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município do Estado da Bahia, Brasil Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Riachão do Jacuípe é um município brasileiro do estado da Bahia situado a 186 km de distância da capital estadual, e pertencente à Área de Expansão Metropolitana de Feira de Santana. Juntamente como município de Candeal são os únicos municípios da Região Sisaleira pertencentes à Região Metropolitana de Feira de Santana RMFS. Ademais, conjuntamente com mais 14 municípios, Riachão do Jacuípe compõe o Território de Identidade da Bacia do Jacuípe.
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Município do Brasil | |||
Panorama parcial da cidade. | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Gentílico | jacuipense | ||
Localização | |||
Localização de Riachão do Jacuípe na Bahia | |||
Localização de Riachão do Jacuípe no Brasil | |||
Mapa de Riachão do Jacuípe | |||
Coordenadas | 11° 48′ 36″ S, 39° 22′ 55″ O | ||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | Bahia | ||
Região metropolitana | Área de Expansão Metropolitana de Feira de Santana | ||
Municípios limítrofes | Pé de Serra, Retirolândia, Serra Preta, Nova Fátima, São Domingos, Conceição do Coité, Ichu, Candeal, Feira de Santana | ||
Distância até a capital | 186 km | ||
História | |||
Fundação | 1 de agosto de 1878 (146 anos) | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | José Carlos de Matos Soares (UNIÃO[1], 2021–2024) | ||
Vereadores | 13 | ||
Características geográficas | |||
Área total [2] | 1 190,196 km² | ||
População total (2024) [3] | 35 118 hab. | ||
Densidade | 29,5 hab./km² | ||
Clima | semiárido | ||
Altitude | 219 m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
CEP | 44640-000 | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2010[4]) | 0,628 — médio | ||
PIB (IBGE/2021[5]) | R$ 410 347,11 mil | ||
PIB per capita (IBGE/2021[5]) | R$ 12 249,90 | ||
Sítio | www.riachaodojacuipe.ba.gov.br (Prefeitura) www.riachaodojacuipe.ba.leg.br (Câmara) |
Sua população, conforme estimativas do IBGE para o ano de 2024, era de 35 118[3] habitantes, sendo o segundo município mais populoso da RMFS.
Riachão do Jacuípe possui 1.190,196 km² de área territorial.
A economia do município está voltada para os setores secundário e terciário. Tradicionalmente, a agricultura e a pecuária têm forte influência, destacando-se o rebanho bovino e ovino e a exportação de sisal.
O município foi criado pela Lei Provincial nº 1.823 de 1º de agosto de 1878. Elevado á categoria de vila com a denominação de Nossa Senhora da Conceição do Riachão do Jacuípe. Nesta data, o então distrito de Riachão foi elevado à categoria de vila (o que equivale a município atualmente). Segundo o historiador Luís Henrique Dias Tavares, a conquista do território baiano começou na primeira metade do século XVI.
Diversos sertanistas penetraram no interior baiano, por volta do século XVII, com várias finalidades, tais como: guerrear com os índios, capturar índios ou escravos fugitivos, procurar minérios e pedras preciosas. Em consequência, recebiam grandes lotes de terras, denominadas sesmarias.
A Casa da Ponte era o centro de uma propriedade de 160 léguas do Morro do Chapéu até o rio das Velhas e pertencia a Antônio Guedes de Brito, primeiro Conde da Ponte. Era doação do rei de Portugal em retribuição aos serviços prestados por seu pai na expulsão dos holandeses e a ele mesmo, concedendo-lhe o título de Mestre-de-Campo e Regente do São Francisco. Ele deveria expulsar ladrões de gado, contrabandistas de ouro, negros aquilombados e outros aventureiros.
As terras do Conde da Ponte limitavam-se no município de Riachão do Jacuípe com as propriedades de João Peixoto Viegas, a terceira maior fortuna fundiária da Bahia no período colonial.
