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Pedro (em grego: Πέτρος; fl. c. 940 - m. 977) foi um general e eunuco bizantino do século X. Originalmente um escravo da poderosa família capadócia dos Focas, foi elevado ao alto ofício militar estratopedarca do Oriente sob o imperador Nicéforo II Focas (r. 963–969), liderando a captura de Antioquia e a subjugação de Alepo em 969. Sob João I Tzimisces (r. 969–976), lutou como comandante sênior contra os rus' em 970-971, e após a morte de Tzimisces, liderou as forças lealistas contra a revolta do general Bardas Esclero na Ásia Menor, morrendo em combate no outono de 977.
Pedro | |
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Conhecido(a) por | |
Morte | 977 |
Nacionalidade | Império Bizantino |
Ocupação | General |
Título | |
Religião | Cristianismo |
Segundo várias fontes bizantinas, Pedro foi originalmente um escravo ou membro do séquito pessoal de Nicéforo II Focas. A relação exata é incerta; embora é denominado um escravo, é mais provável que fosse simplesmente um servo.[1] Devido a uma má-tradução de uma passagem de Zonaras, ele tem sido por vezes erroneamente identificado como membro da família Focas e é conhecido em alguns trabalhos modernos como "Pedro Focas".[2] Embora um eunuco, Pedro provou-se um guerreiro forte, e suas habilidades como general são uniformemente louvadas em relatos contemporâneos. O historiador Leão, o Diácono escreve que ele "abundava em força física" e registra que certa vez derrotou em combate único o líder de um grande raide "cita" (rus' ou magiar) na Trácia.[3] Nada se sabe de sua infância e começo da carreira, mas pode ter mantido o posto de mestre da mesa, pois fontes árabes chamam-o al-Aṭrābāzī e aṭ-Ṭrabāzī.[1]
Na primavera de 967, após a demissão de João Tzimisces de seu alto comando das forças orientais do Império Bizantino, Nicéforo nomeou Pedro para o novo posto de estratopedarca, e deu a ele comando total do exército oriental. Este novo posto é provavelmente explicado pelo fato de que, sendo um eunuco, Pedro não poderia ocupar o tradicional ofício de doméstico das escolas, que designava os comandantes-em-chefe bizantinos.[4][5] Sua primeira missão era conter uma expedição de tropas provenientes do Grande Coração sob Maomé ibne Isa, que chegara em Antioquia. Foi derrotou-os próximo a Alexandreta e levou Maomé cativo, até os antioquianos pagarem o regate.[1]
Em 968, Nicéforo II veio ao Oriente para tomar as rédias de seu exército. Pedro participou na invasão do norte da Síria, à época sob controle hamadânida, e o subsequente cerco prolongado de Antioquia, que culminou na queda da cidade no outono de 969. Nessa operação, o estratego Miguel Burtzes teve a iniciativa, tomando uma das principais torres da cidade num coup de main. Naquele tempo, Pedro estava marchando com suas forças em direção a Alepo a pedido de Carcuia, que usurpara o poder lá, para aliviar o cerco das tropas lealistas hamadânidas sob Sade Adaulá. Ao tomar conhecimento dos feitos de Burtzes, Pedro voltou e alcançou Antioquia em três dias.[6] Após a captura da cidade, que ocorreu em 28 de outubro, os dois generais bizantinos recomeçaram seu avanço para Alepo, forçando a fuga de Sade Adaulá. Os bizantinos então atacaram Alepo, com a população retirando-se para a cidadela e abandonando a cidade baixa para as tropas imperiais. Após um cerco de 27 dias, Carcuia e seu tenente Baquejur capitularam. Alepo e os antigos domínios hamadânidas ao norte da Síria tornar-se-iam vassalos imperiais, reféns foram dados, um tributo anual seria pago ao imperador, e um imposto oficial bizantino foi estabelecido na cidade. Os bizantinos, por outro lado, reconheceram Carcuia como governante de Alepo, e Baquejur como seu sucessor.[1]
Após o assassinato de Nicéforo por João Tzimisces em dezembro de 969, Pedro, apesar de sua estreita associação com o assassinato do imperador, continuou em serviço ativo durante o reinado de Tzimisces (r. 969–976), quando participou na guerra contra os rus' na Bulgária como líder dos tagmas da Macedônia e Trácia.[2][7] Ele é mencionado como guarda do muro ocidental de Dorostolo durante seu certo pelos bizantinos, enquanto Bardas Esclero guardou o oriental. É possivelmente durante esta campanha que ocorreu seu combate único contra o líder "cita" mencionado por Leão, o Diácono.[1]
Em 976, Tzimisces morreu, e o trono passou para os imperadores legítimos da dinastia macedônica, os jovens irmãos Basílio II (r. 976–1025) e Constantino VIII (r. 1025–1028), sob a tutela do paracemomeno Basílio Lecapeno. Contudo, o trono foi cobiçado por Bardas Esclero, que como comandante-em-chefe dos exércitos orientais e um parente de Tzimisces era seu efetivo segundo-em-comando. Em um movimento designado para reduzir o poder de Esclero, Lecapeno substituiu-o com Pedro e enviou-o ao posto de duque de Antioquia.[8] É neste ponto que Pedro provavelmente recebeu o posto de patrício; é mencionado por Leão, o Diácono e fontes árabes como um patrício já em 969, mas isso é mais provavelmente um uso genérico no senso de "comandante".[1]
Implacável, Esclero logo após revoltar-se foi proclamado imperador por seus apoiantes. Pedro foi então enviado, junto com o patrício Eustácio Maleíno, contra o reduto do rebelde, a região em torno de Melitene. Durante o cerco da fortaleza rebelde de Lapara, contudo, em algum momento no verão de 976, o exército de Esclero atacou repentinamente, desbaratando o exército lealista.[9][10] Retirando-se para Cotieu na Anatólia ocidental, os remanescentes do exército juntaram-se sob as novas forças de Pedro. Sob o comando do eunuco Leão, o exército lealista marchou novamente ao Oriente no outubro de 977. O exército imperial conseguiu marcar um sucesso contra os subordinados de Esclero, Miguel Burtzes e Romano Taronita, mas em uma batalha campal em Ragas, próximo de Icônio, eles foram decisivamente derrotados por Esclero. Entre muitos outros, Focas caiu no campo de batalha.[1][11]
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