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professor académico alemão Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Norbert Elias (Breslávia, 22 de junho de 1897 – Amsterdã, 1 de agosto de 1990) foi um sociólogo alemão. Elias é um dos principais representantes da sociologia dos processos, também conhecida como sociologia das figurações ou Sociologia Figuracional.
Norbert Elias | |
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Norbert Elias | |
Nascimento | 22 de junho de 1897 Breslávia, Baixa Silésia |
Morte | 1 de agosto de 1990 (93 anos) Amsterdã, Países Baixos |
Sepultamento | Westgaarde |
Nacionalidade | alemã |
Cidadania | Reino Unido, Alemanha |
Alma mater | |
Ocupação | Sociólogo |
Distinções |
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Empregador(a) | Universidade de Bochum, London School of Economics, Universidade de Bielefeld, Universidade de Leicester |
Obras destacadas | O Processo Civilizador |
Principais interesses | Sociologia, Filosofia e Psicologia |
De família judaica, teve de fugir da Alemanha nazista, exilando-se em 1933 na França, antes de se estabelecer na Inglaterra, onde passou grande parte de sua carreira. Todavia, seus trabalhos em alemão tardaram a ser reconhecidos e ele viveu de forma precária em Londres antes de obter em 1954 um posto de professor na Universidade de Leicester.
Suas obras focaram a relação entre poder, comportamento, emoção e conhecimento na História. Devido a circunstâncias histórico-políticas, Elias permaneceu durante um longo período como um autor marginal, tendo sido redescoberto por uma nova geração de teóricos nos anos 70, quando se tornou um dos mais influentes sociólogos de todos os tempos.
Sua tardia popularidade pode ser atribuída à sua concepção de grandes redes sociais, que encontrou aplicação nas sociedades ocidentais pós-modernas, onde a presença da ação individual não pode ser negligenciada. De fato, a demasiada ênfase na estrutura sobre o indivíduo em vigor até então começava a ser duramente criticada.
A obra mais importante de Elias foram os dois volumes de O Processo Civilizatório. Originalmente publicado em 1939, foi virtualmente ignorado até sua republicação em 1969, quando o primeiro volume foi traduzido ao inglês. Este primeiro volume traça os acontecimentos históricos do habitus[1] europeu, ou seja, a estrutura psíquica individual moldada pelas atitudes sociais. Elias demonstrou como os padrões europeus pós-medievais de violência, comportamento sexual, funções corporais, etiqueta à mesa e formas de discurso foram gradualmente transformados pelo crescente domínio da vergonha e do nojo, atuando para fora de um núcleo cortesão etiqueta. O autocontrole era cada vez mais imposto por uma rede complexa de conexões sociais desenvolvidas por uma autopercepção psicológica que Freud cunhou como "super-ego." O segundo volume de O processo civilizatório aborda as causas destes processos e os reconhece nas cada vez mais centralizadas e diferenciadas interconexões na sociedade.
Quando a obra de Elias foi acolhida por grandes setores da intelectualidade, inicialmente sua análise do processo social foi mal compreendida e tomada como uma forma de darwinismo social. Com leituras posteriores, esta ideia foi deixada e sua obra foi entendida a partir de uma outra chave de pensamento sobre o processo social.
Em sua obra, Nobert Elias fala que em um determinado bairro ao chegar um novo grupo de integrantes (ou indivíduo) há uma imediata exclusão destes por parte da população que já dominava essa área, pelo simples fato deste não fazerem parte de suas zonas de conforto. Gerenciando assim, no bairro, um crescente aumento no número de gangues e de criminosidade, resultante da exclusão dos outsiders.
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