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A Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo é uma instituição privada e laica considerada como um dos maiores hospitais filantrópicos da América Latina.[2] A assistência é financiada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) conjuntamente com as serventias extrajudiciais (cartórios)[3] e o Governo do Estado de São Paulo.[4] Atualmente localizada na região central da cidade de São Paulo (Brasil), mais especificamente, perto da estação Santa Cecília do Metrô linha 3 - Vermelha.

Factos rápidos Santa Casa de São Paulo ...
Santa Casa de São Paulo
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Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo
Fachada do Hospital Central.
Nome completo Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo
Localização São Paulo,  Brasil
Fundação 1562 (462 anos)
Tipo Privado sem fins lucrativos
Universidade afiliada Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo
Leitos 1 089 Leitos[1]
Especialidades Diversas
Site www.santacasasp.org.br/
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História

O atual prédio da Irmandade da Santa Casa foi planejado em 1897, quando o Senador Antônio Pinto de Rego Freitas doou o terreno no quarteirão hoje compreendido pelas Ruas Santa Isabel, Dr. Domingos José Nogueira Jaguaribe, Marquês de Itu e Dr. Cesario Mota - coincidentemente os mesmos espaços antes ocupados pela plantação de chá do general José Arouche - para a construção da nova unidade.[5]

Para tanto, foi criado uma comissão com membros notáveis da sociedade paulistana para decidir o caminho da construção. Então, no dia primeiro de outubro de 1878, aproveitando a estada na cidade do Imperador D. Pedro II e da Imperatriz D. Teresa Cristina, a partir de um concurso, foi escolhido o projeto do engenheiro Luiz Pucci.[5]

Mais tarde, a elaboração do hospital foi constituída por outras duas comissões, uma para diligenciar sobre o terreno e cuidar da venda do prédio antigo da Irmandade, e a segunda, formada pelo médicos Antônio Caetano de Campos e José Maria Correia de Sá e Benevides foi responsável por estudar o terreno a fim de estudar a disposição dos serviços e pavilhões.[5]

Em 31 de agosto de 1884, foi inaugurado o prédio da nova Santa Casa da Misericórdia, na presença da sociedade paulistana e dos membros da lrmandade. As enfermarias foram batizadas com os nomes dos patrocinadores: Condessa de Três Rios - dedicada a São José de Três Rios, o maior doador; Barão de Iguape - em homenagem ao Dr. Antônio da Silva Prado, provedor durante 1846 e 1875; Viscondessa de Itu - dedicada a Santo Antônio, e Baronesa de Piracicaba, dedicada ao Sagrado Coração de Maria.[5]

Desde a inauguração a Santa Casa passou por ajustes, como por exemplo, em 1922 a partir da Lei Municipal nº 2449, a Prefeitura custeou o pavilhão destinado a cirurgia de crianças. Depois, em 1972 a cumprir um decreto federal foi agregado a Faculdade de Ciências Médicas e Biológicas,[5] qual reside até os dias de hoje.

A trajetória da instituição é vasta e está, desde o início, atrelada ao desenvolvimento da cidade de São Paulo. A Irmandade já esteve abrigada no Largo da Misericórdia, Chácara dos Ingleses e Rua da Glória, que foi demolida em 1888,[5] até ser inaugurado, em 1884, o Hospital Central no bairro de Vila Buarque no distrito da Consolação. Há 128 anos, a estrutura na região central é a sede da entidade.[6] O estabelecimento ostenta o título de mais antiga instituição assistencial e hospitalar em funcionamento de toda a cidade de São Paulo.[7]

A ordem das Santas Casas de Misericórdia foi fundada em Portugal em 1498, e no Brasil a primeira foi fundada em 1543, em um povoado que ocupava a região da baixada santista em São Vicente. Todas visavam o mesmo objetivo: a caridade. O estabelecimento goza ainda de uma grande equipe que totaliza mais de 8.000 profissionais da área de saúde como médicos e médios residentes.[7]

Momentos importantes da história da cidade passaram pela Santa Casa. A Irmandade recebeu os soldados da Revolução Constitucionalista, participando ativamente da “Campanha do Ouro para o Bem de São Paulo” e acolhendo a população carente fornecendo atendimento em todas as especialidades médicas existentes na época. Desde os primórdios, se dedica à saúde em primeiro lugar.[8][carece de fontes?]

