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Processo de carregamento de cartuchos de armas de fogo ou cartuchos de espingarda, montando os componentes individuais, em vez de comprar munição totalmente montada e carregada na fábrica Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Recarga manual ou simplesmente recarga, é a designação do processo de fabricar cartuchos para armas de fogo, montando manualmente os componentes individuais (estojo, espoleta, propulsor e projétil), em vez de comprar munição montada e carregada de fábrica.[1]
Na verdade, o termo mais correto em português para "handloading" seria carga manual, onde o processo de montagem manual da munição é feito usando componentes de qualquer fonte, porém todos novos. Já o termo recarga manual refere-se ao mesmo processo de montagem da munição, só que um dos componentes, o estojo, é reutilizado (vindo de um cartucho já deflagrado). Os termos são frequentemente usados de forma intercambiável, pois as técnicas são basicamente as mesmas, seja usando componentes novos ou reutilizados. As diferenças no processo, dizem respeito apenas ao tratamento do estojo, que no caso de um reutilizado, precisa ser desespoletado e limpo (eventualmente polido) e retificado.[2]
Os insumos básicos para a recarga manual são, da esquerda para a direita: projétil, pólvora, estojo e espoleta.
O conjunto básico de equipamentos para o processo de recarga manual é composto de:[3]
A atividade de recarga manual é geralmente realizada por atiradores para montar munições, podendo reutilizar estojos e inserindo nova espoleta, propelente (pólvora) e projétil. Essa atividade é regulamentada no Brasil pela Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados (DFPC) do Exército Brasileiro, portanto para realizar a recarga o atirador deve obter autorização (Certificado de Registro - CR). A espoleta e o propelente (pólvora) são materiais perigosos e o seu manuseio deve ser realizado por pessoas devidamente habilitadas.[3]
Além dos equipamentos já citados anteriormente, como "prensa", "matriz", "shellholder", "espoletador", "polvorímetro" e "balança", se a recarga for feita com estojos usados, pode ser utilizado um "tamboreador", por tombamento (processo com líquido) ou por vibração (processo a seco) para limpar os estojos, evitando danos ao equipamento de recarga.[3]
A retirada da espoleta usada pode ser feita antes ou depois do processo de limpeza dos estojos. Normalmente a calibragem do diâmetro do estojo é feita no mesmo passo em que a espoleta usada é retirada utilizando-se a prensa e o conjunto de dies e shell-holder do calibre especifico.[3]
As massas tanto da pólvora quanto das balas envolvidos no processo de recarga, são medidas usando a unidade "grain" ("grão") que corresponde a 0,0648 gramas.[3]
Normalmente os fabricantes de matrizes (dies) fornecem para os calibres de uso nas armas curtas (como pistola e revólver) três matrizes: desespoletador e calibrador; abridor da boca do estojo; assentador do projétil e fechamento ("crimp" ou "crimpagem"). Nos calibres destinados a uso em fuzil são fornecidos apenas duas: desespoletador e calibrador; assentador do projétil.[3]
Os passos do processo de recarga manual são os seguintes:[4]
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