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A Livraria José Olympio Editora é uma editora brasileira. Foi fundada por José Olympio Pereira Filho em 1931 na cidade de São Paulo. Na época, o Rio de Janeiro era a capital do país e o ponto de encontro de intelectuais e artistas. Visando a atingir este mercado, em 1934, José Olympio mudou a sua livraria-editora para a cidade. Foi a maior editora do país nas décadas de 1940 e 1950. Desde 2001, pertence ao Grupo Editorial Record.
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Livraria José Olympio Editora | |
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Uma das clássicas marcas da editora. | |
Editora | |
Fundação | 1931 |
Fundador(es) | José Olympio |
Sede | São Paulo (1930) Rio de Janeiro (1934) |
Produtos | Livros |
Sucessora(s) | Grupo Editorial Record |
Website oficial | Livraria José Olympio Editora |
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A editora deu largada em 1931, ainda em São Paulo, com um livro de sucesso: "Conhece-te pela Psicanálise", do americano Joseph Ralph, obra do gênero que hoje se conhece como "autoajuda".[1]
O segundo título da Editora José Olympio foi "Itararé: Notas de Campanha", em 1933, um relato de combate feito por um participante, Honório de Sylos. Seus títulos seguintes foram: "Sala de Capela", de Vivaldo Coaracy, e "Diário de um Combatente Desarmado", de Sertório de Castro, em 1934. Seu 1º lançamento, porém, foi uma reimpressão de "A Ronda dos Séculos", livro de contos de Gustavo Barroso, que acabara de entrar na Academia Brasileira de Letras. A 4ª publicação foi "Os Párias", de Humberto de Campos, cujas obras foram o grande sucesso e o impulso, na época, para o crescimento da editora de Olympio.
Olympio publicou vários romances de José Lins do Rego, e após a publicação de Banguê, a "Casa", como a chamava Olympio, mudou de São Paulo para o Rio de Janeiro em 3 de julho de 1934. Em 1933, a Livraria Editora Olympio fizera o lançamento de 8 títulos, em 1934, de 32, e em 1935, de 59 títulos. Em 1936, a editora pulicou 66 novas edições, tornando-se o maior editor brasileiro de obras de ficção, de natureza não didática.
Nos anos 1940 e 1950, Olympio se tornou o maior editor do país, publicando 2 mil títulos com 5 mil edições, e vindo a atingir, nos anos 1980, a marca de 30 milhões de livros de 900 autores nacionais e 500 estrangeiros.[2]
José Olympio publicou uma grande variedade de obras, cujos escritores vão desde Manuel Bandeira, Raquel de Queirós, Fernando Sabino, Orígenes Lessa, Ligia Fagundes Telles, Jorge Amado, Érico Veríssimo, Euclides da Cunha, Monteiro Lobato, Graciliano Ramos, as ilustrações de Orlando Mattos, até escritos do presidente Getúlio Vargas.
A célebre livraria no número 110 da Rua do Ouvidor, no Centro do Rio de Janeiro, ponto de encontro de intelectuais da época, fechou em 1955, quando os proprietários do imóvel onde ela estava instalada interromperam o contrato de aluguel para demolir o prédio. Durante a construção do novo prédio, Olympio decidiu-se apenas pela edição, e a livraria não foi reaberta.[3] A editora se estabeleceu definitivamente em 1964, na Rua Marquês de Olinda, no bairro do Botafogo. No quarto andar, criou uma cantina, batizada de "Batatais" pelos escritores Daniel Pereira e Luis Jardim, já que o proprietário colocara ali três talhas do artista Poty Lazzarotto representando a fundação de sua cidade natal, Batatais; os almoços lá realizados se tornaram uma tradição, com a presença de diversos intelectuais.
Em 1960, a "Casa" se tornou uma sociedade anônima de capital aberto, a 1ª editora brasileira a disponibilizar ações na bolsa de valores, e passou a fazer parte da lista das 500 maiores empresas do país; em julho de 1962, ocupava o 309º lugar.[4] Com a aquisição da Editora Sabiá, de Fernando Sabino e Rubem Braga, cresceu seu alcance e passou a ter filiais em Belo Horizonte, Curitiba, Brasília, Porto Alegre, Recife e Salvador. A Editora começou a explorar o campo educacional, inaugurando, em 1968, a "Coleção Didática Dinâmica".
A crise da Livraria José Olympio teve início com o seu colapso no mercado de ações. Em 1974, a empresa negociou a compra da Companhia Editora Nacional,[5] solicitando auxílio financeiro de terceiros para a realização da aquisição. Porém essa operação não chegou a ser finalizada. A empresa de José Olímpio solicitou ajuda governamental, propondo o financiamento total da operação: assim, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social adquiriu a totalidade das ações da empresa. Contudo, a situação econômica da José Olympio tornava impossível a desejada transferência e a Nacional acabou tornando-se propriedade do BNDES.[6]
Em 3 de maio de 1990, quando morreu, José Olympio já não era mais proprietário da editora que levava seu nome. Após ser encampada pelo BNDES nos anos 1970, a antiga Editora Olympio foi adquirida pelo Grupo Editorial Record em 2001 quando da expansão da atuação desta empresa. Da mesma forma, o Grupo Editorial Record realizou a compra de diversas outras editoras que contavam com situação de insolvência financeira.[1] Do catálogo espetacular dos anos 1930, 1940 e 1950, a editora Olympio conserva, hoje, apenas alguns autores, como José Lins do Rego.
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