Top Qs
Linha do tempo
Chat
Contexto

Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica

Da Wikipédia, a enciclopédia livre

Remove ads

A Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica (International Olympiad on Astronomy and Astrophysics ou somente IOAA) é uma competição anual de astronomia e astrofísica para estudantes do ensino médio. Trata-se de uma das Olimpíadas Internacionais de Ciências. A sua primeira edição ocorreu em 2007, na Tailândia, e a mais recente foi realizada no Brasil, em 2024. Participam equipes representando seus respectivos países, formadas por até cinco alunos e dois professores. Um país pode enviar mais de uma equipe desde que cubra financeiramente os gastos desta e que seja aceito pelo Comitê Organizador Local. A próxima edição ocorrerá em 2025 na Índia[1].

Remove ads

Provas

Resumir
Perspectiva

A avaliação é composta por uma prova teórica, uma prova de análise de dados experimentais e por outras provas práticas (podendo ser de observação do céu real, planetário ou outras atividades), além de uma prova em grupos, que podem ser formados por alunos de um mesmo país ou ser de formação mista. Cabe ao Comitê Organizador Local elaborar as avaliações, tal como a natureza dos grupos, sujeitas à aprovação do Júri Internacional.
A prova teórica deve ser composta por aproximadamente cinco a sete questões curtas, cinco a sete questões intermediárias, e duas a três questões longas, abordando conteúdo teórico geral de astronomia e astrofísica, em áreas como astrofísica básica (envolvendo mecânica celeste, espectroscopia, entre outros), coordenadas e tempos, Sistema Solar, evolução e astrofísica estelar, sistemas estelares, galáxias e aglomerados, cosmologia, instrumentação astronômica e tecnologias espaciais. São esperados conhecimentos básicos em física e matemática a nível de ensino médio, mas as resoluções padrão não devem exigir o uso de cálculo, números complexos ou resolução de equações diferenciais. A duração da prova, normalmente, é de 5 horas.

A prova prática deve abordar duas provas, uma observacional e outra de análise de dados.
Na prova observacional, que pode ser realizada em céu real ou em planetários, podem ser cobrados conhecimentos de constelações, estrelas, estrelas binárias, objetos de céu profundo, uso de cartas celestes e catálogos, estimativas de coordenadas celestes e magnitudes de astros, latitude do observador, e do tempo sideral e solar local. Binóculos, telescópios e detectores podem ser usados, mas informações suficientes devem ser fornecidas aos alunos.

Já a prova de análise de dados cobra análise estatística de dados sobre fenômenos astronômicos, exigindo a correta elaboração de gráficos em diferentes escalas, identificação de fontes de erro, estimativa da influência destas no resultado final, manipulação e propagação de erros e conhecimento de algumas técnicas experimentais em astronomia e estatística básica. A duração máxima de todas as provas deve ser no máximo de 5 horas.
As regras da prova em grupo não são rígidas, podendo envolver diversos tipos de problemas e ter duração variada. Ela deve exigir habilidades de trabalho em grupo, como organização, comunicação entre os membros (que podem ser de diferentes países), divisão de tarefas e brainstorming. Até 2017 as equipes eram nacionais, e a partir de então passaram a ser disputadas por equipes mistas com membros de países diferentes.

Remove ads

Premiação

Resumir
Perspectiva

Após a correção das provas e a revisão das notas, é elaborado um ranking baseado na nota total obtida por cada estudante, considerando peso de 50% para a prova teórica e 50% para a prática (25% para a parte observacional e 25% para a de análise de dados).

Até 2018, as premiações eram distribuídas de acordo com a média aritmética das notas obtidas pelos três primeiros colocados. Tomando-se essa média como 100%, a pontuação dos estudantes era calculada em função desta nota de referência. A definição dos premiados seguia o seguinte critério:

  • medalha de ouro: alunos com nota maior ou igual a 90%.
  • medalha de prata: alunos com nota maior ou igual a 78% e menor que 90%
  • medalha de bronze: alunos com nota maior ou igual a 65% e menor que 78%.
  • menção honrosa: alunos com nota maior ou igual a 50% e menor que 65%.

