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arquitecto português (1934-) Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Nuno Rodrigo Martins Portas GOIH • GCIH (Vila Viçosa, São Bartolomeu, 23 de setembro de 1934) é um arquitecto português.
Nuno Portas | |
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Nuno Portas. | |
Nascimento | 23 de setembro de 1934 Vila Viçosa |
Cidadania | Portugal |
Alma mater | |
Ocupação | arquiteto, político |
Distinções |
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Empregador(a) | Universidade Técnica de Lisboa |
Filho do Engenheiro Leopoldo Barreiro Portas, de ascendência Galega, e de sua mulher Umbelina do Carmo das Neves Martins.[1]
Estudou com os padres jesuítas no Instituto Nun'Alvares, em Caldas da Saúde, Santo Tirso.[2]. Frequentou a Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa e, após lhe ser recusada a monografia de licenciatura nessa escola, por a considerarem «demasiado teórica», foi defendê-la na Escola Superior de Belas-Artes do Porto. Obteve assim a licenciatura em Arquitectura, na Escola do Porto, em 1959[2]
Ainda antes de terminar o curso, Nuno Portas tornou-se colaborador do arquiteto Nuno Teotónio Pereira. Em 1958 iniciou também a sua colaboração na revista Arquitectura, onde viria a ser diretor, e na qual escreveu textos que lhe valeram o Prémio Gulbenkian de Crítica de Arte, em 1963. Em 1962 ingressou no Laboratório Nacional de Engenharia Civil, onde coordenou o Núcleo de Pesquisa de Arquitectura, Habitação e Urbanismo, até 1974.
Foi também docente em diversas instituições de ensino; leccionou a disciplina de Projecto na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa (1965-1971) e, em 1983, transferiu-se para o curso de Arquitectura do Porto, tendo participado na sua fundação. Regressaria a esta faculdade já em finais da década de 1980, na qualidade de professor catedrático convidado, em 1989, assumindo a direção do respectivo centro de estudos e a responsabilidade pelo lançamento do curso de mestrado em Planeamento e Projecto do Ambiente Urbano. De resto, enquanto professor convidado, lecionou na Escola Técnica Superior de Arquitectura de Barcelona, do Instituto de Urbanismo de Paris, da Universidade de Paris VIII, do Politécnico de Milão, da Universidade de Ferrara e da Universidade Federal do Rio de Janeiro. É membro da Comissão Científica Consultiva do Departamento de Arquitectura da Universidade do Minho.
Participou nos três primeiros Governos Provisórios do pós-25 de Abril, tendo participado na definição das linhas políticas para habitação, reabilitação urbana e actualização da legislação sobre urbanismo. Nessa condição participou na elaboração do programa Serviço de Apoio Ambulatório Local (SAAL), focalizando o seu trabalho, a partir daí, nas áreas do planeamento urbano, campo onde se assumiu como um dos mais importantes teóricos a nível nacional e internacional. Em 1990 integraria o Executivo Municipal de Vila Nova de Gaia, como vereador do Urbanismo.
Tem em parceria com outros arquitectos, uma parte importante da sua obra arquitectónica. Em 1974 recebeu o Prémio Valmor, pela obra da Igreja do Coração de Jesus, em Lisboa, com Nuno Teotónio Pereira. Foi ainda o coordenador de equipa de arquitectos responsáveis pela expansão do campus da Universidade de Aveiro, consultor dos planos de ordenamento dos Municípios do Vale do Ave, responsável pelo primeiro plano geral da Expo 98 e dos termos de referência para o concurso de conceção e urbanização de Chelas, em Lisboa, e consultor da reabilitação do centro histórico de Guimarães. No estrangeiro coordenou o Planeamento Intermunicipal de Madrid, foi consultor do Plano Estratégico Metropolitano de Barcelona, do Plano de Ordenamento de Santiago de Compostela, bem como das Nações Unidas e da União Europeia, para as questões urbanísticas e de investigação. Com Oriol Bohigas, foi autor do Plano de Frente de Mar e Estação das Barcas (1997-2000) e do Plano de Recuperação da Zona Central (1995-2000) para o Rio de Janeiro. Participou, ainda, na elaboração de legislação urbanística em Cabo Verde.[3]
Contribuiu para a divulgação da arquitectura portuguesa no estrangeiro, demonstrado através da sua obra publicada, que incluí títulos como Architectures à Porto (1990) e Portogallo, archittectura, gli ultimi vent'anni, com Manuel Mendes (1991). A 9 de Junho de 1995 foi agraciado com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique.[4] e em 1998 com um Doutoramento Honoris Causa pela Universidade de Aveiro[5]
Foi elevado a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique a 18 de outubro de 2004[4] e em 2005 recebeu o Prémio Sir Patrick Abercrombie de Urbanismo, pela União Internacional de Arquitectos (UIA).
Casou pela primeira vez no Santuário de Fátima, a 9 de julho de 1957, com Helena de Sacadura Cabral[6], de quem se divorciou em 1968, e é pai de Miguel Portas e Paulo Portas. Do seu segundo casamento, com Margarida Maria Gomes de Sousa Lobo, é pai de Catarina Portas.[1]
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