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Político brasileiro, fundador e presidente do Partido Democracia Cristã Da Wikipédia, a enciclopédia livre
José Maria Eymael (Gravataí, 2 de novembro de 1939), mais conhecido por Eymael, é um advogado, empresário e político brasileiro, fundador e atual presidente do Democracia Cristã (DC). Foi um dos constituintes da Constituição Federal de 1988.
José Maria Eymael | |
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José Maria Eymael (2018) | |
1° Presidente do Democracia Cristã | |
Período | 5 de agosto de 1997 até a atualidade |
Antecessor(a) | Cargo criado |
Deputado federal por São Paulo | |
Período | 1 de fevereiro de 1986 até 31 de janeiro de 1995 (2 mandatos consecutivos) |
Dados pessoais | |
Nome completo | José Maria Eymael |
Nascimento | 2 de novembro de 1939 (84 anos) Gravataí, Rio Grande do Sul, Brasil |
Alma mater | PUC-RS |
Esposa | Ísola Selbach Eymael |
Partido | PDC (1962-1965) ARENA (1966-1979) PDS (1980-1982) PTB (1982-1985) PDC (1985-1993) PPR (1993-1995) PRP (1994-1996) DC (1996-presente) |
Religião | Católica |
Profissão | Advogado, empresário e político |
Filho de João Eymael e Lígia Porto Eymael, graduou-se em Filosofia e Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS).[1]
Eymael filiou-se ao Partido Democrata Cristão (PDC) em 1962, militando na Juventude Democrata Cristã. Mas o partido foi extinto pelo Ato Institucional n° 2, em 27 de outubro de 1965, durante a ditadura militar brasileira, quando já trabalhava como presidente do Grupo Nacional de Serviços.
Em 1980, com a eliminação do bipartidarismo, Eymael ingressou no Partido Democrático Social (PDS). Disputou sua primeira eleição em 1982, pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), quando concorreu, sem sucesso, a uma vaga na Assembleia Legislativa do estado de São Paulo.
Após deixar o PTB, Eymael tornou-se responsável pela reorganização do Partido Democrata Cristão (PDC) em São Paulo, quando de sua refundação em 1985.[2]
Ainda em 1985, foi candidato pela primeira vez à prefeitura de São Paulo pelo PDC, mas ficou nas últimas posições, com 4.578 votos. O jingle de sua campanha, com o refrão "Ey Ey Eymael, um democrata cristão...", é, ainda hoje, bastante popular.[3]
Em 1986, no vácuo da popularidade do jingle, foi eleito deputado federal constituinte com 72.132 votos e tendo sido reeleito em 1990, com 34.191 sufrágios. Durante aquela legislatura, postulou novamente a prefeitura de São Paulo em 1988 e em 1992, novamente sendo derrotado em ambas. O seu nome chegou a ser lembrado para a campanha presidencial de 1989, mas o PDC optou por apoiar o liberal Guilherme Afif Domingos.
Em 1993, o PDC se fundiu ao PDS, formando o Partido Progressista Reformador (PPR). A fusão não foi aceita por Eymael, que, em busca de mais espaço político, saiu do partido recém-criado e fundou dois anos depois, em 30 de março de 1995, o Partido Social da Democracia Cristã (PSDC), cujos compromissos maiores são o "compromisso com a família, com a defesa de seus valores e o atendimento pleno de suas necessidades".[2]
Disputou já pelo PSDC as eleições de 2002, obtendo[4] 8.950 votos (0,01% dos válidos, à época) como candidato a deputado federal e as eleições municipais de 2012, quando foi[5] o 11° colocado, com 5.382 votos (0,09% dos válidos, à época) dentre 12 prefeituráveis.
Optou por não disputar as eleições municipais de 2016,[6] cedendo a sua vaga ao empresário João Bico, o vice-presidente da Associação Comercial e da Federação das Associações Comerciais do estado.
Após fundar o PSDC, Eymael foi candidato à Presidência da República por seis vezes: em 1998, em 2006, em 2010, em 2014, em 2018, e 2022, percorrendo nessas campanhas todos os estados brasileiros, tornando-se, ao lado de Luiz Inácio Lula da Silva, a pessoa que mais vezes se candidatou à presidência na história do Brasil – seis vezes. No entanto, geralmente tem acesso a pouco tempo de campanha para propagandas eleitorais na TV e no rádio.[carece de fontes]
Em 1998, em sua estreia como candidato à presidência, Eymael foi[7] o 9º colocado com 171.827 votos (0,25% dos válidos, à época) dentre 12 candidatos.
