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idioma do ramo turcomano Da Wikipédia, a enciclopédia livre
O azerbaijano[7] ou azeri (Azərbaycan dili), é um idioma do ramo turcomano da grande família das línguas altaicas que é falado sobretudo pelos azeris, concentrados principalmente na Transcaucásia, especialmente no Azerbaijão, e no noroeste do Irã, na região conhecida como Azerbaijão iraniano. A língua tem estatuto oficial no Azerbaijão e no Daguestão (uma entidade federal da Rússia), mas não tem estatuto oficial no Irã, onde a maioria dos azeris vivem. Também é falado em graus variados menores nas comunidades azeris da Geórgia e Turquia e pelas comunidades da diáspora, principalmente na Europa e na América do Norte.
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Azerbaijano Azərbaycan dili /آذربایجان دیلی | ||
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Pronúncia: | /azærbajʤan dili/ | |
Falado(a) em: | Azerbaijão Irão Rússia | |
Total de falantes: | 26 milhões[1][2][3][4][5][6] | |
Família: | Altaica Turcomanas Oguzes Azerbaijano | |
Escrita: | Alfabeto latino (Azerbaijão) Alfabeto persa (Irã) | |
Estatuto oficial | ||
Língua oficial de: | Azerbaijão | |
Regulado por: | Azərbaycan Milli Elmlər Akademiyası (Academia Nacional de Ciências do Azerbaijão) | |
Códigos de língua | ||
ISO 639-1: | az | |
ISO 639-2: | aze | |
ISO 639-3: | vários: aze — Azeri (genérico) azj — Azeri Norte azb — Azeri Sul | |
Regiões onde o azerbaijano é língua majoritária. Regiões onde o azerbaijano é língua minoritária. |
O azerbaijano é membro do ramo oguze das línguas turcomanas. Tem duas divisões primárias, o Azeri do norte (falado no Azerbaijão e na Rússia, baseado no dialeto de Shirvan) e do Azeri do sul (falado no Irã, com base no dialeto de Tabriz) e está intimamente relacionado com o turco, qashqai, turcomeno e tártaro da Crimeia, compartilhando diferentes graus de inteligibilidade mútua com cada uma dessas línguas.[8]
A língua azeri se baseia hoje na língua oguz que se espalhou pelo sudoeste da Ásia durante a migração turcomana da Idade Média, sendo muito influenciada pelas línguas persa e árabe.
O azeri gradualmente foi substituindo as antigas línguas iranianas do norte do Irã, o azeri antigo, a língua tat, o persa medial e também, na região do Cáucaso, algumas antigas línguas caucasianas como o udi. Ficou assim dominante no período anterior ao domínio dos safávidas, embora minorias, tanto no Azerbaijão como no Irã continuassem ainda a falar antigas línguas iranianas até agora. Também muitas palavras persas mediais e novas continuam numerosas em azeri.
O desenvolvimento histórico do azeri pode ser dividido em dois períodos maiores:
Entre o início do século vinte e os anos 1930, houve muitas tentativas pelos literatos para unificação linguística no Azerbaijão. Mesmo havendo diferenças e competição entre esses estudiosos, todos eles pretendiam que mesmo as massas semialfabetizadas pudessem ler e entender literatura em azeri. Passou a ser criticado o uso excessivo de elementos persas, árabes, turco-otomanos e principalmente russos que povoavam a língua, tanto coloquial como literária. Procuravam um estilo mais simples e popular.
A conquista russa do sul do Cáucaso no século XIX dividiu a comunidade falante de azeri em dois estados, Azerbaijão e Irã. No Azerbaijão a União Soviética promoveu o desenvolvimento da língua, mas veio a atrasar esse processo com duas mudanças sucessivas de escrita: primeiro da escrita perso-árabe para o alfabeto latino e depois para o alfabeto cirílico. Mesmo com o uso significativo da língua azeri durante a era soviética, a língua se tornou oficial no Azerbaijão somente em 1978, o que também ocorreu nesse ano com as línguas naturais da Armênia e Geórgia (armênio e georgiano).
O alfabeto perso-árabe foi mantido, porém, para a língua azeri no Irã. Depois de sua independência com o fim da União Soviética, a República do Azerbaijão voltou a usar a escrita latina, nos mesmos moldes usados pela língua turca.
Literatura clássica do azeri se formou no século XVI com base nos dialetos “Tabriz” e “Xirvari”, com as obras dos escritores “Nazimi”, “Fuzuli” e “Khatai”. A moderna literatura do Azerbaijão se baseia somente no dialeto “Xirvari” e no Irã se baseia no “Tabrizi”. O primeiro jornal em Azeri, o “Akinchi” ou “|Əkinçi” Em meados do século XIX passou a ser ensinado em Baku, Ganja, Shaki, Tíflis (Geórgia), Erevan (Armênia). Desde 1845 começou a ser ensinado na Universidade de São Petersburgo na Rússia.
Famosas obras literárias em azeri são “O livro de Book of Dede”, o “Épico de Köroğlu”, tradução de “Layla e Majnun” (Dâstân-ı Leylî vü Mecnûn), e “Heydar Babaya Salam”. Poetas e escritores da língua Azeri incluem: Imadeddin Nasimi, Muhammed Fuzuli, Hasanoglu Izeddin, Shah Ismail I, Khurshidbanu Natavan, Mirza Fatali Akhundov, Mirza Alakbar Sabir, Bakhtiyar Vahabzade e Mohammad Hossein Shahriar.