A partir de 2019, o critério de premiação foi alterado. A mediana das notas finais (M) é calculada, e os premiados são definidos de acordo com o critério a seguir:

  • medalha de ouro: alunos com nota maior ou igual a 1,6 M.
  • medalha de prata: alunos com nota maior ou igual a 1,3 M e menor que 1,6 M.
  • medalha de bronze: alunos com nota maior ou igual a 1,0 M e menor que 1,3 M.

Caso a mediana supere 50% do valor total das questões, define-se M como sendo 50% desse valor total.

Para distribuição das menções honrosas, são calculadas novas medianas para a prova teórica (MT) e prova prática (MP). Os competidores que tiverem notas superiores a MT ou MP nas respectivas provas, e que não tenham conseguido medalha, recebem menções honrosas.

São oferecidos ainda prêmios especiais para os alunos que se destacam com a maior pontuação global e com os melhores desempenhos individuais na prova teórica e na experimental. A melhor equipe na prova em grupos também recebe um prêmio.

Remove ads

O Brasil na IOAA

Resumir
Perspectiva

O Brasil participa da IOAA desde sua primeira edição em 2007. As equipes que representam o Brasil na IOAA são formadas através um processo seletivo organizado pela Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA). Atualmente, os melhores alunos do Nível 4 da OBA são convidados a participar do processo de seleção que dura aproximadamente um ano e é composto de três etapas: uma fase inicial online, uma prova presencial, e um treinamento presencial. Desde 2018, os estudantes de nono ano do ensino fundamental com nota superior a 9,0 na prova de Nível 3 da OBA também podem participar do processo seletivo.

Resultados obtidos

Mais informação Edição, Ano ...

Delegações brasileiras

2007:

  • Prata: Thomas Ferreira de Lima (Recife, PE)
  • Bronze: Julio Cesar Neves Campagnolo (Toledo, PR)
  • Líder: Thais Mothé Diniz
Thumb
Equipe Brasileira da IOAA 2008.


2008:

  • Líder: Thais Mothé Diniz


2009:

  • Líderes: Thais Mothé Diniz e Bruno L'Astorina


2010:

  • Líderes: Thais Mothé Diniz e Felipe Augusto Cardoso Pereira


2011:

  • Líderes: Thais Mothé Diniz e Felipe Gonçalves Assis


2012:

  • Líderes: Gustavo Rojas e Luciana Rios
Thumb
Equipe Brasileira na VII IOAA (Volos, Grécia, 2013)


2013[5]:

  • Líderes: Eugênio Reis e Gustavo Rojas


2014[6][7]:

  • Líderes: Eugênio Reis e Gustavo Rojas


2015[8]:

  • Líderes: Eugênio Reis e Gustavo Rojas


2016[9]:

  • Líderes: Eugênio Reis e Gustavo Rojas


2017[10]:

  • Medalha de Bronze na Prova em Equipe (mista): Bruno Görressen Mello (Belém, PA).
  • Prata: João Vitor Guerreiro Dias (São Paulo, SP).
  • Bronze: Nathan Luiz Bezerra Martins (Fortaleza, CE) e Vinicius Azevedo dos Santos (Fortaleza, CE).
  • Menção Honrosa: Bruno Görressen Mello (Belém, PA) e Pedro Pompeu de Sousa Brasil Carneiro (Fortaleza, CE).
  • Líderes: Eugênio Reis e Gustavo Rojas.
Thumb
Equipe Brasileira na XII IOAA (Pequim, China, 2018)


2018[11]:

  • Líderes: Eugênio Reis e Gustavo Rojas.


2019[12]:

  • Líderes: Eugênio Reis e Julio Cesar Klafke.


2020[13]:

  • Líderes: Eugênio Reis, João Gabriel Stefani Antunes, Julio Cesar Klafke e Bruno Caixeta Piazza.

*Devido à pandemia do COVID-19, a IOAA 2020 foi substituída por uma competição virtual, a GeCAA (Global e-Competition on Astronomy and Astrophysics). A GeCAA foi organizada pelo comitê internacional da IOAA com extensiva ajuda da Olimpíada Estoniana de Astronomia.


2021[14]:

  • Líderes: Eugênio Reis, João Gabriel Stefani Antunes, Julio Cesar Klafke e Bruno Caixeta Piazza.