Em 2006, em cuja campanha presidencial a Social Democracia Cristã apresentou como proposta central "transformar o Estado de senhor em servidor", foi[8] o 6° colocado com 63.294 votos (0,07% dos válidos, à época) dentre 8 candidatos. Eymael citou a ausência do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no debate dos presidenciáveis promovido pela TV Globo, disse que a atitude era um desrespeito à democracia e aos eleitores e também que o Brasil fora "humilhado" quando o Exército da Bolívia invadiu uma refinaria da Petrobras, utilizando o bordão "Por que a cadeira está vazia?" para concluir sua opinião.[carece de fontes]
Em 2010, Eymael foi[9] o 5° colocado com 89.350 votos (0,09% dos válidos, à época).
Em 2014, foi[10] novamente candidato ao cargo de Presidente da República, tendo sido o 9° colocado com 61.250 votos (0,06% dos válidos, à época).
Mesmo derrotado em suas candidaturas, Eymael apostava que, com a força das redes sociais e o desejo de mudança por parte da população manifestada em 2013, seria possível um desempenho melhor que nas eleições anterior. Apesar do pouco tempo de TV fez campanha com base no fato de ser o único candidato ao cargo que nunca teve ligações com governos anteriores.[carece de fontes] Sua campanha foi baseada em seus feitos como deputado e diversas propostas ligadas entre si a um objetivo "Do Brasil que temos para o Brasil que queremos”. Essas propostas foram baseadas em 27 diretrizes de governo valorizando principalmente saúde, educação, segurança, cumprimento da Constituição, defesa da família, defesa do contribuinte e Estado necessário, reduzindo por exemplo o número de ministérios para quinze economizando milhões de reais.[11][12] No segundo turno, declarou apoio à candidatura de Aécio Neves (PSDB).[13]
Em 15 de março de 2018, Eymael lançou no Acre a pré-candidatura a Presidente da República.[14] A candidatura foi oficializada em 28 de julho de 2018, em São Paulo, tendo como vice na chapa, o pastor Helvio Costa em uma chapa puro-sangue.[lower-alpha 1] Esta foi a quinta vez que Eymael concorreu ao mesmo cargo pelo partido Democracia Cristã.[15][16][17] Nesta eleição, foi o 12º colocado, com 41.710 votos (0,04% dos válidos, à época).[18] No segundo turno, declarou apoio à candidatura de Fernando Haddad (PT).[19]
Em fevereiro de 2020, numa reunião de lideranças do Democracia Cristã em Teresópolis, no interior do Rio de Janeiro, Eymael aceitou a indicação para ser pré-candidato à presidência da república em 2022.[20]
Eymael teve sua candidatura oficializada em convenção da Democracia Cristã no Rio de Janeiro em 2 de agosto.[21] O presidente do partido e candidato pela sexta vez, escolheu João Barbosa Bravo como vice em sua chapa. Nesta eleição, foi o 11º colocado (último), com 16.604 votos (0,01% dos válidos, à época).[22]
Como deputado federal constituinte, Eymael foi relacionado pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP) como um dos 12 parlamentares mais influentes no Congresso Nacional e, ao fim dos trabalhos da Assembleia Constituinte, ficou entre os 15 constituintes com maiores números de propostas aprovadas: 145. Entre tais propostas, destacam-se:
Ainda na Assembleia Nacional Constituinte, foi o autor do pronunciamento defendendo a manutenção do nome de Deus no preâmbulo da Constituição Federal, opondo-se a uma proposta da remoção do nome.[12]
Em abril de 2017, delatores da construtora Odebrecht (atual OEC) afirmaram que Eymael havia recebido R$ 50.000,00 não declarados durante a campanha presidencial de 2010.[24] Ele nega as acusações de recebimento de caixa dois no pleito, seja do Grupo Odebrecht (atual Novonor) ou de qualquer outra fonte.
Casado com Ísola Selbach Eymael, é pai de 2 filhos; José Carlos, que pleiteou uma vaga na Assembleia Legislativa em 2002 (recebeu apenas 389 votos) e disputou uma vaga na Câmara dos Deputados em 2018 (conquistou 311 sufrágios), foi o único que seguiu carreira política. Sua neta, Talita Eymael, foi candidata a vereadora na eleição de 2016, obtendo 309 votos.
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