O azeri é a língua oficial do Azerbaijão e alguns de seus dialetos são falados em muitas partes do Irã, sobretudo em áreas do noroeste, conhecidas como Azerbaijão do Sul ou Azerbaijão iraniano, onde é a língua dominante e também língua franca para línguas minoritárias da região, tais como o curdo, o armênio e o talish.
O Irã é lar da maioria dos falantes de azeri do mundo. A língua também é falada na república russa do Daguestão (onde é cooficial), no sudeste da Geórgia, no norte do Iraque e no leste da Turquia.
Existem cerca de 26 milhões[1][3][5] de falantes nativos de azeri (cerca de dezesseis milhões no Irã e sete milhões no Azerbaijão). É uma língua túrquica do ramo oguz, bem próxima do turco e historicamente influenciada pelas línguas persa e árabe.
A língua azeri setentrional é a língua oficial do Azerbaijão ISO 639-3 (azj) e Ethnologue, ou Azərbaycan dili no Azerbaijão. Essa variante é também falada na Rússia, na república do Daguestão, sudeste e leste da Geórgia, nordeste da Turquia e em alguns pontos da Ucrânia.
Azerbaijão, sul do Daguestão, ao longo da costa do Mar Cáspio no sul do Cáucaso. Também falado na Armênia, Estônia, Geórgia, Cazaquistão, Quirguistão, Rússia asiática, Turcomenistão e Usbequistão.
Leste e oeste do Azerbaijão, “Ardabil”, província Zanjan, parte do Kurdestão, províncias de Hamedan, Qazvin, Markazi e Gilan; muitos nos distritos de Teerã. Há grupos de azeris na província de “Fars” e em outras no Irã. Falado também no Afeganistão, Azerbaijão, Iraque, Síria, Turquia asiática.
Muitas palavras oriundas do persa ou do árabe não são entendidas pelos caucasianos. Exemplo: a palavra firqə ("partido político") usada pelos azeris do Irã pode não ser entendida pelos azeris do Cáucaso onde se usa para isso a palavra partiya. O exemplo é significativo pois essa palavra foi muito usada na região desde que as duas comunidades se separaram em 1828.
A lista seguinte apresenta apenas algumas das várias perspectivas da "dialetologia" azeri, sendo que alguns dos dialetos são variantes de outros:
Os dialetos acima apresentados eram tradicionalmente falados nessas áreas até pouco temo atrás. Como consequência do conflito de Nagorno-Karabakh praticamente todos os azeris da Armênia fugiram do país em 1991, não havendo mais falantes da língua na Armênia.
Irã: Diversos e sucessivos governos do país sempre evitaram e dificultaram a publicação de quaisquer estatísticas acerca de grupos étnicos no país. Com isso fica difícil de avaliar a quantidade de falantes de azeri, bem como de azeri étnicos.
Bilabial | Labiodental | Dental | Alveolar | Postalveolar | Palatal | Velar | Glotal | |||||||||
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Plosivas africativas |
p | b | t | d | ʧ | ʤ | c | ɟ | k | ɡ | ||||||
Nasais | m | n | ||||||||||||||
Fricativas | f | v | s | z | ʃ | ʒ | x | ɣ | h | |||||||
Aproximantes | l | j | ||||||||||||||
cons. “Tap” | ɾ |
Fonemas vogais do Azeri padrão
/i, y, ɯ, u, e, œ, o, æ, ɑ/
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Na república do Azerbaijão, a língua Norte Azeri usa hoje oficialmente o alfabeto latino, mas o cirílico ainda é muito usado no país. No Irã, o Azeri Sul usa a escrita perso-árabe. Há uma corespondência “um-a-um” entre os alfabetos latino e cirílico para o Azeri Norte, com a alfabeto cirílico não convencional.
Até 1929, Azeri era somente escrito no alfabeto perso-árabe. Entre 1929 e 1938 passou a ser usado o alfabeto latino passou a ser usado para o Norte Azeri, embora em forma ligeiramente diferente da forma usada agora. De 1938 até 1991, o alfabeto cirílico passou a ser usado. Em 1991, foi novamente adotado o alfabeto latino, porém agora em forma própria. A transição foi lenta, havendo ainda algum uso do cirílico.
Certas palavras estrangeiras são transliteradas: "Bush" fica como "Buş" e "Schröder" é escrito "Şröder".
O Azeri sul no Irã usa o perso-árabe, sem haver ainda, no entanto, uma ortografia padronizada.
Em 1992–1993, com o “Partido da Frente Popular do Azerbaijão” no poder no Azerbaijão a língua oficial do país foi denominada pelo parlamento como Türk dili ("túrquico"). Porém desde 1994 o Soviete mudou o nome da língua para Azərbaycan dili ("azeri") para refletir a nova constituição. Varlıq, a mais importante revista literária do Irã usa a Os falantes de Azeri sul no Irã se referem ao idioma como Türki, distinguindo das denominações İstambuli Türki ("turco anatólio"), a língua oficial da Turquia.
Algumas pessoas consideram o azeri como um dialeto da grande língua turca, chamado a língua de Azərbaycan Türkcəsi (“turco azeri"). Estudiosos como “Vladimir Minorsky” usaram essa definição em seus trabalhos. ISO e Unicode Consortium chama a língua de "Azeri" e suas variantes são consideradas como and its two varieties "Nore Azeri" e "Sul Azeri". Conforme o “Linguasphere Observatory”, todas as línguas oguzes formam uma grande língua dita “externa”, sendo "Azeri-N." e "Azeri-S." línguas “internas” à mesma
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