McLaren MP4/4
Modelo da McLaren na temporada de 1988 da F1 Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Modelo da McLaren na temporada de 1988 da F1 Da Wikipédia, a enciclopédia livre
O MP4/4 foi o modelo da McLaren da temporada de 1988 de F1. Seus condutores foram o francês Alain Prost e o brasileiro Ayrton Senna. É considerado por alguns o melhor modelo de Fórmula 1 da história, vencendo 15 das 16 corridas que disputou, não vencendo apenas o Grande Prêmio da Itália de 1988 porque Senna bateu na Williams do retardatário Jean-Louis Schlesser na penúltima volta da corrida enquanto liderava.
McLaren MP4/4 | |||||||
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Visão geral | |||||||
Produção | 1988 | ||||||
Fabricante | McLaren | ||||||
Modelo | |||||||
Carroceria | Monoposto de corrida | ||||||
Designer | Gordon Murray Steve Nichols | ||||||
Ficha técnica | |||||||
Motor | Honda RA168E V6 turbo | ||||||
Transmissão | McLaren/Weismann 6 velocidades | ||||||
Modelos relacionados | Mercedes-Benz W196 Lotus 79 Williams FW14 Ferrari F2002 Ferrari F2004 | ||||||
Dimensões | |||||||
Peso | 540 kg | ||||||
Cronologia | |||||||
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Nos testes de pré-temporada em Jacarepaguá em 1988, Senna e Prost nem testaram o MP4/4, porque o projeto estava muito atrasado fazendo com que ambos utilizasse o MP4/3[1] (da temporada de 1987) e equipado com motor Honda. No final do mês de março quando estavam sendo realizados os últimos testes, agora em Ímola,[2] (antes da abertura do campeonato que aconteceu no início de abril no Brasil, também em Jacarepaguá), os pilotos sentiram pela primeira vez o MP4/4.
Este monoposto dominou, de forma exuberante o campeonato, vencendo 15 dos 16 GPs, recorde de vitórias de uma escuderia em uma temporada e 15 vezes largando na pole position. Apenas no GP da Grã-Bretanha que não teve um McLaren largando na pole ou na primeira fila (2ª posição).[3] A equipe conquistou o Mundial de Construtores e as duas primeiras posições no Mundial de Pilotos. O MP4/4 é considerado por muitos entusiastas da Fórmula 1 como o melhor carro de corrida de todos os tempos.
Após um desempenho frustrante na temporada de 1987, quando obteve apenas três vitórias, a McLaren assina uma parceria com a Honda, garantindo os motores V6 turbo de 1494cc (potência máxima 675 hp), os mais poderosos da categoria. Na temporada anterior, Williams e Lotus, equipadas com motores Honda, obtiveram 11 vitórias em 16 possíveis. O MP4/4 foi o último monoposto da McLaren a utilizar motores turbo até 2014, onde as regras mudaram e os motores turbo voltaram para a F1.
Para a temporada, a FIA instituiu uma série de novas regras para limitar a potência dos motores turbo. Era uma tentativa da Federação de Automobilismo de nivelar tecnicamente as equipes. Até 1988 as escuderias podiam optar por motores atmosféricos e motores turbo.
Entre as novas regras estavam a redução da pressão dos turbos - que baixou dos 4 para 2,5 bar, o que gerava perda de potência de 1000 para cerca de 670 cv e redução do tanque de combustivel de 195 litros para 150 litros. Os carros com motores turbo pesavam ainda cerca de 40 kg a mais do que os carros com motores atmosféricos o que, teóricamente, trazia desvantagens para as equipes que optaram pelo turbo. Então a Honda trabalhou no motor para conseguir unir torque e economia de combustível, e a equipe McLaren trabalhou para criar um chassis baixo com menor atrito aerodinâmico para andar bem nas retas, e isso fez o MP4/4 o carro mais bem sucedido da F1, que contava ainda com os dois melhores pilotos da F1 naquele momento: Senna e Prost. Na temporada, apenas seis equipes - McLaren, Lotus, Ferrari, Arrows, Zakspeed e Osella - continuaram a usar os modelos turbos, todos eles com potência máxima desses motores variando entre 620 a 700 cv.
O monoposto da McLaren acabou frustrando as intenções dos dirigentes o que levou a FIA a proibir a utilização dos motores turbos para a temporada de Fórmula 1 de 1989. Novamente, a ideia era nivelar as equipes e dar vantagem às escuderias que já tinha experiência na utilização de motores atmosféricos.
A McLaren com seu modelo MP4/5 frustrou novamente os interesses da FIA vencendo 10 dos 16 Grandes Prêmios da temporada de 1989, sagrando-se campeã de Construtures e Pilotos, utilizado-se de motores Honda atmosféricos, que vieram como os motores mais potentes da F1 na temporada de 89.
(legenda) (em negrito indica pole position e itálico volta mais rápida)
Ano | Chassi | Motor | Pneus | N° | Pilotos | 1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15 | 16 | Pontos | Posição | |
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BRA | SMR | MON | MEX | CAN | USE | FRA | GBR | GER | HUN | BEL | ITA | POR | ESP | JAP | AUS | |||||||||
1988 | MP4/4 | Honda RA168E V6 turbo |
G | 11 | Alain Prost | 1 | 2 | 1 | 1 | 2 | 2 | 1 | Ret | 2 | 2 | 2 | Ret | 1 | 1 | 2 | 1 | 199* | 1° | |
12 | Ayrton Senna* | DSQ | 1 | Ret | 2 | 1 | 1 | 2 | 1 | 1 | 1 | 1 | 10† | 6 | 4 | 1* | 2 |
* Campeão da temporada.
† Completou mais de 90% da distância da corrida.
Para a temporada de 1988, foram moldados seis chassis do MP4/4 em fibra de carbono com a ajuda da Hercules Aerospace. Todos foram usados durante o campeonato. Todos os seis chassis ainda existem: Os de número 1, 3, 4 e 6 pertencem ao Grupo McLaren sendo que o 1º está em exposição permanente no McLaren Technology Centre e o 3º está emprestado para exibição no Donington Grand Prix Exhibition. Outro está em exposição no National Motor Museum em Beaulieu (UK). O Chassi número 5 é de propriedade da Honda e está em exibição no Honda Collection Hall em Motegi. O Chassi número 2 pertence a um colecionador particular norte-americano.
O MP4/4 não terminou 4 provas na temporada de 1988.
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