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Mezmerize
Álbum musical da banda System of a Down Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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Mezmerize é o quarto álbum de estúdio da banda armênia-estadunidense System of a Down. É a primeira parte do álbum duplo Mezmerize/Hypnotize. Foi lançado em 17 de maio de 2005, seis meses antes de Hypnotize, pela American Recordings. O álbum já vendeu mais de 10 milhões de cópias no mundo inteiro desde seu lançamento.[2]
As referências deste artigo necessitam de formatação. (agosto de 2021) |
Mezmerize estreou em #1 lugar em pelo menos 12 países, incluindo o US Billboard 200, com 453.000 cópias,[2] e recebeu o certificado de um disco de platina pela RIAA.[3] Foi escolhido pela Amazon.com.[4] O hit "B.Y.O.B." ganhou o Grammy Award de 2006 por Melhor Performance de Hard rock.[5][6]
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Lista de faixas
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Significado por trás das músicas
Resumir
Perspectiva
Soldier Side - Intro
A faixa de abertura, “Soldier Side (Intro)”, é curta, porém cumprindo seu papel introdutório. A música tem como intuito preparar o ouvinte para o tema central do álbum[7]: guerras e a manipulação das massas. Com um tom melancólico, a banda visa demonstrar jovens sendo conduzidos para o “lado do soldado”, ou seja, para o campo de batalha. O trecho “Welcome to the soldier side” sugere que esses jovens estão sendo acolhidos por uma realidade cruel e sem volta, onde perdem a inocência e a individualidade. O curta traz uma crítica direta ao alistamento obrigatório e à manipulação militar, mostrando como a guerra rouba vidas, em nome de causas impostas, sem a escolha dos soldados.
B.Y.O.B
“B.Y.O.B” é uma das músicas mais emblemáticas do álbum Mezmerize (2005) e uma das críticas mais diretas do System of a Down à Guerra do Iraque[8] e ao governo de George W. Bush. O título, sigla para “Bring Your Own Bombs”, ironiza a expressão “Bring Your Own Bottle”,[9] transformando a guerra em uma metáfora de festa, visando uma denúncia ao modo como o conflito foi tratado como espetáculo.
A banda questiona no refrão: “Why don’t presidents fight the war? / Why do they always send the poor?”, trazendo uma visão oposta à guerra e tentando realizar uma crítica à líderes que decidem guerras sem participar delas, enquanto jovens de classes baixas "pagam o preço". Musicalmente, a canção alterna momentos caóticos e melódicos, tentando representar uma contradição entre o discurso em frente à grande mídia e a realidade do campo de batalha.
Nisso, a estrutura construída pelo SOAD, tenta dialogar sobre um caráter manipulador da mídia e da política, que misturam diversão e violência para manter o público distraído e submisso. Dessa forma, “B.Y.O.B.” transforma-se em uma poderosa denúncia contra a alienação coletiva e o uso ideológico da guerra, assim como dito pelo o vocalista Serj Tankian, na entrevista do Podcast "Side Jams With Bryan Reesman",[10][11] com o intuito de ser uma música anti-imperialista,[12] além de denunciar a realidade de um campo de batalha.
Revenga
Em “Revenga”, a banda traz um foco que se desloca para o tema da vingança e da corrupção moral.[13] A palavra do título vem de “revenge” (vingança), e a música expressa a destruição causada por líderes movidos por ganância e sede de poder. A letra mistura sentimentos de raiva e desespero, revelando o sofrimento de quem vive sob sistemas opressores. Frases como “Poisoning a blind man’s blood” sugerem a manipulação e o envenenamento de pessoas inocentes, cegadas por falsas promessas. É uma canção que visa abordar as consequências emocionais e sociais da violência sistêmica, um retrato da humanidade aprisionada em seus próprios erros.
Cigaro
"Cigaro" é uma música escrita em um tom sarcástico, onde a banda trouxe uma crítica provocativa à arrogância de figuras de poder e líderes.[14] A letra explícita "My cock is much bigger than yours" irá tentar explicar um comportamento infantil e competitivo de políticos, que lidam com guerras a atrocidades como uma simples competição boba. Ao utilizar uma linguagem chocante e cômica, a banda transformará o vulgar em política. O refrão que menciona "They all have big cigars and love to show their scars", tenta satirizar a elite ter uma postura em que demonstram suas cicatrizes, de um passado marcado pela ferida, em troféus.