Dessa sesmaria foi desmembrada uma área de terra para João dos Santos Cruz, que a transformou numa fazenda de criação de gado denominada Riachão.
O tradicional histórico do município não oferece datas ou outras referências mais precisas em tomo da penetração primitiva. Apenas a tradição oral fornece elementos para a formação de algumas suposições mais prováveis, como a de terem sido remanescentes de alguma "bandeira" que aqui penetrou na fase colonial, século XVI.
Seu povoamento deve-se à localização à margem esquerda do Rio Jacuípe, onde se verificou a fixação primitiva do elemento branco. Na região do rio Tocós foram encontrados vestígios da cultura indígena. A tradição oral informa ter sido ali o local de fixação de índios "tocóios", de onde derivou o nome do rio. O nome Jacuípe é de origem indígena, donde se conclui que o povoamento se deu, inicialmente, com os índios que se fixaram às margens dos rios Tocós e Jacuípe, onde desenvolveram uma agricultura de subsistência.
Sabe-se que as famílias mais antigas de Riachão eram os Gonçalves e os Mascarenhas provavelmente de origem portuguesa, e os Vasconcellos de origem Franco-Espanhola.
Em 1950, as primeiras aglomerações urbanas eram:
Figuravam ainda no município de Riachão os povoados Alto Alegre com 183 habitantes (nos dias atuais já elevada a cidade com o nome de Capela do Alto Alegre), quilômetro 90, atual município denominado Nova Fátima, com 343 habitantes, Pé de Serra, com 335 habitantes e atualmente cidade com mesmo nome, Chapada com 300 habitantes, e Barreiros com 173 habitantes.
Havia outros povoados com menos de 100 habitantes: São João, Casa Nova e Ponto Chique. Atualmente, o município está constituído administrativamente do seguinte modo: Distritos: distrito sede, o distrito de Barreiros, distrito de Chapada e o distrito de Vila Aparecida; e por diversos Povoados: Terra Branca, Ponto Novo, Baixa Nova, Campo Alegre, Descanso, Malhador, São Francisco, Salgado, Santana, Pedrinhas, Chapadinha, Barro Preto, Sitio Novo, Maraíba, Açude, Vila Guimarães, Primeira Malhada, Almas, Baixa da Areia, Lagoa da Parede, Lagoa da Caiçara, Campinas, Castelo, entre outros.
Relação de todos os ex-prefeitos do município desde 1878.
O município caracteriza-se pelos biomas da caatinga e da mata atlântica.[6] A vegetação nativa sofre com a degradação em virtude da agricultura, da pecuária e pela presença da espécie invasora algaroba, que dificulta a regeneração natural dos biomas. Ao longo dos anos, torna-se rara a presença da caatinga em seu estágio primitivo.[7]
Embora localizado em região de clima semiárido, os recursos hídricos da cidade se encontram em grave estágio de poluição. A emissão incorreta de resíduos sólidos e efluentes domésticos "in natura" sem o devido tratamento (Estação de Tratamento de Esgoto -ETE) são os principais motivos.[8]
Segundo estimativas do IBGE para o ano de 2021, a população de Riachão do Jacuípe estaria em 33.498 pessoas.
O último censo de 2010, por sua vez, havia apontado uma população de 33.172 pessoas com uma densidade demográfica de 27,87 hab/km[9]².
Destes habitantes, 16.169 são do sexo masculino e 17.007 feminino. Cerca de 19.860 residiam na zona urbana, enquanto 13.312 na zona rural.[10]
Situada em uma posição geográfica invejável, Riachão do Jacuípe é cortada pela rodovia federal BR-324 e pelas rodovias estaduais: BA-120 e BA-233. Bem servida por empresas que realizam o transporte intermunicipal e interestadual, é ponto de acesso ao norte do estado da Bahia, à região do sisal, aos municípios do Território de Identidade da Bacia do Jacuípe e a Salvador-BA.
