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um musicólogo brasileiro Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Paulo Augusto Castagna (São Paulo, 1 de dezembro de 1959) é um musicólogo brasileiro, com produção em musicologia histórica, arquivologia musical e edição musical, responsável por projetos musicológicos nos estados de São Paulo e Minas Gerais, particularmente no Museu da Música de Mariana.
Paulo Castagna | |
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Paulo Castagna no ICHS (Mariana), em 2015 | |
Nome completo | Paulo Augusto Castagna |
Nascimento | 1 de dezembro de 1959 (64 anos) São Paulo |
Residência | São Paulo |
Nacionalidade | brasileira |
Progenitores | Mãe: Neyde Riva Castagna (1933-) Pai: Moacyr Castagna (1934-2007) |
Ocupação | musicólogo, pesquisador, professor |
Principais trabalhos | Patrimônio Arquivístico-Musical Mineiro (2008-2011) Acervo da Música Brasileira (2001-2003) História da Música Brasileira (1999) |
Página oficial | |
http://paulocastagna.com/ |
Graduou-se em Biologia (1982) e em Música (1987) na Universidade de São Paulo (USP), especializando-se em musicologia histórica no mestrado da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP (2000), no doutorado (2000) da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP e em estágio pós-doutoral na Universidad de Jaén (Espanha).[1] Foi bolsista do CNPq (1985), da FUNARTE (1988-1989), da FAPESP (1986-1987 e 1989-1991) e da Fundação Vitae (2001-2002). É docente e pesquisador do Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista (UNESP) desde 1994, colaborador do Museu da Música de Mariana desde 2001 e pesquisador do CNPq desde 2007.[1]
Idealizou e coordenou, com Elisabeth Seraphim Prosser e Lutero Rodrigues, os Simpósios Latino-Americanos de Musicologia da Fundação Cultural de Curitiba (Curitiba, 1997-2001), idealizando e coordenando o Encontro de Músicos e Musicólogos do Itaú Cultural (São Paulo, 2000) e o I Colóquio Brasileiro de Arquivologia e Edição Musical (Museu da Música de Mariana, 2003), o primeiro evento latino-americano do gênero, realizado pela Coordenadoria de Cultura e Artes da UNI-BH, Secretaria de Cultura de Minas Gerais e Fundação Cultural e Educacional da Arquidiocese de Mariana (Fundarq). Coordenou as edições de 2000-2008 dos Encontros de Musicologia Histórica do Centro Cultural Pró-Música da Universidade Federal de Juiz de Fora e o XXIV Congresso da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música (ANPPOM), na UNESP de São Paulo.[1] Participou de cerca de 70 encontros de musicologia na América Latina,[2] Europa e Estados Unidos.[1]
Produziu coletâneas de partituras, encartes de CDs, pesquisas para gravações em áudio e vídeo, cerca de 40 artigos em periódicos, cerca de 40 comunicações em eventos científicos e 15 capítulos de livros nos campos da musicologia histórica, arquivologia musical e edição musical,[3][1] a quase totalidade disponível online, principalmente nos portais Internet Archive[4] e Academia.edu,[5] além de estar relacionada na Plataforma Lattes[1] e em seu próprio website.[6] Destacam-se os estudos sobre sobre a prática e produção musical no Brasil desde o século XVI,[7][8] sobre o patrimônio arquivístico-musical de Minas Gerais e de São Paulo[9] - especialmente da cidade de São Paulo e do Vale do Paraíba[10] - sobre a música sacra[11] e sobre a música brasileira para violão[12] na primeira metade do século XX. Entre os músicos pesquisados por esse autor estão os compositores mineiros Florêncio José Ferreira Coutinho[13] e João de Deus de Castro Lobo,[14] o violonista brasileiro Américo Jacomino (Canhoto)[15] e o violeiro português Domingos Ferreira (1709-1771).[16][17]
Foi o coordenador musicológico do projeto Acervo da Música Brasileira / Restauração e Difusão de Partituras (AMB), da Fundação Cultural e Educacional da Arquidiocese de Mariana (FUNDARQ), Petrobras e Santa Rosa Bureau Cultural[18] (que resultou na edição de 9 volumes de partituras e de 9 CDs, com música sacra brasileira dos séculos XVIII e XIX),[19][20][21][22][23][24][25][26][27] e do projeto Patrimônio Arquivístico-Musical Mineiro (PAMM),[28][29] da Secretaria de Cultura de Minas Gerais, que publicou 6 volumes de partituras de música sacra, música de salão e música orquestral mineira, do final do século XVIII ao início do século XX.[30][1] Publicou ou teve gravadas partituras avulsas de composições brasileiras dos séculos XVIII e XIX, disponíveis no International Music Score Library Project / Petrucci Music Library (IMSLP).[31]