Radio/Video
Nesta faixa, o System of a Down reflete sobre a fama, a mídia e a perda de autenticidade.[15] “Radio/Video” fala sobre a transformação da arte em produto e a alienação dos artistas diante do sucesso. A letra evoca a nostalgia de um tempo em que a música era feita por paixão, antes da pressão comercial e das expectativas do público. A repetição de frases como “Hey man, look at me rockin’ out, I’m on the radio” relata a superficialidade da indústria musical, que valoriza mais a aparência e a exposição do que o conteúdo. A canção mistura humor e melancolia, mostrando o vazio por trás da fama.
Thais Cocaine Makes Me Feel I'm on This Song
Caótica e frenética, “This Cocaine Makes Me Feel Like I’m On This Song” transforma-se em uma metáfora sobre o vício, não apenas em drogas, mas também em consumo e distrações modernas. A velocidade da música representa o ritmo acelerado e descontrolado da vida contemporânea e também visando trazer uma sensação sonora semelhante ao uso da substância ilícita cocaína. A letra sugere que tanto artistas quanto ouvintes estão presos em um ciclo de dependência, buscando intensidade e prazer imediato em tudo. SOAD traz uma crítica à sociedade que se anestesia para não encarar seus próprios vazios.
Violent Pornography
Com uma linguagem direta e chocante, “Violent Pornography” denuncia a banalização da violência e do sexo na mídia e na cultura popular. A repetição obsessiva de frases como “It’s a violent pornography, choking chicks and sodomy” funciona como uma paródia da própria repetição de conteúdos explícitos e degradantes na televisão e na internet. A banda mostra como tudo, inclusive a violência e o sofrimento, se torna mercadoria em uma sociedade controlada pelo lucro. O refrão “It’s all about the money” resume a crítica trazida pela letra: o capitalismo transforma até o horror em espetáculo, e o público consome passivamente o que vê.
Question!
“Question!” marca um momento de introspecção no álbum. Ao contrário das faixas anteriores, mais voltadas à crítica social, esta música busca mergulhar em reflexões existenciais sobre o nascimento, a morte e o sentido da vida.[16] O tom questionador e a melodia emocional expressam a busca humana por significado em meio ao caos. A banda usa imagens poéticas para sugerir que a vida é um ciclo de incertezas, e que a consciência é tanto uma bênção quanto um fardo. É uma pausa filosófica dentro da tempestade política do disco, mostrando que o questionamento é uma forma de resistência.
Sad Statue
“Sad Statue” retorna à crítica política, desta vez voltada à idolatria de símbolos nacionais e à falsa glória da guerra. A letra tenciona um olhar à como a história é contada pelos vencedores e como heróis e monumentos são usados para mascarar crimes e injustiças. “You and me will all go down in history” soa como um aviso amargo: todos participam, de alguma forma, da perpetuação da violência e da mentira.[17] É uma música sobre a distorção da verdade em nome do orgulho nacional.
Old School Hollywood
Nesta faixa, o guitarrista Daron Malakian fala de forma pessoal e surreal sobre o mundo do entretenimento e o vazio da fama. “Old School Hollywood” mistura referências ao baseball e a figuras conhecidas com uma sonoridade eletrônica e repetitiva, representando a artificialidade da cultura pop. A letra mostra a alienação e a perda de identidade em meio ao glamour, retratando Hollywood como um símbolo de falsidade e superficialidade. A música é quase uma crítica interna ao próprio sistema do qual a banda faz parte, ironizando o espetáculo e a falta de autenticidade da indústria do entretenimento.
Lost in Hollywood
Encerrando o álbum, “Lost in Hollywood” é uma despedida amarga e melancólica. A letra fala sobre traição, desilusão e perda de pureza, tanto no mundo artístico quanto na vida em geral.[18] Daron Malakian busca criticar diretamente, na sua visão, o modo como Hollywood destrói talentos e transforma sonhos em produtos descartáveis. A música traz uma sensação de esgotamento moral e espiritual, simbolizando o fim de um ciclo de ilusões. Depois de tanta raiva, ironia e caos nas faixas anteriores, “Lost in Hollywood” fecha Mezmerize com um tom triste, reconhecendo que a corrupção e a alienação são inevitáveis, mas que ainda é possível resistir por meio da consciência e da arte.