Segundo dados do IBGE para o ano de 2019, a rede pública de ensino atingiu a nota 3,6 do IDEB. Em Riachão do Jacuípe há, ainda segundo o IBGE (2020), cerca de 39 escolas de ensino fundamental e 07 escolas de ensino médio.[11] Conta ainda com uma instituição privada de ensino superior, a FARJ (Faculdade Regional de Riachão do Jacuípe), onde são ofertados os cursos de administração, nutrição, pedagogia, psicologia, ciências da religião, ciências contábeis e direito.[12]
Segundo dados do IBGE (2009), a cidade conta com 15 estabelecimentos de saúde. Há diversas clínicas e consultórios particulares com vários profissionais de diversas áreas da saúde. A cidade conta com três hospitais: Hospital Municipal; o Hospital Regional João Campos e o Hospital Bom Samaritano.[9]
Segundo pesquisa do IBGE, em 2019, o salário médio mensal era de 1.8 salários mínimos. A proporção de pessoas ocupadas em relação à população total era de 10.0%.
Considerando domicílios com rendimentos mensais de até meio salário mínimo por pessoa, 49.2% da população jacuipense situava nessa condição, o que colocava na posição 281 de 417 dentre as cidades do estado da Bahia e na posição 1537 de 5570 dentre as cidades do Brasil.[6]
O setor primário caracteriza-se pela concentração fundiária e pela presença de minifúndios. Esse cenário dificulta a produtividade, a geração de renda e a preservação ambiental.
A agricultura está mais presente nos pequenos e médios produtores (agricultura familiar) com as lavouras temporárias de subsistência (feijão, milho e mandioca) consorciadas com o pequeno rebanho de bovinos e ovinos.[13]
Os grande produtores, por sua vez, dedicam-se exclusivamente à pecuária. A cidade tem forte tradição na criação de bovino, embora sujeita a declínios em períodos de fortes e duradouras estiagens. Destaca-se em seguida a criação de ovinos e caprinos
O sisal já ocupou grande espaço na agricultura local, porém a cultura foi reduzida em razão da competição com a fibra sintética e a queda do valor de mercado, bem como pela ausência de técnicas para o aprimoramento.[13]
A produção do sisal ganhou destaque no período da Segunda Guerra Mundial em razão da carência da matéria-prima. Atingiu o auge na década de 1960 e o declínio na década de 1980.
Todavia a cultura do sisal demonstrou ser violadora de direitos humanos com jornadas de trabalho exaustivas, o uso de mão-de-obra infantil, evasão escolar, baixa remuneração e mutilação dos trabalhadores no manuseio do "motor" para desfibrar o sisa.[14]
Riachão do Jacuípe notabiliza-se ainda pela atividade sindical com o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Riachão do Jacuípe e o Sindicato dos Produtores Rurais de Riachão do Jacuípe
O Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Riachão do Jacuípe é uma entidade que conta com mais de 50 anos de atuação. O Sindicato dos Produtores Rurais de Riachão do Jacuípe[15] oferta, em parceria com o SENAR (Sistema S), serviços de extensão rural.[16]
A cidade é a sede do SETAF - Serviços Territoriais de Apoio à Agricultura Familiar para o Território da Bacia do Jacuípe ligado à secretaria de Desenvolvimento Rural do Estado da Bahia e tem por finalidade prestar assistência técnica para os produtores locais.[17]
O município conta com projetos desenvolvidos pelo MOC, ONG dedicada à convivência com o semiárido.[18]
A cidade possui diversos laticínios para o beneficiamento do leite com uma cooperativa na área, a Colvale (Cooperativa de Leite do Vale do Jacuípe). Ademais, é sede de uma empresa-frigorífica para o abate industrial de animais, o Frijacuípe, empregando mais de 200 pessoas.[19]
A indústria ocupa a segunda posição na composição do PIB jacuipense.
