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velejadora brasileira Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Kahena Kunze (São Paulo, 12 de março de 1991) é uma velejadora brasileira, bicampeã olímpica e campeã mundial de Iatismo na classe 49er FX – junto com a parceira e timoneira Martine Grael.[1] Considerada a melhor velejadora do mundo em 2014 junto com a parceira,[2] ela e Martine são as atuais nº1 do mundo na classe 49er FX pelo ranking da FIV.[3]
Kahena Kunze | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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bicampeã olímpica | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Kahena no pódio da Rio 2016 (foto:Fernando Frazão/Agência Brasil) | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Vela | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Modalidade | 49er FX | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Nascimento | 12 de março de 1991 (33 anos) São Paulo, Brasil | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Nacionalidade | brasileira | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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Filha do velejador de ascendência alemã Claudio Kunze, campeão mundial júnior da classe Pingüim em 1973,[4][5] seu nome incomum vem de uma mitológica guerreira tribal invencível dos Montes Urais, assunto de um livro que a mãe leu e decidiu homenagear após uma gravidez difícil.[6][7] Começou na vela ainda criança na Represa de Guarapiranga, em São Paulo, antes da família se mudar para o Rio de Janeiro, quando tinha dez anos;[8] no Rio, começou a participar de competições na classe Optimist na adolescência, quando conheceu Martine, as duas com 13 anos, que se tornaram adversárias dentro d'água e amigas fora dela.[7]
Em 2009, com Martine, Kahena foi campeã mundial júnior na classe 420.[1] Esperou da parceira um convite para dividir um barco para tentar disputar os Jogos de Londres 2012, mas como Martine optou por fazer dupla na classe 470 com Isabel Swan, a medalha de bronze em Pequim 2008, para tentarem a vaga (Grael e Swan perderam a vaga na seletiva brasileira para Fernanda Oliveira – parceira de Swan no bronze de Pequim – e Ana Barbachan)[9] resolveu se desligar temporariamente do esporte e prestar vestibular para cursar engenharia ambiental, abandonando as competições, iniciou o curso na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).[10][11] No final de 2012, porém, Martine fez o convite de dividir o barco na nova classe olímpica feminina 49er FX com vistas aos Jogos da Rio 2016 e Kahena trancou a faculdade para se voltar inteiramente ao projeto olímpico.[8][6] Em 2013, as duas foram vice-campeãs mundiais e vice-campeãs europeias na 49er FX.[12]
Em 2014, junto com Martine, tornou-se campeã mundial em Santander, na Espanha, a primeira vez que velejadoras brasileiras conquistam o título. Amigas de infância e ex-rivais na vela em categorias diferentes, Kahena e Martine foram eleitas as melhores esportistas do ano pelo Comitê Olímpico Brasileiro, recebendo o Prêmio Brasil Olímpico de Atleta do Ano de 2014.[1]
Em 2015, na disputa da Copa do Mundo da Federação Internacional de Vela, Kahena conquistou um ouro em Weymouth, na Inglaterra; uma prata em Hyères, na França; e um bronze em Miami, nos Estados Unidos.[13] Em Toronto 2015, disputando os Jogos Pan-americanos, foi medalha de prata.[14]
Na Rio 2016, Kahena tornou-se campeã olímpica de vela ao lado de Martine, ao vencerem a Regata das Medalhas da categoria – para a qual três barcos entraram empatados – com uma vantagem de apenas 2 segundos para as medalhistas de prata da Nova Zelândia.[15]
No ciclo olímpico seguinte, em 2017 ela foi novamente vice-campeã mundial como em 2013, e depois de se classificar para os próximos Jogos no Campeonato Mundial de Classes Olímpicas em Aarhus, na Dinamarca,[16] em setembro de 2018 venceu, e com antecipação de uma regata, o evento-teste da Vela para Tóquio 2020 na raia olímpica de Enoshima, no Japão.[17] Quando Martine partiu para a Volvo Ocean Race, Kahena voltou para a PUC, cursando mais dois períodos antes de trancar novamente.[10]
Em fevereiro de 2019, iniciando a temporada, Kahena venceu a Copa do Mundo da Vela disputada em Miami, onde a dupla brasileira mais uma vez derrotou na regata final as neozelandesas Alexandra Maloney e Molly Meech, vice-campeãs olímpicas na Rio 2016.[18]
Nos Jogos Pan-Americanos de 2019 foi a porta-bandeira da delegação brasileira na Cerimônia de Abertura em Lima, ao lado de Martine Grael. As duas foram as primeiras brasileiras a carregar a bandeira em uma edição dos Jogos.[19][20] A dupla conquistou a medalha de ouro na classe 49erFX.[21] Em dezembro do mesmo ano, foi pela quarta vez vice-campeã mundial no torneio disputado em Auckland, Nova Zelândia, perdendo o título na medal race com o capotamento do barco devido aos fortes ventos e mar agitado, depois de uma disputa acirrada entre as campeãs olímpicas do Brasil e as campeãs mundiais da Holanda.[22]
Mesmo sem favoritismo às vésperas dos Jogos Olímpicos de Verão de 2020 em Tóquio, adiados por um ano por causa da pandemia de Covid-19,[23] Kunze conquistou a medalha de ouro ao lado de Grael e tornou-se bicampeã olímpica.[24]
Em dezembro de 2022, foi condecorada pelo governo brasileiro com a Ordem de Rio Branco, no grau de Comendador.[25]
Em abril de 2023, junto com sua costumeira parceira, conquistou a medalha de ouro do Trofeo Princesa Sofia Mallorca, na Espanha, primeira etapa da Copa do Mundo de Vela.[26]
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