Rio do Fogo
Município do Estado do Rio Grande do Norte, Brasil Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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Rio do Fogo é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Norte. Possui uma área territorial de 151 km² e sua população, conforme estimativas do IBGE de 2021, era de 10 961 habitantes.[7]
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Município do Brasil | ||
Hino | ||
Gentílico | riofoguense | |
Localização | ||
Localização de Rio do Fogo no Rio Grande do Norte | ||
Localização de Rio do Fogo no Brasil | ||
Mapa de Rio do Fogo | ||
Coordenadas | 5° 16′ 22″ S, 35° 22′ 58″ O | |
País | Brasil | |
Unidade federativa | Rio Grande do Norte | |
Municípios limítrofes | Touros, Maxaranguape e Pureza | |
Distância até a capital | 79 km | |
História | ||
Fundação | 21 de dezembro de 1995 (28 anos) | |
Administração | ||
Prefeito(a) | Márcio Luiz Pereira Barbosa[1] (PSD [2], 2021– 2028) | |
Vereadores | 9 | |
Características geográficas | ||
Área total [3] | 151,097 km² | |
População total (Censo IBGE/2022[4]) | 10 268 hab. | |
• Posição | RN: 66º | |
Densidade | 68 hab./km² | |
Clima | tropical | |
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | |
Indicadores | ||
IDH (PNUD/2010[5]) | 0,569 — baixo | |
PIB (IBGE/2021[6]) | R$ 185 592,78 mil | |
PIB per capita (IBGE/2021[6]) | R$ 16 932,10 R$ | |
Sítio | www www |
Na divisão territorial do Brasil feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2017, Rio do Fogo pertence às regiões geográficas intermediária e imediata de Natal.[8] Até então, na divisão em mesorregiões e microrregiões que vigorava desde 1989, o município fazia parte da microrregião do Litoral Nordeste, uma das quatro microrregiões constituintes da mesorregião do Leste Potiguar.[9] Está a 79 km da capital estadual, Natal,[10] e a 2 483 km de Brasília, capital nacional.[11]
A área territorial de Rio do Fogo é de 151,097 km²[3] (0,2861% da superfície estadual), dos quais 4,1007 km² em área urbana (incluindo vilas e povoados fora da sede).[12] Limita-se com Touros a norte e a oeste, a sul com Maxaranguape e com Pureza e novamente Touros a oeste, sendo banhado pelo Oceano Atlântico a leste,[13] cuja costa possui 15,05 km de extensão,[14] formada por quatro praias: Rio do Fogo, Zumbi, Barra de Punaú e Pititinga. Toda a costa de Rio do Fogo está inserida na Área de Proteção Ambiental dos Recifes de Corais, criada pelo decreto estadual 15 746 de 6 de junho de 2001 com o objetivo principal de proteger os recifes de corais e seus ecossistemas adjacentes.[15]
O relevo do município, com altitudes inferiores a cem metros, é constituído pela planície costeira no litoral, caracterizada pela presença de dunas modeladas pela ação eólica. Essa planície, na medida em que adentra o continente, vai dando lugar aos tabuleiros costeiros ou planaltos rebaixados, enquanto as áreas nos leitos dos rios constituem as planícies fluviais, que apresentam tanto areia quanto cascalho em sua constituição. A maior parte do território municipal está inserido no Grupo Barreiras, formado por rochas do período Terciário Superior cobertas por arenitos intercalados com argilito e siltito.[13]
Os solos de Rio do Fogo são arenosos, profundos e bastante drenados, porém muito pobres em nutrientes e, portanto, pouco férteis, caracterizando as areias quartzosas distróficas,[13] que na nova classificação brasileira de solos constituem os neossolos.[16] Existem também áreas menores de latossolo e organossolos ou solos orgânicos.[17] Esses solos são cobertos, em sua maioria, pela Mata Atlântica, que cobre 85% da área do município,[18] com espécies de maior porte, que apresentam folhas largas e troncos delgados. Dentro da Mata Atlântica também existem tanto os manguezais, sujeitos ao regime das marés, quanto os campos de várzea, típicos das várzeas úmidas.[13] Os 15% restantes são cobertos por uma vegetação de menor porte, a caatinga.[18]