Composto por empresas que produzem desde artefatos de couro para bolsas e calçados (Artcouro), pequenas indústrias têxtil, serralherias, utensílio para o lar (Design & Decor),[20] alumínio, esquadrias e móveis de madeira.
O município foi parte da política pública para a interiorização da industria promovida pelo governo da Bahia na década de 1990 mediante incentivos fiscais e creditícios.[21] Assim, foi construído um galpão destinado originariamente à empresa Via Uno, mas ocupado pela empresa Ruy Barbosa. Por derradeiro, utilizado pela Paquetá.[22] Todas permaneceram sob um breve período, logo sucumbindo ante a ausência de recursos financeiros, tributários e/ou logísticos. O galpão industrial, no momento, encontra-se sem utilização.
Encontra-se instalada uma unidade da empresa portuguesa Sicor que realiza o beneficiamento do sisal e exporta a fibra natural para a Europa.
No distrito de Barreiros é famosa a produção de cerâmica (blocos e telhas).
É responsável pela maior participação no PIB local. A cidade possui um centro comercial dinâmico e diverso. Possui boa oferta de produtos e serviços (públicos e privados) atraindo consumidores de outras cidades. É grande a procura por serviços bancários (Banco do Brasil, Caixa Econômica e Bradesco); serviços públicos (SAC - Serviço de Atendimento ao Cidadão, administrativo e judiciais); e por compras no comércio da cidade. A cidade possui uma Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) que busca fomentar a atividade econômica do município a fim de gerar emprego e renda.
Em razão de ser uma das primeira aglomerações na região e a forte influência das culturas dos povos originários, dos europeus e dos povos africanos, a cultura jacuipense é muito rica e diversa, sobretudo a cultura popular.
A culinária, a música, os festejos (religiosos, cívicos e populares), o artesanato, a dança e a literatura refletem a dinâmica desses povos na construção da identidade jacuipense ao longo dos séculos.
Está presente na culinária popular pratos oriundos do milho: a canjica, bolo, cuscuz, mungunzá e a pamonha; de origem africana: o vatapá, caruru, feijoada, abará e o acarajé; bem como a farinha de tapioca e o beiju de origem indígena.
São manifestações culturais da cidade: o samba de roda, as quermesses das festa religiosas, as festas juninas, os bailes de carnaval e a festa popular da Lavagem de São Roque.
A icônica figura do vaqueiro está presente na cultura local por meio das festas de vaquejadas, das indumentárias de couro, bem como na música de improviso (toadas e aboios). A seguir exemplo de toada:[23]
Toada Boi Cigano
Fui uma festa no sertão Pernambucano
Peguei o boi mais valente do sertão
Entrei na festa escutei logo o boato
Tome cuidado quando for entrar no mato
Que o Boi cigano é ligeiro igual a um gato
Pra pegar ele tem que ter opinião
O fazendeiro me abraçou e foi falando
Esse boato corre a mais de quinze anos
Tem um diploma para quem pegar cigano
E deixar ele amarrado no mourão
Entrei no mato encontrei o rastro dele,
Sai andando mais na frente avistei ele
Dei quatro gritos e botei o cavalo nele
Corri com ele em cima de um chapadão[23]
O município possui a Filarmônica Lira 8 de Setembro criada no ano de 1910 por iniciativa do Frei Cônego Henrique Américo de Freitas, que, após a missa na Igreja Matriz, dirigiu-se ao povo manifestando seu sonho de criar uma filarmônica na cidade: "Meu povo, quero dizer a vocês que a música significa alegria, sabedoria e amor. Por isso eu quero criar uma filarmônica na nossa cidade".[24]
Os instrumentos da Lira 08 de Setembro foram transportados de Salvador até a cidade de Feira de Santana por trem e dessa para a cidade de Riachão do Jacuípe em uma carruagem de burros.
