Loading AI tools
Da Wikipédia, a enciclopédia livre
O referendo sobre a independência da Catalunha era um projeto de referendo sobre o futuro político da Catalunha,[3] que estava incluído no acordo de governação ratificado por Artur Mas, da Convergência e União (CiU), e Oriol Junqueras, da Esquerda Republicana da Catalunha (ERC), em 18 de dezembro de 2012,[4][5] chamado pelos seus signatários de Pacto pela Liberdade.[6] O texto indicava que a data do referendo seria acordada entre os dois partidos, os quais se comprometeriam a tentar levar a cabo em 2014 "exceto se o contexto socioeconómico e político requerer uma prorrogação".[7] Como parte do acordo, Artur Mas tomou posse do cargo de presidente da Generalitat da Catalunha para um segundo mandato.
← 2006 • • 2017 → | |||||||||||
Referendo sobre a independência da Catalunha em 2014 1.”Quer que a Catalunha seja um estado?” 2.”Quer que a Catalunha seja independente?” | |||||||||||
9 de novembro de 2014 | |||||||||||
Tipo de eleição: | Referendo | ||||||||||
Demografia eleitoral | |||||||||||
Votantes : | 2 305 290 | ||||||||||
Províncias da Catalunha | |||||||||||
Resultados[1] | |||||||||||
Sim – Sim | 80.91% | ||||||||||
Sim – Não | 17-10-02% | ||||||||||
Não | 4.49% | ||||||||||
Brancos e nulos | 3.61% |
No dia 12 de dezembro de 2013, o Governo da Catalunha anunciou que a data para o referendo sobre a independência estava definida para 9 de novembro de 2014 e iria conter uma pergunta com duas partes: "Quer que a Catalunha seja um Estado?" e "Se sim, quer que este Estado seja independente?".[8][9] O Governo espanhol declarou pouco depois a sua intenção de bloquear o referendo, afirmando que este "não seria realizado".[10]
O ministro da Justiça espanhol, Alberto Ruiz-Gallardón, afirmou que o referendo não seria realizado porque "a Constituição não autoriza qualquer comunidade autónoma a submeter a votação ou a um referendo as questões relacionadas com a soberania nacional".[10] Por sua vez, o presidente espanhol, Mariano Rajoy, reafirmou esta tese, argumentando que "a consulta […] contraria de forma clara a Constituição",[11] embora não tenha especificado como pretenderia impedi-la.[12] Contudo, Rajoy ofereceu-se para conversar com o governo da Catalunha em setembro de 2013, baseando-se na "relevância excecional da Catalunha para a Espanha" e na "riqueza, pluralidade e singularidade da sociedade catalã".[13]
O Tribunal Constitucional de Espanha impediu a realização do referendo sobre a independência da Catalunha previsto para o dia 9 de novembro de 2014, bem como a alternativa encontrada pelas autoridades catalãs da realização de uma consulta popular.[14] No entanto, o próprio ministro da Justiça, Rafael Catalá, admitiu que nada faria para impedir a consulta popular na Catalunha caso esta fosse promovida e observada por organizações independentes de cidadãos e desde que o governo da Catalunha não interviesse na organização do processo.[15]
Assim, no dia 9 de novembro de 2014, foi realizada uma consulta popular sobre a independência da Catalunha, sem caráter vinculativo.[16] Os resultados desta consulta, onde participaram 2,3 milhões dos 6,3 milhões de catalães com direito a voto,[17] deram vitória de 80,72% ao "sim" em ambas as perguntas — "Quer que a Catalunha seja um Estado?" e "Se sim, quer que este Estado seja independente?".[18]
Os resultados oficiais do processo participativo foram os seguintes:[1]
Participação | Sim | Não | Em branco | Outros | ||
Sim | Não | Em branco | ||||
2 305 290 | 1 861 753 | 232 182 | 22 466 | 104 772 | 12 986 | 71 131 |
Seamless Wikipedia browsing. On steroids.
Every time you click a link to Wikipedia, Wiktionary or Wikiquote in your browser's search results, it will show the modern Wikiwand interface.
Wikiwand extension is a five stars, simple, with minimum permission required to keep your browsing private, safe and transparent.