2022[15]:


2023[16]


2024[17]

Thumb
Time Brasil - Foto:Clara Sampaio/OBA


Remove ads

Portugal na IOAA

Resumir
Perspectiva

Portugal participa na IOAA desde a competição de 2011, em Katowice, na Polónia, não tendo participado na edição de 2018. Os elementos da equipa portuguesa são seleccionados numa competição a nível nacional - as Olimpíadas de Astronomia, que está aberta a todos os alunos do secundário.

Resultados obtidos

Mais informação Edição, Ano ...

Delegações portuguesas

2011[19]:

  • Certificado de participação: Carolina Duarte (Escola Secundária Rainha D. Leonor, Lisboa)
  • Líder: Eduardo Brescansin de Amores


2012[20]:

  • Menção Honrosa: Matheus Silva Marreiros (Escola Secundária Eça de Queirós, Lisboa)
  • Certificado de participação: Mariana Sousa Paiva (Escola Secundária da Ribeira Grande, Ribeira Grande)
  • Líder: Cristina Fernandes


2013[21]:


2014[22]:

  • Menção Honrosa: Diogo Cruz (Escola Secundária Domingos Sequeira, Leiria), Maria Eduarda Marta (Escola Secundária Infanta D. Maria, Coimbra)
  • Certificado de participação: Duarte Magano (Colégio Luso Francês, Porto), Pedro Ribeiro (Escola Secundária de Caldas das Taipas, Caldas das Taipas)
  • Líder: Manuel Silva


2015:

  • Certificado de Participação: Diogo Gameiro Neves Currito Ribeiro (Escola Secundária Vergílio Ferreira, Lisboa), Manuel Ruivo de Oliveira (Escola Secundária José Saramago, Mafra), Ivo José Gonçalves (Escola Secundária D. Maria II, Braga)
  • Líder: Jorge Grave


2016[23]:

  • Menção Honrosa: Diogo Gameiro Neves Currito Ribeiro (Escola Secundária Vergílio Ferreira, Lisboa), Vasco Esteves (Escola Secundária Damião de Góis, Alenquer)
  • Certificado de Participação: Ivo José Gonçalves (Escola Secundária D. Maria II, Braga), João Pedro Gomes (Escola Secundária Carlos Amarante, Braga)
  • Líder: Jorge Grave


2017[24]:

  • Certificado de Participação: João Galvão (Escola Secundária Damião de Góis, Alenquer), Jéssica Gonçalves (Colégio de São José Ramalhão, Sintra), Tânia Machado (Escola Secundária de Pedro Nunes, Lisboa), Carlos Cunha (Colégio Didálvi, Barcelos)
  • Líder: Jorge Grave


2019:

  • Certificado de Participação: Júlia Cristina Pacheco de Medeiros Mestre (Escola Secundária Antero de Quental, Ponta Delgada), João Dinis Ribeiro Machado de Carvalho Álvares (Agrupamento de Escolas D. Maria II, Braga), Edoardo Miguel Curto Correia Contente (Salesianos de Lisboa, Lisboa), Rafael Diogo Soares (Escola Secundária Domingos Sequeira, Leiria)
  • Líder: Gustavo Rojas


2021[25]:

  • Bronze: Jorge Miguel Bastos da Costa (Colégio de Santa Doroteia, Lisboa), Gabriel Alberto Mourão Almeida (Escola Secundária de Santa Maria Maior, Viana do Castelo)
  • Certificado de Participação: João Nuno da Silva Freitas Cunha (Escola Básica e Secundária Gonçalves Zarco, Funchal)
  • Líderes: Gustavo Rojas e Ana Afonso


2022[26]:


2023[27]:

  • Menção Honrosa: Bruno Ramos Casanova Patrício Ralha (Agrupamento de Escolas Alcaides de Faria, Barcelos)
  • Certificado de Participação: Cátia Sofia Rodrigues Silva (Escola Secundária Inês de Castro, Vila Nova de Gaia), Madalena Cardoso Mota e Pedro Leal Azóia (Academia de Música de Santa Cecília, Lisboa), Filipa Mota Guerreiro Cabrita (Escola Secundária José Saramago, Mafra)
  • Líder: Gustavo Rojas


2024[28]:

