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escritor japonês Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Ryū Murakami (村上 龍 Murakami Ryū?, Sasebo, Nagasaki, 19 de fevereiro de 1952) é um escritor, contista, ensaísta e diretor de filmes japonês.
Ryū Murakami foi criado em sua cidade natal e lá permaneceu até completar o ensino médio.[1] No ensino médio, ele se barricou no telhado de sua escola, refletindo o movimento estudantil contra a guerra do Vietnã e depois paralisando as universidades em todo o Japão. Ele simpatizou com o movimento hippie, juntou-se a uma banda de rock e começou a fazer filmes indie de 8mm. Murakami se tornou, em outras palavras, um protótipo de muitos de seus personagens ficcionais rebeldes.[2] Ao terminar os estudos, mudou-se para Tóquio, mais precisamente para a cidade de Fussa, a qual ficava próxima a uma base militar dos Estados Unidos.[3] Além de ter sido baterista de uma banda de rock, foi, também, apresentador de um talk show na televisão, com seu próprio programa semanal de TV, o Cambria Palace, sobre assuntos econômicos e comerciais.[2][4]
Azul quase transparente (限りなく透明に近いブルー Kagirinaku tōmeini chikai burū?) foi o seu primeiro trabalho no gênero romance, o qual desenvolveu quando era ainda um estudante universitário, aos 24 anos, e ganhou o Prêmio Akutagawa, um dos mais prestigiados prêmios literários do Japão e cimentou a reputação de Murakami como mestre da literatura sombria e violenta em seu país natal.[1][5] O livro retrata a vida decadente do seu país e conta a história de crianças japonesas desiludidas que se queimavam numa espiral de drogas e rock sob a sombra e influência de uma base do exército americano.[3] A obra fez muito sucesso no Japão, vendendo mais de um milhão de exemplares.[2]
Em 1980, Murakami publicou o romance Koinrokkā beibīzu (コインロッカー・ベイビーズ?) e ganhou o 3º Prêmio Literário Noma na categoria Novos Artistas.[6] Em 1997, publicou o thriller psicológico In za misosūpu (イン ザ・ミソスープ?), tendo sido publicado em vários países como a Inglaterra, França, Espanha, Estados Unidos, Rússia e Brasil.[4] No Brasil, o livro foi publicado em 2005 pela editora Companhia das Letras, com o título Miso soup.[7] Ambientado no distrito da luz vermelha de Kabuki-cho, em Tóquio, o romance lhe rendeu o Prêmio Yomiuri de Literatura, em 1998.[8]
É um escritor reconhecido no mundo literário, mas ainda não alcançou status como diretor de cinema.[1]
Suas obras exploram a natureza humana através dos temas como desilusão, alienação, violência, uso de drogas, assassinato e guerra, num cenário sombrio do Japão.[2][3]
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