São parte da instituição, como os próprios ou administrados como Organização Social de Saúde, 13 unidades hospitalares, duas policlínicas e uma unidade de pronto atendimento (UPA) no município de Guarulhos, três prontos-socorros municipais e toda a Microrregião Jaçanã/Tremembé composta po[8]r 11 unidades básicas de saúde. Apesar de já ter passado por problemas, em 2014 a Irmandade teve problemas financeiros, e por conta disso deixou de administrar quatro hospitais e um centro de saúde, esses votaram a ser gerenciados pelo governo,[8] a Santa Casa é hoje considerada o maior hospital filantrópico da América Latina e atende cerca de 8 mil pessoas diariamente em todas as especialidades médicas.[carece de fontes?]

A irmandade da Santa Casa era constituída por seis hospitais, um colégio e uma faculdade de medicina: Hospital Central; Hospital Santa Isabel; Centro de Atenção Integrada á Saúde Mental; Hospital Geriátrico e de Convalescentes D. Pedro II; Hospital São Luiz Gonzaga; Colégio São José e Faculdade de Ciências Médicas Santa Casa de São Paulo.[7]

Crise financeira

Em 2014 o pronto-socorro do Hospital Central foi fechado durante um período de 28 horas por insuficiência de recurso, o que foi o estopim para uma densa crise financeira, com uma dívida de 900 milhões de reais.[9] Como parte de um total da crise, a irmandade cessou de administrar quatro hospitais, sendo eles o Hospital Geral de Guarulhos, Hospitais Penitenciários, Hospital Estadual de Franco da Rocha e o Hospital Estadual de Francisco Morato, e um centro de saúde, o Centro Integral em Saúde Mental de Franco da Rocha.[9]

Por serem do Estado, todos estes voltaram a ser administrados pelo governo de São Paulo, que por sua vez, encerrou parcerias com outras entidades. Atualmente, é ponderado de quatro hospitais, sendo eles: o Municipal São Luiz Gonzaga e o Geriátrico e de Convalescentes Dom Pedro II (no Jaçanã), o Santa Isabel e o Central (na Consolação). E ainda possuem dois centros de saúde, um deles é estadual,[9] o Centro de Atendimento Integrado à Saúde Mental que fica na Vila Mariana, e outro Centro de Saúde Escola Barra Funda, tem parceria com o município, e fica na Barra Funda.[9]

A tentativa de salvamento da instituição ainda continua por parte dos funcionários que ali permanecem. O objetivo é formar uma assembléia pedindo a saída de Kalil Abdalla, um dos principais gestor da instituição, já que o mesmo foi acusado de falhas na gestão dos recursos do hospital sendo um dos precursores da crise.[10]

Em junho de 2015 finalmente Kalil Rocha Abdalla renuncia ao cargo, e para ocupar o seu lugar como provedor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, é eleito o pediatra Doutor José Luiz Egydio Setúbal.

Nessa nova gestão, diversas mudanças impactantes foram tomadas, dentre elas, a demissão de cerca de 1400 funcionários, paralisação das atividades de cirurgias não emergenciais, estas por sua vez tomada para priorizar o atendimento aos pacientes já internados e ao pronto socorro, uma vez que os estoques de insumos encontravam-se baixos, solicitação de um empréstimo junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) no montante de R$ 360 milhões (trezentos e sessenta milhões de reais) e ainda uma ajuda financeira extra do Governo do Estado de São Paulo.[11]

O Governo do Estado de São Paulo, praticou voluntariamente diversos repasses financeiros extras, entre 2015 e 2016, através da Secretaria Estadual da Saúde, a fim de diminuir o sub financiamento federal da saúde, impactado pela defasagem da tabela de pagamentos do Ministério da Saúde, tabela está que encontra-se congelada há anos.[11]