A Filarmônica participa da vida local com a sua presença nas festas tradicionais (posse de prefeitos, festas religiosas, 7 de setembro, dia das mães, etc). Bem sucedida, sagrou-se vencedora do Concurso Estadual de Filarmônicas no ano de 1982; em 1997 foi a campeã do 7º Festival de Filarmônica do Recôncavo; e em 1999, voltou a participar do Festival do Recôncavo como convidada especial.[25] A Filarmônica Lira 8 de Setembro é celeiro de músicos, maestros e de outras bandas tradicionais.
A principal manifestação cultural é o São João.[26] Festa realizada no mês de junho na principal praça de eventos da cidade. Conta com a participação de artistas regionais e de alcance nacional. A abertura do São João dá-se com a tradicional alvorada. Forrozeiros saem as ruas da cidade no amanhecer convidando as pessoas para os festejos. Ocorre ainda em praça pública o tradicional concurso de Quadrilhas Juninas e Sanfoneiros. O São João de Riachão do Jacuípe tem relevância regional, pois atrai durante o período turistas de cidades vizinhas.[26]
Dentre os artistas locais, destaca-se o cantor e compositor Del Feliz, conhecido como "embaixador do forró". As suas composições foram interpretadas por vários artistas brasileiros como: Elba Ramalho, Gilberto Gil, Maria Bethânia e Dominguinhos. Premiado, divulga a cultura nordestina pelo mundo, com apresentações nos EUA e países da Europa.[27]
Na literatura, entre tantos jacuipenses, registra-se a título ilustrativo: na literatura de ficção e poesia: Iracema Sampaio,[28] Ricardo Thadeu,[29] Messias Bezerra Queiroz[30] e Miguel Antônio Carneiro;[31] na literatura espírita Maurício de Castro;[32] literatura de não ficção Amarildo Soares (Tio Lio),[33] escritor e produtor cultural.
Nas artes plásticas, vislumbra-se os trabalhos do premiado artista Florival Oliveira,[34] com obras expostas em instalações por todo o país. Assim exprime Célia Mallet sobre o trabalho do artista: "Quando examino as gravuras sinto que seu inconsciente externou coisas relacionada com sua terra, Riachão do Jacuípe. Mesmo que intencionalmente o artista não tenha desejado expressar, vejo dentro do universo dos seus sentimentos a forte presença do vaqueiro, dos bois, do facão – instrumento de trabalho indispensável ao homem do campo – e peças ou ferramentas de fechar cancelas, cunhas, enfim, toda uma simbologia nordestina".[34]
Ressalta-se também a arte do artesão Edson Duarte[36] com as obras expostas em diversos museus e exposições. Seu trabalho já foi objeto de reportagem para diversos meios de comunicação. Sua obra se notabiliza, através da reprodução em miniaturas das casas sertanejas, por transmitir o cotidiano de seu povo.
São artistas que exprimem com sensibilidade a dureza e a beleza da vivência do povo jacuipense com o semiárido.
Riachão do Jacuípe é a terra natal de Olney São Paulo Rios, artista expoente do Cinema Novo brasileiro, assim como Glauber Rocha. Olney São Paulo Rios, logo na infância, mudou-se para Feira de Santana (motivo pelo qual é muito admirado pelos feirenses).[37] Após contato inicial com o Cinema Novo, mudou-se novamente agora para o Rio de Janeiro, em razão da efervescência que vivia o cinema nesta cidade. Autor de diversas obras cinematográficas de curta, media e longa metragem como Grito da Terra de 1964 e Manhã Cinzenta de 1969, este último exibido em vários países como Itália e a Alemanha.[38] Em alguma de suas obras há a presença do sertanejo.
Engajado politicamente, Olney São Paulo Rios foi processado sob a acusação de participação no sequestro do avião brasileiro para Cuba no ano de 1969, mas posteriormente absolvido pelo Superior Tribunal Militar. Contudo o cárcere comprometeu a sua saúde.