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Créditos
- System of a Down
- Serj Tankian - vocais, teclado, guitarra
- Daron Malakian - guitarra, vocais
- Shavo Odadjian - baixo
- John Dolmayan - bateria
- Ficha técnica
- Produzido por Rick Rubin e Daron Malakian
- Mixado por Andy Wallace
- Engenharia de Som por David Schiffman
- Editado Jason Lader e Dana Neilsen
- Engenheiro: Phillip Broussard
- Toda a arte por Vartan Malakian
- Design: System of a Down e Brandy Flower
- Arranjos de Corda: Serj Tankian and Mark Mann
- Representação Mundial: Velvet Hammer Music and Management Group
- Engenheiro de Mixagem: John O'Mahony
- Assistente de mixagem: Steve Sisco (Soundtrack) & Joe Peluso (Enterprise)
- Coordenador de produção: Lindsay Chase/Braden Asher
- Local das gravações: The Mansion in Laurel Canyon, Los Angeles, CA and Akademie Mathematique of Philisophical Sound Research, Los Angeles, CA rua a47 Num. 47
- Mixado na Soundtrack Studios, New York, NY e Enterprise Studios, Los Angeles, CA
- Masterizado por Vlado Meller no Sony Music Studios, New York, NY
Posições nas listas de vendas
Referências
- MTV (25 de maio de 2005). «System Of A Down Top Billboard With Mezmerize» (em inglês). Consultado em 26 de dezembro de 2012
- RIAA. «Searchable Database» (em inglês). Consultado em 26 de dezembro de 2012
- Amazon.com. «Rock-a-bye Baby: Best Hard Rock & Metal of 2005» (em inglês). Consultado em 26 de dezembro de 2012
- AceShowbiz. «System of a Down Awards» (em inglês). Consultado em 26 de dezembro de 2012
- Evi. «B.Y.O.B.» (em inglês). Consultado em 26 de dezembro de 2012
- Koepp, Brent (18 de novembro de 2009). «Playing God: System Of A Down – Mezmerize / Hypnotize». Beats Per Minute (em inglês). Consultado em 9 de novembro de 2025
- Bonfin, Marcelo Garcia (19 de dezembro de 2014). «A guerra do Iraque: história oficial e oficiosa». Antíteses (14). 545 páginas. ISSN 1984-3356. doi:10.5433/1984-3356.2014v7n14p545. Consultado em 9 de novembro de 2025
- «Episode 19: Serj Tankian». Apple Podcasts (em inglês). Consultado em 14 de novembro de 2025
- Blabbermouth (5 de junho de 2020). «SERJ TANKIAN On SOAD Fans Who Don't Want To Hear His Political Ideas: 'Have You Not Listened To The Words In 20 Years?'». BLABBERMOUTH.NET (em inglês). Consultado em 13 de novembro de 2025
- Begrand, Adrien (24 de maio de 2005). «System of a Down: Mezmerize » PopMatters». www.popmatters.com (em inglês). Consultado em 9 de novembro de 2025
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- Everyday, A. Record Almost (11 de dezembro de 2023). «System of a Down — Mezmerize». Medium (em inglês). Consultado em 9 de novembro de 2025
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- Hung, Steffen. «australian-charts.com - System Of A Down - Mezmerize». Consultado em 22 de dezembro de 2016
- Hung, Steffen. «System Of A Down - Mezmerize - hitparade.ch». Consultado em 22 de dezembro de 2016
- «Finnish charts». Consultado em 24 de dezembro de 2016. Arquivado do original em 1 de março de 2012
- Hung, Steffen. «charts.org.nz - System Of A Down - Mezmerize». Consultado em 22 de dezembro de 2016
- www.onyx.pl, Onyx Sp. z o.o., tel. +48 22 3377222,. «Oficjalna lista sprzeda�y :: OLIS - Official Retail Sales Chart». Consultado em 22 de dezembro de 2016 replacement character character in
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