Logo em seguida, em Julho de 2016, a sorte bate à porta da Santa Casa de Misericórdia do Estado de São Paulo, e está é contemplada pela 92ª extração do programa de premiação da Nota Fiscal Paulista e ganha o prêmio de R$ 1 milhão de reais.[12]

Ainda em tempos de crise, no dia 27 de Abril de 2017, foi eleito o advogado Ântonio Penteado Mendonça, de 64 anos, como novo provedor da Santa Casa da Misericórdia de São Paulo. O mesmo foi o candidato único ao cargo.[13] A Caixa Econômica Federal fez uma estimativa de liberação de um empréstimo no valor de trezentos e sessenta milhões (360 milhões) para a instituição se recuperar da crise. O montante é compatível com o que a Santa Casa é capaz de pagar no prazo de dez meses e baseado no valor dos imóveis que a irmandade ofereceu como garantia.[13] A gestão anterior da instituição, a Setúbal, chegou a oferecer um imóvel na Avenida Paulista como garantia para um empréstimo de quarenta e quatro milhões (44 milhões) que nunca saiu.[13]

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Projetos e campanhas

  • Projeto HOSPICE Infantil - Através das doações da campanha Cupom é Vida foi construído o Centro Infantil de Terapia da Dor e Cuidados Paliativos visando atender crianças com doenças sem possibilidade de cura, aliviando o sofrimento. Prevê o atendimento de 3.000 crianças por ano.[carece de fontes?]
  • Banco de Leite Humano - Visa a criação de um Banco de Leite Humano na Santa Casa de São Paulo para atender recém-nascidos da UTI Neonatal do Hospital Central, Hospital Municipal São Luiz Gonzaga e Hospital Estadual Francisco Morato.[carece de fontes?]
  • Campanha NOTA FISCAL PAULISTANA DA SANTA CASA DE SÃO PAULO - Criada para contribuir no custeio da Santa Casa de São Paulo e/ou para projetos de interesse institucional. O imposto gerado pelos serviços será convertido em recursos para os serviços prestados na assistência à saúde pela instituição.[carece de fontes?]

Museu

Foi fundado em junho de 2000 o museu da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e tinha como objetivo levar ao público a imensa quantidade de patrimônios acumulados durante os mais de 400 anos de vida da Irmandade Santa Casa. Esse possui um acervo com diversos itens culturais.[14]

O local já contém mais de 7000 peças que marcaram o passado histórico, tais quais como: móveis; pinturas; fotografias; esculturas; entre outros objetos que marcaram a trajetória da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e também algumas curiosidades do hospital e da medicina.[14]

Além disso, a capela Nossa Senhora da Misericórdia também está inserida como parte do museu. Com seu estilo arquitetônico gótico, foi construída depois do hospital e restaurada em 2004 com capacidade para 180 pessoas.[15]

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Ver também

Referências

  1. Folha de S. Paulo, ed. (22 de julho de 2014). «Santa Casa de SP interrompe atendimento de urgência e emergência». Consultado em 25 de julho de 2014
  2. Jorge, Clóvis de Athayde (1989). Consolação, uma reportagem histórica. [S.l.: s.n.]
  3. «Após fechar PS, Santa Casa também cancela exames e cirurgias eletivas». G1.com. 23 de julho de 2014. Consultado em 23 de julho de 2014
  4. SCMS, Centro de Estudos -. «5 - A Santa Casa de Misericórdia de São Paulo - Revista Acta Medica Misericordiæ». www.actamedica.org.br. Consultado em 26 de abril de 2017
  5. Sampaio, Leandro. «Museu da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo». www.cidadedesaopaulo.com. Consultado em 26 de abril de 2017
  6. Sampaio, Leandro. «Museu da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo». www.cidadedesaopaulo.com. Consultado em 28 de abril de 2017
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Ligações externas

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