água sanitária
- Álcool
- Amônia
- Anticongelante (usado nos radiadores dos automóveis)
- Antisséptico bucal
- Naftalina
- Cloro
- Colas
- Desodorantes
- Detergentes
- Esmalte de unha
- Éter
- Flúor na ingestão de cremes dentais.
- Gasolina
- Herbicidas
- Inseticidas
- Limpadores de vasos sanitários
- Líquidos de limpeza
- Perfumes
- Pesticidas
- Querosene
- Raticida
- Soda cáustica
- Solventes de tinta
- Terebentina
- Tintas
- Vernizes
- Produtos alimentares
- Alimentos vencidos e/ou contaminados (intoxicação alimentar)
- Bebidas alcoólicas
- Cogumelos (Algumas espécies)
- Noz moscada
- Pimentas (em grandes quantidades)
- Plantas
- Substâncias químicas industriais e poluentes
- Ácido sulfúrico
- Arsênico
- Benzeno
- Cianeto
- Chumbo
- Enxofre
- Estricnina
- Flúor no ácido hidroflúorsilicico Poluente ambiental
- Hidróxido de sódio
- Lixívia
- Manganês
- Mercúrio
- Metais Pesados
- Metanol
- Monóxido de Carbono
- Nafta
- Organoclorados
- Ozônio
- Tolueno
- Drogas e Medicamentos
- Qualquer droga ou medicamento, se ingerido em grande quantidade, é potencialmente tóxico.
- Venenos de insetos, aracnídeos e animais peçonhentos em geral
Plantas Tóxicas
Veja também Plantas tóxicas.
A instituição norte-americana Food and Drug Administration (FDA) estima a ocorrência de cerca de 1,5 milhões de casos de intoxicações nos Estados Unidos. Dessas ocorrências, cerca de 10% estão relacionadas a ingestão de plantas tóxicas.
Cerca de 70% dos casos de intoxicações com plantas ocorrem em crianças. Na faixa etária que vai dos 0 aos 6 anos são mais comuns os casos relacionados com as plantas cultivadas em vasos dentro das casas. Entre essas plantas, a comigo-ninguém-pode (Dieffenbachia picta- Família Araceae) é a campeã em ocorrências. Essa planta é muito apreciada em várias locais como planta ornamental. Suas folhas vistosas atraem a atenção das crianças que levam pedaços do vegetal à boca. Dentro das células das folhas e do caule dessa planta, encontram-se células especializadas chamadas idioblastos que armazenam uma grande quantidade de pequenos cristais em forma de agulhas. Esses cristais recebem o nome de ráfides e são responsávies por grande parte da toxicidade do vegetal. Quando a criança leva a planta na boca e a mastiga, os idioblastos injetam as ráfides nos lábios e na língua e esôfago da vítima, provocando uma grande irritação mecânica caracterizada por dor intensa e inchaço.
Nos Estados Unidos, a comigo-ninguém-pode é conhecida como "dumb-cane" (cana-do-mudo), pois muitos pacientes perdem temporariamente a capacidade da fala devido à obstrução das vias áereas superiores, causada pelo processo inflamatório desencadeado.
Plantas da família Euphorbiaceae como, por exemplo, o pinhão-branco (Jatropha curcas) e a mamona (Ricinus communis) também são grandes causadoras de intoxicações em crianças. Os casos com essas espécies atingem principalmente crianças entre 6 e 12 anos, pois são geralmente encontradas em terrenos baldios, praças e calçadas. As intoxicações ocorrem geralmente pela ingestão das sementes. O pinhão-branco apresenta como princípio ativo substâncias químicas chamadas de ésteres de forbol. Estas substâncias apresentam atividades inflamatórias, causando a irritação e morte das células do sistema gastrointestinal. Os principais sintomas observados são náuseas, vômitos e diarreias. Já a mamona, apresenta como princípio tóxico uma proteína denominada ricina presente nas sementes. A ricina é uma proteína inativadora dos ribossomos, causando a parada da produção de proteínas das células, resultando em sua morte. Os sintomas de intoxicações pela mamona é caracterizado por dores abdominais intensa acompanhada de diarreias sanguinolentas. Dependendo da gravidade pode causar a morte da pessoa intoxicada.
As intoxicações com adultos também são frequentes. A maioria dos casos estão relacionados ao uso abusivo de plantas de efeitos entorpecentes ou abortivas. A beladona, também conhecida como erva-do-diabo, é bastante utilizada por adolescentes e jovens que buscam a planta com objetivos alucinógenos. As intoxicações com esta planta se dão através da ingestão dos frutos ou do uso do chá preparado com suas folhas, (também conhecido como chá-de-lírio ou chá-do-delírio). A ingestão desse chá causa o entorpecimento da mente, caracterizado por alucinações, podendo causar o coma e a morte do intoxicado. Os princípios tóxicos da planta são alcaloides tropânicos conhecidos como escopolamina e hioscina. Ambos atuam nos receptores da acetilcolina, acarretando efeitos no sistema nervoso.
Outra planta muito utilizada por adultos e que tem causado várias intoxicações, a maioria delas com quadros de coma e óbito, é a buchinha (Luffa operculata). Essa planta é utilizada medicinalmente para o tratamento da sinusite, por meio de infusão. Tem sido responsável por diversos casos graves de hemorragias nasais. Porém, a maioria das intoxicações com essa planta estão relacionadas ao uso da planta como abortivo.
Ver também
Ligações externas
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