Reuniu em volume, com estabelecimento de texto, introdução e notas, as críticas de Mário de Andrade publicadas no jornal paulistano Diário de S. Paulo (1931-1935),[32] editando vários outros textos relacionados à música no Brasil, dos séculos XVI a XX, incluindo traduções.[33][34] Traduziu ou participou da tradução de artigos de musicólogos do continente americano (como Victor Rondón,[35] Evguenia Roubina[36] e Ralph Locke)[37] e atuou na pesquisa bibliográfica, com vários trabalhos disponíveis online.[1][33][38][39]
Coordenou a Equipe de Organização e Catalogação da Seção de Música do Arquivo da Cúria Metropolitana de São Paulo (1987-1999)[40][41] e exerceu a coordenação musicológica do projeto Acervo da Música Brasileira / Restauração e Difusão de Partituras (AMB) entre 2001-2003,[42] que resultou na reorganização e catalogação da Coleção Dom Oscar de Oliveira do Museu da Música de Mariana (MG) e na publicação de 9 volumes de CDs e partituras, com 51 obras de seu acervo.[7][23] Em decorrência desse projeto, a UNESCO reconheceu, em 2011, o acervo do Museu da Música de Mariana como Patrimônio Mundial na categoria Memória do Mundo, com Registro Regional para a América Latina e o Caribe.[43] Coordenou outros projetos no Museu da Música de Mariana a partir de 2005, entre eles a Digitalização da Coleção Dom Oscar de Oliveira (2014-2016),[44][45] e vem trabalhando, desde 2004, na catalogação das obras e fontes musicais remanescentes do compositor afro-brasileiro João de Deus de Castro Lobo.[1][46]
Coordenou gravações em áudio e vídeo para programas de rádio e TV, como as séries História da Música Brasileira (Telebrás, 1999) em 10 vídeos[47] (e 2 CDs), veiculado várias vezes pela TV Cultura Paulista desde seu lançamento, e Alma Latina,[48] em 13 programas de áudio, veiculado pela Rádio Cultura Brasil (Cultura FM de São Paulo) em 2012 e disponível online desde seu lançamento.[1][49] Coordenou o projeto Acervo da Música Brasileira (AMB) entre 2001-2003,[42] que veiculou 9 CDs e seus correspondentes volumes de partituras. Realizou a coordenação ou a assessoria musicológica para CDs avulsos, em especial para Música na Catedral de São Paulo (1999),[50] bem como a edição de várias composições brasileiras gravadas por grupos brasileiros e internacionais, em especial os grupos Calíope (Rio de Janeiro), Brasilessentia (São Paulo), Ars Nova (Belo Horizonte) Vox Brasiliensis (São Paulo), Coro e Orquestra do Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga de Juiz de Fora, Les Solistes du Palais Royal (Paris) e Ex Cathedra (Londres).
Professor na área de música desde 1981, ministra cursos de história da música (especialmente brasileira) e musicologia em Instituições de Ensino Superior (IES) de São Paulo desde 1990, sendo docente e pesquisador do Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista (UNESP) desde 1994, onde orienta pesquisadores nos cursos de graduação, mestrado, doutorado e pós-doutorado.[51][1] Ministrou cursos de extensão universitária em várias cidades brasileiras, da Europa e América Latina.[1] Criou o projeto DiverSampa,[52] que consiste em visitas guiadas ao Centro Velho de São Paulo, para observação de sua diversidade cultural e de seu patrimônio histórico e artístico.
Desde 2001 é integrante da equipe de pesquisa do Museu da Música de Mariana, no qual coordenou projetos científicos e participa de cursos, eventos, vídeos e projetos institucionais e, desde 2013, é membro do Conselho Consultivo da Fundação Centro de Referência Musicológica José Maria Neves (CEREM), da Universidade Federal de São João del-Rei.[1] É sócio da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música (ANPPOM) e da Associação de Arquivistas de São Paulo (ARQ-SP), prestando assessoria ou consultoria para a Arquidiocese de Mariana, Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais, CNPq, CAPES, FAPESP e ANPPOM, além de consultoria ad hoc para eventos e periódicos nacionais e internacionais, e da participação em bancas de defesa em universidades públicas brasileiras.[1]
Destacam-se a Moção de Louvor do Governo do Estado da Bahia (1997), a participação em dois projetos laureados com o Prêmio Rodrigo de Melo Franco de Andrade, do Ministério da Cultura (Festival de Música de Juiz de Fora, em 2000,[53][54] e projeto Acervo da Música Brasileira, em 2002)[55][56][57][58] e a Medalha de Honra da Inconfidência, concedida em 2005 pelo Governador de Minas Gerais, Aécio Neves.[59][1]
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