Embora extremamente rico em diversidade artística e cultural, o município de Riachão do Jacuípe ainda não dispõe de museus para exposição dos saberes e das obras dos jacuipenses.
No que diz respeito ao lazer, os jacuipenses tem grande contato com a natureza o que permite a práticas de atividades esportivas recreativas.
A Praça Landulfo Alves é o ponto mais frequentado em finais de semana em razão da presença de eventos, bares, lanchonetes, restaurantes e pizzarias.
Outro ponto bastante procurado é a Barragem Grande localizada às margens do rio Jacuípe. Transformado em uma espécie de Balneário, essa atrai durante finais de semana e feriados não somente os jacuipenses, mas pessoas de outras cidades. Embora degradada, a Barragem Grande tem grande potencial para a criação de um parque urbano, atividades de esportes e lazer e para exploração do turismo regional a fim de gerar renda e empregos.
Segundo pesquisa do IBGE cerca de 26.616 jacuipenses se declaravam católicos apostólicos romanos; 10 católicos ortodoxos; 3.441 evangélicos; 175 testemunhas de Jeová; 24 de religiões de matrizes africanas; 480 espíritas; 155 de outras religiões cristãs; 2.247 sem religião e 36 não souberam responder.[39]
Data de 1800 a solicitação ao imperador D. Pedro I da instituição da Freguesia de Riachão a fim de aproximar os fiéis, haja vista a distância para a Matriz mais próxima. A construção da primeira capela dedicada a Nossa Senhora da Conceição tem estimativa para a década de 1870. Sendo a construção da Igreja Matriz realizada por etapas durante os séculos XIX e XX. O templo tem estilo Moscovita e os altares foram produzidos em estilo barroco.[41]
A Paróquia de Riachão do Jacuípe está sob a jurisdição da Diocese de Serrinha e sob a administração dos padres vocacionistas, Sociedade das Divinas Vocações - SDV. A Paróquia de Riachão do Jacuípe está dividida em 10 comunidades/setores: São Bartolomeu, São Mateus, São Tomé, São Filipe; São Simão Cananeu; São João; Beato Justino e São Tiago Maior. A Padroeira da cidade é Nossa Senhora da Conceição, tendo como dia festivo o dia 8 de dezembro, bem como o co-Padroeiro São Roque.[41]
O esporte amador é amplamente difundido com diversos campeonatos locais de futebol (bairros e zona rural), de cicloturismo, motocross, judô etc. A cidade é sede da etapa do calendário de competição de Moutain Bike XCM da Federação Baiana de Ciclismo (Desafio Vale do Jacuípe).
O principal equipamento esportivo é o tradicional Estádio Eliel Martins, também conhecido como "Arena Valfredão". Com capacidade máxima para 5.000 torcedores, o Estádio Eliel Martins foi palco para diversas competições como a Copa Governador do Estado da Bahia, o Campeonato Baiano de Futebol (Baianão), etapas da Copa do Brasil e do Brasileirão. A Arena Valfredão foi a sede da final do Baianão 2022. O Estádio é utilizado para a realização de festas e eventos, consolidando-se como um dos principais equipamentos esportivos do interior da Bahia.
A cidade também é a sede do Esporte Clube Jacuipense, time fundado na década de 1960. Esse já disputou as séries C e D do Brasileirão, a Copa do Brasil, o Campeonato Baiano de Futebol, Brasileirão e a Copa do Nordeste.
O Jacuipense foi o campeão do Campeonato Baiano da Segunda Divisão em 1989, até então seu único título. Na edição de 2012, foi novamente promovido à primeira divisão do estadual, desta vez com o vice-campeonato. Vice-campeão estadual dos anos de 2022 e 2023.[42]
Atualmente disputa o Campeonato Baiano de Futebol, Brasileirão e Copa do Nordeste.
Com forte apelo popular, suas cores são o grená e o branco e tem como símbolo a figura de um leão, daí seu epíteto "Leão do Sisal".
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