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O Partido Baath Socialista Árabe (Iraque) (também escrito Ba'th ou Ba’ath, "ressurreição" ou "renascimento"; em árabe: حزب البعث العربي الاشتراكي Hizb Al-Baath Al-'Arabi Al-Ishtiraki), era um partido político Baathista com sede em Bagdá, Iraque. É uma das duas partes (com nomes idênticos), que surgiram a partir de 1966 com a divisão do original Partido Baath.
Partido Baath Socialista Árabe حزب البعث العربي الاشتراكي في العراق | |
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Líder | Salah Al-Mukhtar |
Fundação | 1948 |
Dissolução | 2003 (banido) |
Sede | Bagdade, Iraque |
Ideologia | Neo-Baathismo Nacionalismo árabe Pan-arabismo Saddamismo Nacionalismo iraquiano Socialismo árabe Militarismo Anti-imperialismo Antissionismo Sentimento anti-iraniano Secularismo (maioria histórica) Islã político (minoria até a insurgência) |
Espectro político | Esquerda |
Publicação | Al-Thawra |
Antecessor | Partido Baath (Pré-cisma) |
Membros | 300 (1958) 1.250.000 (1981) 102.900 (2013) |
Ala paramilitar | Fedayeen Saddam (1995-2003) Exército dos Homens da Ordem de Naqshbandi (2006-presente) Conselho Militar Geral dos Revolucionários Iraquianos (2014-presente) |
Cores | Preto, Branco, Verde e Vermelho |
Slogan | "Unidade, Liberdade, Socialismo" |
Bandeira do partido | |
Em 1966 após um golpe de estado na Síria, o inicial Partido Baath foi dividido ao meio; metade foi chefiada pela liderança do partido em Damasco, que estabeleceu o partido na Síria, e a outra metade com a sua liderança em Bagdá.[1] Ambos os partidos mantiveram o mesmo nome e estruturas paralelas no mundo árabe, mas se tornaram tão antagônicos que a Síria - chefiada pelo seu partido Baath - se tornou o único Estado árabe a apoiar o Irã contra o Iraque durante a sangrenta Guerra Irã-Iraque, e ajudou a invadir o Iraque ao lado das forças de coalizão lideradas pelos Estados Unidos durante a Guerra do Golfo.
Os baathistas tomaram o poder no Iraque pela primeira vez na Revolução Ramadã em 1963, mas foram depostos vários meses depois, tomando poder de fato apenas em 1968 com a Revolução de 17 de Julho. O Partido Baath governou o país entre 1968 e 2003, nos primeiros anos em aliança com o partido comunista, aliança essa que seria quebrada posteriormente[2]. Teve como liderança por muitos anos Saddam Hussein, sendo apoiado na ascensão pelos estadunidenses.[3] Sob seu governo, o Iraque se transformou em um estado autoritário sob um regime unipartidário, onde apenas o partido Baath era permitido.
O Partido Baath foi proibido em 2003 pela Autoridade Provisória da Coalizão após a invasão do Iraque.[4] Alguns autores atribuem a queda do partido a causa dos distúrbios no Oriente Médio no século XXI.[5]
Hoje muitos ex-membros do partido fazem parte da insurgência iraquiana e partes do partido continuam ativos na ilegalidade.[6][7] Foram liderados até 2020 pelo ex-braço direito de Saddam Hussein Izzat Ibrahim al-Douri, que escapou da captura pelas forças da coalizão e com a Execução de Saddam Hussein em 2006 se tornou presidente do partido, formando grupos de resistência como o Exército Naqshbandi, parte do Comando Supremo para a Jihad e Libertação, ambos liderados pessoalmente por al-Douri, Brigadas da Revolução de 1920 e o Conselho Militar Geral dos Revolucionários Iraquianos. Muitos outros ex-membros ao invés se juntaram a grupos jihadistas como a Al-Qaeda no Iraque, que posteriormente se tornariam o Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL).[8][9]
Em 2014 com a ascensão do Estado Islâmico após uma uma bem sucedida ofensiva contra o norte do Iraque, parte da resistência baathista lutou a lado do grupo jihadista,[10] embora muitos se recusaram e lutaram contra. Posteriormente com o avanço do ISIS, os baathistas vieram a fazer oposição ao EIIL também.[11]
Como o falecimento da al-Douri, o líder do partido e dos seus movimentos de resistência se tornou o ex-embaixador Salah Al-Mukhtar.
O partido também tem filiais em outros países do mundo árabe, como o Partido da Vanguarda Nacional na Mauritânia ou o Partido Socialista Árabe Jordaniano Ba'ath.
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