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pintor brasileiro Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Miguel Bakun (Mallet, 28 de outubro de 1909 – Curitiba, 14 de fevereiro de 1963) foi um pintor pós-impressionista e expressionista brasileiro, sendo considerado um dos pioneiros da Arte Moderna no Paraná.[1]
Miguel Bakun | |
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Nome completo | Miguel Bakun |
Nascimento | 28 de outubro de 1909 Mallet, PR |
Morte | 14 de fevereiro de 1963 (53 anos) Curitiba, PR |
Nacionalidade | brasileiro |
Ocupação | pintor |
Filho de imigrantes ucranianos, Bakun nasceu no interior do Paraná em 1909. Aos dez anos de idade e vivendo na cidade de Ponta Grossa aprendeu o ofício de alfaiate. Aos dezessete anos ingressa na Marinha Brasileira na cidade portuária de Paranaguá. Em 1928 transfere-se para a Escola de Grumetes do Rio de Janeiro onde conhece José Pancetti, seu colega de farda. Pancetti será figura importante na vida de Bakun pelo estímulo ao desenho. Após um acidente dentro de um navio é desligado da Marinha por incapacidade física e retorna ao estado natal, mais precisamente para Curitiba, onde trabalha como fotógrafo ambulante, pintor de letreiros e anúncios e decorador de interiores.[2]
Autodidata na pintura Bakun conhece, na capital paranaense, Guido Viaro e João Baptista Groff que o influenciam na carreira artística.[2]
Na procura de um ambiente mais propício culturalmente, retorna ao Rio de Janeiro em 1939 reencontrando Pancetti que agora, além de marinheiro, faz parte da cultura artística carioca.[2]
Novo retorno a Curitiba, agora em 1940, convive com artistas como: Nilo Previdi, Alcy Xavier, Marcel Leite e Loio Pérsio. Este convívio com artistas “anti-academistas” permite a Bakun conhecer os valores plásticos da pintura com uma certa emotividade que supera suas deficiências.[2]
Em 1948 o crítico Sérgio Milliet define Bakun como um artista de espírito van-goghiano, pois considera que nas obras do artista paranaense inexiste a devida noção da tela e contém excesso de “empastamento”, finalizando a crítica com: "o entusiasmo do pintor, sua participação intensa na obra tornam, entretanto, simpáticos os seus próprios defeitos".[2]
Trabalhando em um ateliê coletivo na capital paranaense, desenvolve, a partir de então, sua produção artística influenciada pela análise crítica de Milliet e na obra de Vincent Van Gogh e assim suas pinturas passam a ter tons melancólicos e depressivos.[2]
A década de 1950 é para Miguel Bakun a de maior produtividade em sua carreira artística, dedicando-se a pintura de retratos, paisagens e natureza-morta. Curitiba e a região próxima da capital é a inspiração do artista com suas araucárias e matas típicas do sul do país, bem como, seu casario simples dos descendentes e imigrantes europeus.[2]
Em 1950 é convidado a pintar murais no Salão dos Papagaios, no torreão da mansão/residência do governador Moisés Lupion. Este imóvel é atualmente denominado de Castelo do Batel e é considerado patrimônio histórico desde 1947.[2]
Em 1955 e 1957 realizou exposições individuais, participando, também, de mostras coletivas com premiações no Salão Paranaense de Belas Artes e Salão de Belas Artes da Primavera do Clube Concórdia.[2]
Nos últimos anos da sua vida passa a ter uma visão animista da natureza, bem como, a temática religiosa agora figura em parte da sua obra.[2]
Com uma situação econômica precária e uma forte depressão causada pela chegada do abstracionismo, que o faz sentir-se marginalizado, e a religiosidade em constante conflito, determinam o seu fim trágico aos moldes de Vincent van Gogh.[2]
Numa quinta-feira, dia 14 de fevereiro de 1963, Miguel Bakun suicidou-se em seu ateliê, na cidade de Curitiba, aos 53 anos e 3 meses.[2]
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