  • Bronze: Bruno Ramos Casanova Patrício Ralha (Agrupamento de Escolas Alcaides de Faria, Barcelos)
  • Menção Honrosa: Cátia Sofia Rodrigues Silva (Escola Secundária Inês de Castro, Vila Nova de Gaia)
  • Certificado de Participação: Sebastião Mendonça (Colégio Pedro Arrupe, Lisboa), Daniel Valério (Escola Secundária José Saramago, Mafra), Vicente Rasteiro (Agrupamento de Escolas de Sampaio, Sesimbra)
  • Líder: Gustavo Rojas
Remove ads

Sedes

Mais informação Edição, Ano ...
Remove ads

Ver também

Referências

  1. «India To Host International Olympiad On Astronomy And Astrophysics In 2025». www.ndtv.com (em inglês). Consultado em 28 de agosto de 2024
  2. Devido à pandemia do COVID-19, a IOAA 2020 foi substituída por uma competição virtual, a GeCAA (Global e-Competition on Astronomy and Astrophysics).
  3. A GeCAA foi organizada pelo comitê internacional da IOAA com extensiva ajuda da Olimpíada Estoniana de Astronomia.
  4. A XIV IOAA foi sediada na Colômbia mas, devido à pandemia de COVID-19, apenas os organizadores participaram presencialmente. As equipes nacionais participaram de forma virtual em cada um dos respectivos países.
  5. «Brasil ganha 5 medalhas em olimpíada de astronomia». Exame. 13 de Agosto de 2013. Consultado em 13 de Agosto de 2019
  6. «Brasil conquista medalha de prata em olimpíada internacional de astronomia». G1. 12 de Agosto de 2014. Consultado em 13 de Agosto de 2019
  7. Ana Paula Lisboa (20 de agosto de 2014). «Jovens campeões astronômicos». Correio Braziliense: 6. Consultado em 21 de junho de 2021
  8. «Brasil leva 4 menções honrosas em Olimpíada de Astrofísica na Indonésia». G1. 4 de Agosto de 2015. Consultado em 13 de Agosto de 2019
  9. «Brasil ganha três bronzes em olimpíada internacional de astronomia». G1. 21 de Dezembro de 2016. Consultado em 13 de Agosto de 2019
  10. «Brasil comemora bom resultado na Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica». O Globo. 23 de novembro de 2017. Consultado em 18 de julho de 2018
  11. «Brasil vence quatro medalhas em Olimpíada Internacional de Astronomia». Galileu. 11 de novembro de 2018. Consultado em 12 de novembro de 2018
  12. «Brasil conquista terceiro lugar em competição mundial de astronomia». Revista Galileu. 25 de Outubro de 2020. Consultado em 2 de Dezembro de 2021
  13. «Brasileiros são medalhistas em olimpíada internacional de astronomia». Agência Brasil. 26 de agosto de 2024. Consultado em 15 de setembro de 2024
  14. A XIV IOAA foi sediada na Colômbia mas, devido à pandemia de COVID-19, apenas os organizadores participaram presencialmente. As equipes nacionais participaram de forma virtual em cada um dos respectivos países.
  15. «Olimpíadas Internacionais 2012». www.cienciaviva.pt. Consultado em 23 de outubro de 2024
  16. «Olimpíadas Internacionais 2016». www.cienciaviva.pt. Consultado em 23 de outubro de 2024
  17. «Medalha Bronze». old.esmaior.pt. Consultado em 23 de outubro de 2024
  18. «Olimpíadas Internacionais 2022». www.cienciaviva.pt. Consultado em 23 de outubro de 2024
  19. «Olimpíadas Internacionais 2023». www.cienciaviva.pt. Consultado em 23 de outubro de 2024
  20. A XV IOAA estava planejada inicialmente para ser realizada em Kiev, Ucrânia. Devido à invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022, o evento foi acolhido pela Geórgia. Categorias
  21. A 17ª IOAA 2024 estava prevista para acontecer em Belarus. Devido à situação geográfica e política do país em relação à invasão russa à Ucrânia, a sede foi redefinida para Vassouras, que já havia sediado a IOAA em 2012. https://web.archive.org/web/20240828194701/https://www.ioaastrophysics.org/list-of-future-events/
Remove ads

Ligações externas

Loading content...
Loading related searches...

Wikiwand - on

Seamless Wikipedia browsing. On steroids.

Remove ads