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uso de ironia para transmitir desprezo Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Sarcasmo (do grego antigo σαρκασμός, "sarkasmos" ou "Sarkázein"; Sarx="carne", Asmo= queimarː "queimar a carne") designa um escárnio ou uma zombaria, intimamente ligado à ironia (muitas vezes essa ligação é feita graças a tragédia vivida da pessoa sarcástica em si em comparação a vida de outras pessoas de melhor sorte), com um intuito mordaz quase cruel, muitas vezes ferindo a sensibilidade da pessoa que o recebe. A origem da palavra está ligada ao fato de muitas vezes mordermos os lábios quando alguém se dirige a nós com um sarcasmo mordaz.
Este artigo não cita fontes confiáveis. (Outubro de 2016) |
O sarcasmo é uma figura de estilo muito utilizada nas artes orais e escritas, designadamente na literatura e na oratória.
O sarcasmo distingue-se de outras formas de retórica com as quais ele tem uma ligação e complementariedade. Distingue-se também de figuras de linguagem muito próximas, usadas num mesmo contexto, mas com causas e efeitos distintos.
A diferença tem base no fato que o humor negro está mais direcionado para a comédia, enquanto o sarcasmo nem sempre está, embora aconteça muitas vezes. O humor negro tenta divertir um público, uma plateia, usado frequentemente no cinema. O objeto do humor negro não é tanto a ironia, mas mais temas macabros e preconceituosos.
O cinismo foi uma corrente filosófica fundada por um discípulo de Sócrates chamado Antístenes e cujo maior nome foi Diógenes de Sínope, por volta de 400 a.C., que pregava, essencialmente, o desapego aos bens materiais e externos. O cinismo está, ainda, relacionado com a busca pela verdade, de tal forma que o cínico diz o que pensa sem o artifício de eufemismosː pelo contrário, a integridade moral o impede de mascarar a realidade para torná-la mais atraente. Ao contrário do irônico, que revela através da negação, o cínico o faz pela via direta. É visto como indiferente aos sentimentos alheios.
Considera-se algo irónico ao comentário escrito ou oral feito por uma pessoa, designando exatamente o oposto daquilo que realmente se pretendia dizer. O sarcasmo e a ironia estão estreitamente ligados, ambos podem ser usados como figuras de estilo na retórica ou na literatura e ambos não correspondem àquilo que supostamente se pretenderia afirmar. A diferença entre estes conceitos está no fato de que o sarcasmo é sempre mais picante e mais provocador, enquanto a ironia é uma simples contradição voluntária, com intuito menos áspero e feroz.
Na mitologia romana, um riso sardónico é sinónimo de gargalhada tragicómica, mordaz e satírica, ou seja, algo da esfera dos sátiros, companheiros de Saturno. A verdade é que quase todos estes termos brejeiros têm conotação sarcástica, cáustica e picante, própria de deidades infernais como Vulcano.
De resto, a brejeirice das bacanais tinha, na Grécia, o acompanhamento de alegres deuses infernais tais como Hefesto, Dionísio e os sátiros. A origem étmica de termos como o grego Sarkastikós (= Sar kaustikós, literalmente "carne assada") teria sobretudo a ver com o prazer que os sátiros tiveram no banquete do sacrifício do "deus menino" Dionísio. Em qualquer dos casos, a relação de Talo com esta conotação com os sacrifícios humanos de crianças seria também incontornável.
Que tem o riso sardónico a ver com Talo? "Sardónico» (< Latim= sardonicu < Grego= Sardonikón) diz-se do riso forçado e sarcástico. "Sardónico" (< Latim= sardonicu < Grego= Sardonikón < Sardenha). Já na época clássica, portanto, seria patente a patranha etimológica da origem mítica do "riso sardónico". Como não nos parece que os habitantes da Sardenha tenham tido um prazer particular na matança dos piratas que tentavam assolar as suas costas, resta aceitar que a relação mítica do "riso sardónico' com Talo se tenha processado a partir duma confusão fonética do nome da ilha da Sardenha com o nome da ilha de Creta. É que, a Sardenha teria sido outrora uma das colónias insulares desta talassocracia para onde terão, aliás emigrado em massa depois da explosão da ilha de Tera, razão em parte das tragicómicas confusões reveladas neste mito.
"Sarcástico" (<Grego Sarkas-tikós), adjetivo que envolve "escárnio" < "escarnir" < Germânico Skirnjan < Ish-Kur n > "escornear > escornar" = ferir com os cornos; (figurado) tratar com desprezo; envilecer. Quer dizer, a confusão seria inevitável e pode ter sido reforçada pelo fato de Talo ser considerado também filho de Cres, variante do nome do titã Creus, nome foneticamente próximo de Creso ou Cresto, nome que, posteriormente, foi confundido pelos primeiros romanos com o de Cristo, quando, na verdade, era Jisto. Quer isto dizer que um dos nomes de Talo, enquanto filho morto da Virgem Mãe telúrica, pode ter sido Crio, Creso, Cre. Cresus é relembrado pela sua imolação sacrificial pelo fogo típica dos sacrifícios aos deuses de morte e ressurreição solar. Talo tinha importantes funções rituais de gigantescos "turíbulos", ainda hoje característicos das catedrais sevilhanas mas onde seriam queimados tanto touros como seres humanos para "autos de fé" em nome dum deus da salvação. Durante muito tempo, foi difícil acreditar que o período áureo da saturnina Civilização Minoica tivesse sido também uma época obscura e arcaica de sacrifícios humanos. A verdade é que não é mais do que isso o que o mito de Talo sugere.
Aliás, o nome de Talo leva-nos sem muitas curvas a Tlaloc, o deus com idênticas funções entre os Astecas, e com reconhecida fama de apreciador de carne humana. Ligado, pelo seu nascimento, a Hefesto ou a Dédalo, Talo era tanto um ser humano como um autômato de bronze. Guardava a ilha de Creta do rei Minos, com uma vigilância e um zelo excepcionais e impedia os viajantes de aportarem das costas da ilha: lapidava-os e queimava-os, apertando-os com o próprio corpo, que ele tinha previamente esquentado, ao mesmo tempo que fazia um longo e temível riso sarcástico.
Assim, facilmente se conclui que a origem da palavra sarcasmo (sarck= carne, ashmo=queimar/ 'queimar a carne'), poderá estar ligada a estes sacrifícios e rituais em nome dos deuses, típicos atos de fé mitológica.
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