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O subordinacionismo era a crença cristã primitiva de que Jesus Cristo era subordinado a Deus, o Pai em essência (igualdade ontológica) ou função. Esta ideia não é aceita hoje pelas igrejas ortodoxas, pois ela contraria a doutrina da Trindade. [1]
Os adeptos do subordinacionismo apontam que existem vários versículos no Novo Testamento que dão a ideia de subordinação de Cristo ao Pai e de superioridade do Pai (I Coríntios 11:3; I Coríntios 15:24–28, João 14:28)
Na verdade de um modo ou de outro, muitos dos teólogos da primitiva igreja ensinavam que o filho era subordinado ao Pai. Apologistas (os pais da igreja) como Justino, Ireneu, Clemente de Alexandria e outros, consideravam Jesus como servo subordinado a Deus, o Pai.[2]
A ideia de Jesus ser subordinado a Deus se encontra também na Didaquê, que é uma primitiva catequese cristã. Nela Jesus é chamado de servo do Pai, porém o texto não deixa explícito o sentido ou tipo de subordinação ao ele se refere.[2]
Um dos primeiros expoentes a combater explicitamente o subodinacionismo foi Orígenes de Alexandria.[3]
Durante a controvérsia ariana, os semi-arianos e algums ortodoxos (como Eusébio de Cesareia) defenderam o subordinacionismo. Foi somente no Primeiro Concílio de Niceia (325 d.C.) que a doutrina da subordinação de Cristo ao Pai, que era defendida por Ário, foi rejeitada pela Igreja em favor da ideia da igualdade entre o Pai e o filho.
Depois dos concílios de Niceia, Constantinopla e Calcedônia tornou-se padrão no cristianismo a posição atanasiana de coeternidade das pessoas divinas. Tal postura iria ser mais tarde desafiada por socinianos e unitários.
Hoje as ideias subordinacionalistas são encontradas em grupos considerados heréticos e não cristãos como as Testemunhas de Jeová, cristadelfianos, pelos unitários bíblicos e Novo Calvinistas.[4]
No movimento chamado de Novo Calvinismo surgido a partir dos anos 1960 em países de língua inglesa emergiu uma doutrina que vê Jesus Cristo como eternamente subordinado funcionalmente a Deus Pai. [5] Essa doutrina, em inglês Eternal Subordination of the Son, correponde a uma visão complentarista de relações de gêneros na família nuclear, na qual o marido é a cabeça da casa.[6] [7]. Antes confinada a círculos teológicos, a doutrina ganhou visibilidade com a publicação de um livro de John Piper e Wayne Grudem em 2006 acerca das relações familiares. [8]
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