Na hidrografia, Rio do Fogo possui seu território dentro das bacias hidrográficas dos rios Punaú (45%) e Maxaranguape (14,8%) e o restante (40,2%) na faixa litorânea leste de escoamento difuso.[13] Passa pelo município o Rio Punaú, que nasce em Pureza e possui uma extensão de 23,4 km, desaguando no oceano em Rio do Fogo.[19] Outros cursos d'água que passam pelo município são os rios Catolé, das Curicacas, do Fogo, das Piranhas e Tatu, existindo ainda as lagoas Barrenta, das Cutias, do Catolé e Mutuca. O clima, por sua vez, é tropical chuvoso, com chuvas concentradas no período de março a agosto.[13]
De acordo com dados da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN), de 2005 a 2012 o maior acumulado de chuva em 24 horas atingiu 200,5 milímetros (mm) em 11 de maio de 2009. Outros acumulados iguais ou superiores a 100 mm foram: 139,4 mm em 2 de julho de 2008, 116,8 mm em 23 de junho de 2012, 107,2 mm em 12 de maio de 2005 e 100,6 mm em 12 de abril de 2008. Junho de 2005, com 444,1 mm, é o mês mais chuvoso da série histórica.[20]
Dados climatológicos para Rio do Fogo (2005-2012)[20] | |||||||||||||
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Mês | Jan | Fev | Mar | Abr | Mai | Jun | Jul | Ago | Set | Out | Nov | Dez | Ano |
Precipitação (mm) | 71,7 | 81,6 | 162,3 | 183,9 | 224,6 | 269,8 | 146,1 | 62,6 | 23,6 | 9,9 | 22,7 | 18,8 | 1 277,6 |
No ano seguinte à emancipação de Rio do Fogo (1996), ocorreram as primeiras eleições municipais para prefeito, com quatro candidatos, sendo eleito Túlio Antônio de Paiva Fagundes com 37,192% dos votos válidos,[21] empossado em 1° de janeiro de 1997, data da instalação do novo município, e reeleito para mais um mandato em 2000.[22] Na história de Rio do Fogo, foram eleitos para o cargo de prefeito as seguintes pessoas:
# | Nome | Partido | Mandato | |
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Início | Término | |||
1 | Túlio Antônio de Paiva Fagundes[21][22] | PMN | 1° de janeiro de 1997 | 31 de dezembro de 2000 |
PFL | 1° de janeiro de 2001 | 31 de dezembro de 2004 | ||
2 | Francisco das Chagas Cruz[23] | 1° de janeiro de 2005 | 31 de dezembro de 2008 | |
3 | Egídio Dantas de Medeiros Filho[24] | PMDB | 1° de janeiro de 2009 | 31 de dezembro de 2012 |
4 | Laerte Ney de Paiva Fagundes[25][26] | DEM | 1° de janeiro de 2013 | 31 de dezembro de 2016 |
1° de janeiro de 2017 | 31 de dezembro de 2020 | |||
5 | Márcio Luiz Pereira Barbosa[27] | 1° de janeiro de 2021 | atualidade |
O prefeito exerce o poder executivo e nomeia livremente seus secretários municipais, que o auxiliam. A administração municipal também se dá por outro poder, o legislativo, representado pela câmara municipal, formada por nove vereadores. Dentre as atribuições da casa legislativa estão elaborar e votar leis fundamentais à administração e ao executivo, especialmente o orçamento municipal, conhecido por lei de diretrizes orçamentárias. Tanto o prefeito quanto os vereadores são eleitos pelo voto direto para mandatos de quatro anos.[28] O município se rege por lei orgânica, promulgada em 5 de fevereiro de 1997[13] e atualizada por emendas posteriores.
Existem também alguns conselhos municipais em atividade, sendo alguns deles: Alimentação Escolar, Assistência Social, Cultura, Direitos da Criança e do Adolescente, Direitos da Pessoa Idosa, Educação, Desenvolvimento Rural, Meio Ambiente, Saúde e Tutelar.[29][30][31] É termo judiciário da comarca de Touros, de entrância inicial,[32] e pertence à sexta zona eleitoral do Rio Grande do Norte, possuindo, em dezembro de 2020, 10 493 eleitores aptos a votar, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), equivalente a 0,446% do eleitorado potiguar.[33]
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