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jurista brasileira, Ex-procuradora-geral da República Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Raquel Elias Ferreira Dodge (Morrinhos, 26 de julho de 1961) é uma jurista brasileira. Integrante do Ministério Público Federal desde 1987, foi procuradora-geral da República de 2017 a 2019.[3][4]
Raquel Dodge | |
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Dodge em 2019. | |
41ª Procuradora-geral da República do Brasil | |
Período | 18 de setembro de 2017 até 17 de setembro de 2019 |
Nomeada por | Michel Temer |
Antecessor(a) | Rodrigo Janot |
Sucessor(a) | Alcides Martins (interino) |
Dados pessoais | |
Nome completo | Raquel Elias Ferreira Dodge |
Nascimento | 26 de julho de 1961 (63 anos) Morrinhos, Goiás |
Progenitores | Mãe: Ivone Elias Cândido Ferreira Pai: José Rodrigues Ferreira |
Alma mater | Universidade de Brasília[1] Universidade de Harvard |
Cônjuge | Bradley Dodge |
Filhos(as) | Fernando, Sofia. |
Religião | católica[2] |
Profissão | procuradora da República |
É bacharel em direito pela Universidade de Brasília e mestre em direito pela Universidade de Harvard. No Ministério Público, integrou a 3.ª Câmara de Coordenação e Revisão, que trata de assuntos relacionados ao consumidor e à ordem econômica, e o Conselho Superior do Ministério Público. Foi também Coordenadora da Câmara Criminal do Ministério Público Federal.[3]
Nasceu em Morrinhos, Goiás, filha de Ivone Elias Cândido Ferreira e de José Rodrigues Ferreira, então advogado, pais de mais três filhos, outra mulher e dois homens. A família morava em frente ao Colégio Coronel Pedro Nunes, onde Raquel e seus irmãos iniciaram seus estudos, acompanhados pela tia materna, a professora Ivonete Elias Cândido.
Ainda durante a infância de Raquel, Rodrigues Ferreira foi aprovado em concurso público para juiz de direito e mudou-se com a família para Araguacema, atualmente no estado de Tocantins, depois para Formoso, Goiás, e, por fim, Brasília, na época em que entrou para o Ministério Público Federal. Já adolescente, Raquel começou a se preparar para também seguir carreira na área jurídica.
Graduada em direito pela Universidade de Brasília, entrou para o Ministério Público Federal como procuradora da República em 1987.
Em dezembro de 1992, casou-se com Bradley Dodge, cidadão americano residente no Brasil como professor da Escola das Nações, instituição de ensino para filhos de integrantes do corpo diplomático de Brasília. O encontro entre ambos aconteceu pois Raquel, que ansiava por cursar o mestrado na conceituada Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, buscava um professor de língua inglesa. Ele lhe deu aulas com foco em termos jurídicos. Já casada e mãe de dois filhos, um casal, Dodge transferiu-se temporariamente para os Estados Unidos e obteve seu mestrado. Fernando e Sofia, seus filhos, atualmente residem nos Estados Unidos, onde são estudantes.[5]
Raquel Dodge teve atuações quase que temáticas no órgão. Em sua maioria, processos envolvendo a defesa dos direitos humanos, principalmente casos sobre trabalhadores em situação análoga à escravidão e violações aos direitos indígenas.
Dodge integrou a operação que investigou o esquadrão da morte comandado pelo ex-coronel e ex-deputado federal Hildebrando Pascoal, na década de 1990, no Acre.
Em 2009, convidada pelo então procurador-geral Roberto Gurgel, coordenou a força-tarefa da Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, responsável por investigar um esquema de corrupção que tinha, entre seus integrantes, o então governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda.[6]
Foi coordenadora da Câmara Criminal do MPF, membro da 6ª Câmara, Procuradora Federal dos Direitos do Cidadão Adjunta. Atuou na equipe que redigiu o 1.º Plano Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo no Brasil, e na 1.ª e 2.ª Comissão para adaptar o Código Penal Brasileiro ao Estatuto de Roma.
Integrou a 3.ª Câmara de Coordenação e Revisão, que trata de assuntos relacionados ao Consumidor e à Ordem Econômica. Foi membro do Conselho Superior do Ministério Público por três biênios consecutivos.[7]
Em 28 de junho de 2017, foi escolhida pelo presidente Michel Temer (MDB) para substituir o então procurador-geral da República Rodrigo Janot a partir de lista tríplice, na qual figurava em segundo lugar, enviada pela Associação Nacional dos Procuradores da República à presidência da República, que não tem obrigação constitucional ou legal de nomear quaisquer um dos indicados.[8] Em 12 de julho de 2017, sua indicação foi aprovada pelo Senado por 74 votos a favor e 1 contra.[9] Foi nomeada oficialmente pelo presidente Temer no dia seguinte[10] e tomou posse em 18 de setembro.[4]
Em 16 de outubro de 2017, em sua primeira atuação na PGR, Dodge pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) autorização para que a Polícia Federal desse prosseguimento às investigações dos cinquenta e um milhões de reais encontrados em bunker de Geddel Vieira Lima.[11] O pedido foi aceito pelo relator da Operação Lava Jato, Edson Fachin, que expediu mandados de busca e apreensão.[12] O alvo da operação foi o irmão de Geddel, o deputado federal Lúcio Vieira Lima. A PF cumpriu os mandados no gabinete do deputado, na Câmara dos Deputados.[13] Em setembro, por haver indícios do envolvimento do deputado, que tem foro privilegiado, as investigações foram remetidas ao STF.[14]
Em março de 2018 pediu a prisão do ex-assessor de Michel Temer, José Yunes, do ex-ministro do Governo Dilma (PT), Wagner Rossi, do empresário Antonio Celso Grecco, e de outras pessoas na Operação Skala, autorizada pelo ministro do Supremo Luís Roberto Barroso como parte das investigações no inquérito que apura irregularidades no Decreto dos Portos.[15] No mesmo mês reiterou denúncia contra Aécio Neves (PSDB) por corrupção e obstrução de justiça.[16]
Em 30 de abril de 2018 denunciou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.[17] Também foram denunciados a senadora Gleisi Hoffmann, o ex-ministros do governo Lula (PT), Paulo Bernardo e Antonio Palocci e o empresário Marcelo Odebrecht.[18]
Em dezembro de 2018, Dodge foi agraciada com a Ordem do Mérito do Ministério da Justiça.[19]
Ainda no cargo de procuradora-geral da República, Raquel Dodge barrou por mais de 120 dias investigações sobre o então presidente Jair Bolsonaro (PSL), enquanto, concomitantemente, articulava reconduzir-se ao cargo por mais dois anos. No entanto, após seu nome ter perdido força para continuar como procuradora-geral da República, ela decidiu enviar os documentos de volta para a primeira instância. Sua assessoria afirmou que "Dodge só soube dos procedimentos dois dias antes de mandá-los de volta para a primeira instância".[20]
A dedicação de Dodge é refletida em seus hábitos de católica praticante
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